Considero mais efetivo derivar a atenção em lugar de reprimir, sempre que isso seja viável. Por exemplo, em vez de repreender a criança ou o cão com um “não”, é melhor, se possível, chamar-lhe a atenção para outra coisa. Até para evitar o cacoete do não-não-não.
Certa vez, levei a Jaya ao veterinário e ela, sempre muito sociável, foi logo conversar com um outro cãozinho que lá estava na sala de espera.
“Meu nome é Jaya” – disse ela, alegremente. – “Como você se chama?” E o cãozinho respondeu: “Acho que o meu nome é Não, porque o meu humano sempre que se dirige a mim, diz ‘Não!’. Aí, eu já sei que é comigo.”
Quando a Jaya começava a querer morder algum objeto que não lhe pertencia, em vez de dizer “Não!”, nós lhe oferecíamos um toy, gerando interesse com gestos e tons de voz. Se ela não quisesse trocar de objeto, bastava provocá-la, esfregando brincalhonamente o toy no seu focinho, até irritá-la. Aí ela passava a querer morder o objeto. Prosseguíamos tempo suficiente com o folguedo para que ela se esquecesse do que mordia antes. Obviamente, é preciso ter paciência para repetir a operação quantas vezes isso for necessário, até condicionar o animal.
Algumas pessoas argumentam comigo dizendo que isso consome tempo e que elas têm outros afazeres. Mas se você não tem tempo para educar o seu cão ou o seu filho, não tenha cães nem filhos!
quinta-feira, 10 de novembro de 2016 | Autor: DeRose
Categoria: Anjos Peludos
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