domingo, 17 de julho de 2016 | Autor:

Egrégora provém do grego egrégoroi e designa a força gerada pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer finalidade. Todos os agrupamentos humanos possuem suas egrégoras características: todas as empresas, clubes, religiões, famílias, partidos etc. Egrégora é como um filho coletivo, produzido pela interação “genética” das diferentes pessoas envolvidas. Se não conhecermos o fenômeno, as egrégoras vão sendo criadas a esmo e os seus criadores tornam-se logo seus servos, já que são induzidos a pensar e agir sempre na direção dos vetores que caracterizaram a criação dessas entidades gregárias. Serão tanto mais escravos quanto menos conscientes estiverem do processo. Se conhecermos sua existência e as leis naturais que as regem, tornamo-nos senhores dessas forças colossais. Por axioma, um ser humano nunca vence a influência de uma egrégora caso se oponha frontalmente a ela. A razão é simples. Uma pessoa, por mais forte que seja, permanece uma só. A egrégora acumula a energia de várias, incluindo a dessa própria pessoa forte. Assim, quanto mais poderoso for o indivíduo, mais força estará emprestando à egrégora para que ela incorpore às dos demais e o domine (“Quanto mais forte for a tora de madeira, mais energia dará ao fogo que a consome”, DeRose, livro Sútras).

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segunda-feira, 11 de julho de 2016 | Autor:

Imagine uma pessoa que quisesse achar água e ficasse dispersando tempo e trabalho a cavar vários poços ao mesmo tempo ao invés de se concentrar num só. A cada buraquinho recém começado, interrompesse para ir cavar outro e depois voltasse para o primeiro; trocasse de novo para experimentar um terceiro e assim sucessivamente. Após perder muito tempo e desperdiçar muito trabalho, provavelmente abandonaria todas as tentativas, desanimado, declarando que definitivamente não adianta cavar, pois supõe que nenhum deles dará água. Contudo, é provável que todos dessem água (de diferentes qualidades e com diferentes profundidades), desde que o inconstante tivesse se concentrado num só poço. Vivêkánanda referia-se a esse tipo de gente na parábola do homem que, chegando a uma árvore frutífera, dera uma mordida em cada fruta para ver se havia alguma que lhe agradasse mais, ao invés de pegar uma para saciar sua fome.

youtu.be/vOvCadtVLyM

domingo, 3 de julho de 2016 | Autor:

Ocorreu uma lenta transição – de quase 50 anos – do trabalho com Yôga para o trabalho com o Método. Podemos declarar que o DeROSE Method foi importado da França porque foi nesse país que primeiro começou a ser utilizado como marca. Dali, foi para a Inglaterra, depois para Portugal e, só então, para o Brasil, onde chegou como marca em 2008.
No entanto, também podemos declarar que o Método surgiu em 1960, porque desde que ministrei naquele ano as minhas primeiras aulas, os ensinantes de outras linhas referiram-se ao meu trabalho como “o método do DeRose” uma vez que, já de início, era muito diferente da versão moderna e utilitária que conheciam como Yôga. Devido ao cacófato “dodode”, logo passaram a se referir ao “Método DeROSE”. Todos, menos eu, se referiam ao nosso trabalho por aquele nome. Gradualmente, fui acatando essa nomenclatura. Porém, não queria aplicá-la às aulas de Yôga. Então, fui enfatizando progressivamente os conceitos de reeducação comportamental. Não subtraímos nada. Agregamos muita coisa.

youtu.be/taAgyQ6GfPA

domingo, 26 de junho de 2016 | Autor:

Depois de meio século ensinando essa matéria, cheguei à surpreendente conclusão de que o Yôga não funciona.

SEM REEDUCAÇÃO COMPORTAMENTAL, NÃO FUNCIONA

Para funcionar, o Yôga, precisa que você adote os conceitos de reeducação comportamental. Sem um bom relacionamento humano e sem um bom relacionamento afetivo, sem mudar sua atitude, sua alimentação, sem eliminar o uso do fumo, do álcool e das drogas, ele não funciona.
Não funciona porque o praticante não consegue alcançar o samádhi se continuar sendo um hominídeo comum, sem mudar o seu comportamento. Você acharia possível alguém conseguir a evolução interior se continuasse emocionalizado, mal-educado, desentendendo-se com outras pessoas, brigando com os colegas de trabalho, com os amigos, com a esposa, com os empregados? Alguém que fosse maledicente, grosseiro, desonesto, mentiroso? Claro que não!
Obter flexibilidade, tônus muscular, melhorar o rendimento nos esportes, nos estudos e no trabalho, superlativar a vitalidade e tudo o mais que nós já sabemos, são apenas efeitos colaterais positivos da prática.
Yôga é qualquer metodologia estritamente prática que conduza ao samádhi. Ou seja, ele pode ser qualquer coisa, mas precisa ser estritamente prático, porque não tem teoria. E tem que ter a proposta de conduzir à meta do Yôga, o samádhi.
Ora, esse estado de megalucidez denominado samádhi não pode ser conquistado por alguém que não consiga sequer ser equilibrado emocionalmente, alguém que se desentenda com o colega ou com o cônjuge, alguém que fale mal de um praticante ou instrutor por ele ser de outra linha da mesma filosofia. Não pode ser alcançado por alguém que na aula faz meditação e põe as mãos “em prece” com cara de santo arrependido e, quando termina a aula, briga com o empregado, porteiro, motorista, amigo, desamigo, conhecido, desconhecido, namorado, ex-namorado, cliente, fornecedor etc.
Noutras palavras, cheguei à amarga conclusão de que sem aplicar os conceitos comportamentais de reeducação, o Yôga não funciona porque não leva à sua meta, que é o samádhi.
Eu já havia concluído isso há muito tempo, tanto que tinha publicado nos meus livros, desde a década de 1990, insistentes apelos a que todos participassem das atividades culturais como meio para compartilhar, pela convivência, um código comportamental e de valores. Mas os praticantes e instrutores daquela época não queriam saber. Estavam sofrendo paralisia de paradigma, pois entraram nas nossas escolas pelo canal da palavra Yôga e achavam que essa coisa deveria consistir apenas em uns contorcionismos exóticos e uns relaxamentos. Achavam que não tinha nada que interferir com o comportamento.
Então, por uma sincronicidade, floresceu, oficialmente, na França, o DeROSE Method. A partir de então, como era outro produto cultural, as pessoas não só aderiram às atividades sociais como também manifestaram sua alegria por elas existirem nas nossas escolas. Como assim, outro produto? Não mudamos apenas o nome e continuamos ensinando a mesma coisa? Não! DeROSE Method é outra coisa!

Assista sobre o assunto no vídeo abaixo, ou acompanhe o áudio via podcast.

youtu.be/CDBvoXHiYK8