sexta-feira, 21 de maio de 2010 | Autor:

Respondendo ao Gustavo e a tantos outros que tiveram a mesma dúvida, mas não a expressaram, preferi colocar um post sobre o assunto.

Sim, a palavra Yôga tem acento circunflexo em outras línguas, mesmo naquelas que não possuem o circunflexo, como o espanhol, e até nas que não possuem acento algum, como o inglês. Para documentar isso, escrevi um pequeno livro intitulado Yôga tem acento, no qual reproduzo textos, capas e páginas de rosto de obras em várias línguas e mais a excelente explicação do erudito Barahona que estudou sânscrito na Índia e realizou a melhor tradução da Bhagavad Gítá. Há também um capítulo que desenvolve esse tema, intitulado “A Yoga” ou “o Yôga”?, no meu livro Quando é Preciso Ser Forte. Recomendo sua leitura por parte de quem quiser se aprofundar.

Algumas obras que confirmam a existência do circunflexo na palavra sânscrita Yôga transliterada, são:

Para o espanhol: Léxico de Filosofía Hindú, de Kastberger, Editorial Kier, Buenos Aires.

Para o inglês: Pátañjali Aphorisms of Yôga, de Sri Purohit Swami, Editora Faber and Faber, London e Boston.

Para o português: Poema do Senhor (Bhagavad Gítá), de Vyasa, Editora Assírio e Alvim, Lisboa.

Além destes livros há muitos outros, assim como dicionários e enciclopédias que optaram por usar outros acentos, mas que reconhecem a necessidade de sinalizar a crase ao leitor. O mesmo ocorre com o ÔM. Vários livros e dicionários fazem-no constar com acento.

A grafia com Y no português está dicionarizada desde antes dessa letra ser reabilitada pela nova ortografia. Consta do Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa. Consta do Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora. E consta da Enciclopédia Verbo, de Lisboa.

Quanto aos que defendem que deve-se grafar “ioga”, devo lembrar que o mundo inteiro escreve com Y. Só o Brasil (e alguns segmentos em Portugal) escrevem-no com a letra I, o que constitui um constrangimento em Congressos Internacionais e uma verdadeira declaração de ignorância perante os Mestres da Índia. Certa vez, em um evento internacional, certo “professor” brasileiro presenteou Van Lysebeth com seu livro, em cujo título estava escrito “ioga”. O celebrado Mestre europeu não fez por menos. Comentou em alto e bom tom para que todos escutassem: “Meu caro senhor. Você não sabe nem escrever a palavra Yôga, como se atreve a publicar um livro sobre o tema?” Foi um vexame para o autor e um constrangimento para os brasileiros presentes ao episódio. Se os protagonistas de uma semelhante incultura fôssem os russos, ou estadunidenses, ou franceses, ou ingleses (que fizeram coisa similar ao suprimir o acento), o resto do mundo acataria respeitosamente. Os ingleses, por exemplo, ao não colocar o acento devido, foram imitados pelo mundo todo. Por que? Bem, ninguém sabia se tinha acento ou não tinha. Os primeiros a transliterar o sânscrito, em 1805, foram os britânicos. E eles contavam com um argumento culturalmente muito persuasivo: possuíam a mais poderosa Armada do planeta!… Mas tratando-se de um latinoamericano a cometer uma falha análoga, o preconceito cultural só poderia induzir a reações como a do ilustre Presidente da Federação Belga.

O que me deixa mais perplexo é que alguns dicionários declaravam que a palavra Yoga devia ser escrita com I porque o Y não existia na nossa língua, mas aceitavam serenamente grafar outros vocábulos com Y, como é o caso do Dicionário Aurélio que tenho em minha biblioteca e que acata subservientemente as palavras baby, play-boy, playground, office-boy, cow-boy, sexy, bye-bye, milady, railway e muitas outras preservando a escrita original com Y (aliás, eu gostaria de saber para que queremos o termo railway! Não utilizamos estrada de ferro?).

Pior ainda foi a truculência do Dicionário Houaiss, ao declarar que Yoga tem de ser escrito ioga, porque o Y não existia no português. E, ao mesmo tempo, na letra Y faz constar: yacht (iate), yachting (iatismo), yanomami [do tupi-guarani], yen [do japonês], yeti [do nepalês], yom kipur [do hebraico], yama, yantra, yoni [do sânscrito], todos com Y, mas Yôga, não. Isso é uma arbitrariedade inadmissível!

Para quem defende o aleijão “ioga”, mas é de tradição judaica, pergunto: consideraria correto escrever “iom quipur”? Ou isso seria uma violentação cultural, etimológica e ideológica?

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Querido Grande Mestre,

Deixo mais uma referência para a língua portuguesa:

Marques, Paulo, Caminho de Luz, Planeta Editora, Maio de 2005, Lisboa.

Este autor escreve “yôga”.

Um grande abraço.

João Camacho

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sexta-feira, 7 de maio de 2010 | Autor:

Carissimo Maestro,
só para informá-lo que entre as páginas 178 e 185 do livro em italiano sobre a filosofia Shakta de André Van Lysebeth que o Mestre De Rose levou de Roma, poderá encontrar inúmeras vezes a palavra ÔM e ômkara escritos com o acento circunflexo. É interessante observar este detalhe, já que o acento circunflexo não existe na língua italiana.
Tudo de bÔm para si!

Carlo Mea – Unidade Parioli – Roma – Itália

quinta-feira, 15 de abril de 2010 | Autor:

Mestrão… uma charge sobre como funciona o ensino formal…

Abraços!

Marco Carvalho

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De fato, quando eu estava estudando francês em Paris o professor tentava explicar qual vocábulo aplicar na frase, de acordo com as regras. Mas eu sou intuitivo. Nunca estudei gramática nem verbos para conseguir falar bem e escrever ainda melhor, desde os tempos escolares. E qualquer criança aprende a falar sem conhecimento algum de gramática ou de regras. Ninguém para no meio de uma frase para se lembrar da regra e continuar a falar. Então, disse ao professor: “Ah! C’est une preposition du object indirect caché du sujet verbal en contraction adverbial rélatif.” O professor me olhou com cara de quem estava escutando grego. Pude concluir: “Pois é assim que as suas explicações me soam.” (Os outros alunos estão tentando entender até agora!) Duvido que César ou Cleópatra aprendessem línguas da forma atual, precisando estudar dez anos para tartamudear no outro idioma. Obviamente, o sistema de ensino de línguas sofreu um retrocesso desde o Império Romano. Terá sido para se ajustar à estrutura capitalista e segurar o aluno pagante por mais tempo? DeRose.

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Olá querido Mestre
Achei esta charge bem bonitinha:
http://marciacordoni.files.wordpress.com/2010/03/cartoon.jpg

Um beijo
Márcia Cordoni
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segunda-feira, 12 de abril de 2010 | Autor:

Já que você entendeu o recado, escreva!

quarta-feira, 7 de abril de 2010 | Autor:

Oi :)
Deixo um vídeo bem legal para asistir (está em espanhol, com sotaque da Espanha).
É sobre o costume de ler…
Beijinhos!
Anahí
Buenos Aires

httpv://www.youtube.com/watch?v=iwPj0qgvfIs

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Grande Mestrão,

Excelente texto.
Para alimentar ainda mais a discussão, olha esse vídeo:

httpv://www.youtube.com/watch?v=ducYY-XbYJk

Excelente.

Abraços,
Lauro Valente
Centro Cívico – Curitiba
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domingo, 4 de abril de 2010 | Autor:

Día perfecto!!!

8:00 am. Práctica diaria de samyama.

9:15 am. Mate.

10:00 am. Práctica de Método DeRose al aire libre.

11:00 am. Café Mocha y sandwich capresse con mi compañero y “Limón” (un precioso y muy inteligente Jack Russell vegetariano que estamos cuidando y mimando por unos días).

13:30 pm. Práctica de SwáSthya para avanzados con la Prof. Yael Barcesat.

16:00 pm. Limpieza profunda de mi casa.

18:30 pm. Lectura del libro “Mantra, vibración infinita” de la Prof, Yael Barcesat y siestita.

21:00 pm. Cena: “Curry de arroz y lentejas” Receta del libro “La dieta del Yôga” de Edgardo Caramella, praparada con mucho cariño por mi amor.

23:00 pm. ¡Encuentro con el Maestro! (Aunque debo confesar que siempre te llevo conmigo.) Visitar tu blog es siempre tan reconfortante y transformador.

Para terminar: Entrenamiento de coreografía y samyama.

¿Qué más se puede pedir?

Gracias Maestro querido por estar siempre tan cerca, en cada palabra que digo, en cada gesto, en cada pensamiento, en cada tarea… gracias por acompañarnos en este camino de redescubrimiento.

Somos muchos los que estamos caminando contigo.

Te quiero y te abrazo con toda mi fuerza.

Javier Alemanno
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terça-feira, 30 de março de 2010 | Autor:

O livro do Prof. Joris Marengo, Presidente da Federação de Santa Catarina, está excelente e é profusamente ilustrado com desenhos muito bons do próprio autor. Não contei, mas deve ter umas duzentas ilustrações, fora as fotos. Está gostoso de ler e ensina o beabá desde o iniciozinho. Mas não fica por aí e conduz o praticante até o nível médio. É um ótimo manual para ser adotado pelos instrutores para ensinar aos seus alunos. Chama-se Yôga antigo para iniciantes.

Parabéns, Jojó.
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