segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011 | Autor:

Nossa língua é o que possuímos de mais precioso. A capacidade de transmitir com absoluta precisão, com perfeita acuidade, os pensamentos e sentimentos de uma pessoa a outra, o poder de perpetuar o conhecimento ao longo das gerações. A arte de combinar sons em uma perfeita equação melódica que torna o texto uma escultura sonora, vibrante, capaz de conduzir um leitor às lágrimas ou às gargalhadas, capaz de levar uma pessoa a dar sua vida por um ideal.

No entanto, alguns fenômenos estão ocorrendo na Terra de Santa Cruz. Lá, por omissão dos linguistas e das autoridades, foi institucionalizado por certos veículos de circulação nacional que não devemos mais respeitar a concordância dos plurais. “É para obter identificação com o povo.” – justificam-se os responsáveis. Veja o caso da tradução dos textos em que no original conste “eleven Oscars” e inevitavelmente o tradutor brasileiro traduz “onze Oscar”. Assim também fazem com os sobrenomes. O mais chocante foi o filme intitulado “Did You Hear About the Morgans?” e traduzido “Cadê os Morgan?” Por que não respeitam o óbvio plural? Que o povão fale mal, paciência, não se pode fazer nada. Mas que tradutores e órgãos de Imprensa tenham por norma ignorar os plurais é algo incompreensível.

Afinal, encontrei um aliado que execra a ortografia portuguesa sem ípsilon:
“Aquelle movimento hieratico da nossa clara lingua majestosa, aquelle exprimir das idéas nas palavras inevitaveis, correr de agua porque ha declive, aquelle assombro vocalico em que os sons são cores ideaes – tudo isso me toldou de instincto como uma grande emoção politica. [ … ]
Não tenho sentimento nenhum politico ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriotico. Minha patria é a lingua portuguesa. [ … ] Mas odeio, com odio verdadeiro, com o unico odio que sinto, [ … ] a pagina mal escripta, como pessoa própria, a syntaxe errada, como gente em que se bata, a orthographia sem ípsilon, como escarro directo que me enoja independentemente de quem o cuspisse.” Fernando Pessoa.

Na outra extremidade, encontra-se o inominável, o inacreditável, um outro universo paralelo em que os cidadãos não têm a mínima noção da própria língua. Todos já conhecem mas vale a pena assistir outra vez. Procure no Google “As árveres somos nozes” (digite extamente desta forma).

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011 | Autor:

Bom dia Mestre, sou Duda da agência SwáSthya e estou lhe enviando o link do vídeo que produzimos sobre o evento Dia do Yôga …

Um abraço

Duda Rodriguezz – Agência SwáSthya Comunicação

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011 | Autor:

Dia 25 de fevereiro das 8 as 13 horas será o nosso primeiro dia de trabalho
voluntário junto a Defesa Civil em 2011.
Vamos mostrar nossa força e principalmente nossa união.
Telefones para contato:
Unidade Santana 2950-4307 ou 9327-4186. Falar com Henrique Malerba

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011 | Autor:

Oi Mestre!
Achei dois vídeos sobre o que vc comentou na aula passada. Como algumas pessoas ainda não tinham visto, talvez queira postar…

Mudar comportamento parece algo tão difícil… Mas, os vídeos mostram como isso pode ser fácil quando basta acompanhar a maioria, mesmo quando o comportamento vai totalmente contra o “convencional” que temos na cabeça! Tvz mudar o comportamento seja apenas uma questão de escolher com quem anda, não?!

Beijos!
Bia Aiex
Al. Campinas — São Paulo

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011 | Autor:

Estimado amigo, aluno ou instrutor.

Como você tem acompanhado, nestes últimos dez anos vimos estreitando cada vez mais nosso relacionamento com a Polícia Militar, com a Defesa Civil e com a ROTA. Quanto mais conhecemos essas instituições, mais aprendemos a respeitá-las e a valorizar os bravos homens e mulheres que dedicam suas vidas (e arriscam-nas) para proteger a nossa população.

Durante estes dez anos fizemos bons amigos nessas corporações. Delas – e deles – temos recebido muito apoio e reconhecimento pelo nosso trabalho.

Assim sendo, tenho a satisfação de convidar você, seus familiares e amigos para prestigiar a Cerimônia de Outorga na qual serei agraciado com o Grão-Colar da Ordem dos Nobres Cavaleiros de São Paulo, dia 27 de janeiro de 2011, às 16 horas, no quartel da ROTA – Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, na Av. Tiradentes 440, em São Paulo.

Sempre deixei bem claro que recebo cada condecoração em nome dos que realmente a merecem: os nossos queridos instrutores e alunos, pelo seu valoroso engajamento nas causas sociais e filantrópicas. É você e é a nossa filosofia que estão sendo homenageados.

Sua presença e a dos seus me faria muito feliz.

Traje social obrigatório.

Comendador DeRose

PS – Queira replicar este convite por e-mail e redes sociais para os seus amigos, alunos e monitorados.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011 | Autor:

Saiu na Folha de São Paulo, dia 12 de janeiro de 2011, página A-9:

“Em apoio político à Argentina, o governo brasileiro impediu que um navio de guerra britânico vindo das ilhas Malvinas fizesse escala no Rio de Janeiro.”

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Nobre e fidalga é a atitude de lealdade aos amigos. DeRose

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011 | Autor:

De fato, uma vez que a opinião tinha um bom número de vozes que a aceitavam, os que vieram depois supuseram que só podia ter tantos seguidores pelo peso concludente de seus argumentos. Os demais, para não passar por espíritos inquietos que se rebelam contra opiniões universalmente aceitas, são obrigados a admitir o que todo o mundo já aceitava. Daí para a frente, os poucos que forem capazes de julgar por si mesmos se calarão. Só poderão falar aqueles que sejam o eco das opiniões alheias, por serem totalmente incapazes de ter um juízo próprio. Estes, aliás, são os mais intransigentes defensores dessas opiniões. Estes odeiam aquele que pensa de modo diferente, não tanto por terem opinião diversa da dele, mas pela sua audácia de querer julgar por si mesmo, coisa que eles nunca conseguirão fazer e estão conscientes disso. Em suma, são muito poucos os que podem pensar, mas todos querem dar palpite. E que outra coisa lhes resta senão tomar as opiniões de outros em lugar de formá-las por conta própria? Como isto é o que sempre acontece, que valor pode ter a voz de centenas de milhões de pessoas? Valem tanto quanto um fato histórico que se encontre registrado por cem historiadores, quando, na verdade, todos se copiaram uns aos outros, e tudo se resume, em última análise, a um só testemunho.”

Schopenhauer,
citando Bayle em Pensées sus les Comètes (o negrito é nosso).

Certamente o autor do texto acima se referia às mentiras que passaram à História como verdades, porque um único historiador havia escrito (quem sabe, Homero ou Heródoto) e teria sido lido e repetido por cem outros.  A partir de então, se alguém afirmasse algo discrepante encontraria o argumento: “É óbvio que você está errado. Você é o único que afirma isso enquanto todos afirmam o contrário.” Mas, na verdade, havia sido apenas um que afirmara o contrário e fora repetido por cem.

Daí para a frente, “só poderão falar aqueles que sejam o eco das opiniões alheias.” Os poucos que forem capazes de julgar por si mesmos serão obrigados a calar-se como Galileu Galilei ou serão banidos, torturados e queimados vivos como Giordano Bruno.

Antigamente queimavam os hereges* com lenha.
Agora, queimam-nos com jornais.

[*do grego hairetikós – “aquele que escolhe”]