Como muita gente tem se referido ao nosso trabalho como se fosse uma franquia, achei por bem prestar este esclarecimento. O trecho abaixo encontra-se no meu livro Quando é Preciso Ser Forte.
Só tenho uma escola
não trabalho com franquia,
não cobro royalties
Não trabalho com franquia. No passado, há muitos anos, fiz uma rápida experiência com esse sistema, mas não gostei. Considero que para a área de cultura não é o formato ideal. Utilizo o sistema de credenciamento de entidades autônomas. As Unidades Credenciadas (escolas, espaços culturais, associações, federações) são todas autônomas e cada qual tem o seu proprietário, diretor ou presidente. Essas entidades autônomas não me pagam nada, não têm nenhum vínculo jurídico, administrativo, fiscal, comercial nem trabalhista com o DeRose.
Então o que eu ganho com isso? Dignidade e um bom nome valem mais do que dinheiro. Trata-se de um acordo de cavalheiros. Permito que os credenciados utilizem meu nome que já é conhecido há meio século neste segmento cultural porque para eles isso é bom, pois sinaliza ao público que ali faz-se um trabalho sério e diferenciado. Em troca, os credenciados nos proporcionam um trabalho honesto e competente, o qual reforça ainda mais o nome. Em retribuição têm o direito de usar nos seus produtos a mesma marca, que é a mais respeitada no Brasil e noutros países. Isso gera um círculo virtuoso que acaba beneficiando a todos e estimula a opinião pública a buscar o ensinamento da Nossa Cultura em estabelecimentos com credibilidade e em bons livros.
Eu só tenho uma sede, em São Paulo, na Alameda Jaú, 2000. Chamamos de Rede DeRose ao conjunto de entidades que reconhecem a importância da nossa obra e que acatam a metodologia proposta por nós. É como a rede mundial de escolas Montessori. São milhares. Nem por isso alguém acha que são filiais ou franquias da professora Maria Montessori.
Nós não adotamos o sistema de franquia e sim o de credenciamento.
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Credenciamento |
Franquia |
1 |
O credenciado não paga royalties. |
O franqueado paga royalties. |
2 |
No credenciamento não há proteção territorial. |
A proteção territorial constitui um dos pilares da franquia. |
3 |
Tanto o credenciado pode comprar produtos do credenciador como também pode vendê-los a ele. Isso significa que não apenas paga, mas pode receber do credenciador. Poderá até receber mais do que paga. |
O franqueador não paga a um franqueado. Um franqueado não fornece serviços ou produtos ao franqueador. |
4 |
Na verdade, o credenciado não paga nada, pois, a cada compra que efetua, recebe imediatamente o mesmo valor de volta em material didático, que revenderá aos seus alunos e, com isso, reporá a quantia investida. |
Neste procedimento, não há comparação possível com a franquia. |
5 |
O credenciado pode criar suprimentos para vender aos demais credenciados da rede. |
Isso não existe na franquia. 1) Só o franqueador vende. |
6 |
O credenciado tem que ter ingressado como aluno, precisa estudar bastante, prestar vários exames e só muito depois poderá candidatar-se ao privilégio de assinar um contrato de credenciamento. O credenciado não pode fumar, usar bebidas alcoólicas ou tomar drogas. Precisa cumprir um código comportamental rígido em sua vida privada. |
Para comprar uma franquia, basta ter dinheiro e um bom nome comercial na praça. É apenas um negócio. Sua vida pessoal não interessa. Se tiver vícios, isso não interfere no negócio. Não há código comportamental aplicável em sua vida privada. |
7 |
No credenciamento existe uma relação de respeito e carinho entre os credenciados e o credenciador. Na nossa rede, em trinta anos, só uma vez foi necessário recorrer a medida judicial. |
No sistema de franquia os franqueados alinham-se de um lado e o franqueador de outro, cada qual defendendo os seus interesses comerciais. É comum a ocorrência de disputas judiciais. |
8 |
Tal como médicos credenciados por um seguro-saúde podem ser descredenciados a qualquer momento, também os filiados à Uni-Yôga/Método DeRose podem, igualmente, ser descredenciados a qualquer momento. |
Rescindir um contrato de franquia é uma operação muito mais complicada, o que, às vezes, propicia a que um franqueado permaneça utilizando o nome do franqueador por um bom tempo, mesmo depois que este já tenha decidido rescindir o contrato. |