sexta-feira, 19 de outubro de 2012 | Autor:

Que confusão!

 

A confusão gerada pelos livros

Para o leitor iniciante no tema, muitos livros mais fazem confusão do que esclarecem. Esperemos que este não contribua para piorar a babel, mas, ao contrário, possa desfazer essa barafunda.

O motivo dos livros em geral embaraçarem a compreensão é que a maior parte foi escrita por leigos e o panorama não está claro nem para eles próprios que os escreveram. Ao tentar explicar, confundem. Há uma parcela de autores que conhecem o assunto, no entanto, esses pecam por achar que todo o mundo tem algum conhecimento e falam indiscriminadamente de Vêdas, Puránas, Upanishads, Bhagavad Gítá, Yôga Sútra, Mahá Bhárata, com bastante intimidade, atabalhoando tudo, sem esclarecer o que é cada um desses textos e onde se localiza em relação aos demais. O presente capítulo vai organizar essa miscelânea.

 

A confusão gerada pela desinformação

No Ocidente, quando falamos de Yôga, sempre surge alguém com alguma pergunta ou declaração que o associe ao Budismo. Ora, para começar, Budismo é uma religião e o Yôga é filosofia. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Para piorar a gafe, na Índia, menos de 1% da população é budista. Finalmente, para desespero de quem faz esse tipo de embrulhada, o Yôga faz parte do Hinduísmo[1], enquanto o Budismo é tecnicamente uma heresia[2] do Hinduísmo!

No entanto, o leitor poderá argumentar que encontrou várias referências em livros, que estabeleciam associações entre Yôga e Budismo. De fato, isso existe. Na maior parte das vezes ocorre pelas razões expostas nos primeiros parágrafos deste capítulo. Ademais, o Hinduísmo é tão antigo, tão vasto e tão multifacetado que poderemos, eventualmente, encontrar situações insólitas e contraditórias. Registre-se, porém, que isso não é a regra: é a exceção.

Existe um Yôga Budista? Sabendo-se que Budismo é uma religião, falar de um Yôga Budista é o mesmo que mencionar um Yôga Católico, um Yôga Islâmico, um Yôga Judaico. Seria algo como afirmar a existência de um Golfe Católico, um Futebol Luterano, um Vôlei Adventista, diferentes dos seus homônimos praticados por outras religiões. Não que o Yôga seja esporte. Poderíamos fazer a mesma comparação com outras áreas. Imagine se seria possível uma Informática Judaica, uma Física Nuclear Evangélica ou uma Engenharia Umbandista, diferentes da Informática, da Física Nuclear ou da Engenharia praticadas por outras religiões!

Contudo, às vezes encontra-se no Ocidente propaganda oferecendo “Yôga Cristão” como se isso fosse alguma especialidade. O que o prestador de serviços quer dizer, nesse caso, é que os cristãos podem praticar suas aulas sem nenhum conflito com a religião, o que, afinal, é verdade. Mas Yôga Cristão não é um ramo de Yôga.

A confusão gerada pelo mercado

Tão incoerente quanto barafundar o Yôga com religiões é misturá-lo com nacionalidades. É comum encontrarmos oferta de Yôga Tibetano, Yôga Egípcio, Yôga Israelense. Ora, Tibet, Egito, Israel são países. “Yôga Tibetano” faz tanto sentido quanto “Yôga Brasileiro”, “Yôga Argentino”, “Yôga Português”. Se existe Yôga no Tibet ele tem que ser identificado pelo seu nome verdadeiro: Rája Yôga, Hatha Yôga, Karma Yôga, Bhakti Yôga etc.

Também ouve-se falar de Yôga Desportivo, Yôga Artístico, Yôga Fitness, Power Yôga e por aí vai. Trata-se de táticas modernas para tentar atingir o consumidor onde ele é mais vulnerável: no apelo da novidade. Yôga Desportivo será Hatha Yôga? Yôga Artístico não será Hatha Yôga também? Power Yôga e Yôga Fitness não serão igualmente Hatha Yôga? Mas, na opinião daqueles, Hatha Yôga está gasto, ultrapassado, démodé. Ninguém mais quer praticar Hatha Yôga no Ocidente. Então, nada melhor que tentar outra denominação.

 

 

 

 

A estrutura do Hinduísmo

 

Vamos localizar o fio da meada

Para desfazer o imbróglio, vamos estudar a estrutura do Hinduísmo. Talvez assim compreendamos que ao expressar nossos pontos de vista, estaremos sendo ortodoxos, sim, mas intolerantes jamais.

Primeiramente, para facilitar a compreensão, vamos dividir o estudo do Hinduísmo em dois grupos de Escrituras: Shruti e Smriti.

 

I. Shruti

Shruti é a parte mais antiga, cujas raízes localizam-se há mais de mil anos antes da nossa Era.

Shruti significa “aquilo que é ouvido”. Pode estar se referindo à tradição oral, em que o ensinamento era transmitido de boca a ouvido, ou então ao fato de que essas Escrituras foram recebidas através de revelação, por meio da qual os rishis “ouviram” os textos.

O Shruti é formado pelos quatro Vêdas – Rig Vêda, Sama Vêda, Yajur Vêda e Atharva Vêda. Os Vêdas, por sua vez, compõem-se das divisões denominadas Mantras[3], Brahmanas, Aranyakas e Upanishads. Destas, as Upanishads são as que mais nos interessam por apresentarem as mais arcaicas referências hindus sobre o Yôga.

Upanishadas

Upanishada ou Upanishad significa literalmente sentar-se junto, mas normalmente é traduzido como comentário. É que as Upanishads são os comentários dos Vêdas e, por isso, estão situadas no final deles[4].

As Upanishads servem para fundamentar filosofias como o Vêdánta e o Yôga. Há Upanishads especializadas em diferentes temas, como filosofia, medicina, religião, astronomia etc. Em seu livro Yôgakundaliní Upanishad, Sivánanda declara que existem 108 Upanishads. Em uma das minhas viagens à Índia, encontrei nos Himálayas uma cópia antiga da Rudráksha Upanishad, que explana sobre a semente de Rudráksha (Lágrima de Shiva), à qual atribuem-se propriedades medicinais. Interessamo-nos especialmente pelas, assim chamadas, Yôga Upanishads: Maitrí Up., Yôgatattwa Up., Yôgashára Up., Yôgakundaliní Up., Dhyánabindu Up., Nádabindu Up., Kshurika Up, Kathaka Up. etc., pois tratam do Yôga.

Upanishads (comentários) dos respectivos Vêdas

 

Rig Vêda (10 Upanishads)

Principal Upanishad:

Aitarêya.

Vêdánta Upanishads: 

Atmabôdha, Kaushítakí, Mugdala.

Samnyása Upanishads:

Nirvána.

Yôga Upanishad:

Nádabindu.

Vaishnava Upanishads:

Não há.

Shaiva Upanishads: 

Akshamálá.

Shakta Upanishads:

Tripurá, Bahvrichá, Saubhágyalakshmí.

 

Yajur Vêda (51 Upanishads)

Principais Upanishads:

Katha, Taittiríya, Ísávásya, Brhadáranyaka.

Vêdánta Upanishads:

Akshi, Êkáshara, Garbha, Pránágnihôtra, Swêtásvatara, Sháriraka, Sukarahasya, Skanda, Sarvasára, Adhyátma, Nirálamba, Paingala, Mántrika, Muktika, Subála.

Samnyása Upanishads:

Avádhúta, Katharudra, Brahma, Jábála, Turíyátíta, Paramhamsa, Bhikshuka, Yájnavalkya, Sátyáyaní.

Yôga Upanishad:

Amrtanáda, Amrtabindu, Kshurika, Tejôbindu, Dhyánabindu, Brahmavidyá, Yôgakundaliní, Yôgatattwa, Yôgashikhá, Varáha, Advayatáraka, Trishikhibráhmana, Mandalabráhmana, Hamsa.

Vaishnava Upanishads:

Kalishántarana, Náráyana, Tárasára.

Shaiva Upanishads:

Kálágnirudra, Kaivalya, Dakshinámúrti, Panchabrahma, Rudrahrdaya.

Shakta Upanishads:

Saraswatírahasya.

 

Sáma Vêda (16 Upanishads)

Principais Upanishads:

Kêna, Chándôgya.

Vêdánta Upanishads:

Mahat, Maitráyaní, Vajrasúchí, Sávitrí.

Samnyása Upanishads:

Árunêya, Kundika, Maitrêyí, Samnyása.

Yôga Upanishad:

Jábáladarshana, Yôgachúdámani.

Vaishnava Upanishads:

Avyakta, Vásudêva.

Shaiva Upanishads:

Jábálí, Rudrákshajábála.

Shakta Upanishads:

Não há.

 

Atharva Vêda (31 Upanishads)

Principais Upanishads:

Prasna, Mándúkya, Mundaka.

Vêdánta Upanishads: 

Átmá, Súrya.

Samnyása Upanishads:

Náradaparivrájaka, Parabrahma, Paramhamsaparivrájaka.

Yôga Upanishad:

Páshupatabrahma, Mahávákya, Sándilya.

Vaishnava Upanishads:

Krishna, Gáruda, Gopálatápaní, Tripádvibhútimahánáráyana, Dattátrêya, Nrsimhatápaní, Rámatápaní, Rámarahasya, Hayagríva.

Shaiva Upanishads: 

Atharvashikhá, Athavashira, Ganapati, Brhajjábála, Bhasmajábála, Sarabha.

Shakta Upanishads:

Annapúrna, Tripurátápaní, Dêví, Bhávaná, Sítá.

 


Total por tipo de Upanishad

Principais Upanishads:

 10

Vêdánta Upanishads: 

 24

Samnyása Upanishads:

 17

Yôga Upanishad:

 20

Vaishnava Upanishads:

 14

Shaiva Upanishads: 

 14

Shakta Upanishads:

    9

Total:

108

 

II. Smriti

Smriti é divisão mais nova. A maior parte dos textos deste grupo tem pouco mais de 2000 anos. Smriti significa memória, referindo-se provavelmente às recordações posteriores daquilo que o Shruti ensinara no passado remoto. Fazem parte do Smriti as divisões: Smriti, Itihasas, Puránas, Ágamas e Darshanas.

a) Itihasas

Os Itihasas são os épicos Mahá Bhárata (Grande Índia) e Rámáyana (o Caminho de Ráma ou a Vida de Ráma). Onde fica o Bhagavad Gítá? Ele é um capítulo do Mahá Bhárata. O Mahá Bhárata é a descrição de uma guerra. O Bhagavad Gítá (a Canção do Sublime) é a descrição de uma batalha daquela guerra. Relata fatos reais redigidos de forma poética, com ensinamentos filosóficos e éticos.

b) Puránas

Purána significa antigo, antiguidade. São textos mais acessíveis que permitem ao indiano médio compreender os ensinamentos antigos sob uma redação mais simples. Contêm muitos contos, fábulas e outras formas populares para transmissão do conhecimento. Estes são alguns Puránas:

Shiva Purána, Vishnú Purána, Brahma Purána, Brahmanda Purána, Skanda Purána, Linga Purána, Agni Purána, Naradiya Purána, Padma Purána, Gáruda Purána, Varaha Purána, Bhagavata Purána, Brahmavaivarta Purána, Markandêya Purána, Bhavishyat Purána, Vamana Purána, Kúrma Purána, Matysa Purána etc.

c) Ágamas

Os Ágamas são manuais do culto vêdico, textos que ensinam ao devoto como oficiar o culto pessoal e doméstico às suas divindades eleitas. Podemos também entender os Ágamas como tendências devocionais.

Certa vez, estávamos diante do Gandhi Memorial, em Delhi, e um distinto senhor, muito solícito como em geral os indianos são, explicou-nos que, segundo alguns estudiosos, contam-se 330 milhões de deuses no Hinduísmo. Ainda que esse número seja bastante exagerado, não teríamos espaço nem justificativa para descrever aqui centenas de tendências devocionais. Portanto, vamos ater-nos às três principais, aquelas que abarcam a maciça maioria da população. São elas:

1- Shaiva (Shivaísmo)

Consta que Shiva foi um bailarino que viveu na civilização Harappiana ou Dravídica. Atribui-se a Shiva a criação do Yôga. Shiva tem mais de mil nomes e aspectos. Natarája é o Shiva bailarino. Shankar é o Shiva saddhu, meditante. Rudra é o Shiva irado. Pashupati é o Shiva senhor dos animais. Representa o Aspecto Renovador do Absoluto. Talvez por isso seja o patrono do Yôga, arte de renovação biológica e mental por excelência.

2- Vaishna (Vishnuísmo)

Vishnú é o Aspecto Conservador do Absoluto. É o equivalente ao Espírito Santo do Cristianismo. Vishnú se manifesta no mundo através de seus Avatares, que são as encarnações divinas. O Hinduísmo é tão tolerante que reconhece Buddha como um Avatar de Vishnú, apesar de Siddharta ter renegado o Hinduísmo! Krishna foi outra dessas encarnações. O Krishnaísmo constitui uma seita do Vishnuísmo. Assim, os Harê Krishnas pertencem a este Ágama.

3- Shakta (Shaktismo)

Shaktismo é o herdeiro do Tantrismo. Digamos que seja uma interpretação tântrica do Hinduísmo, ou uma forma aceita pela sociedade ariana (hindu) de praticar os preceitos tântricos. Shakta é o adorador da Shaktí. Shaktí significa energia e designa a mulher que, além de ser parceira, é cultuada como deusa viva.

Notemos que das três tendências devocionais mais expressivas da Índia (Shaiva, Vaishna e Shakta), duas delas (Shaiva e Shakta) estão alicerçadas na cultura pré-ariana, pré-vêdica.

d) Darshanas

Darshana significa ponto de vista. O Hinduísmo compreende seis darshanas, ou seja, seis pontos de vista segundo os quais ele pode ser professado. Independentemente das religiões e seitas, o Hinduísmo possui uma profusão de filosofias. Estas seis detêm o status do reconhecimento formal e acadêmico. Agrupam-se duas a duas, em função de suas afinidades.

Primeiro par:

1-Yôga

2- Sámkhya;

Segundo par:

3- Vêdánta

4- Purva Mimansa;

Terceiro par:

5- Nyáya

6-Vaishêshika.

Podemos constatar que o Yôga é casado com o Sámkhya e não com o Vêdánta, como muitos livros e instrutores insistem em ensinar.

Neste livro tratamos de Yôga. Comentamos um pouco sobre Sámkhya, já que o Yôga tem mais afinidade com o Sámkhya. Costumo ensinar aos meus futuros instrutores de Yôga: nosso foco deve ser o Yôga, portanto, invista 99% do seu tempo nele. Nosso Yôga é de raízes Sámkhyas, então, dedique 0,9% do seu tempo nele. A literatura moderna de Yôga é muito influenciada pelo Vêdánta, logo, aplique 0,1% do seu tempo para ter uma noção deste último.

Não estudaremos Mimansa, Nyáya, nem Vaishêshika, porquanto entendemos que o Yôga tem uma relação mais tênue com esses outros três darshanas.

Agora que compreendemos a estrutura do Hinduísmo, recordemo-nos de que o Yôga surgiu séculos antes do advento do Shruti, numa civilização que foi extinta justamente quando os arianos ocuparam o seu território. O Vêdismo, que depois foi denominado Brahmanismo, e, finalmente, Hinduísmo, contém muitos elementos da cultura dravídica, mas diversos autores costumam ignorar isso.



[1] Vale a pena esclarecer que refiro-me ao Hi/nduísmo como uma cultura e não como uma religião. É como o Cristianismo. O Cristianismo também é uma cultura que contém várias religiões e seitas.

[2] Ocorre uma diferença crucial entre o conceito de heresia do Cristianismo e o do Hinduísmo. No Cristianismo, através da História, o herege é perseguido, torturado e morto. A simples pecha de herege já embute um sentido pejorativo. Entretanto, no Hinduísmo o conceito de heresia é entendido no sentido universal: heresia é quando uma religião ou seita discorda e se afasta da doutrina-mãe, que constitui tronco principal. O Budismo teve suas origens no Hinduísmo e consiste numa contestação a ele, portanto, é uma heresia em relação ao Hinduísmo. Acontece que o Hinduísmo concede uma tolerância incomensurável às divergências e as absorve quase todas, fazendo-as constituir correntes do próprio Hinduísmo. No caso do Budismo as divergências eram muito relevantes e não foi possível absorvê-lo. Por outro lado, numa demonstração chocante de tolerância, o templo hindu Lakshmí-Narayan (Birla Temple) de Delhi, possui uma alameda que conduz a um templo budista, construído ao lado pelo mesmo mecenas, o Sr. Birla. Os devotos visitam o santuário hindu e, muitas vezes, estendem sua visita ao templo budista – e vice-versa.

[3] Em qualquer idioma moderno (excetuando-se o alemão), a palavra mantra transliterada, como qualquer outra do sânscrito, deve ser escrita com inicial minúscula, a menos que se trate de nome próprio. Aqui Mantras refere-se às Escrituras que contêm hinos. Não se trata dos mantras que utilizamos no Yôga.

[4] Daí deriva o nome da filosofia Vêdánta, termo que significa literalmente o final dos Vêdas, já que o Vêdánta é baseado nas Upanishads.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011 | Autor:

No dia 8 de setembro de 2011, às 21 horas, tive a satisfação de ministrar a Aula Magna para todos os alunos de Módulos Filosóficos e de Complementação de todas as escolas do estado de São Paulo e de todos os demais estados que quiseram comparecer.

Como o interesse foi grande (tivemos mais de 80 pessoas presentes!), decidimos que todos os meses, em uma quinta-feira por mês, eu vou ministrar uma aula de complementação a todos os complementandos. Isso dará umas oito aulas por ano, já que as viagens algumas vezes cairão em alguma quinta-feira.

Não haverá nenhum custo para os alunos nem para as escolas.

O objetivo dessas aulas será reunir o maior número possível dos alunos que têm interesse em aprofundar-se na Nossa Cultura para dar a eles instruções, esclarecimentos, conselhos, dicas e responder às dúvidas desses alunos mais adiantados quanto à filosofia, à ética, à história e à profissão.

As aulas serão ministradas em rodízio nas três escolas que têm salas maiores para poder comportar tanta gente. O seu Diretor lhe informará em que unidade a aula do respectivo mês será dada.

Conto com a sua presença e com a sua regularidade.

Aula com o DeRose Metodo DeRose para os futuros instrutores!

Clique na foto para ampliá-la.
sábado, 14 de maio de 2011 | Autor:

PRIMERA ENTREVISTA

1. Cómo se consigue un mayor nivel de consciencia?

La educación, el estudio, los viajes, la cultura general son herramientas importantes. Además, hay técnicas que contribuyen a incrementar la oxigenación de la sangre y la circulación cerebral. Pero eso no es todo. Lo más relevante es la voluntad, la determinación de lograr un mayor nivel de consciencia. Todo junto concede resultados muy expresivos.

2. Al tener este mayor nivel, como individuos, en qué mejoramos?

Disfrutar de una lucidez más amplia nos permite tener consciencia de los procesos sociales, afectivos, profesionales y, con eso, contribuir para transformar el mundo, perfeccionando las relaciones humanas, reduciendo la incultura o la pobreza.

3. Las sociedades necesitan que sus integrantes tengan mayor consciencia?

Si por sociedades podemos comprender las sociedades culturales, deportivas, empresariales o la propia Sociedad como un todo, la respuesta es si. Todos estamos de acuerdo en que el ser humano necesita de mayor consciencia para todas sus actividades. Con mayor consciencia, quizás, los conflictos entre personas, entre naciones, entre etnias y entre religiones podrían reducirse o hasta eliminarse.

4. Cómo ayuda el Método DeRose a lograr este estado de más lucidez?

El Método no “ayuda”, porque no queremos que confundan, jamás, nuestra cultura con propuestas de auto-ayuda. Sin embargo, contribuye para lograr el estado de más lucidez por medio de la reeducación comportamental y de técnicas muy efectivas.

5. Cómo transmitir esta cultura de apertura y lucidez a los niños?

No trabajamos con niños. Trabajamos solamente con adultos jóvenes.

6. Qué significa estar integrados?

Incentivamos a nuestros alumnos a que sean más participativos, más integrados a la familia, a la sociedad y que cultiven la ciudadanía y la civilidad.

7. La cultura actual contribuye al desarrollo integral del individuo?

La cultura contemporánea limita y desestimula el desarrollo integral de las personas al valorizar una formación cada vez más unidireccionada. El paradigma del empleo, los estereotipos de la formación académica, la estructura empresarial con cargos sectorizados y funciones repetitivas, todo eso castra el desarrollo integral del individuo.

8. El capitalismo, como sistema filosófico, ha aumentado la falta de integración del individuo?

Al contrario. Dejando la teoría y observando la práctica, yo pude notar que el capitalismo proporciona más posibilidades de integración que las otras opciones. Nuestra contribución en ese campo fue la creación en la década de 1970 del concepto de administración participativa, que es un capitalismo atenuado y compartido. Después, en la década de 1980, propusimos un nuevo concepto superior a la democracia, que denominamos “democracia consensual”. Un día hablaremos de eso.

9. Logrando esta integración estamos mejor preparados para los cambios?

La integración en si podría hasta oponer resistencia a los cambios. El aumento de la lucidez producida por el estudio, los viajes, la cultura general etc., esto sí, podría contribuir para una flexibilidad intelectual y emocional que predisponga a aceptar mejor los cambios de la evolución social, científica, tecnológica y comportamental, que ocurren todo el tiempo en la vida.

10. Por qué la gente llega buscando el Método? Qué están careciendo en ese momento de aproximación y qué consiguen con su práctica?

En general, la gente llega porque escuchó buenos comentarios en la facultad, en la oficina o en el club deportivo. No están careciendo de nada. Y la práctica no pretende ofrecer ningún beneficio. Son personas de buen nivel cultural y educacional, linda gente, sana y feliz. No buscan nada. Practican simplemente porque les gusta el ambiente, las propuestas comportamentales, la “tribu” joven de cuerpos esculturados que no fuman, no toman alcool, ni usan drogas. A veces, son los padres que indican el Método DeRose a sus hijos de 20 o 30 años. Otras veces, son los alumnos que traen a sus amigos.

11. Qué es para usted la vida?

Una oportunidad para perfeccionarnos. El gran actor y director italiano Vittorio Gassman, dijo en una entrevista: “Deveriamos tener dos vidas. Una para ensayar y otra para vivir.” Concuerdo con él.

12. Qué consejo le daría a alguien que está buscando darle sentido a su existencia?

Ninguno. No trabajamos con eso. Está fuera de nuestra área de competencia.

 

SEGUNDA ENTREVISTA

1-¿Cómo surgió en su vida la idea de dedicarse a esto? (mini biografía, libros, etc)

La bases del Método DeRose nació conmigo. Cada persona nace con una programación genética, unos para correr, y se tornan maratonistas; otros para la danza, y se tornan un Billy Elliot; otros para la lucha, y se tornan un Bruce Lee. Yo noté cuando era chico que había nacido para esto. Ahora, ya pasaron más de 50 años de magisterio, nuestro trabajo está bien consolidado en centenas de escuelas independientes y autónomas en muchos países de Europa y Américas.

2-¿En qué se basa y a qué apunta el Método?

El Método DeRose consiste en técnicas y conceptos. Se trata de una reeducación comportamental aplicable al mundo real: a la facultad, al trabajo, al deporte, etc. El Método es una propuesta de calidad de vida, buenos modales, buenas relaciones humanas, buena cultura, buena alimentación y buena forma. Algunas de nuestras herramientas son las técnicas respiratorias, las técnicas orgánicas, las de concentración y otras. Todo eso en última instancia en busca de la expansión de la conciencia y el autoconocimiento.

3-¿En qué lugares de Argentina y en qué otros países se lo puede practicar?

El Método DeRose cuenta con escuelas en  Francia (que fue el primer país a utilizar esa marca), Inglaterra, Escocia, Italia, España, Portugal, Luxemburgo, Estados Unidos, Chile, Brasil, Argentina y otros. En Argentina estamos hace más de 20 años y tenemos muchas escuelas en Buenos Aires y algunas en Córdoba y Mendoza.

4-¿Qué implica el concepto ‘life style coaching’?

La consultoría prestada por nuestros instructores es práctica. En la clase enseñamos las técnicas. En la convivencia con los otros alumnos son transmitidos los conceptos. Y estos son mucho más importantes, constituye la esencia de nuestro trabajo, ya que las técnicas perfeccionan al individuo, pero con los conceptos podremos cambiar el mundo.

5-¿Cuáles son las ventajas que otorga su práctica sistemática?

No tenemos el foco en ventajas ni en beneficios de ningún tipo.

6- ¿Qué diferencia se plantea con respecto a otros enfoques del yoga, por ejemplo?

El Método no es eso.

7-¿Es apto para cualquier persona (edad, estado de salud, etc)?

El Método fue elaborado para adultos jóvenes (de 18 a 48 años, más o menos), sanos, felices, dinámicos, realizadores, de escolaridad universitaria. Es más direccionado a los hombres. Sin embargo, tenemos muchas mujeres y algunos señores mayores. Pero 90% de nuestros alumnos están entre 18 y 30 años. Como no se trata de terapia, solo aceptamos personas con perfecta salud.

8-¿Cómo se manejan los prejuicios de quienes piensan que el bienestar de los seres humanos es un ‘tema menor’ en la vida alienada que llevamos?

Nos dirigimos solamente a los que consideran importantes nuestros valores culturales y sociales. Como nuestro trabajo es personalizado e intimista, no precisamos ni dependemos de “convencer” a nadie. Hay mucha, pero mucha, gente que comparte los mismos valores e ideales que profesamos. En general, cuanto más cultura tiene el individuo, mejor comprende nuestra propuesta.

 

 

 

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010 | Autor:

Nada de sair àquela confusão de compras em shopping, perder tempo escolhendo e comprando presentes que as pessoas talvez não precisem, mas vão agradecer por educação. Torne-se inesquecível! Mude a vida dos seus amigos, colegas e familiares. Dê-lhes os nossos livros. Como brinde, eles vão compreender você um pouco melhor.

Há presentes para todos os gostos e bolsos:

Quando é Preciso Ser Forte (uma obra que vai arrancar risos e lágrimas relatando viagens, história, drama, humor, filosofia e aventura)

Eu me lembro… (um conto poético, romântico e filosófico)

Método de Boas Maneiras (manual bem-humorado sobre comportamento)

Método DeRose (explicando qual é a nossa proposta de qualidade de vida)

Meu nome é Jaya, eu sou uma weimaraner vegetariana (com lindas fotos da Jaya e doces textos sobre ela)

e vários outros pocket books e livros maiores como o Tratado.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010 | Autor:

Insights
Dias 15, 16 e 17 de outubro

Pelo segundo ano consecutivo o evento Insights será realizado em São Paulo, para facilitar a participação de instrutores de todo o subcontinente.
Insights é um evento exclusivo para instrutores de unidades credenciadas e tem o objetivo de aprimoramento profissional, pedagógico, ético, filosófico, técnico, administrativo e financeiro.

Trabalharemos juntos pelas três diretrizes prioritárias da nossa instituição cultural:
1) Formar mais instrutores (bons instrutores), que é a nossa missão maior.
2) Aprender a escrever livros (bons livros) e publicá-los efetivamente.
3) Consolidar cada vez mais a boa imagem da nossa marca.

Reforçamos que a renda do Insights será revertida em benefício do FDI. Portanto, também por esse motivo, não deixe de prestigiá-lo.

Contudo, esse não é o único motivo para inscrever-se. Temos observado ao longo dos anos que os instrutores mais bem sucedidos são os que participam dos eventos destinados ao aprimoramento profissional Insights e Matando um leão por dia. O que, aliás, é óbvio.

Os que dizem que não puderam comparecer porque não tinham dinheiro, entram em um círculo vicioso: não participam por não ter recursos e por isso não aprendem a gerar recursos. Continuam ganhando mal. Instrutor que ganha mal está prejudicando o seu aluno, pois não consegue investir em cursos de aperfeiçoamento, viagens, eventos de crescimento profissional, reuniões relevantes e outras atividades que fariam dele um melhor instrutor e, consequentemente, permitiriam trabalhar melhor em prol do seu aluno.

Assim sendo, você que é aluno, incentive o seu instrutor a participar do Insights. Você também será beneficiado.
Atenção: As inscrições no Insights, bem como em todos os nossos eventos, só podem ser efetuadas pelo Diretor da unidade credenciada à qual o instrutor estiver vinculado.
Para que você se programe, o evento se iniciará no dia 15/10 às 13 horas e se encerrá dia 17/10 às 20 horas.

sábado, 9 de janeiro de 2010 | Autor:

Não seria um Método de Yôga?

Não. Método DeRose é outra coisa.

Embora possamos, eventualmente, para encurtar a conversa, declarar que Método DeRose é um mé­todo de Yôga, precisamos ter consciência de que essa é uma simplificação e que ela talvez possa ter consequências indesejáveis. Mais para a frente, pode parecer contradição, quando você for dar uma expli­cação mais exata e mais completa. Na verdade, o Método DeRose é constituído por uma tecedura de conceitos e técnicas, das quais as técnicas (e unica­mente as técnicas) são oriundas do Yôga Antigo.

Portanto, Método DeRose não é Yôga. Ao mesmo tempo, utiliza o Yôga como um de seus recursos.

No âmbito técnico, a maior diferença parece residir no clima, no vocabulário, no tipo de gente que adere, na total ausência de misticismo, na absoluta não-intenção de terapia, na estrutura dinâmica e alegre de todas as atividades culturais e, principalmente, no fato de constituir uma Cultura que o praticante pode e deve incorporar à sua vida real, à sua profissão, ao seu desporto, à sua família, às suas relações humanas em geral.

E os conceitos? As atitudes? A estrutura comporta­mental? Isso transcende os limites do Yôga, uma vez que ele é estritamente técnico. (“Yôga é qual­quer metodologia estritamente prática que conduza ao samádhi.”)

No âmbito filosófico, nada há de novo nos conceitos. Eles são inspirados diretamente em um sistema professado no período proto-histórico (Dakshinacharatántrika-Niríshwarasámkhya).

O Método DeRose é uma tecedura de conceitos e técnicas, da qual as técnicas (e unicamente as técnicas) são oriundas do Yôga Antigo.

Assim, precisamos compreender que nossa proposta utiliza alguns recursos dessa filosofia, mas que: “o Método DeRose é outra coisa”.
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quarta-feira, 25 de novembro de 2009 | Autor:

Rogério Chimionato – Método DeRose Centro Cívico
yogacentrocivico.org/blog
[email protected]
Enviado em 24/12/2009 às 14:58
Querido Mestre,

Desejo-lhe boas festas e um excelente 2010!

Esta semana estávamos conversando, durante o módulo de aprofundamento filosófico, sobre o sétimo axioma da Nossa Cultura: nada é o que parece ser. Foi quando me lembrei de um blog interessante que compara a foto real de um alimento industrializado, por exemplo, um panetone, com a foto da embalagem. A maioria das comparações feitas confirma o axioma número sete.

Caso seja interessante divulgar este blog, o endereço é:
http://www.comacomosolhos.com

Abraços!

Rogério Chimionato
Instrutor da Unidade Centro Cívico
http://www.yogacentrocivico.org/blog
Curitiba/PR

Pois é, Rogério. Eu estou escrevendo um livro póstumo (daqueles que só posso publicar depois de morto) intitulado “É tudo fraude”. Ele dissserta sobre o tema do Axioma Número Um e do Axioma Número Sete. Depois falaremos mais sobre isso. Talvez eu até possa postar alguns capítulos mais moderados. Beijos do DeRose.
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