quarta-feira, 28 de dezembro de 2016 | Autor:

Para quem fala bem o português, uma palavra errada, uma dicção viciosa, uma concordância mal feita por parte do interlocutor são atitudes que causam má impressão. Se quem fala é um professor, mais grave ainda, pois precisa expressar-se de forma compreensível por tratar-se de pessoa que vai à frente do público para instruí-lo!
Ademais, somos especializados em público de nível superior. Já imaginou o desconforto que causaria a um cliente culto ter que aprender algo de um profissional que não sabe nem falar corretamente a própria língua?
Eu mesmo já abandonei cursos de informática, de anatomia, de dança e de outras disciplinas porque era insuportável receber em minha mente os sucessivos insultos à cultura perpetrados pelos semi-analfabetos que pretendiam receber o meu dinheiro para ensinar-me alguma daquelas matérias.
Um vício recente e que se espalhou como fogo em gasolina é o mau hábito de a imprensa e os tradutores de filmes não observarem a concordância de gênero e de número. Ocorrem erros de supressão do plural em construções simples como “o filme ganhou onze Oscar”, mesmo quando o texto original dizia “eleven Oscars”. Ou o título do filme The Morgans, que foi traduzido como Os Morgan.


Categoria: Boas Maneiras

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