Muita gente está se solidarizando comigo e muito mais pessoas estão manifestando sua indignação com respeito à coluna da jornalista Ruth Aquino ([email protected]). Em virtude disso, peço que ao escrever à revista, meus amigos moderem sua revolta e recordem-se de que a elegância, o polimento e a fidalguia são virtudes dos praticantes do nosso método. Eu precisei fazer força para ser um pouco mais contundente na carta que escrevi, por estar sendo assim orientado pelos meus advogados e preciso confiar nos que me assessoram. Mas se você ler meus textos – nos meus livros e aqui no blog – vai perceber que minha linguagem não é aquela. Na verdade, não guardo nenhuma mágoa nem ressentimento pela Ruth, pois tenho vários amigos jornalistas e sei que quando publicam coisas assim não se trata de nada pessoal. Faz parte da profissão. É como a circunstância em que dois advogados se digladiam dentro do tribunal e mais tarde encontram-se cordialmente para tomar um café. Certa vez, em um congresso internacional de Yôga fora do Brasil, tive um debate muito sério com um indiano a respeito de Pátañjali. Vendo que meus argumentos eram serenamente mais fundamentados que os dele, fez caras, falou alto, gesticulou como um celerado. No final de tudo, veio conversar comigo, deu-me um presente e disse: “Não leve a mal, ‘Proféssor‘. Isso tudo é só circo.” Bem, eu não acho que seja tudo só circo, mas me esforço por aceitar que os jargões profissionais e os mis-en-scènes sejam mesmo necessários para o andamento do mundo no seu estágio atual de evolução. Acalento a certeza de que essa jornalista não tem nada contra mim e se a encontrar vou tratá-la com respeito e cortesia, da mesma forma como ela me tratou ao telefone.
Talvez, mais tarde, eu publique aqui a carta que enviei à revista. Não quero publicá-la já para não influenciar a linguagem nem os argumentos dos que pretendem escrever.
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