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Nossas aulas prosseguem normalmente. Apesar de sermos tantos, não tivemos nenhum caso de gripe suína na nossa escola. Alguns alunos perceberam isso e nos perguntaram por que aqui ela não se propagou, apesar de estarmos em contato com outras pessoas em nossas profissões, faculdades, cinema, na vida normal.
Uma boa razão é o nosso chai que leva gengibre em sua fórmula. Nestes dias, é recomendável aumentar a quantidade de gengibre. Mas alguns outros cuidados são:
– Fazer gargarejo três vezes por dia com água e sal.
– Fazer gargarejo com compostos que levem malva e/ou tintura de aroeira. Você os encontra nas farmácias comuns.
– Fazer neti, um vez por dia com um pouquinho a mais de sal (só nos períodos mais críticos – normalmente, uma vez por semana com uma colherzinha das de café para cada litro de água fervida e amornada). Isso limpa o sinus, prevenindo contra ou mesmo melhorando a sinusite.
– Casca de romã (da fruta) é ótima para combater dor de garganta, afonia e rouquidão. Pode ser utilizada para fazer chá ou ainda deixada no canto da boca durante o dia. O mesmo pode também ser feito com o gengibre. Usado preventivamente, antes de você ter os sintomas, também é ótimo.
– Lavar as mãos com mais frequência. Com álcool é melhor, mas sem neurose.
– Eucalipto é ótimo para evitar gripes. Pode ser utilizar a essência diluída em álcool borrifada no meio ambiente.
– Certa vez, eu estava com congestão nasal e do seio maxilar e frontal. Um médico aluno nosso recomendou que eu fizesse inalação com buchinha do Norte, comprada na feira. Fiz a inalação e o efeito foi surpreendente. (Inalação é feita colocando a erva ou substância em água fervente e inalando os vapores, mantendo a cabeça coberta com uma toalha para direcionar os ditos vapores. No caso da buchinha do Norte, ela precisa ferver uns minutinhos antes de tirar do fogo.) Por uma questão de ética, não utilize nenhuma sugestão sem consultar o seu médico.
– Se você quiser tomar uma providência bem eficaz, antes de dormir pique um dente de alho em fragmentos bem pequenos e engula-os com algum líquido que encubra o gosto. Deve ser bem picado para que os ácidos gástricos possam retirar os princípios ativos do alho, mesmo sem que ele tenha sido mastigado. O hálito afugenta-parceiro será bem atenuado quando no dia seguinte você escovar os dentes, comer alguma coisa e tomar uma ducha para retirar o olor que foi eliminado durante a noite pela pele. Só para garantir, passe o dia com um cravo ou com umas sementes de cardamomo para refrescar o hálito. Mas evite os exageros. Conheci um fanático que passava o dia com casca de romã, gengibre, cravo e cardamomo, tudo junto. Sua boca parecia um entreposto de especiarias!
Nota: se não conseguir engolir o alho, compre cápsulas de óleo de alho desodorizado em qualquer farmácia. É mais caro, mas evita o cheirão. Antes de pôr em prática, lembre-se de consultar o seu médico a respeito destas sugestões.
Se ficar gripado, evite assoar o nariz no lenço. Isso eu já condenava no meu livro Boas Maneiras. Lugar de assoar o nariz é dentro do banheiro com a porta fechada. Assoando com água, você evita assar a pele do nariz, reduz o contágio e é mais elegante do que assoar no lenço como se fazia no tempo do meu bisavô. Lenço é para emergências. Quando eu era criança, nunca entendi como é que as pessoas daquela época assoavam o nariz em lenços e depois os guardavam no bolso e levavam aquilo para casa! Que nojo! Em qualquer lugar existem toiletes. Então, vá assoar lá dentro, evite contagiar os outros e ainda preserve uma boa imagem.
No caso de ter que espirrar ou tossir, evite pôr a mão na frente, pois você vai cumprimentar pessoas e tocar objetos. O ideal é usar o lenço (neste caso, sim), para não espalhar elementos contaminantes. Se saiu de casa sem lenço e sem documento, passe em algum lavabo e pegue umas folhas de papel toalha. Foi pego de surpresa? Então, espirre ou tussa entre o seu braço e o antebraço esquerdo. O direito você aproximará das pessoas ao cumprimentá-las. E o óbvio ululante: não tussa nem espirre na direção de pessoas, alimentos etc. É óbvio, mas já vi acontecer…