sábado, 5 de novembro de 2011 | Autor:

Olá Mestre,

Aqui está um excelente exemplo de gentileza.

http://youtu.be/0bq-fynmZyY

http://www.vilavelha.es.gov.br/Not%C3%ADcias/Geral/15111-agente-de-transito-de-vila-velha-e-homenageado-pelo-detran-es.html

Um abraço,

Miguel

segunda-feira, 5 de julho de 2010 | Autor:

A unidade que realizou uma festa no sábado passado me encheu de tristeza. Mostrou-me que alguns colegas não compreenderam quem somos nós e qual é a imagem que corresponde à realidade da nossa marca e do nosso nome. Sinto que falo para as paredes quando insisto nas qualidades do Método e do nosso público. Digo, repito, escrevo e publico que devemos priorizar a elegância, a estética, a politesse, a fidalguia, o refinamento, a educação, o bom-gosto em tudo o que fizermos, dissermos ou até pensarmos.

Pois, segundo os relatos de vários companheiros que estiveram lá no sábado à noite, os organizadores se esmeraram em fazer exatamente o contrário de tudo o que proclamo. Os esforços de tantos instrutores em construir uma imagem que nos faça jus, foram despedaçados pela irresponsabilidade dos organizadores.

De fato, ninguém fumou, ninguém ingeriu álcool nem outras coisas. Mas “A mulher de César não basta ser honesta. Precisa parecer honesta.” Quantas vezes esse conceito, o da percepção do público, foi repetido? E o meu livro Boas Maneiras? E os outros livros, e os cursos, e as conversas pessoais?

Isso desanima.

A unidade que organizou a referida festa fica impedida de promover ou organizar festas ou atos públicos até que seus instrutores me demonstrem que compreenderam qual é a nossa imagem, quem somos nós e a quê nos propomos.

Com o coração partido.

quarta-feira, 4 de março de 2009 | Autor:

Obstáculos e dificuldades fazem parte da vida.
E a vida é a arte de superá-los.

DeRose

Meio século de instrutorado me ensinou a aceitar um defeito do ser humano como algo incurável: seu descontentamento.

Dei a volta ao mundo inúmeras vezes e conheci muita, mas muita gente mesmo. Travei contato íntimo com uma infinidade de fraternidades iniciáticas, entidades culturais, associações profissionais, academias desportivas, universidades, escolas, empresas, federações, fundações… Em todas elas, sem exceção, havia descontentamento.

Em todos os agrupamentos humanos, há uma força de coesão chamada egrégora. Pela lei de ação e reação, toda força tende a gerar uma força oponente. Por isso, nesses mesmos agrupamentos surgem constantemente pequenos desencontros. Estes passam a ganhar contornos dramáticos pela refração de uma ótica egocêntrica que só leva em conta a satisfação das expectativas de um indivíduo isolado que analisa os fatos de acordo com suas próprias conveniências.

Noutras palavras, se os fatos pudessem ser analisados sem a interferência deletéria dos egos, constatar-se-ia que nada há de errado com aqueles fatos, a não ser a instabilidade emocional de quem os vivencia. Instabilidade essa que é congênita em todos os seres humanos. Uma espécie de erro de projeto original, que ainda está em processo de evolução. Afinal, somos uma espécie extremamente jovem em comparação com as demais formas de vida no planeta. Estamos na infância da nossa evolução e, como tal, cometemos inapelavelmente as imaturidades naturais dessa fase.

Observe que raríssimas são as pessoas que estão satisfeitas com seus mundos. Em geral, todos têm reclamações do seu trabalho, dos seus subalternos e dos seus superiores; da sua remuneração e do reconhecimento pelo seu trabalho; reclamações dos seus pais, dos seus filhos, dos seus cônjuges, do seu condomínio, do governo do seu País, do seu Estado, da sua cidade, da polícia, da Justiça, do departamento de trânsito, dos impostos, dos vizinhos mal-educados, dos motoristas inábeis, dos pedestres indisciplinados… Quanta coisa para reclamar, não é?

Se formos por esse caminho, concluiremos que o mundo não é um lugar bom para se viver e seguiremos amargurados e amargurando os outros. Ou nos suicidaremos!

Já na antiguidade, os hindus observaram esse fenômeno da endêmica insatisfação humana e ensinaram como solucioná-la:

“Se o chão tem espinhos, não queira cobrir o solo com couro. Cubra os seus pés com calçados e caminhe sobre os espinhos sem se incomodar com eles.”

Ou seja, a solução não é reclamar das pessoas e das circunstâncias para tentar mudá-las e sim educar-se a si mesmo para adaptar-se. A atitude correta é parar de querer infantilmente que as coisas se modifiquem para satisfazer ao seu ego, mas sim modificar-se a si mesmo para ajustar-se à realidade. Isso é maturidade.

A outra atitude é neurótica, pois jamais você poderá modificar pessoas ou instituições para que se ajustem aos seus desejos. Não seja um desajustado.

Então, vamos parar com isso. Vamos aceitar as pessoas e as coisas como elas são. E vamos tratar de gostar delas. Você vai notar que elas passam a gostar muito mais de você e as situações que antes lhe pareciam inamovíveis, agora se modificam espontaneamente, sem que você tenha de cobrar isso delas. Experimente. Você vai gostar do resultado!

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quarta-feira, 4 de março de 2009 | Autor:

Nós evitamos confrontos

Seja com alunos, colegas, fornecedores ou com quem quer que seja, por uma questão de estilo e elegância, nós praticantes do Método DeRose evitamos confrontos. Aplicamos o jogo de cintura, o sorriso, negociamos e procuramos soluções amistosas. Como todo advogado inteligente, consideramos que um mal negócio é melhor do que uma boa briga. Há muitas outras saídas, sem ter que brigar.

Quem bate-boca é gente mal educada. É quem provém de um meio cultural rude e faz questão de continuar nele. Quem encrenca, dificulta, reclama, faz intriga, discute, faz caras, levanta a voz, gesticula como um morador de cortiço não pode conviver com os demais instrutores e alunos da Nossa Cultura.

Cada vez que você se desentende com alguém isso é mau sinal. É sinal de que falta equilíbrio emocional, falta civilidade e falta educação. Depõe contra você e contra nós.

terça-feira, 3 de março de 2009 | Autor:

Você sabe se comportar com seu parceiro(a) afetivo, antes, durante e depois do amor? Sabe se comportar no banheiro? Sabe segurar o garfo e largar a faca? São as boas maneiras de cama, mesa e banho! Mas não é só. Você está em condições de ser life style coach de um aluno de bom nível sócio-cultural? Está em condições de aceitar o convite de um aluno para jantar em sua casa ou de passar o fim-de-semana em seu sítio?

Sutileza é sinônimo de Boas Maneiras

No banheiro

  • Os homens devem lançar o jato na lateral do vaso para não produzir ruído nem levantar cheiro.
  • Devem limpar as bordas do vaso com papel higiênico.
  • Mantenha o vaso sanitário fechado.
  • Se algum dispositivo (papel higiênico, toalha, sabonete) estiver acabando, avise o dono da casa ou, melhor ainda, compre e reponha.
  • As mulheres devem catar os cabelos que vão denunciando sua passagem por aquele território.
  • Abra as torneiras para atenuar algum ruído desagradável.
  • Sempre que usar o banheiro, use um desodorizante spray.
  • Tenha desodorizantes de ar disponíveis no banheiro.
  • Enxugue-se dentro do box.
  • Tenha sempre uma toalha, um sabonete novo e uma escova de dentes nova, dentro da embalagem para oferecer a algum hóspede.
  • Evite entrar no banheiro quando seu parceiro estiver lá.
  • Não faça aquele ruído horrível com a garganta quando for ao banheiro pela manhã. Se você não sabe do que eu estou falando, ótimo, é porque você não o faz, nem nenhum conhecido seu!

Na cama

  • Verifique se a roupa de cama está sempre limpinha e perfumada.
  • Para não roncar, evite comer à noite e durma de lado. Costuma funcionar.
  • Não fique duro e pesado. Se o parceiro estiver sem espaço, perceba mesmo dormindo e chegue pra lá.
  • Arrume a cama ao se levantar.

Nas relações afetivas

  • Não brigue.
  • O casal que se fecha em copas é mal educado. Seja mais sociável. Conviva com os amigos, convide-os para jantar, passear, reunir-se, recebê-los em sua casa, ir à casa deles.
  • Saiba terminar bem o namoro ou sua fama de troglodita vai correr e vai ser difícil conseguir depois alguém interessante.
  • Saiba a hora certa de terminar. Se passar o momento mágico, vocês começarão a se tratar mal e vão terminar com constrangimento.
  • Nada de discutir a relação. Mas muito diálogo é saudável.
  • Ciúme é grosseria.
  • Em caso de confronto iminente, pense com a cabeça do outro.
  • Peça desculpas, mesmo que a culpa não seja sua. O outro também acha que a culpa não é dele.
  • Lembre-se das datas importantes.
  • Dê flores.
  • Dê presentes. Não precisam ser caros. Mas é importante mostrar essa atenção.
  • Abra a porta para ela.

Com os amigos

  • Não brigue.
  • Timidez é falta de educação. Deixa os outros pouco à vontade e dá a impressão de que você não gosta das pessoas.
  • Procure os amigos. Telefone. Visite-os. Leve flores. Envie postais dos lugares por onde viaja.
  • Visitando um amigo, sinta-se à vontade na casa dele, mas respeite seu espaço vital, sua privacidade e saiba quando ir embora.
  • Seja pontual. Deixar alguém esperando é uma grosseria. Atrasar-se é um descaso. Se você faz isso sempre, não tenho nem palavras para qualificar isso.

À mesa

  • Não comece a comer antes dos outros. Espere todos se servirem. Se forem mais de seis pessoas esta regra não vale.
  • Ponha o guardanapo sobre as pernas.
  • Se comer pão, mantenha a mesa imaculadamente limpa de farelos.
  • Se a manteiga vier em esferas, tire uma e coloque-a no pratinho que está do seu lado esquerdo.
  • Não jogue o pão dentro da sopa.
  • Não incline o prato para alcançar a última colherada de sopa.
  • Use os talheres de fora para dentro. Os primeiros são para as entradas ou salada. Os últimos, para o prato principal.
  • Como segurar o garfo com delicadeza (de preferência com os três dedos: polegar, indicador e médio).
  • Não encha o garfo. Não encha a boca. Não fale de boca cheia.
  • Não incline muito o corpo sobre o prato.
  • Jamais corte o macarrão, nem com o garfo.
  • Como comer spaghetti ou tagliarini.
  • Nunca use a faca para empurrar a comida para o garfo.
  • Apoie a faca sobre dois pontos na borda do prato.
  • Ao usar a faca, não segure o garfo como quem está cortando um bife duro.
  • Corte sem fazer muita pressão, para evitar o ruído estridente e desagradável da faca raspando a louça.
  • Não toque com os dentes no garfo. Não os levante nem gesticule com os talheres.
  • Use o guardanapo para limpar os lábios antes de tomar a bebida.

No falar

  • Fale a, no mínimo, um braço de distância do seu interlocutor.
  • Não diga “uma mulher”: ou é uma senhora ou uma moça.
  • Não diga “quer que eu faço?” ou “quer que eu vou?” pois isso está errado e denota extrato social sem cultura.
  • Não diga “ele vai vim”. Vim é primeira pessoa: eu. Eu vim. Vim é passado. “Ontem eu vim assistir a aula do Prof. DeRose.” “Ele vai vim” é uma aberração idiomática! Alguém diria “Amanhã ele vim”? Então como é que algumas pessoas dizem solenemente: “Amanhã ele vai vim”?
  • Não diga “meu óculos”. Óculos é plural. Meus óculos, um par de óculos.
  • “Que nem ele”, significa “diferente dele”. Prefira “como ele”, “igual a ele”.
  • “Se caso ele não puder” não é correto. Use: “se ele não puder” ou “caso ele não possa”.
  • “Provavelmente ele não possa” não existe. Prefira: “É provável que ele não possa” ou “provavelmente ele não poderá”.
  • “Possivelmente eu não vá” é o mesmo caso acima. Prefira: “É possível que eu não vá” ou “possivelmente eu não vou”.
  • “Como você chama?” Chama o quê? Se quiser saber o nome do outro pergunte “como é que você se chama?”
  • Leia o capítulo Falar corretamente no livro Boas Maneiras no Yôga. É divertido e ensina a falar melhor.

E aí, recebi este comentário do Luc:

Luc
[email protected] | 189.41.83.160

Um aluno me mandou este texto e acho que tem tudo a ver com o post:

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara : a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante, você fazer algo por alguém , e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer…
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
É elegante o silêncio, diante de uma rejeição…
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.
É elegante a gentileza… atitudes gentis, falam mais que mil imagens…
…Abrir a porta para alguém… é muito elegante …Dar o lugar para alguém sentar…é muito elegante…Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma… ..Oferecer ajuda…é muito elegante…Olhar nos olhos, ao conversar é essencialmente elegante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que “com amigo não tem que ter estas frescuras”.
Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la.
Educação enferruja por falta de uso.
E, detalhe : não é frescura.
(Toulouse Lautrec)

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