quarta-feira, 18 de julho de 2012 | Autor:

 

1960 – Tornei-me vegetariano

 

Até meus quinze anos de idade eu só comia carne. Era uma luta para minha mãe me convencer a provar os legumes e outras iguarias. Eu só comia carne e estava acabado. Ainda por cima, fazia questão de que a carne fosse mal passada e viesse sangrando! (Sim, todos temos um passado negro. Ou deveria dizer “um passado ensanguentado”?)

Por essa época eu tinha um amigo chamado Wladimir, que não comia carne. Quando ele ia almoçar na nossa casa, eu explicava à minha mãe:

– Mãe, o Wlad não come carne.

– Por que? – me perguntava ela.

– Sei lá. Maluquice dele.

Sempre achei meio doideira do Wladimir não se alimentar direito, como qualquer pessoa normal. No entanto, um dia tivemos uma disputa, dessas de adolescente, e partimos para a briga. A essa altura eu já estava – aparentemente – muito mais forte que ele. Tinha desenvolvido físico atlético, começara a praticar lutas. E, apesar disso, quando Wlad me segurava num estrangulamento ou outro golpe era de uma força descomunal. Aquilo mexeu comigo. De onde meu amigo tirava tanto vigor? Guardei a experiência no meu arquivo de memórias e segui em frente.

Quando tinha dezesseis anos de idade li em um dos muitos livros que eu debulhava incessantemente, que uma pessoa civilizada, educada e sensível não deveria comer as carnes de animais mortos. Que uma pessoa inteligente deve procurar ter uma alimentação mais seletiva. Que evitando as carnes de todos os tipos e cores, nosso corpo fica mais saudável e purificado, proporcionando condições para uma evolução interior muito mais rápida e efetiva. Não titubeei. Lembrei-me da força do Wladimir e decidi parar de comer carnes.

No entanto, era o mês de junho de 1960. Estava ocorrendo na minha rua uma festa junina que reunia a garotada de todas as casas e um dos prazeres dessas festas eram as comidinhas. E tudo grátis! Havia uma barraquinha de mini hot-dogs. Como despedida tracei quinze! Passados cinquenta anos, não me lembro se havia sido só o pão com o molho ou se foi com salsicha e tudo. O fato é que essa teria sido a última vez. Dali para frente, tornara-me formalmente um yôgin sincero e verdadeiro, logo, sem devorar carnes mortas.

Minha mãe entrou em pânico:

– Você vai ficar fraco. Vai ficar doente!

Mas eu não arredava pé da decisão. Então mamãe chamou o médico da família para uma consulta domiciliar, como era costume naquela época. O Doutor Rocha Freire olhou a minha língua, penetrou meus olhos com um feixe de luz, auscultou meus batimentos cardíacos, mediu-me a pressão e pontificou:

– Se não voltar a comer carne, você morrerá em três meses.

Por essa época, eu já utilizava o conceito que veio a se tornar o axioma número um do SwáSthya: “Não acredite”. E eu não acreditei. Pouco tempo depois, eu fui ao enterro do médico e continuo muito vivo até hoje, meio século depois.

Minha mãe sempre lamentava:

– Eu queria fazer uma comidinha gostosa para você, mas você não come nada…

E, por mais que eu explicasse que comia sim, de tudo, consumia agora muito mais variedades do que antes e apreciava uma profusão de pratos de forno e fogão, não adiantava. No conceito da mamãe (e de tantas outras pessoas!), eu “não comia nada”. E, mesmo ela não podendo mais contar com a cumplicidade do médico que morrera, o estribilho prosseguia buzinando nos meus ouvidos:

– Você vai ficar fraco. Você vai ficar doente.

Sob todo esse esforço de me sugestionar negativamente, foi mesmo uma proeza eu não haver sido influenciado e não ter ficado de fato enfermo.

Com o tempo, ela foi se acostumando, pois cada vez eu me tornava mais alto e mais forte, ultrapassando em muito os meus pais, tios e irmão mais velho que a essa altura estava na Academia Militar.

Mas não nos esqueçamos, nesse período, eu era aborrecente, com dezesseis, dezessete, dezoito anos de idade. Quando alguém questionava minha alimentação, eu respondia do alto da minha empáfia: “Não sou necrófago, não como cadáveres.” Ou então: “Não sou papa-defunto.” Ou, melhor ainda: “Não como comida de cachorro.” (Eu não imaginava que mais tarde viria a ter uma weimaraner vegetariana!) Obviamente, não recomendo a ninguém dar essas respostas mal-educadas.

Descobri, com o tempo, que as pessoas só implicam porque nós damos satisfação. Quem não gosta de comer jiló por acaso anda apregoando isso? Se alguém puser essa amaríssima solanácea no seu prato, quem não a aprecia simplesmente deixa-a de lado sem fazer alarde. Se puxarem assunto perguntando se a pessoa em questão não come jiló, ela, com naturalidade, responderá laconicamente e prosseguirá a conversa com outro tema.

O problema maior são os entes queridos que, estando mais próximos, invadem mais a nossa privacidade e não tocam no assunto uma só vez, en passant. Os íntimos voltam à carga outra e outra vez até entupir as medidas e acabam tirando do sério o desafortunado vegetariano. Nesse caso, observe o exemplo dos meninos de escola que experimentam ir chamando os colegas de qualquer coisa. Se algum dos apodos incomodar, esse é o apelido que vai pegar. Da mesma forma, se os familiares perceberem que você dá muita importância à opinião deles e que se irrita com a interferência sistemática na sua liberdade de opção, isso se transformará numa neurose obsessiva. Aproveitarão todas as oportunidades para lhe aplicar uma alfinetada. Contudo, se você não ligar a mínima e algumas vezes entrar na brincadeira, gracejando junto, todos vão considerá-lo uma pessoa equilibrada e bem resolvida. Depois, pararão de tocar no assunto, pois ele fica velho e acaba perdendo a graça.

Para mim, o fato de não ingerir carnes nunca trouxe dificuldade alguma de relacionamento. Estudei em colégio interno, pratiquei esportes, servi o exército na tropa, sempre fazendo muitos amigos. Incursionei por esse Brasil imenso dando cursos no interior de vários estados, depois viajei por outros países e jamais tive qualquer problema para me alimentar nem para cultivar as atividades sociais. Em alguns lugares o problema para comer era a diferença de paladar, mas não o fato de eu ser vegetariano.

Comida ruim não é vegetarianismo: é desinformação

É lamentável a mania de fazer comida ruim e marrom só para dizer que é saudável. Comida vegetariana não tem nada a ver com salada, nem com soja, nem ricota, tofú, algas, shoyu, missô. Nem mesmo com açúcar mascavo ou cereal integral. É claro que o cereal integral é melhor do que o refinado. Mas isso não tem nada a ver com comer carne ou não comê-la. As pessoas tendem a misturar as coisas. É uma pena.

A Índia, que é o berço do vegetarianismo e a maior nação vegetariana do mundo, não tem arroz integral. Essa foi minha pasmada constatação quando morei num mosteiro dos Himalayas. A comida não tinha nada de marrom, não era integral e não tinha gosto naturéba. Era colorida, aromática e temperadíssima!

Marinheiro de primeira viagem, meio garotão, fui consultar o Mestre do Shivánanda Ashram a esse respeito. Perguntei: “Como é que o Swámi Shivánanda escreveu em seus livros que devemos reduzir os temperos e a comida aqui é tão condimentada?” O Mestre respondeu, serenamente: “Tudo que é demais não é aconselhável.” E eu fiquei com a minha dúvida pairando no ar. Só quando saí do mosteiro, viajei pelo país e fui comer nos restaurantes normais é que compreendi. A culinária indiana legítima é tão superlativamente condimentada, que o que eles chamam de reduzir os temperos seria elaborar uma comida um milhão de vezes mais temperada e ardida que a nossa pobre, insípida, gororoba ocidental.

No livro Método de Boa Alimentação abordo o tema da alimentação inteligente, exponho a fundamentação antropológica que sustenta essa opção alimentar, forneço regras, dicas, receitas e endereços, além de relatar uma série de peripécias e curiosidades. Como tudo isso já está publicado noutra obra, neste capítulo vamos ficando por aqui.

Rafaella
http://www.rafaellacoelho.org | [email protected] | 189.4.234.42

Oi Mestre!
Você já assistiu o The Meatrix? Este vídeo é uma paródia dos filmes “The Matrix” que destaca os problemas da agricultura industrial.
http://www.youtube.com/watch?v=zhsy2-sWyk4&eurl=http://www.vivaqualidadedevida.org/search?q=meatrix
Beijos,
Rafinha

 

Vivi
http://www.vivianesantos.wordpress.com | [email protected] | 189.62.134.70

Mestre, me desculpe a demora para respondê-lo. Eu consigo entrar normalmente ao clicar no link que deixei e me parece que está correto, já que há um comentário da Regina Wiese dizendo que entrou no site e já preencheu o formulário. Tente mais uma vez:
http://www.vista-se.com.br/expedito
Este é o link para mais informações sobre o projeto de lei:
http://vista-se.com.br/site/primeiro-projeto-de-2009-amplia-direitos-do-consumidor
Se não conseguir, me avise novamente.
Beijos
Vivi

Lerivan Ribeiro
http://www.YogaKobrasol.com.br | [email protected] | 201.11.108.43

É muito bom ver todos participando do Blog.
E como mais uma contribuição, trago um vídeo muito legal sobre Vegetarianismo:
http://www.youtube.com/watch?v=nd71OvcCX2s&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=nd71OvcCX2s

Abraços!

Alessandra Fernandes
[email protected] | 189.120.24.170

Estou sempre aprendendo no seu blog, Mestre. Esse post me ensinou muito.

Ah, encontrei um link de uma notícia que não tem relação com o post, mas que pode ser interessante. A Manchete é “Efeitos globais do bife brasileiro”, e fala sobre como o gado de corte brasileiro é um dos mais impactantes mundialmente para o meio ambiente.

http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/efeitos_globais_do_bife_brasileiro.html

  Pedro Pereira
[email protected] | 93.108.160.110

Oi, Mestre! Não sabia quais os melhores trâmites a seguir para poder deixar-lhe o link para um video que julgo que vai adorar. Devido ao tema em questão, procurei o arquivo de “amigos”, para melhor ilustrar a minha intenção.
É de uma beleza extrema, e julgo retratar na perfeição o que nos une a todos.

Espero sinceramente que goste!
Um enorme abraço

Lerivan Ribeiro
http://www.YogaKobrasol.com.br | [email protected] | 201.11.108.43

É muito bom ver todos participando do Blog.
E como mais uma contribuição, trago um vídeo muito legal sobre Vegetarianismo:
http://www.youtube.com/watch?v=nd71OvcCX2s&feature=related

Leandro Gomes
[email protected] | 189.62.26.51

Olá João Marcelo,
além da sunga, imagine o fato do atleta ser vegetariano…
O vegetariano Piero Venturato é duas vezes
campeão mundial de fisiculturismo, sete vezes campeão italiano e cinco vezes campeão europeu.
venturato2.jpg

 

Joao Marcelo
http://joaomarcelomarketingdireto.blogspot.com/ | [email protected] | 200.169.132.165

Oi Fernanda! Olha o Bill Pearl, vegetariano, com 56 anos…

Bill_stand_pose.jpg

 

Thiago Madruga

Oi Mestre,

Não sei como postar aqui, mas gostaria de compartilhar um vídeo com todos

O vídeo é de uma matéria do SBT Realidade sobre longevidade. A cidade de Loma Linda nos Estados Unidos ficou em segundo lugar no mundo com a maior expectativa de vida, perdendo apenas para a ilha de Okinawa, no Japão

O interessante é que a cidade é de adventistas do sétimo dia, ou seja, não comem carne, não bebem e não fumam

Segue o vídeo abaixo:

httpv://www.youtube.com/watch?v=1yv7goXOBVA

Abraços

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quarta-feira, 27 de julho de 2011 | Autor:

Querido Mestre,

a frase “… e se tornar um autor da própria história” é mesmo de Fernando Pessoa.

Segue o texto integral caso queira colocar no blog, que se chama Palco da Vida, bem a propósito do tema da Webclass de hoje.

Um abraço forte,
Helder
Porto – Portugal

PALCO DA VIDA

Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo. E você pode evitar que ela vá à falência.

Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você. Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestade, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem desilusões.

Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.

Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples, que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar “eu errei”. É ter ousadia para dizer “me perdoe”. É ter sensibilidade para expressar “eu preciso de você”. É ter capacidade de dizer “eu te amo”. É ter humildade da receptividade.

Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz… E, quando você errar o caminho, recomece, pois assim você descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância.

Usar as perdas para refinar a paciência.
Usar as falhas para lapidar o prazer.
Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.

Jamais desista de si mesmo.
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de fatores a demonstrarem o contrário.

Pedras no caminho? Guardo todas… Um dia vou construir um castelo!

Fernando Pessoa

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Olá Mestre,

Tem surgido muita polémica em relação à autoria deste texto. Deixo aqui um esclarecimento:

“O poema em questão não é de Fernando Pessoa, coisa que poderia ser garantida à primeira leitura (pelo tema, pela escrita, pela ortografia). No Brasil, tanto na web como em papel impresso, circulam vários «poemas apócrifos» assinados por Fernando Pessoa; muitas vezes, os seus autores pretendem garantir algum reconhecimento anónimo através da utilização do nome do poeta”, esclareceu Francisco José Viegas, escritor e director da Casa Fernando Pessoa, actual Secretário de Estado da Cultura.

E aproveito para partilhar um poema, este sim, de Pessoa.

“Fecho os olhos, medito
E, se invoco, revivo
Um momento meu ser é infinito
No inteiro eu entre mim e o que fui
Depois estagno, e o meu ser morto e esquivo
Rio fundo por mim flui.”

Fernando Pessoa

Beijinhos com poesia azul,

Susana Sousa
Aluna Espaço Lifestyle – Lisboa

sábado, 14 de maio de 2011 | Autor:

PRIMERA ENTREVISTA

1. Cómo se consigue un mayor nivel de consciencia?

La educación, el estudio, los viajes, la cultura general son herramientas importantes. Además, hay técnicas que contribuyen a incrementar la oxigenación de la sangre y la circulación cerebral. Pero eso no es todo. Lo más relevante es la voluntad, la determinación de lograr un mayor nivel de consciencia. Todo junto concede resultados muy expresivos.

2. Al tener este mayor nivel, como individuos, en qué mejoramos?

Disfrutar de una lucidez más amplia nos permite tener consciencia de los procesos sociales, afectivos, profesionales y, con eso, contribuir para transformar el mundo, perfeccionando las relaciones humanas, reduciendo la incultura o la pobreza.

3. Las sociedades necesitan que sus integrantes tengan mayor consciencia?

Si por sociedades podemos comprender las sociedades culturales, deportivas, empresariales o la propia Sociedad como un todo, la respuesta es si. Todos estamos de acuerdo en que el ser humano necesita de mayor consciencia para todas sus actividades. Con mayor consciencia, quizás, los conflictos entre personas, entre naciones, entre etnias y entre religiones podrían reducirse o hasta eliminarse.

4. Cómo ayuda el Método DeRose a lograr este estado de más lucidez?

El Método no “ayuda”, porque no queremos que confundan, jamás, nuestra cultura con propuestas de auto-ayuda. Sin embargo, contribuye para lograr el estado de más lucidez por medio de la reeducación comportamental y de técnicas muy efectivas.

5. Cómo transmitir esta cultura de apertura y lucidez a los niños?

No trabajamos con niños. Trabajamos solamente con adultos jóvenes.

6. Qué significa estar integrados?

Incentivamos a nuestros alumnos a que sean más participativos, más integrados a la familia, a la sociedad y que cultiven la ciudadanía y la civilidad.

7. La cultura actual contribuye al desarrollo integral del individuo?

La cultura contemporánea limita y desestimula el desarrollo integral de las personas al valorizar una formación cada vez más unidireccionada. El paradigma del empleo, los estereotipos de la formación académica, la estructura empresarial con cargos sectorizados y funciones repetitivas, todo eso castra el desarrollo integral del individuo.

8. El capitalismo, como sistema filosófico, ha aumentado la falta de integración del individuo?

Al contrario. Dejando la teoría y observando la práctica, yo pude notar que el capitalismo proporciona más posibilidades de integración que las otras opciones. Nuestra contribución en ese campo fue la creación en la década de 1970 del concepto de administración participativa, que es un capitalismo atenuado y compartido. Después, en la década de 1980, propusimos un nuevo concepto superior a la democracia, que denominamos “democracia consensual”. Un día hablaremos de eso.

9. Logrando esta integración estamos mejor preparados para los cambios?

La integración en si podría hasta oponer resistencia a los cambios. El aumento de la lucidez producida por el estudio, los viajes, la cultura general etc., esto sí, podría contribuir para una flexibilidad intelectual y emocional que predisponga a aceptar mejor los cambios de la evolución social, científica, tecnológica y comportamental, que ocurren todo el tiempo en la vida.

10. Por qué la gente llega buscando el Método? Qué están careciendo en ese momento de aproximación y qué consiguen con su práctica?

En general, la gente llega porque escuchó buenos comentarios en la facultad, en la oficina o en el club deportivo. No están careciendo de nada. Y la práctica no pretende ofrecer ningún beneficio. Son personas de buen nivel cultural y educacional, linda gente, sana y feliz. No buscan nada. Practican simplemente porque les gusta el ambiente, las propuestas comportamentales, la “tribu” joven de cuerpos esculturados que no fuman, no toman alcool, ni usan drogas. A veces, son los padres que indican el Método DeRose a sus hijos de 20 o 30 años. Otras veces, son los alumnos que traen a sus amigos.

11. Qué es para usted la vida?

Una oportunidad para perfeccionarnos. El gran actor y director italiano Vittorio Gassman, dijo en una entrevista: “Deveriamos tener dos vidas. Una para ensayar y otra para vivir.” Concuerdo con él.

12. Qué consejo le daría a alguien que está buscando darle sentido a su existencia?

Ninguno. No trabajamos con eso. Está fuera de nuestra área de competencia.

 

SEGUNDA ENTREVISTA

1-¿Cómo surgió en su vida la idea de dedicarse a esto? (mini biografía, libros, etc)

La bases del Método DeRose nació conmigo. Cada persona nace con una programación genética, unos para correr, y se tornan maratonistas; otros para la danza, y se tornan un Billy Elliot; otros para la lucha, y se tornan un Bruce Lee. Yo noté cuando era chico que había nacido para esto. Ahora, ya pasaron más de 50 años de magisterio, nuestro trabajo está bien consolidado en centenas de escuelas independientes y autónomas en muchos países de Europa y Américas.

2-¿En qué se basa y a qué apunta el Método?

El Método DeRose consiste en técnicas y conceptos. Se trata de una reeducación comportamental aplicable al mundo real: a la facultad, al trabajo, al deporte, etc. El Método es una propuesta de calidad de vida, buenos modales, buenas relaciones humanas, buena cultura, buena alimentación y buena forma. Algunas de nuestras herramientas son las técnicas respiratorias, las técnicas orgánicas, las de concentración y otras. Todo eso en última instancia en busca de la expansión de la conciencia y el autoconocimiento.

3-¿En qué lugares de Argentina y en qué otros países se lo puede practicar?

El Método DeRose cuenta con escuelas en  Francia (que fue el primer país a utilizar esa marca), Inglaterra, Escocia, Italia, España, Portugal, Luxemburgo, Estados Unidos, Chile, Brasil, Argentina y otros. En Argentina estamos hace más de 20 años y tenemos muchas escuelas en Buenos Aires y algunas en Córdoba y Mendoza.

4-¿Qué implica el concepto ‘life style coaching’?

La consultoría prestada por nuestros instructores es práctica. En la clase enseñamos las técnicas. En la convivencia con los otros alumnos son transmitidos los conceptos. Y estos son mucho más importantes, constituye la esencia de nuestro trabajo, ya que las técnicas perfeccionan al individuo, pero con los conceptos podremos cambiar el mundo.

5-¿Cuáles son las ventajas que otorga su práctica sistemática?

No tenemos el foco en ventajas ni en beneficios de ningún tipo.

6- ¿Qué diferencia se plantea con respecto a otros enfoques del yoga, por ejemplo?

El Método no es eso.

7-¿Es apto para cualquier persona (edad, estado de salud, etc)?

El Método fue elaborado para adultos jóvenes (de 18 a 48 años, más o menos), sanos, felices, dinámicos, realizadores, de escolaridad universitaria. Es más direccionado a los hombres. Sin embargo, tenemos muchas mujeres y algunos señores mayores. Pero 90% de nuestros alumnos están entre 18 y 30 años. Como no se trata de terapia, solo aceptamos personas con perfecta salud.

8-¿Cómo se manejan los prejuicios de quienes piensan que el bienestar de los seres humanos es un ‘tema menor’ en la vida alienada que llevamos?

Nos dirigimos solamente a los que consideran importantes nuestros valores culturales y sociales. Como nuestro trabajo es personalizado e intimista, no precisamos ni dependemos de “convencer” a nadie. Hay mucha, pero mucha, gente que comparte los mismos valores e ideales que profesamos. En general, cuanto más cultura tiene el individuo, mejor comprende nuestra propuesta.

 

 

 

segunda-feira, 14 de março de 2011 | Autor:

Vou reeditar o livro sobre alimentação. Quero que esteja pronto para o lançamento no Festival de Florianópolis. Provavelmente terá o título Método de Alimentação Biológica.

Para tanto, preciso que você me envie os dados sobre os restaurantes da sua cidade, tal como se encontram na edição anterior Chega de Abobrinha!

Ou seja, se tem ou não convênio conosco; o nível de respeito e atenção com não-carnívoros, de um a cinco smiles; e o preço médio relativo de um  a cinco cifrões ($). Não mencione valores em reais, pesos, dólares, euros etc., porque isso muda. Além do mais, para quem vem de outro país, converter a sua moeda pode ser um pouco confuso.

Também preciso do preço em $$ porque o número de cifrões representa: ($) muito barato, ($$) barato, ($$$) médio, ($$$$) caro e ($$$$$) muito caro, dentro de um contexto. Esse contexto quem interpreta é você que esteve no restaurante.

Necessitamos dos nomes dos pratos para que os nossos leitores entrem e peçam as iguarias recomendadas por você.

Os estabelecimentos precisam ser comuns e jamais especializados. Não podem ser restaurantes vegetarianos, naturais, macrobóticos, veganos, biológicos, orgânicos etc.  

Pode indicar pizzarias, lanchonetes, churrascarias e restaurantes diversos, desde que sejam comuns, normais. A ideia é justamente mostrar que um não-carnívoro encontra comida sem carnes em qualquer lugar e que comemos a mesma comida que todo o mundo come, só que sem carnes .

Precisamos dos dados completos dos restaurantes: nome, endereço, telefone, cidade, estado e país. Depois, qual o patamar de preço (de um a cinco cifrões [$]) e qual o nível de satisfação que você sentiu (de um a cinco smiles). Na sequência, o nome de alguns pratos que constem do cardápio regular e que não contenham carnes. A proposta não é vegan. É apenas não-carnívora.

Mas, por favor, seja exigente. Imagine que quem vai lá experimentar os pratos indicados é um daqueles intolerantes radicais xiitas que fincam pé contra o seu sistema alimentar e dos que afirmam que jamais conseguiriam ter prazer em alimentação sem carnes. Os pratos recomendados precisam estremecer essas opiniões desinformadas sobre o que nós comemos.

Não me envie sugestões de pratos estereotipados, que contenham soja, tofú, shoyu, missô, algas, arroz integral, açúcar mascavo ou qualquer outra coisa que possa parecer esquisitice aos olhos dos outsiders. A comida tem que ser saborosa.  Food should taste good.

Atenção: preciso dessas informações para ontem!

Obrigado pelo Ritmo DeRose

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Queria deixar um aviso aos frequentadores do Blog que querem colaborar com o livro novo de Alimentação:

Vamos facilitar a vida do Mestre. Leia o post na íntegra antes de deixar suas sugestões. O Mestre não vai ter tempo de pesquisar todos os dados faltantes dos restaurantes, sites etc, por isso você precisa mandar os dados completos e bem organizados. Para facilitar você pode preencher os dados da seguinte forma:

Nome do restaurante:
Endereço completo e telefone:
Número de smiles (de 1 a 5):
Valor médio (de 1 a 5 cifrões):
Tem convênio conosco?
Sugestões de pratos (bebidas, entradas, pratos principais, sobremesas):

Pronto!

Beijos.

Vivi

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011 | Autor:

Sugestões de Pratos Sem Carnes De Qualquer Espécie
(nem carne de frango, nem carne de peixe, nem carne de crustáceo etc.)

 

Todas as sugestões que se seguem devem ser bem temperadas com orégano, cominho, coentro, noz-moscada, tomilho, gengibre, cardamomo, açafrão, curry, páprica, louro, salsa, cravo, canela, manjericão, manjerona, masala, kümmel, pimentas (exceto a do reino), sem mencionar a cebola e o alho. Usar azeite de oliva virgem ao invés de manteiga. Colocar o azeite (ou qualquer óleo) de preferência quando tirar do fogo. Ou, se não for possível, deixá-lo o mínimo de tempo possível no fogo. Evitar sal, pimenta do reino e vinagre.

Sopas, soufflés e assados: de ervilhas, palmito, aspargos, legumes em geral, cebola, couve-flor, milho, champignon, queijo, beterraba com creme de leite, lentilha com batata cortada, etc.

Legumes à Milanesa, Empanados, Doré, Au Gratin: couve-flor, palmito, cenoura, enfim, todos os legumes separadamente ou em combinações tais como batata com cebola, aspargo com champignon e todas as possibilidades imagináveis.

Farofas: brasileira autêntica (cebola, azeitona, pimentão, tomate, salsa), ou de ovo com azeitonas, passas com ovos, só com cebola, só de cenoura ralada com salsinha, ou azeitonas com cebolas refogadas, ou ainda de banana, etc.

Feijões (desde que cozidos sem carne-seca, torresmo/bacon, paio nem caldo de carne de boi, de galinha, de peixe ou de qualquer outro bicho morto): preto, manteiga, fradinho, lentilha e tantos outros. Experimente o feijão azuki, ele é ótimo. Soja não! Por que soja? Só porque o coitado disse que era vegetariano? Pára com isso!

Arroz (branco ou integral): com ervilhas, com cenoura, com palmito, com azeitonas, com passas, com queijo. Arroz de forno é uma ótima proposta. E ainda há os risotos… de tudo o que você possa imaginar!

Massas: ao pesto, ao alho e óleo, ao suco de tomate, ao catupiry, ao tahine, ao creme de leite com cebolas refogadas, molho rosé com palmitos tenros, molho branco com champignons, ou com os molhos mais variados, ou com queijos diversos ao forno.

Bolinhos fritos ou assados: de arroz, milho, couve-flor, aipim, petit-pois, cenoura, batata, e mais uma infinidade de legumes, cereais, raízes, etc. Usamos pouca fritura, mas com moderação não tem problema.

Quibe sem carne: de triguilho com abóbora, com cenoura, com grão-de-bico, com espinafre, com ervilha e tudo que se queira experimentar. Podem também ser recheados com queijo, com cebola, etc.

Empadas, croquetes, barquetes, pastéis e empadões: de cebola, de cenoura, de palmito, de champignon, de aspargos, de legumes em geral, do que você tiver em casa!

Omeletes: usamos pouco ovo, mas se não houver mais nada no hotel ou restaurante ou se o cozinheiro não tiver tempo, apelamos para uma omelete de cebola, palmito, queijo, azeitonas, legumes diversos, couve-flor, salsa com cebola, tomate com qualquer outra coisa, milho, fines herbes, espanhola sem carne (azeitona, pimentão, salsa, tomate e legumes), etc.

Pizzas: o que você quiser colocar sobre a massa da pizza fica sempre muito bom. Vamos, dê asas à imaginação!

Sanduíches: com ciabata torrada (imbatível), baguete, croissant, brioche, focaccia, pão árabe, pão italiano, de milho, com um, dois ou três andares de pasta de ovo e azeitonas; alface e tomate; tomate e queijo; pasta de cebola com creme de leite; cenoura cozida com tahine; saladas diversas com maionese; algum legume batido no liquidificador com salsa, azeitona, cebola e creme de leite; e todas as experiências que você quiser fazer. Menos aquele famigerado sanduíche natural que de natural só tem o nome.

Saladas Diversas: NÃO! SALADA NÃO! Minha preocupação é deixar claro que o não-carnivorismo verdadeiro e antigo não aprecia saladas e sim pratos elaborados de forno e fogão, seguindo a tradição da corrente gastronômica não-carnívora mais antiga e autêntica do mundo que é o da culinária indiana – a qual não tem saladas! Ou se as tem, em 24 anos de viagens à Índia, peregrinando pelas capitais, cidades de interior, pequenas aldeias e montanhas, hotéis de alto luxo, hospedarias de meia estrela abaixo de zero, Tourist Bangalows e mosteiros espartanos, nunca vi uma salada que não fosse do cardápio disponível para turistas ocidentais.

Para o DeRose: pois é, torna-se necessário informar que quando eu for jantar na sua casa, salada nem em fotografia! Arroz tem uma história interessante. Em 1960, passei a comer só arroz integral, quando ninguém sabia o que era isso. Na década de 70, grassou uma praga de patrulhamento ideológico que cobrava de todo o mundo (mais ainda de quem fosse instrutor de Yôga) que só comesse arroz integral. Então, me rebelei contra aquela inquisição e não comi mais arroz integral. Como já não comia arroz branco, aboli o arroz. Fora isso, como de tudo o que for preparado sem pobreza de espírito. Os pratos de forno contam com um aplauso especial.

http://brasil.indymedia.org/pt/blue/2005/10/331464.shtml

 

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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009 | Autor:

Comida ruim não é vegetarianismo: é desinformação

Vamos parar com a mania de fazer comida ruim e marrom só para dizer que é saudável. Vou repetir aqui, pois parece que ninguém escuta: comida vegetariana não tem nada a ver com tofu, algas, shoyu, missô. Nem mesmo com açúcar mascavo ou cereal integral. É claro que o cereal integral é melhor do que o refinado. Mas isso não tem nada a ver com comer carne ou não. As pessoas tendem a misturar as coisas. É uma pena.

O pior é que muitos instrutores de Yôga vegetarianos alimentam a confusão ao ensinar, até mesmo em seus livros, receitas preconceituosas, que sucumbem à nefanda moda naturéba.

Certa vez, eu estava dando um curso de formação de instrutores de Yôga na Universidade Federal de Santa Catarina e a aula que precedia o almoço era justamente sobre alimentação vegetariana. Desdobrei-me para fazer uma turma de 120 alunos aspirantes à profissão convencerem-se de que o nosso sistema alimentar não tinha nada a ver com a macrobiótica, nem com a alimentação natural; que a nossa era colorida, aromática, saborosa. Terminada a aula, os alunos saíram para almoçar. Havia um stand da Wanda, instrutora que havia pedido permissão para vender lanches, sanduíches, salgadinhos e doces à saída dos alunos a fim de facilitar a vida deles, pois poderiam comer ali mesmo enquanto não recomeçavam as aulas do período da tarde. Quando saí da sala de classe, deparei-me com todos aqueles estudantes comendo salgados marrons, doces marrons, pães marrons, tudo no mais perfeito look macrobiótico – linha que a instrutora que vendia os alimentos jurava já não seguir mais.

Você consegue imaginar a minha reação? Com que cara eu iria enfrentar aqueles 120 alunos que me ouviram dizer uma coisa e na prática constataram outra? “Então é essa comida marrom intragável que o Mestre diz que é deliciosa, colorida e aromática?”

Obviamente, na volta do almoço a aula foi sobre a falta de sinapses nos neurônios dos instrutores de Yôga, falta de receptividade ao ensinamento tradicional do Yôga, falta de fidelidade ao que o ministrante acabara de transmitir e falta de cultura. Sim, falta de cultura, pois ensinavam Yôga e não tinham a mínima idéia do que se come no Yôga.

Mas, afinal, qual é a alimentação vegetariana autêntica? Cada qual afirmará que é a sua vertente. E existem muitas! No entanto, noves fora, isto é, egos fora, a pergunta que não quer calar é: Qual é a alimentação vegetariana mesmo?

Simples. De onde veio o Yôga? Da Índia. Qual é o único país vegetariano do mundo? A Índia. Há quanto tempo eles praticam isso? Há milênios, não é modismo, não! Então, meus amados, não há dúvida. A alimentação vegetariana por excelência (o sistema adotado pelo Yôga) é o da Índia.

Quer saber como é a comida da Índia? Ela não tem os pratos de carne de cordeiro nem de frango que se encontram nos restaurantes indianos ocidentais. Noventa e nove por cento da população indiana é lacto-vegetariana – de fato – e os pratos são incrivelmente condimentados. Fabulosamente condimentados por uma constelação de especiarias. Não é de se estranhar, afinal, como aprendemos na escola, a Companhia das Índias Orientais enriqueceu muita gente comercializando as tais especiarias vindas de lá. A índia é o país das especiarias. Consequentemente, é a gastronomia mais saborosa do planeta! Essa é a nossa alimentação, apenas moderando um pouco nos temperos porque os ocidentais não aguentam tanta ardência.

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