terça-feira, 16 de novembro de 2010 | Autor:

Recentemente, conversando com uma pessoa ela me fez a pergunta do título. Perguntei-lhe o que ela entendia pela palavra mágica:

– O que é [palavra mágica] para você?

Resposta:

– Bem, [palavra mágica] é muito bom! É muito bom para acalmar. Uma terapia muito boa. Minha avó pratica essa ginástica e faz muito bem para ela. Estou pensando em mandar lá a minha mulher porque ela é que gosta “dessas coisas”. Ela está grávida e eu ouvi dizer que é muito bom para a gestação. Ela aproveitava e levava junto as crianças para praticar com ela. Quem sabe se assim ficam mais tranquilas. Mas na sua [palavra mágica no feminino] não tem que rezar, não, né?

Minha explicação:

– Pois é, meu amigo, você menci0nou acalmar, terapia, ginástica, idosos, mulheres, crianças, gravidez, religião e “essas coisas”. Nós não fazemos nada do que você mencionou. Percebe porque não podemos designar o que fazemos com o mesmo nome que você acabou de mencionar? Se a população e a mídia, pela denominação que você utilizou, entendem essa batelada de estereótipos que não tem nada a ver com o nosso trabalho, não podemos nos referir ao nosso trabalho usando a mesma palavra.

Perplexidade:

– Mas então, o que é que você faz?

Oportunidade de esclarecer:

– Nós propomos um Método de qualidade de vida, um estilo de vida com técnicas e conceitos para maximizar o rendimento na profissão, a alta performance no esporte e aprimoramento nas relações humanas. Aqui está o pocket book O Método DeRose que esclarecerá melhor o que ensinamos; e este é o meu cartão de visitas que tem no verso um resumo da nossa proposta.

Conclusão:

– Ah!… Isso vai ser bom é para o meu filho de trinta anos, que é empresário e desportista.

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Deixei de mencionar a palavra mágica, mas alguns amigos meus ainda continuam a usar o rótulo. Uma amiga contou à mãe que eu estava a tirar um curso de instrutora de Yôga, e a senhora perguntou-me como é que eu me vestia. Expliquei que para as aulas práticas precisava de roupa mais confortável.

– Sim, mas e fora das aulas? Quando andas lá…

Fiquei intrigada, sem perceber muito bem a pergunta. Disse-lhe que me vestia normalmente.

– Não usas “aquelas” roupas? Aquelas saias?

Respondi-lhe que me vestia da mesma forma de sempre, tentando esconder a tristeza que aquela conversa me estava a provocar. Isto partiu de uma pessoa que me conhece há alguns anos. Imagine se não me conhecesse!

Com a comida já desisti de me justificar, a não ser quando percebo que a pessoa pede um esclarecimento genuíno.

O que me faz feliz é sentir a reação das pessoas às mudanças positivas que notam em mim. Mas será que percebem que estas mudanças se devem ao Método?

Abração, com a força da paciência e da tolerância!

Susana Sousa
Espaço Lifestyle – Lisboa

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