quarta-feira, 2 de novembro de 2016 | Autor:

Ter um cão dá trabalho e dá despesas. Para ter um cachorro, você precisa de maturidade e estrutura. É necessário pagar veterinário e alimentos de boa qualidade, brinquedos, caminha (que ele vai destruir logo, logo), mantinhas e mais uma infinidade de coisas. Ter um cão é como ter um filho, só que não cresce nunca. Você tem de cuidar dele pela vida toda.
E precisa ter paciência, muita. E amor, um montão. E tempo, bastante tempo. É preciso caminhar com ele uma hora por dia. É preciso levá-lo várias vezes por dia lá fora para fazer suas necessidades (e recolher seus cocôs).
Ter um cão só para suprir as suas carências e não ligar a mínima para as dele é inadmissível. Deixar o bichinho trancado, sozinho no apartamento durante o dia todo, é uma maldade. Os cães são serezinhos amorosos que precisam desesperadamente de companhia ou de gente ou de outros cães. Para um cão, ficar só, confinado, o dia todo é uma tortura psicológica.
E se ele ficar apertado? A maior parte dos humanos não prevê isso na organização da sua vida com o cão e o animal só pode se aliviar na rua, de manhã e à noite. Você não fica apertado no meio do dia? Já imaginou você querendo fazer um xixi ou com dor de barriga e não podendo ir ao banheiro porque o seu dono deixou-o preso em um lugar sem banheiro?
Mas se não conseguir segurar e fizer um xixi – ou pior – na sala ou no quarto! O resto do dia pareceria uma eternidade, enquanto esperaria horas sem fim passarem-se arrastadas, antevendo a chegada do seu tutor e o constrangimento que viria a seguir. Mesmo que ele não brigue. Mesmo que não grite. Mesmo que não bata. O animal fica envergonhado pelo ar de chateação do humano.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016 | Autor:

Observe que raríssimas são as pessoas que estão satisfeitas com seus mundos. Em geral, todos têm reclamações do seu trabalho, dos seus subalternos e dos seus superiores; da sua remuneração e do reconhecimento pelo seu trabalho; reclamações dos seus pais, dos seus filhos, dos seus cônjuges, do seu condomínio, do governo do seu País, do seu Estado, da sua cidade, da polícia, da Justiça, do departamento de trânsito, dos impostos, dos vizinhos mal-educados, dos motoristas inábeis, dos pedestres indisciplinados… Quanta coisa para reclamar, não é?
Assista ao vídeo ou acompanhe no podcast o desenrolar deste assunto:

terça-feira, 1 de novembro de 2016 | Autor:

A resposta que o maître poderá lhe dar é a de que não tem nada para vegetarianos. Então você lhe contrapõe:

– Tem batata frita? Tem couve-flor? Tem queijo? Tem farofa? Tem palmito? Tem espaguete? Tem champignon? Tem pizza? Se tem tudo isso e muito mais, porque o senhor declara que não tem nada para vegetarianos?

Aí, ele lhe serve uma sopa de cebola com caldo de carne.
Vamos, portanto, tentar esclarecer alguns equívocos consagrados pela opinião pública leiga sobre a alimentação vegetariana, incluídos aqui os nutricionistas, especialmente os das companhias aéreas e os chefs de cuisine de restaurantes e hotéis – e, certamente, as tias-avós de todos nós.

Vegetariano é aquele que não come carnes. Nem vermelhas, nem brancas, nem azuis, nem furta-cor. Carne alguma. E é só isso.

segunda-feira, 31 de outubro de 2016 | Autor:

Muitos migram para o SwáSthya Yôga, deparam-se com o ashtánga sádhana e ficam perplexos. Frequentemente, após o choque da primeira aula, repetem a mesma frase:

– Em anos de yóga não aprendi tanto quanto nesta primeira aula de SwáSthya!

E isso porque só conheceram o ády ashtánga sádhana, a nossa prática mais elementar. Depois vêm outros mais adiantados: o viparíta ashtánga sádhana, o mahá ashtánga sádhana, o swa ashtánga sádhana, o manasika ashtánga sádhana etc.

Como o SwáSthya Yôga pode ser tão completo? Ele é prodigiosamente global por tratar-se de um proto-Yôga integrado, Yôga pré-clássico, pré-vêdico, pré-ariano. Yôga original, resgatado diretamente de seu registro akáshico. Do Yôga Pré-Clássico, nasceram todos os demais e por essa razão ele possui os elementos constitutivos dos principais e mais antigos ramos de Yôga. SwáSthya é o nome do próprio Yôga Pré-Clássico após a sistematização. Por isso é tão completo.

Certa vez, um aluno perguntou-nos se havia alguma literatura que explicasse o motivo pelo qual o nosso método era tão rápido e eficiente. Indicamos o livro Kundaliní Yôga, do Swámi Shivánanda, página 86 da segunda edição do Editorial Kier. Em poucas linhas o escritor hindu nos proporciona uma excelente elucidação, quando diz:

“Os hatha yôgins o conseguem mediante a prática de pránáyáma, ásana e mudrá; os rája yôgins, mediante a concentração e o treinamento da mente; os bhaktas, por devoção e entrega total; os jñánis, mediante o processo analítico da vontade; e os tântricos, mediante mantras, bem como pelo kripá guru (a graça do Mestre) por imposição das mãos, a fixação do seu olhar ou o mero sankalpa.”

Um método detentor, simultaneamente, de todos esses recursos e outros mais, como se denominaria um Yôga assim tão completo?

Seu nome é SwáSthya Yôga, sistematizado a partir de 1960 baseado no Dakshinacharatántrika-Niríshwarasámkhya Yôga, hoje tido como extinto.

Outras técnicas

Independentemente das diversas gradações de ashtánga sádhana ortodoxo e das miríades de variações heterodoxas, nossa tradição ainda oferece ao praticante os demais estágios 3, 4, 5, e 6, que se seguem e, além deles, as técnicas denominadas suplementares, posto que não fazem falta, mas auxiliam. Estudemos, a seguir, o estágio número três.

III – bhúta shuddhi

É a etapa de purificação intensiva do corpo e seus canais de prána, as nádís. Na terceira parte do ády ashtánga sádhana (o anga mantra), e depois na quinta parte (o anga kriyá), já demos os primeiros passos nessa tarefa. Trata-se agora de especializar e aprofundar a purificação, não apenas com mantras, kriyás (principalmente, jalabasti) pránáyámas, mas também com uma rígida seleção alimentar orgânica, sem sal, sem açúcar, sem laticínios, sem ovos, sem farinhas, jejuns regulares moderados e com um sistema de reeducação das emoções para que o praticante não conspurque seu corpo com os detritos tóxicos das emoções viscosas como o ódio, a inveja, o ciúme, o medo etc. Também tratamos de regular a quantidade de exercício, de trabalho, de sono, de sexo e de alimentos. Há uma medida ideal para cada um desses fatores. Qualquer excesso ou carência pode comprometer o resultado almejado.

Estes e outros recursos são utilizados para deixar os canais desimpedidos, desesclerosados, a fim de que a energia possa fluir livremente quando for despertada. Caso contrário, se despertarmos a kundaliní sem termos antes liberado seu caminho pelas nádís, sua eclosão avassaladora pode romper os dutos naturais e vazar para onde não deve, causando inconvenientes à saúde. Como os praticantes ocidentais, em geral, não conhecem os procedimentos corretos, eles nutrem um justificado medo de despertar a kundaliní. O homem receia o desconhecido e esse tema, para aqueles os ocidentais, é ignorado, misterioso. Daí o misticismo de alguns. Na verdade, seguindo as regras do jogo e a orientação de um Preceptor capacitado, despertar a kundaliní é menos perigoso que atravessar a rua. Por isso, os praticantes avançados do SwáSthya Yôga não o temem e dominam perfeitamente esse processo de desenvolvimento.

segunda-feira, 31 de outubro de 2016 | Autor:

Frequentemente alguém me pergunta: “Você imaginava que algum dia teria escrito tantos livros e que o seu trabalho fosse estar tão difundido, tão grande, com tanta gente, em tantos países?” Não. Não imaginava e não era isso o que eu aspirava. Só queria que me deixassem em paz. Mas não deixavam! Quando você aperta um sabonete ele salta para cima. Quanto mais fortemente se golpeia um gongo, mais gente o escuta. A mim me apertaram demais e golpearam muito fortemente. A consequência não poderia ser outra. Saltei para cima e fui escutado.
Um dia, mais inspirado, escrevi os Dez Preceitos aos Instrutores de Yôga, que consta do meu livro Mensagens e está gravado no CD do mesmo nome. Este é o oitavo preceito:

A árvore podada cresce mais e o guerreiro ferido muitas vezes em combate torna-se perito no uso das armas. Tal exacerbação do instinto de sobrevivência é obtida pela disciplina e pelas dificuldades. O melhor discípulo será aquele sobre o qual forem aplicadas as maiores exigências e as mais duras críticas. O mais talentoso instrutor será aquele que tiver enfrentado as mais atrozes dificuldades no afã de bem desempenhar sua missão.

Hoje estou realizado e feliz. Nesta fase da minha vida – a melhor fase! – tenho uma legião de amigos sinceros, uma mulher fascinante, ex-esposas que me querem bem, milhares de filhos que se orgulham de mim, mais de 30 livros publicados e uma cachorrona weimaraner carinhosa que me defende corajosamente.
Recebi, em mais de meio século de trabalho, uma quantidade de comendas, títulos, diplomas, medalhas e um reconhecimento que, acredito, nenhum outro profissional desta área recebeu em toda a história. Não sinto nenhuma vaidade por isso. Sinto gratidão.
Sou grato aos que confiaram em mim e me ajudaram. Sou grato aos que permaneceram ao meu lado mesmo quando todos em volta me agrediam e injuriavam. Sou grato aos que estão ao meu lado há mais de dez, há mais de vinte e há mais de trinta anos. Sou grato aos discípulos e amigos que me aturaram. Sou grato aos Presidentes de Federações que sempre me apoiaram com comovente nobreza de espírito.

sábado, 29 de outubro de 2016 | Autor:

Atitude Afirmativa é quando você ouve uma proposta do seu chefe de departamento, ou do seu líder de equipe, ou de qualquer outra liderança e, em vez de opor logo uma resistência branca, apoia imediatamente, elogia, encoraja. Depois, mostra-se proativo e toma a iniciativa na realização do projeto. Atitude Afirmativa é engajar-se com entusiasmo quando um colega propõe uma ideia, um plano de trabalho, uma forma diferente de fazer alguma coisa. Esse deve ser o impulso. É muito positivo para a sua imagem quando as pessoas percebem que você é um colega, amigo ou familiar que sempre apoia, acredita e motiva. Muitos profissionais deixaram de receber promoções em suas carreiras e muitos casamentos se esboroaram por falta da Atitude Afirmativa.
Em uma reunião, quando todos estão contra alguém que propôs um projeto, aquele que apoia, alenta e fica do lado do que está sentindo rejeição por parte dos demais, aquele que o apoiou terá conquistado um amigo leal.
Quantas esposas declaram que querem separar-se por não se sentir apoiadas, valorizadas e incentivadas por parte dos seus maridos! Quantos amigos foram afastados por sempre serem negativos, reativos, pessimistas e desestimuladores!
Vamos pensar na carreira, nas relações humanas, nas relações afetivas: acima de tudo, Atitude Afirmativa. Depois, ação efetiva.

sábado, 29 de outubro de 2016 | Autor:

A estratégia mais inteligente utilizada pelas pessoas bem-sucedidas é pensar com a cabeça do outro. A realidade é uma questão de ótica. Assim que você começar a aplicar esta tática, vai constatar o quanto é fácil não brigar.
Usando esse recurso, você não estará sendo inferior ou mais fraco. Pelo contrário, estará dando os primeiros passos na arte de dominar o oponente, fazendo com que não o veja mais como agressor. Depois que ele não estiver mais na defensiva e o clima emocional for afetuoso, você conseguirá o que quer – sem confrontos!
Os melhores generais foram os que venceram os inimigos sem apelar para o elevado custo das batalhas.
Compare o custo/benefício de uma desgastante briga entre pessoas que se amam, a qual poderá durar horas infinitas ou até dias; poderá deixar sequelas como uma mágoa para o resto da vida; poderá comprometer o desejo sexual; poderá até gerar um rompimento definitivo. Compare isso com o poder de estar no comando e descobrir que tipo de carinho, que tipo de fisionomia, que tipo de tom de voz, que tipo de frase, poderia derreter o parceiro e atirá-lo indefeso aos seus pés!
Agora considere: quem é o mais forte, o que confronta ou o que consegue não brigar?