sexta-feira, 6 de janeiro de 2012 | Autor:

Lucas Delalibera enviou:

Oi Mestre, bom dia!

Estou terminando de ler a biografia do Steve Jobs escrita por Walter Isaacson. Uma parte muito interessante que encontrei foi esta (págs. 150 e 151):

“Jobs tinha aprendido com o pai que uma marca característica da alta qualidade do artífice é garantir que mesmo os aspectos que ficarão ocultos tenham beleza. Uma das aplicações mais radicais – e expressivas – dessa filosofia surgiu quando ele examinou a placa de circuito impressa onde ficariam os chips e outros componentes, bem no fundo do Macintosh. Nenhum consumidor jamais iria vê-la. Mas Jobs começou a criticá-la por razões estéticas. “Aquela parte é bem bonita”, disse. “Mas olhem os chips de memória. Feios. As linhas estão juntas demais”.
Um dos novos engenheiros interrompeu e perguntou que importância isso tinha. “A única coisa importante é se funciona bem. Ninguém vai olhar a placa do PC.”
Jobs reagiu à sua maneira típica. “Eu quero que seja o mais bonito possível, mesmo que esteja dentro da caixa. Um grande marceneiro não vai usar madeira vagabunda para o fundo de um armário, mesmo que ninguém veja.” Numa entrevista alguns anos mais tarde, depois do lançamento do Macintosh, Jobs repetiu mais uma vez aquela lição paterna: “Quando você é um marceneiro fazendo um belo gaveteiro, não vai usar uma placa de compensado na parte de trás, mesmo que ela fique encostada na parede e nunca ninguém vá ver. Você sabe que está lá, então vai usar uma bela madeira no fundo. Para você dormir bem à noite, a estética, a qualidade, tem de ser levada até o fim.”

Um abração.