terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 | Autor:

A prática da caça estimulou algumas tribos a migrar atrás das manadas e, assim, muitos humanos tornaram-se nômades e exploradores. Com isso, essa bactéria planetária espalhou-se por todo o globo.
No entanto, nós não fomos projetados para comer carnes. Animais vegetarianos quando comem carnes adoecem mais e morrem mais cedo. Não dispomos de sucos gástricos nem intestinos para processar carne. A maior demonstração de que não nascemos para caçar é a nossa virtual falta de ferramentas naturais para abater outro animal. Não temos garras, nem presas, nem veneno, nada.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017 | Autor:

Aos 17 anos de idade decidi que queria servir o Exército e fiz questão de servir na tropa. Foi um escândalo!
– O que é que um rapaz como você vai fazer lá na tropa? Não é ambiente para você. – Era o que ouvia com frequência.
Mas, assim como escolhi o colégio interno que, todos diziam, iria detestar e adorei, da mesma maneira ocorreu com a caserna. Imagine um garotão de dezoito anos podendo fazer ginástica de graça, ordem-unida, dar tiros à vontade e ainda ter o direito de rastejar na lama! O fato é que foi bastante divertido e eu me dei muito bem lá. Era o único soldado que nunca foi advertido pelo sargento do Primeiro Pelotão da Companhia do Quartel General da Primeira Região Militar, no Rio de Janeiro.
Quando tivemos uma solenidade de comemoração do aniversário da Companhia, cada pelotão demonstraria uma aptidão. O primeiro pelotão, ordem-unida; o segundo, educação física; e, o terceiro desmontar e montar um mosquetão com os olhos vendados. Fui o único soldado que os sargentos dos demais pelotões escalaram para participar de todas as demonstrações. Enfim, inseri estas lembranças para ilustrar como gostei e como foi importante o meu convívio com o quartel.
Não fui para o Exército a fim de estudar mais o Yôga, como fizera ao optar pelo internato, e sim para pô-lo à prova num ambiente adverso.
Decidira também que após o serviço militar iria tornar-me um instrutor de Yôga e exercê-lo como profissão verdadeira, em tempo integral, dedicando minha vida a esse ideal.

domingo, 5 de fevereiro de 2017 | Autor:

Muita gente, quando está no status de empregado, sonha em ter seu próprio negócio para poder trabalhar quando quiser, ter horário livre e tirar férias quando desejar. Pois saiba que é exatamente o contrário que você vai fazer: vai querer trabalhar muito mais que oito, dez ou doze horas por dia; e não vai querer tirar férias.
Eu trabalhei mais de vinte anos sem tirar férias e não me senti cansado por isso. Férias, feriados e fins de semana são artifícios criados para amenizar o sofrimento dos que trabalham no que não gostam. Lembre-se de que quem inventou o descanso no sétimo dia foi o povo que havia sido escravizado pelo Egito, conforme nos conta o Velho Testamento. Quando se é escravo – com esse nome ou com o apodo de empregado –, aspira-se por uma pausa.
Contudo, conheço algumas pessoas que realmente queriam ter seu próprio negócio para não trabalhar. Ou para trabalhar pouco. Ou para mandar que os outros trabalhassem. Desses, quase todos se deram mal e voltaram a ser empregados.
Em geral, pessoas que ficaram muito ricas sempre acordaram cedo, foram os primeiros a chegar na empresa e os últimos a sair.
Há que ser criativo:
“Ah! Mas eu não tenho criatividade…” confie em mim: se você tiver o seu próprio negócio, vai desabrochar a criatividade. Ela vem com a prática e o desempenho da profissão. Pouco a pouco, você começa a fazer o trabalho ou o produto com uma marca pessoal.

domingo, 5 de fevereiro de 2017 | Autor:

Nós do Yôga, temos uma prioridade no nosso esforço (tapah) pelo aprimoramento: é o cultivo das boas relações entre os seres humanos. Sem compreensão, não existe Yôga. Não se admite que praticantes ou instrutores de Yôga não consigam superar uma emoção para evitar desentendimento com alguém.

Não adianta nada fazer lindas técnicas, meditar e portar o ÔM se você responde a uma cara feia com outra cara feia. Ou se você sente inveja de outro colega. Ou se você se ofende com alguém. É uma vergonha para todos nós quando chega ao nosso conhecimento que um yôgin se desentendeu com quem quer que seja, ou que se melindrou com outrem.

Com o pretexto da franqueza ou da autenticidade muita gente faz grosserias, o que magoa quem está envolvido no mal-entendido e também quem não está. Amizades promissoras são rompidas para sempre. Fecundas carreiras profissionais são destruídas. Enormes prejuízos morais e financeiros são contabilizados por causa de uma palavra ou fisionomia que poderia ter sido perfeitamente evitada.

Não estamos recomendando o fingimento nem a hipocrisia, mas sim a educação e a elegância. Emoções pesadas sujam mais o organismo do que fumar, beber e comer animais defuntos. Não adianta praticar Yôga, meditação, mantras, se você não souber se relacionar bem com as outras pessoas. Lapide o seu ego, eduque o seu emocional, reprograme a sua mente. Nós não somos pessoas vulgares e toscas, que habitualmente respondem com crueza a qualquer atitude que não as agrade, gerando, com isso, um mal-entendido atrás do outro.

Quando faço estes apelos, sempre, quem os lê acha que não é consigo, que escrevi para outra pessoa, afinal, suas reações agressivas não terão sido culpa sua: foram todas as vezes, meras reações de legítima defesa contra as ofensas perpetradas por terceiros! Se você pensa assim, aceite minhas condolências. Você sofre de egotite aguda.

Há um método seguro para saber se a culpa é dos outros ou não. Se você se indispõe com, no máximo, uma pessoa a cada cinco anos, fique tranquilo. É bem possível que o mal-estar não tenha sido responsabilidade sua. Mas se você frequentemente precisa se defender com veemência de ações cometidas pelos seus alunos, colegas, amigos, parentes, funcionários, prestadores de serviços ou desconhecidos, então você precisa fazer terapia.

As pessoas, em qualquer profissão, tendem a tornar-se difíceis, grosseiras, autoritárias, sempre que progridem na vida ou sempre que são promovidas em seus cargos. No entanto, chegar no topo não é difícil: o difícil é ficar lá. Um verdadeiro líder não é autoritário nem antipático. Se o for, não ficará lá em cima por muito tempo.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017 | Autor:

É importante que o cão conheça outros cães (e até gatos, pássaros e outros bichos) desde bem cedo e que interaja com eles estando solto, não preso na guia. Os cães presos sentem-se indefesos e isso faz com que exacerbem a atitude defensiva, latindo e querendo atacar o animal que queira aproximar-se.
Sociabilizar desde cedo reduz sua agressividade. Sempre haverá a possibilidade de um indivíduo ser geneticamente mais agressivo ou até portador de alguma sociopatia. Mas não há nada que um bom adestrador profissional não possa solucionar. Se o treinador de cães declarar que o seu cão é caso perdido, o caso perdido é ele! Está na hora de dispensar seus serviços e contratar outro. O encantador de cães Cesar Milán reabilitou muitos cães que iam ser sacrificados por sua suposta ferocidade e hoje são uns anjinhos.

domingo, 29 de janeiro de 2017 | Autor:

Evidentemente, portando um tal símbolo, estabelecemos sintonia com uma corrente de força, poder e energia que é uma das maiores, mais antigas e mais poderosas da Terra. Por isso, muita gente associa com a ideia de proteção o uso de uma medalha com o símbolo do ÔM. Embora sejamos obrigados a reconhecer certa classe de resultados dessa ordem, achamos que tal não deve ser a justificativa para portar a medalha, pois, agindo assim, ficaríamos susceptíveis de descambar para o misticismo, contra o qual a nossa linhagem Niríshwarasámkhya é taxativa. Deve-se usá-la de forma descontraída e se nos dá prazer; se estamos identificados com o que ela significa e com a linhagem que representa. Não por superstição nem para auferir benefícios.

Sendo objetivo da nossa linhagem perpetuar a autenticidade do Yôga Ancestral, assumimos aquele desenho do yantra ÔM reproduzido fotograficamente de um texto antigo encontrado em Rishikêsh, nos Himálayas. Nenhum desenhista ocidental tocou nesse símbolo. Ele se mantém original como a orientação do nosso Yôga. Dessa forma, se você quiser seguir a nossa tradição, está autorizado a utilizá-lo, mas com a condição de que o reproduza fotograficamente ou escaneado, para não alterar sua minuciosa exatidão. Só não estará autorizado a usar o ÔM antes da sua assinatura, pois isso constitui privilégio dos que receberam a iniciação ao ÔM pessoalmente do seu Mestre e aprenderam as diversas formas de traçá-lo e pronunciá-lo de acordo com os efeitos desejados. Só então, poderá incorporá-lo dessa forma ao seu nome.

domingo, 29 de janeiro de 2017 | Autor:

Adotei este desenho específico da flor de lis como emblema do meu Método ainda na década de 1960. Ela foi impressa como logomarca da nossa escola no meu primeiro livro em 1969. Depois, deixei de utilizá-la por cerca de quarenta anos. Quando passei a utilizar a marca DeROSE Method, a flor de lis ressuscitou no inconsciente coletivo do nosso trabalho.
Se o leitor consultar as imagens no Google, vai confirmar que, de todas as representações da flor de lis, a nossa é a mais artística, a mais bonita e a mais poderosa. Nossa flor de lis tem suas pétalas desenhadas sob a inspiração das folhas de acanto do capitel coríntio. A flor de lis sugere nobreza, no caso, a nobreza dos nossos ideais, e o acanto remete ao conceito de classicismo greco-romano, aquele sobre o qual está alicerçada a civilização ocidental.
Nosso desenho da flor de lis está registrado como propriedade intelectual na Biblioteca Nacional e como marca registrada no INPI.
“La fleur de lis
Le symbole de la fleur de lis est lié à une période spécifique de l’Histoire de France. C’est également un symbole universel utilisé par un grand nombre d’établissements et d’associations pour évoquer une idée de raffinement et noblesse.” (Traité de Yôga, De Rose, Paris)

CAPITEL CORÍNTIO
TEXTO EXTRAÍDO DA WIKIPEDIA

Vitruvius descreve a ordem Coríntia como inventada por Callimachus, um arquiteto e escultor que se inspirou em um cesto de acantos. Nas palavras de Vitruvius, em seu Livro 4, Da Arquitetura:

“Uma jovem mal chegada à idade núbil, cidadã de Corinto, acometida por uma enfermidade, faleceu. Após seu sepultamento, sua ama reuniu e dispôs num cesto as poucas coisas às quais ela se afeiçoara enquanto vivera. Levou-as a seu túmulo e as colocou sobre ele, e, para que elas se conservassem dia após dia, teceu por cima delas um pequeno teto. O cesto havia sido colocado casualmente sobre raízes de acanto, e, nesse ínterim, premidas por seu peso, verteram na primavera, folhagens e hastes em profusão.
“As hastes do acanto, crescendo ao longo das bordas do cesto e empurradas pela beira do teto, em razão do seu empuxo, foram forçadas acurvar suas extremidades. Calímaco, então, que em virtude da elegância e da graça de sua arte de trabalhar o mármore foi denominado pelos atenienses o príncipe dos artífices, passando perto desse monumento, reparou no cesto e na delicadeza da folhagem que medrava ao redor, e, encantado com a novidade das formas produzidas, executou para os coríntios colunas segundo esse modelo e instituiu suas proporções, e atribuiu as relações da ordem coríntia a partir daquilo que está presente na perfeição de suas obras”.