sexta-feira, 17 de junho de 2016 | Autor:

Um dia, eu estava no estúdio da TV Bandeirantes, aguardando o momento da minha entrevista e assisti à que me precedia. A entrevistadora, Xênia Bier, estava entrevistando uma senhora humilde, Dona Cida, que havia idealizado e concretizado o Hospital do Fogo Selvagem, em Uberaba, Minas Gerais.
Em um dado momento, a entrevistadora disse:
– Eu a admiro muito. Você, sendo mulher, negra, pobre e analfabeta conseguir construir um hospital, é preciso ter muito amor…
E a entrevistada disparou:
– Amor nada, minha filha! Raiva!
Esse é um bom exemplo do quanto a raiva pode ser canalizada para uma direção construtiva.

Assista ao vídeo sobre o assunto:

youtu.be/wP-VeWc2VHk

quinta-feira, 2 de junho de 2016 | Autor:

O que propomos não tem nada a ver com reprimir a raiva. O conceito de administração de conflitos consiste em usar a inteligência em vez da emoção desvairada. Reprimir seria impedir o livre fluxo da emoção destrutiva. Administrar conflitos consiste em não bloquear e sim direcionar, canalizar, sublimar a fim de que as emoções saiam, fluam livres, mas na direção que mais nos convier com vistas a resultados futuros.
Minha juventude foi vivida nas praias de Ipanema e Leblon. Desde meninos, aprendemos a não lutar contra a correnteza. Se a corrente nos pegar, não devemos lutar contra ela, nadando em direção à terra firme. O resultado seria infrutífero e acabaríamos exaurindo nossas forças e morreríamos afogados. Todo bom nadador de mar aberto sabe que se cair numa corrente deve nadar a favor dela, para fora, dar a volta e só depois nadar em direção à praia. Assim é também nas relações humanas e afetivas.

Veja o vídeo sobre o assunto ou acompanhe no podcast:

youtu.be/LMTYpq3MNAk