sábado, 11 de abril de 2009 | Autor:

São cinco da manhã. Acabo de chegar, vindo do hospital para onde havíamos levado uma amiga que tinha passado mal. Ao entrar no quarto, deparei-me com uma bagunça. Jaya, minha weimaraner, havia fuçado a lata de lixo e espalhado tudo pelo chão. Ela nunca havia feito isso. Veio me cumprimentar efusivamente, como os cães fazem habitualmente quando os donos chegam. Eu me mantive sério, apontei para aquela sujeira e perguntei baixinho: “Quem fez isto?” A Jaya teve uma reação inusitada que me tocou profundamente. O que ocorreu em seguida, não conseguirei pôr em palavras, nem o seu clima emocional.

Jaya me fitou com um olhar de culpada, baixou a cabeça e saiu do quarto com rabinho baixo. Deixei passar alguns segundos e fui ver onde ela estava. A pobre estava no corredor, encostada num canto de parede como se estivesse com medo, ou com vergonha, abanando o rabinho baixo e me olhando de baixo para cima, com cara de quem sabia perfeitamente que havia errado. Veio me tocar com o focinho uma vez, duas, três, e eu resistindo estoicamente para não estragar tudo me derretendo e abraçando a coitadinha. Mas aguentei firme. Não disse nada e não fiz carinho. Ela olhou para mim mais uma vez e foi saindo de mansinho, subindo a escada escura que dá para o outro andar, onde ficou encolhida até que a Fernanda chegasse.

Isso tudo era quase a reação de uma animal que tomasse surras. Mas ela é super mimada. Nunca apanhou nem é tratada com rispidez. E, apesar disso, ficou magoadinha só porque eu fiquei quieto, olhando para ela. Depois, enquanto vim escrever estas palavras, ela veio aqui para me pedir desculpas. Primeiro, chegou do meu lado e ficou em pé, quietinha, me olhando. Depois, encostou o focinho de leve no meu braço. Então, achei que a indiferença já havia sido suficiente e que estava na hora de lhe dar carinho. Enquanto acariciava seu rosto, eu lhe disse baixinho: “Eu sei… Você não vai fazer mais, né?” Ela recostou a cabeça na minha perna e quase pude sentir que ela interiormente chorou de arrependimento. Ou de gratidão, por termos feito as pazes. Então, para consolidar nossa reconciliação, ela me trouxe seu toy e o entregou na minha mão. Em troca, ganhou um biscoito.

Os treinadores dizem que o cão não deve receber bronca pelo que ele fez há algum tempo, porque ele não associa o que fez com a bronca. Se isso for verdade, a Jaya me mostrou que é diferente, pois ela sabia exatamente porque eu estava chateado.

Por essas e outras, eu sempre digo que a Jaya não é uma cadela. É um anjo que se fez peludinho para me derramar bênçãos de ternura.

 

Fernanda Neis

A cachorrinha

Mas que amor de cachorrinha!
Mas que amor de cachorrinha!

Pode haver coisa no mundo
Mais branca, mais bonitinha
Do que a tua barriguinha
Crivada de mamiquinha?

Pode haver coisa no mundo
Mais travessa, mais tontinha
Que esse amor de cachorrinha
Quando vem fazer festinha
Remexendo a traseirinha?

Vinicius de Moraes

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quarta-feira, 8 de abril de 2009 | Autor:

São Paulo é uma das cidades mais italianas do mundo. É expressivo o número de famílias paulistas e paulistanas que têm laços de familia na Itália. Como tal, sentimos na alma a tristeza e a apreensão pela tragédia que se abateu sobre esse nobre país.

Se de tão longe não pudermos ajudar mais, que pelo menos possamos irmanar nossos corações em consternação e daqui enviarmos nossos votos de carinho a todos aqueles que estão sofrendo dos dois lados do Atlântico. 

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segunda-feira, 6 de abril de 2009 | Autor:

danieltonet
[email protected] | 189.27.97.57

Oi, Mestre. Você viu que na semana passada uma professora de yoga bateu o recorde mundial de mergulho em apnéia? Ela mergulhou até uma profundiade de 96 metros. Este é o link da notícia: http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI3678952-EI8142,00-Britanica+mergulha+m+e+quebra+recorde+mundial.html

“Uma britânica quebrou o recorde mundial após mergulhar 96 m no oceano sem tubo de oxigênio. Sara Campbell, de apenas 1,52 m de altura, apelidada de “Poderoso Rato”, ficou 3 minutos e 36 segundos embaixo da água em Long Island, nas Bahamas, informou o Mail Online nesta sexta-feira.”

Observação do DeRose:

Poderoso Rato? Isso lá é nickname que se dê à Miss Campbell? Trata-se de erro de tradução por incultura do tradutor. O apelido é Mighty Mouse, personagem de desenhos animados da década de 1950 que parodiava o Superman! Ele também tinha uma capa, voava e defendia os oprimidos. Ela terá recebido esse título carinhoso por ser baixinha e poderosa. Portanto, não poderia ter sido traduzido, teria que ser preservado o nome em inglês: Mighty Mouse. Além do mais, mouse é camundongo e não “rato”. Ah! Tradutore, traditore

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terça-feira, 24 de março de 2009 | Autor:

Hoje quero homenagear um jovem instrutor que tem demonstrado elogiável capacidade de trabalho, caráter admirável, um vencedor que serve como modelo de competência e de sucesso a muitos alunos e a novos instrutores. Conhecido e admirado em todo o Brasil, já tem seu nome mencionado em outros países como exemplo de inteligência, boa educação, boa índole e merecedor das tantas amizades sinceras que lhe devotam carinho.

Conheço Heduan há vários anos e a cada dia sinto mais admiração por esse jovem promissor que tem demonstrado lealdade, fidelidade e boa têmpera. Sem dúvida, muito do seu valor proveio da herança cultural, da educação do berço, da sua família. Mas outro tanto deve ser creditado ao seu esforço pessoal, estudo e trabalho sério que vem desenvolvendo em Curitiba.

Ao Heduan, nosso reconhecimento, admiração e afeto.

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quinta-feira, 19 de março de 2009 | Autor:

Ele já era velhinho, um Rotweiler enorme, poderoso, às vezes ranzinza como o somos todos os velhotes, mas uma gracinha. Pena que nossos melhores amigos partam antes – e tão antes! – de nós. Nosso abraço de consolo ao Fabiano Gomes. Ainda bem que você tem a Eureka, para lhe fazer companhia. Mas vai ser preciso dar uma atenção especial (carinho, comidinhas e passeios) para que ela não sinta muito a falta do companheirão Dartagnan. Leia mais »

sábado, 14 de março de 2009 | Autor:

Esta é a Jaya

Esta é a Jaya

Se você não tem um cão, não sabe o que é acordar e ser recebido com tanto afeto de bom-dia. Nenhum ser humano é capaz de dizer: “Posso lhe fazer um carinho? Desculpe se eu me descontrolei e lhe dei uma lambida no rosto, mas é que eu o amo tanto!… Sabe? Eu fiquei esta noite toda prestando atenção a cada movimento seu, para protegê-lo. E cada atitude sua para saber se já era a hora de lhe dar meu olharzinho de ternura e – quem sabe? – receber de você um pouco de atenção. Eu peço tão pouco! Se você apenas me olhar, eu já balanço meu cotoquinho de cauda, para demonstrar a felicidade por ser sua e poder viver ao seu lado!”
Acordei. Abri a porta do meu quarto. Dei bom-dia à Jaya. Ela me encostou a cabeça sobre as pernas, como sempre faz para pedir carinho. Me olhou nos olhos com a meiguice de mil anjos e me arrancou uma lágrima de gratidão. E, no entanto, devo-lhe mais do que ela a mim.

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terça-feira, 10 de março de 2009 | Autor:

Jaime e Desirée enviam a todos um carinhoso abraço e comunicam que estão começando a divulgar o trabalho com o Método DeRose em Palma de Mallorca. Nossos votos de sucesso e que contem com o apoio de toda a egrégora. Aguardamos algumas fotos para compartir com os colegas de blog!