segunda-feira, 20 de junho de 2016 | Autor:

Certa vez, numa viagem internacional, minha mesinha já estava posta quando tive a infeliz ideia de informar a comissária de bordo que o pedido de alimentação vegetariana era meu. Ato contínuo ela retirou da minha mesa o queijo, a manteiga, a maionese, o pão, o biscoito, o chocolate, a sobremesa e tirou até o sal e a pimenta. No lugar, colocou uma lavagem de legumes cozidos à moda de isopor.

Por que a gentil senhorita fez isso com este simpático cavalheiro? Será que ela pensa que queijo é carne? Que manteiga, maionese, chocolate são algum tipo perigosíssimo de carne de vaca-louca camuflada?

O pior nas viagens aéreas é que se você pedir alimentação VGML ou VLML, o pessoal do catering tira a sua sobremesa como que a puni-lo por ter-lhes dado trabalho. É como se estivessem a ralhar com o passageiro:

– Menino mau. Já que não come a sua carne, vai ficar sem sobremesa.

E você é obrigado a comer legumes cozidos sem tempero ou salada fria com uma uva de sobremesa, enquanto assiste o vizinho de poltrona refastelando-se com um prato quentinho de strogonoff, suflé, parmegiana, milanesa, tudo arrumado com capricho, mais um apetitoso pudim e ainda tem que ouvi-lo comentar:

– Essa comida de bordo é uma porcaria…

youtu.be/xT4639mXdkc

domingo, 19 de junho de 2016 | Autor:

Cruzei meu Rubicão. Hoje, já não atuo mais na área profissional de Yôga. Atualmente trabalho com o DeROSE Method. Será que o Método é Yôga com outro nome? Não. DeROSE Method é outra coisa. Vou demonstrar o que acabo de dizer.

Por definição, “Yôga é qualquer metodologia estritamente prática que conduza ao samádhi”. Ora, o DeROSE Method transcendeu o “estritamente prático”. No momento em que os conceitos de reeducação com- portamental ocupam mais de 80% do tempo do praticante durante o seu dia, restam menos de 20% para a prática regular convencional. Logo, o Método não é estritamente prático. Consequentemente, não é Yôga.

Não abandonei o Yôga. Ele está preservado intacto como parte do Método. Mas o segmento profissional em que nos inserimos já não é mais restrito a essa filosofia, nem está mais sujeito aos estereótipos que lhe foram impostos pela opinião pública ocidental.

Ao nosso acervo acrescentamos um formidável patrimônio de conceitos comportamentais aplicáveis ao mundo real do praticante: à sua profissão, à sua faculdade, ao seu esporte, à sua família, ao seu relacionamento afetivo.

youtu.be/El_0ak2Zq-s

sábado, 18 de junho de 2016 | Autor:

Como retribuição por ter feito uma das mais importantes descobertas arqueológicas, Marcellino de Sautuola foi acusado de haver forjado as pinturas dentro da caverna! Como sempre ocorre nesses casos, havia um perseguidor-mor que orquestrou a difamação e conseguiu que ele fosse expulso da Academia. Acusado de fraude numa campanha impiedosa movida contra ele pelo idoso pré-historiador francês Éduard Cartailhac, Sautuola foi expulso de todos os círculos científicos. Ninguém lhe concedeu direito de defesa e seu nome passou a ser sinônimo de charlatanismo. Tornou-se impiedosamente perseguido, injuriado como um vigarista. Seu nome foi enlameado pela imprensa. Nos anos que se seguiram, não podia nem mesmo sair à rua, pois era agredido verbalmente pelos transeuntes.

Certa vez, ao sair para tomar um pouco de sol, um desconhecido cuspiu-lhe na cara, gritando: “Impostor!” para que os circunstantes escutassem. Todos os demais cientistas, a imprensa e a opinião pública passaram a difamar e humilhar tanto o pobre homem que pouco depois, em 1888, Sautuola morreu de desgosto.

Decorridos alguns anos, entre 1895 e 1901, outros arqueólogos encontraram pinturas semelhantes em cavernas na França e em toda a Europa. Não havia outra saída para o ilustre cientista que difamara o pobre descobridor das pinturas rupestres, senão confessar que errara e apresentar suas desculpas póstumas à filha do arqueólogo injustiçado, agora adulta. Maria, com toda a razão, não aceitou as desculpas e acusou Cartailhac publicamente de ser o responsável pela humilhação e pela morte do pai. Nenhum pedido de desculpas compensaria a amargura dos ultrajes sofridos ou a própria morte. Como diz a máxima: “A verdade sempre resplandece no final, quando todos já foram embora.”

youtu.be/Tg5zq2KHAkk

sábado, 18 de junho de 2016 | Autor:

Estes axiomas são o fruto de muita experiência de vida. Eles foram elaborados pensando em você e para ajudá-lo a tornar sua vida mais fácil. Aceite-os como um presente. Reúna sua galera para desfrutá-los num grupo de debates ou de meditação.

Axiomas:

1. Não acredite.
2. Dar segunda chance é dar uma segunda oportunidade para que a pessoa repita a mesma atitude.
3. Repassar sua incumbência a terceiros é uma forma quase infalível de a tarefa sair errada.
4. Buscar orientação sobre qualquer coisa com fontes que não sejam de primeira mão é a melhor maneira de conseguir informações com param-pará corrompido que conduzam você a erro.
5. Deixar recado não funciona.
6. Fazer surpresa quase sempre resulta em desastre.
7. Tudo o que você disser chegará ao conhecimento da pessoa envolvida no comentário.
8. Nada é aquilo que parece ser.
9. Tudo é relativo.
10. E-mail não funciona (a menos que você telefone perguntando se o destinatário conseguiu abrir e ler o arquivo).

youtu.be/jfEa9R2fqOA

sexta-feira, 17 de junho de 2016 | Autor:

Um dia, eu estava no estúdio da TV Bandeirantes, aguardando o momento da minha entrevista e assisti à que me precedia. A entrevistadora, Xênia Bier, estava entrevistando uma senhora humilde, Dona Cida, que havia idealizado e concretizado o Hospital do Fogo Selvagem, em Uberaba, Minas Gerais.
Em um dado momento, a entrevistadora disse:
– Eu a admiro muito. Você, sendo mulher, negra, pobre e analfabeta conseguir construir um hospital, é preciso ter muito amor…
E a entrevistada disparou:
– Amor nada, minha filha! Raiva!
Esse é um bom exemplo do quanto a raiva pode ser canalizada para uma direção construtiva.

Assista ao vídeo sobre o assunto:

youtu.be/wP-VeWc2VHk

quarta-feira, 15 de junho de 2016 | Autor:

O ciúme nada mais é do que a soberba ignorância dos princípios de espaço vital e, na mesma proporção, constitui uma grosseiríssima falta de educação para com o parceiro, bem como para com todos quantos sejam vitimados por presenciar a cena, ainda que ela seja apenas uma cara feia. Isso, sem falar nos amigos ou amigas que acabam envolvidos na ridícula ceninha de novela.

Se você quer azedar seu relacionamento afetivo, a receita é infalível. Seja ciumento(a). Ou o relacionamento deteriora e vai cada um para o seu lado, ou acabarão sendo protagonistas das manchetes policiais.

Aprofundamos este assunto em nosso canal do YouTube. Clique no vídeo abaixo e assista.
Se preferir, acompanhe pelo podcast!

youtu.be/tOH8-I6sun4

terça-feira, 14 de junho de 2016 | Autor:

Se num restaurante você se declarar vegetariano e consultar o maître sobre o que ele sugere, o esforçado profissional poderá lhe dar duas respostas. A mais frequente é:
– O senhor é vegetariano? Nesse caso podemos lhe oferecer frango, peixe… E a lagosta está ótima.
Inútil tentar fazê-lo entender que vegetariano não come carne de frango, nem carne de peixe, nem carne de crustáceo. Ele fará uma cara de ervilha encefálica e lhe oferecerá bacon. O leitor pensa que estou gracejando? Então faça a experiência. Entre no próximo restaurante e use a palavra mágica vegetariano. Garanto que à saída fará uma generosa doação para o Serviço de Proteção ao Vegetariano Incompreendido.
A outra resposta que o maître poderá lhe dar é a de que não tem nada para vegetarianos. Então você lhe contrapõe:
– Tem batata frita? Tem couve-flor? Tem queijo? Tem farofa? Tem palmito? Tem espaguete? Tem champignon? Tem pizza? Se tem tudo isso e muito mais, porque o senhor declara que não tem nada para vegetarianos?
Aí, ele lhe serve uma sopa de cebola com caldo de carne.

Assista ao vídeo e acompanhe também o assunto em nosso podcast:

youtube.com/watch?v=KeH3V0GoB8w