segunda-feira, 9 de abril de 2012 | Autor:

Há quase 40 anos escrevi um texto que não pode ser chamado de poesia, mas que foi escrito com muito bháva. Como achei bonito demais para continuar sepultado no meu computador, compartilho-o com você.

Re

Abril de 1975.

 

Resplandece em minha memória

Repousante imagem tua, que,

Reunindo-me as forças é, a um só tempo,

Refrigério de meu espírito a ti voltado.

 

Reforças neste ser vivido a

Revolta pelos padrões senis que

Reprimem no homem seus derradeiros

Resquícios de afeto e fé.

 

Revejo, com esperança, a

Remoção da dor e das lágrimas

Ressaltadas pelo amor profundo deste

Reencontro afinal cristalizado.

 

Recebe-o destas mãos cujo criar

Ressuscitas tão fácil; e

Retira de teu peito todo o

Ressentimento de algum pretérito amargor.

 

Resiste a toda dúvida e

Retorna, excelsa Dêví, ao

Recolhimento morno desta alma

Redimida sob as chamas do Renovador Shiva.

 

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