A re-revisão é o trabalho de revisar a revisão. Primeiro é feita a revisão por uma especialista em rigor conceitual. Depois passa por uma profissional em revisão de português. Em seguida por uma revisora de diagramação. Só então, quando o livro é considerado perfeito e o autor pode apostar sua reputação nisso, é que ele me envia a obra para a minha revisão geral. Nessa, ainda encontro uma quantidade de detalhes (“Deus está nos detalhes…”). Rabisco o livro e mando de volta para que o autor dê o polimento final. A checagem do resultado desse polimento é feita comparando o exemplar anterior, que foi assinalado por mim, com o novo já corrigido. Em alguns casos, esse processo já demorou cinco anos de idas e vindas, releituras e recorreções. Tivemos um caso em que essa tortura já contabiliza oito anos e ainda não terminou. Mas, em compensação, temos os livros do De Bona, que já chegam perfeitos e não me dão trabalho algum. Melhor para o autor, que além de ter menos trabalho com as re-re-recorreções sucessivas, também pode editar logo o seu filhote.
sábado, 5 de setembro de 2009 | Autor: DeRose