domingo, 16 de outubro de 2016 | Autor:

Durante 40 anos de ensino, fui o Prof. DeRose e não houve problemas. Ninguém me incomodou nem questionou o título de professor, desde a juventude em 1960 quando comecei a dar aulas e entrevistas, até o ano 2000. Depois de velho, quando recebi o grau de Mestre começaram os problemas com relação ao título. Desconfianças, insultos, entrevistas insolentes, questionamentos irracionais de que “Mestre só Jesus”! É como se as pessoas se sentissem ultrajadas pelo fato de um profissional de Yôga ostentar o mesmo grau que tantos outros profissionais exibem sem causar nenhuma revolta. Ora, o próprio CBO – Catálogo Brasileiro de Ocupações, do Ministério do Trabalho, relaciona mais de trinta profissões com o título de Mestre, entre elas, Mestre de Corte e Costura, Mestre de Charque, Mestre de Águas e Esgotos etc. Mas de Yôga não pode. Por quê?
Um coronel usa o título antes do nome, Cel. fulano e é chamado coronel ou meu coronel. Um médico usa o título antes do nome, Dr. sicrano e é tratado por doutor ou senhor doutor. Um padre usa o título antes do nome Pe. beltrano e é chamado padre. O pastor é chamado de Rev. mengano e é tratado por reverendo. O juiz é tratado por Meritíssimo e o reitor por Magnífico Reitor. O mestre de Aikidô é tratado por Sensei e o mestre de capoeira é tratado por Mestre. O Mestre Maçom instalado é chamado de Venerável Mestre. No entanto, em se tratando de Yôga paira um preconceito lancinante que gera logo a predisposição para questionar quem use seu título legítimo.
Pessoalmente, gosto muito de chamar o contestador à razão, comparando-me aos Mestres de profissões humildes e até iletradas. Quando alguém me cobra acintosamente o direito ao título, prefiro perguntar se ele faria essa cobrança ao Mestre de Capoeira ou ao Mestre de Jangada. Pois, se não o faria, mas faz-me a mim, trata-se inequivocamente de uma discriminação.
Agora, tantos anos depois, com cinco títulos de Mestre não-acadêmicos, conferidos por duas universidades brasileiras, duas européias e uma faculdade paulista, várias Comendas e alguns títulos de Doutor Honoris Causa (o mais recente pelo Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina) percebo que não preciso ostentar nenhum deles. Interiormente, sinto que foram extrapolados.
Particularmente, não faço questão de título algum. Meu nome já representa uma carga de autoridade que se basta por si mesma. Não obstante (que ironia!), agora as instituições, as autoridades e os Governos fazem questão de me tratar por Comendador e por Mestre!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009 | Autor:

Em algumas cidades aqui no Brasil, comemora-se em 15 de outubro o Dia do Professor, noutras, o Dia do Mestre. No final, quer dizer a mesma coisa, pois refere-se basicamente ao “Mestre-escola”, termo que já não se usa para designar o professor primário. Por extensão, professores de todos os graus e de todas as disciplinas são cumprimentados.

Assim, quero cumprimentar a todos os instrutores, professores e Mestres da Nossa Cultura. Você, que ensina o nosso código comportamental, está mudando o mundo e escrevendo a História. Você está salvando vidas. Está tornando as pessoas mais felizes, mais bonitas, mais prósperas, mais cultas, mais educadas. Você está melhorando o mundo!

Este dia é seu. Que seus alunos celebrem este dia como você merece.

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