A programação psicológica de cada um tem polaridade invertida. O empreendedor tem polaridade positiva e o empregado, polaridade negativa. A polaridade positiva é ativa. A negativa, é passiva. A ativa é dinâmica. A passiva é estática. É claro que, generalizando desta forma, vamos encontrar muitas exceções. Então, vejamos sob outro prisma.
Vamos exemplificar da seguinte forma: quando o empregado se dirige ao trabalho em sua condução (ônibus, trem ou metrô) ele dorme ou fica acordado fazendo nada. No máximo, lê um livro de que goste. Ou brincando com algum joguinho. Ou vai jogando conversa fora com os amigos por alguma rede social, no smartphone.
O empreendedor viaja planejando seu negócio, observando o comportamento das pessoas na rua, fachadas, luminosos das lojas, as propagandas nos out-doors e tendo ideias.
Na verdade, o empreendedor quando vai ao cinema, ao teatro, a uma exposição ou museu está o tempo todo aprendendo e gerando ideias para o seu negócio. Se é técnico ou cientista, está elucubrando sobre seu invento ou pesquisa. O empregado está no cinema, teatro ou qualquer outra atividade de lazer apenas aproveitando o entretenimento. Lembre-se de que o verbo entreter é composto de “entre” e “ter”. Tipo ter o que fazer entre um compromisso e outro. Passar tempo.
O empreendedor, até enquanto está fazendo esportes, mantém ligado o dispositivo automático de encontrar soluções, melhorar, progredir.
É claro que também existem empregados que se encaixam nesse perfil, mas constituem uma minoria: a minoria que vai vencer na vida.
E também existem empreendedores e empresários que se enquadram mais no outro modelo de comportamento: são os que vão fracassar!
“Emotionalitas stupidificat.” (A emocionalidade estupidifica.)
Concessão de neologismo latino, by DeRose.
Não tenha receio de que outra pessoa consiga destruir o seu casamento. Ninguém tem esse poder. Só você pode destruir o seu casamento.
Se o seu relacionamento desmoronar, saiba que não foi por causa de nenhum intruso. A relação é que já ia mal das pernas e ruiu sozinha. O intruso, por acaso, estava perto.
O relacionamento, estando bem cuidado no que concerne ao companheirismo, diálogo, compreensão e sexualidade, ficará invulnerável e ninguém conseguirá penetrar sua blindagem.
Imagine um casamento que tenha deixado rachaduras emocionais e de repente aparece uma pessoa na vida de um dos dois oferecendo uma sexualidade avassaladora (ou qualquer outra coisa que preencha a carência). É quase certo que a relação mais antiga vai passar por uma prova, mas não terá sido por obra e graça da sexualidade avassaladora (ou qualquer outra coisa) de quem surgiu e sim pelas brechas existentes.
Considero mais efetivo derivar a atenção em lugar de reprimir, sempre que isso seja viável. Por exemplo, em vez de repreender a criança ou o cão com um “não”, é melhor, se possível, chamar-lhe a atenção para outra coisa. Até para evitar o cacoete do não-não-não.
Certa vez, levei a Jaya ao veterinário e ela, sempre muito sociável, foi logo conversar com um outro cãozinho que lá estava na sala de espera.
“Meu nome é Jaya” – disse ela, alegremente. – “Como você se chama?” E o cãozinho respondeu: “Acho que o meu nome é Não, porque o meu humano sempre que se dirige a mim, diz ‘Não!’. Aí, eu já sei que é comigo.”
Quando a Jaya começava a querer morder algum objeto que não lhe pertencia, em vez de dizer “Não!”, nós lhe oferecíamos um toy, gerando interesse com gestos e tons de voz. Se ela não quisesse trocar de objeto, bastava provocá-la, esfregando brincalhonamente o toy no seu focinho, até irritá-la. Aí ela passava a querer morder o objeto. Prosseguíamos tempo suficiente com o folguedo para que ela se esquecesse do que mordia antes. Obviamente, é preciso ter paciência para repetir a operação quantas vezes isso for necessário, até condicionar o animal.
Algumas pessoas argumentam comigo dizendo que isso consome tempo e que elas têm outros afazeres. Mas se você não tem tempo para educar o seu cão ou o seu filho, não tenha cães nem filhos!
Se o adepto da tribo clean for convidado para almoçar ou jantar na casa de alguém, é sua obrigação relembrar o anfitrião de que o invitado não come carne de boi, nem carne de ave, nem carne de peixe, nem qualquer outro tipo de cadáver.
Mais vale informar isso antes do que gerar constrangimento depois. Se lhe desfecharem a famigerada pergunta: “Mas, então, o que é que você come?”, ofereça-lhe um livro Método de Boa Alimentação, deste autor. Tenha sempre um exemplar à mão para poder sacar rápido.
Se, após os cuidados mencionados, os anfitriões tiverem a deselegância de lhe servir animais mortos, você não estará sendo grosseiro se recusar tais alimentos. Deve seguir conversando alegremente, mantendo a simpatia, mas, simplesmente, não tocar na comida. Caso o anfitrião questione por que não está comendo, é adequado ser sincero e dizer:
— Não se preocupe comigo. Como lhe informei anteriormente, eu não como nenhum tipo de carne, nem carne de ave, nem carne de peixe. Mas tenho a certeza de que há legumes nos acompanhamentos e vou me servir deles. Além do mais, estou aqui para desfrutar da sua companhia e isso é o que importa.
Se o equívoco ocorrer num restaurante, após você ter deixado bem claro suas preferências alimentares, não brigue, não faça escândalo (eu sei que dá vontade), não humilhe o pobre diabo que não teve Q.I. para compreender o que você especificou. Peça a conta, pague e vá embora. Você não vai ficar mais pobre por isso, mas garanto que se estiver acompanhado, sua companhia vai ficar muito bem impressionada.
Caso o garçom ou maître lhe pergunte porque não está satisfeito, explique falando baixo, com educação, mas com convicção. Se ele lhe oferecer para trocar o prato, recuse gentilmente. Nunca mande voltar um pedido. É praxe dos cozinheiros do mundo todo cuspir no prato seguinte. Claro que nem todos têm tal comportamento, mas você vai querer arriscar?
Sugestões de pratos sem carnes de qualquer espécie (nem carne de frango, nem carne de peixe, nem carne de crustáceo etc.).
Todas as nossas sugestões de pratos devem ser bem temperadas com as especiarias já citadas: orégano, cominho, coentro, noz-moscada, tomilho, gengibre, cardamomo, açafrão, curry, páprica, louro, salsa, cravo, canela, manjericão, manjerona, masala, kummel, sem mencionar a cebola e o alho. Usar azeite de oliva virgem ao invés de manteiga. Evitar sal, pimenta-do-reino e vinagre.
SOPAS, SOUFFLÉS E ASSADOS: de ervilhas, palmito, aspargos, legumes em geral, cebola, couve-flor, milho, champignon, queijo, beterraba com creme de leite, lentilha com batata cortada etc.
LEGUMES À MILANESA, EMPANADOS, DORÉ, AU GRATIN: couve-flor, palmito, cenoura, enfim, todos os legumes (sempre orgânicos) separadamente ou em combinações tais como batata com cebola, aspargo com champignon e todas as possibilidades imagináveis.
FAROFAS: brasileira autêntica (cebola, azeitona, pimentão, tomate, salsa), ou de ovo com azeitonas, passas com ovos, só com cebola, ou azeitonas com cebolas refogadas, ou ainda de banana etc.
FEIJÕES (desde que cozidos sem carne-seca, torresmo/bacon, paio nem caldo de carne de galinha, de boi, de peixe ou de qualquer outro bicho morto): preto, manteiga, fradinho, azuki, lentilha e tantos outros.
ARROZ (BRANCO OU INTEGRAL): com ervilhas, com cenoura, com palmito, com azeitonas, com passas, com queijo.
MASSAS: ao pesto, ao alho e óleo, ao suco de tomate, ao catupiry, ao tahine, ao creme de leite com cebolas refogadas, molho rosé com pal- mitos tenros, molho branco com champignons, ou com os molhos mais variados, ou com queijos diversos ao forno.
BOLINHOS FRITOS OU ASSADOS: de arroz, milho, couve-flor, aipim, petit-pois, cenoura, batata, e mais uma infinidade de legumes, cereais, raízes etc. sempre orgânicos. Mas evite as frituras.
QUIBE SEM CARNE: de triguilho com abóbora, com cenoura, com grão-de-bico, com espinafre, com ervilha e tudo que se queira experimentar. Podem também ser recheados com queijo, com cebola etc.
EMPADAS, CROQUETES, BARQUETES, PASTÉIS E EMPADÕES: de cebo- la, de cenoura, de palmito, de champignon, de aspargos, de legumes em geral, do que você tiver em casa!
OMELETES: usamos pouco ovo, mas se não houver mais nada no hotel ou restaurante ou se o cozinheiro não tiver tempo, apelamos para uma omelete de cebola, palmito, queijo, azeitonas, legumes diversos, couve-flor, salsa com cebola, tomate com qualquer outra coisa, milho, fines herbes, espanhola sem carne (azeitona, pimentão, salsa, tomate e legumes) etc.
PIZZAS: o que você quiser colocar sobre a massa da pizza fica sempre muito bom. Vamos, dê asas à imaginação!
SANDUÍCHES: com ciabata torrada (imbatível), baguete, croissant, brioche, focaccia, pão árabe, pão italiano, de milho, com um, dois ou três andares de pasta de ovo e azeitonas; alface e tomate; tomate e queijo; pasta de cebola com creme de leite; cenoura cozida com tahine; saladas diversas com maionese; algum legume batido no liquidificador com salsa, azeitona, cebola e creme de leite; e todas as experiências que você quiser fazer. Menos aquele famigerado sanduíche natural que de natural só tem o nome.
SALADAS DIVERSAS: bom, você já sabe que última coisa a oferecer a um vegetariano é salada, não sabe? Então, se fizer uma salada, esmere-se para arquitetar algo realmente saboroso, colorido, bonito, cheiroso e bem decorado. Jogar umas verduras em cima da travessa não é maneira de servir uma salada. E nada de temperá-la com limão e vinagre sem consultar os comensais.
As técnicas aprimoram o indivíduo, porém os conceitos permitem mudar o mundo, criando ondas de choque com as quais o praticante do DeRose Method influencia, mediante o exemplo de bons hábitos, primeiramente, o círculo familiar; depois, o círculo de amigos e colegas de trabalho, de faculdade, de esporte; por último, o círculo das pessoas com as quais nós cruzamos na nossa vida, inclusive os clientes, os fornecedores e os desconhecidos.
É que as técnicas só beneficiam quem decidiu praticar formalmente o Método, senta e faz os exercícios. Mas esse praticante, quando incorpora os conceitos, contagia os familiares e os amigos que acabam praticando a Nossa Cultura. É o marido ou esposa; é o filho, ou o pai, ou o irmão o qual supõe que “ainda” não aderiu ao DeRose Method porque não colocou um rótulo. No entanto, já absorveu o lifestyle, o modus vivendi, adotou hábitos, atitudes, comportamentos saudáveis que são o cerne do nosso Método.
Aos dezesseis anos, o impulso para dedicar-me de corpo e alma a este life style era mais forte que eu. O Yôga fervilhava em minhas veias. Quando lia nos livros algum conceito, aquilo me era tão familiar que parecia não estar sendo assimilado pela primeira vez e sim apenas recordado. Quando aprendia algum termo sânscrito, ele me era perfeitamente íntimo, a pronúncia fluía como se fosse a minha própria língua e bastava lê-lo ou escutá-lo uma única vez para não o esquecer nunca mais. Quando executava alguma nova técnica, sentia uma facilidade tão grande que era como se sempre a tivesse praticado. Isso, para não mencionar os tantos procedimentos, conceitos e termos que eu já havia intuído antes de ler o primeiro livro desta filosofia indiana e que foram confirmados nos estudos posteriores.
Assim, superei todos os obstáculos e prossegui dedicando-me à minha grande vocação. Na época, eu era estudante, mas dava um jeito e só estudava os livros deste maravilhoso sistema durante o período escolar. Fora dele, lia mais ainda e praticava o tempo todo.