domingo, 1 de fevereiro de 2009 | Autor:

Não coma carne

A carne vermelha é responsável por boa parte do colesterol ruim do organismo, e a carne branca é a mais tóxica pela quantidade de cadaverina e putricina (olha os nomes!), toxinas responsáveis pela decomposição. Ao não comer carnes, você também vai ajudar o meio ambiente. Nos últimos 30 anos, mais de 40% da floresta amazônica foi destruída para a construção de pastos para gado de corte.

Não substitua a carne por coisa alguma. O que é ruim, não se substitui: elimina-se! Tornei-me vegetariano ao 16 anos de idade e nunca substituí a carne. Na verdade, até hoje continuo tendo “geladeira de adolescente”, só com coisas gostosas e nenhuma verdura. Sou vegetariano há meio século, cresci mais que o meu pai, mais que o meu irmão e estou em muito melhores condições físicas do que a grande maioria dos homens (velhotes) da minha idade.

Mais informações nos posts: O que é que você come? e Alimentação com carnes polui mais que todos os veículos do mundo.

Gustavo Cardoso, da Inglaterra, nos enviou este link superinteressante sobre a opção vegan (vegana). Nós no Yôga somos lactovegetarianos (ou alguns, ovolactovegetarianos), mas o vídeo é muito útil para nós também.

http://video.google.com/videoplay?docid=5473738085353371179&ei=HWqFSdnDB42siALT5fj8Cg&q=vegan

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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009 | Autor:

Comida ruim não é vegetarianismo: é desinformação

Vamos parar com a mania de fazer comida ruim e marrom só para dizer que é saudável. Vou repetir aqui, pois parece que ninguém escuta: comida vegetariana não tem nada a ver com tofu, algas, shoyu, missô. Nem mesmo com açúcar mascavo ou cereal integral. É claro que o cereal integral é melhor do que o refinado. Mas isso não tem nada a ver com comer carne ou não. As pessoas tendem a misturar as coisas. É uma pena.

O pior é que muitos instrutores de Yôga vegetarianos alimentam a confusão ao ensinar, até mesmo em seus livros, receitas preconceituosas, que sucumbem à nefanda moda naturéba.

Certa vez, eu estava dando um curso de formação de instrutores de Yôga na Universidade Federal de Santa Catarina e a aula que precedia o almoço era justamente sobre alimentação vegetariana. Desdobrei-me para fazer uma turma de 120 alunos aspirantes à profissão convencerem-se de que o nosso sistema alimentar não tinha nada a ver com a macrobiótica, nem com a alimentação natural; que a nossa era colorida, aromática, saborosa. Terminada a aula, os alunos saíram para almoçar. Havia um stand da Wanda, instrutora que havia pedido permissão para vender lanches, sanduíches, salgadinhos e doces à saída dos alunos a fim de facilitar a vida deles, pois poderiam comer ali mesmo enquanto não recomeçavam as aulas do período da tarde. Quando saí da sala de classe, deparei-me com todos aqueles estudantes comendo salgados marrons, doces marrons, pães marrons, tudo no mais perfeito look macrobiótico – linha que a instrutora que vendia os alimentos jurava já não seguir mais.

Você consegue imaginar a minha reação? Com que cara eu iria enfrentar aqueles 120 alunos que me ouviram dizer uma coisa e na prática constataram outra? “Então é essa comida marrom intragável que o Mestre diz que é deliciosa, colorida e aromática?”

Obviamente, na volta do almoço a aula foi sobre a falta de sinapses nos neurônios dos instrutores de Yôga, falta de receptividade ao ensinamento tradicional do Yôga, falta de fidelidade ao que o ministrante acabara de transmitir e falta de cultura. Sim, falta de cultura, pois ensinavam Yôga e não tinham a mínima idéia do que se come no Yôga.

Mas, afinal, qual é a alimentação vegetariana autêntica? Cada qual afirmará que é a sua vertente. E existem muitas! No entanto, noves fora, isto é, egos fora, a pergunta que não quer calar é: Qual é a alimentação vegetariana mesmo?

Simples. De onde veio o Yôga? Da Índia. Qual é o único país vegetariano do mundo? A Índia. Há quanto tempo eles praticam isso? Há milênios, não é modismo, não! Então, meus amados, não há dúvida. A alimentação vegetariana por excelência (o sistema adotado pelo Yôga) é o da Índia.

Quer saber como é a comida da Índia? Ela não tem os pratos de carne de cordeiro nem de frango que se encontram nos restaurantes indianos ocidentais. Noventa e nove por cento da população indiana é lacto-vegetariana – de fato – e os pratos são incrivelmente condimentados. Fabulosamente condimentados por uma constelação de especiarias. Não é de se estranhar, afinal, como aprendemos na escola, a Companhia das Índias Orientais enriqueceu muita gente comercializando as tais especiarias vindas de lá. A índia é o país das especiarias. Consequentemente, é a gastronomia mais saborosa do planeta! Essa é a nossa alimentação, apenas moderando um pouco nos temperos porque os ocidentais não aguentam tanta ardência.

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