sábado, 31 de dezembro de 2016 | Autor:

Feliz 2017!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 | Autor:

Ficou célebre o casamento que o filósofo Sartre mantinha com sua esposa Simone de Bauvoir, mulher notável, escritora de uma inteligência raríssima. Para a época, década de 1950, foi um escândalo. Só não teve consequências nefastas porque não apenas viviam em Paris, como também ambos eram intelectuais – casta à qual concedem-se exceções.
Embora casados e fiéis, moravam separadamente, cada qual na sua casa. Fiéis eles eram, mas usufruíam da óbvia liberdade que o fato de viver em sua própria casa proporciona. Portanto, fiéis de acordo com o conceito de fidelidade que exponho aqui. Foi um casamento bem sucedido e que serviu de inspiração para muita gente.
Muita gente chegou à conclusão de que se as pessoas encasquetas-sem que queriam casar-se, deveriam, pelo menos, morar separadamente, cada um dono do seu próprio nariz, da sua geladeira, da sua televisão, do seu banheiro e da sua cozinha. Um dia, ela dorme na casa dele. Outro dia, ele dorme na casa dela. Num terceiro dia, se acharem por bem, dorme cada qual sozinho, ou com quem quiser. Se ocorrer um estresse emocional, há sempre a possibilidade de cada um ir para seu próprio lar.
Já imaginou estar no meio de uma briga de casal, aquele drama que não termina, e você não poder dizer: “Querido, vá para a sua casa. Agora eu quero ficar sozinha” ou vice-versa, porque a casa é dos dois e ambos têm o mesmo direito de estar ali? É por isso que mais casais do que você supõe partem para a agressão física como forma de extravasar o instinto territorial, sem o quê tal energia poderia resultar ainda mais perigosa.
O casal novo anseia por poder morar na mesma casa. Logo em seguida, começa a perceber que não foi uma boa ideia.
Se a decisão de morar cada um na sua casa não foi tomada antes, agora que já moram juntos, separar pode ter uma conotação de rompimento. Não obstante, com carinho e compreensão talvez consigam esse afastamento físico sem caracterizar uma ruptura.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016 | Autor:

Se você não tem um cão, não sabe o que é acordar e ser recebido com tanto afeto de bom-dia. Nenhum ser humano é capaz de dizer:
“Posso lhe fazer um carinho? Desculpe se eu me descontrolei e lhe dei uma lambida no rosto, mas é que eu o amo tanto!… Sabe? Eu fiquei esta noite toda prestando atenção a cada movimento seu, para protegê-lo. E cada atitude sua para saber se já era a hora de lhe dar meu olharzinho de ternura e − quem sabe? − receber de você um pouco de atenção. Eu peço tão pouco! Se você apenas me olhar, eu já balanço minha cauda, para demonstrar a felicidade por ser sua e poder viver ao seu lado!”
Acordei. Abri a porta do meu quarto. Dei bom-dia à Jaya. Ela encostou a cabeça no meu colo, como sempre faz para pedir carinho. Olhou-me nos olhos com a meiguice de mil anjos e arrancou-me uma lágrima de gratidão. E, no entanto, devo-lhe mais do que ela a mim.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016 | Autor:

Para quem fala bem o português, uma palavra errada, uma dicção viciosa, uma concordância mal feita por parte do interlocutor são atitudes que causam má impressão. Se quem fala é um professor, mais grave ainda, pois precisa expressar-se de forma compreensível por tratar-se de pessoa que vai à frente do público para instruí-lo!
Ademais, somos especializados em público de nível superior. Já imaginou o desconforto que causaria a um cliente culto ter que aprender algo de um profissional que não sabe nem falar corretamente a própria língua?
Eu mesmo já abandonei cursos de informática, de anatomia, de dança e de outras disciplinas porque era insuportável receber em minha mente os sucessivos insultos à cultura perpetrados pelos semi-analfabetos que pretendiam receber o meu dinheiro para ensinar-me alguma daquelas matérias.
Um vício recente e que se espalhou como fogo em gasolina é o mau hábito de a imprensa e os tradutores de filmes não observarem a concordância de gênero e de número. Ocorrem erros de supressão do plural em construções simples como “o filme ganhou onze Oscar”, mesmo quando o texto original dizia “eleven Oscars”. Ou o título do filme The Morgans, que foi traduzido como Os Morgan.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016 | Autor:

Boas Festas!

Um dia interligamos nossos caminhos pelo liame do nosso ideal. Unimo-nos em uma corrente do bem. Ungimo-nos pelas boas obras.

Naquele dia os Anjos regozijaram-se porque mais uma pessoa sensível e consciente decidiu devotar-se à nobre missão de melhorar a Humanidade, ainda que, muitas vezes, com o ônus da própria abnegação.

Por esta época nossa tradição Cristã comemora com presentes a lembrança das oferendas feitas a Jesus pelos Magos do Oriente, conforme está escrito nos Evangelhos (Mateus, 2.1).

Nenhum presente me será mais gratificante do que a perpetuação da sua amizade sincera e o compartilhar constante dessa estima.

Seu amigo, DeRose

sábado, 24 de dezembro de 2016 | Autor:

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016 | Autor:

A intuição comum é como o flash de uma câmera fotográfica, só que não tem dimensão em termos de tempo. É um insight. Mas, sob treinamento, é possível desenvolver uma outra forma de intuição que se manifesta como o flash de uma filmadora, que acende e permanece aceso por um tempo.
Chamamos a esse fenômeno intuição linear, quando conseguimos manter a intuição fluindo voluntariamente por um segundo inteiro – ou mais. Essa é a definição perfeita para o termo sânscrito dhyána.
Porém, não podemos usá-lo, já que ninguém saberia a que queríamos nos referir. Somos, portanto, obrigados a voltar para a opção inicial e utilizar mesmo o vocábulo meditação, pois, embora inexato, é aceito universalmente, inclusive na Índia.