domingo, 18 de abril de 2010 | Autor:

Como você tem acompanhado pelos noticiários, um vulcão entrou em erupção na Islândia e a núvem de cinzas que ele expeliu cobriu quase toda a Europa Ocidental, obrigando os aeroportos da França, Inglaterra, Escócia, Irlanda, Bélgica, Alemanha e outros a fechar e  interromper todos vôos.

Eu e a Fée demos um curso em Londres, fizemos a transmissão da nossa aula em Paris, teríamos cursos em Lisboa e em Roma nos próximos dias. Vôo marcado para sexta-feira passada à tarde. Tivemos a notícia de que o aeroporto estaria fechado, mas fazer o quê? Tínhamos que viajar. Centenas de inscritos estariam à nossa espera nos outros países e não poderíamos decepcioná-los.

No aeroporto Charles De Gaulle estava instalado um caos muito pior do que aquele que havia acometido os aeroportos brasileiros algum tempo atrás. Multidões de viajantes, turistas, jovens, idosos, senhoras, crianças – todos amontoados pelo chão, pelos corredores. Pessoas que haviam viajado com um planejamento justo e já não tinham onde ficar. A maioria não dispunha de dinheiro para continuar pagando hotel em Paris, cidade cara, por mais alguns dias (sabe-se lá quantos!). Outros não encontraram vaga nos hotéis, pois todos estavam na mesma situação e não podiam deixar o país. O jeito era acampar no saguão do aeroporto. No chão. A sorte é que quase ninguém deu chilique. Todos compreenderam que ocorrera uma contingência.

Acontece que muitos não tinham dinheiro sequer para comer, pois haviam feito uma viagem apertada, gastando até o último centavo antes de encetar o retorno. Viajantes jovens e famílias classe média não dispunham de reservas para essas horas. Mas também não adiantaria disporem de dinheiro porque a comida começou a faltar em alguns quiosques. Se fosse vegetariano, aí então não teria nada mesmo para comprar. Por outro lado, era tão difícil chegar ao empregado para conseguir ser atendido no meio daquela balbúrdia, que muita gente desanimava antes até de descobrir que não havia quase nada a ser comprado. E um agravante: estávamos na Europa! Quando está na hora de fechar a lanchonete ou restaurante, não importa se há clientes a ser atendidos. Esse é o horário de fechar e pronto. Não atendem a mais ninguém e mandam sair os que estiverem dentro. É a consequência de leis laborais paternalistas.

Ah! E os banheiros? Aqueles sanitários não foram feitos para que tantos milhares de pessoas os utilizassem ao mesmo tempo. Mas os empregados à noite estavam em seu horário de folga e ninguém no mundo iria convencê-los a permanecer no trabalho. Imagine os transtornos causados pela falta de papel higiênico, pela falta de limpeza (o cheiro!), pela falta de sabonete, pela falta de toalhas de papel para enxugar as mãos! Certamente que havia também os secadores a ar quente, no entanto a fila para utilizá-los era inviável. Alguns já não funcionavam devido à sobrecarga. Melhor era secar as mãos na roupa mesmo…

Num dado momento as crianças, cansadas, já não aguentavam e começaram a guinchar em coro. As mulheres choravam. Os homens, com cara de desespero, olhavam impotentes o sofrimento das suas famílias, famintas, cansadas, sem poder fazer nada. Nem pelo menos podiam extravasar maltratando os funcionários das companhias aéreas, pois sabiam que não era culpa de ninguém. Além do mais, se der pití por estas bandas vai preso. Era o Inferno de Dante (nenhuma referência ao filme do mesmo nome, que nos mostrava a tragédia de uma erupção vulcânica).

Você deve estar pensando por que é que essa gente que morasse nas outras cidades ou países europeus não viajava de trem (dizem que os trens são tão bons) ou ônibus? Acontece que todos os mais agilizados pensaram nisso antes e as passagens já não existiam.

Naquele panorama, qualquer aluno ou instrutor nosso valorizaria ao extremo a nossa rede, pois simplesmente telefonaria a uma das nossas escolas, relataria a situação e tudo estaria resolvido, pois a nossa confraria mundial é muito unida, prestativa e estamos em toda parte. Nosso aluno iria para a casa de alguém com quem teria, inclusive, os mesmos ideais a compartilhar. Casa de alguém que não fuma, que não toma álcool, que não usa drogas, que não ingere carnes. Casa de alguém cuja atmosfera é feliz, alegre, afetuosa, saudável, descomplicada. Teria casa e comida pelo tempo que fosse necessário. Teria até um círculo de amigos e uma escola para frequentar sem pagar nada. O transtorno ter-se-ia transmutado em uma aventura deliciosa e inesquecível!

Pensando assim, nem sequer fomos para o aeroporto. Você já estava com pena do Mestre velhinho, com fome, dor nas costas, dormindo no chão frio e a Fée cuidando de mim como podia, não é? Foi maldade criar esse suspense. Mas considere o alívio que você está sentindo agora ao saber que nós nem fomos lá para o meio daquela muvuca.

Filipa nos telefonou e perguntou se queríamos viajar de automóvel com ela, o Zé e o filhinho Hugo através da França, Espanha e, finalmente, Portugal. Primeiro, foi o pânico. “Tá loco! Encarar uma viagem dessas por terra é muito asfalto.” Mas no momento seguinte, “não tem questionamento; precisamos chegar lá, nem que seja de bicicleta”. E assim foi.

O resultado foi uma deliciosa viagem com muita risada, comidinhas e paisagens. E eu que me esquivava de realizar uma viagem por terra pelo interior da França, estava agora descobrindo que não era tão mal, era até divertido, especialmente em boa companhia.

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domingo, 18 de abril de 2010 | Autor:

Zé é o Diretor do Espace Energie, de Paris. Filipa é sua instrutora-mor e musa inspiradora. Os dois tiveram uma iniciativa muito importante para a nossa egrégora e merecem o reconhecimento de todos nós. Mas não vou contar ainda o que eles fizeram. Contarei amanhã para que você fique com a emoção do suspense.
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sexta-feira, 16 de abril de 2010 | Autor:

Olá Mestre,

Um assunto que talvez mereça nossa atenção e apoio.

Nós temos pouco tempo para convencê-los de passar esta legislação ousada que irá mudar a política brasileira para sempre!

A Lei Ficha Limpa irá remover das eleições candidatos que cometeram crimes sérios como desvio de verba pública, corrupção, assassinato e tráfico de drogas. Vamos pressionar nossos deputados conseguindo 2 milhões de assinaturas para mostrar que se eles não votarem pela “Ficha Limpa” não votaremos neles! Assine abaixo e depois divulgue para todo mundo:

http://www.avaaz.org/po/salve_ficha_limpa/97.php?cl_tta_sign=64c7379bf4b54053e67d13e25ed316bc

Alex M. Souza

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Não sei se você sabe, Alex, que sou Conselheiro da Ordem dos Parlamentares do Brasil. A O.P.B. tem, entre suas atribuições, a de preparar futuros parlamentares, dar cursos de ética e outras matérias importantes a candidatos; e ainda detém uma forte influência no comportamento de parlamentares, premiando políticos e outras pessoas proeminentes da nossa sociedade pelas suas ações meritórias. Por isso, como Conselheiro da O.P.B., dou a maior importância a essa campanha. Espero que todos os nossos amigos se engajem e repliquem este post em todos os seus meios de comunicação. DeRose.

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Oi Mestre

Não sou a favor dessa lei tal como ela foi redigida. Talvez eu esteja desatualizado e os advogados que aparecem aqui no seu blog poderão me corrigir, mas segundo o que vinha sendo divulgado na imprensa, esse projeto de lei propõe que nenhum cidadão que estiver sendo processado na justiça poderá apresentar sua candidatura a qualquer cargo eletivo.
Acho que isso acabará por vulnerabilizar também os políticos honestos, uma vez que seus adversários poderão processá-los sob qualquer alegação e com isso inviabilizar suas candidaturas.
Tenho conhecidos próximos da vida política que nunca tiveram enriquecimento ilícito e que demonstram ter o mesmo nível patrimonial de sempre e sei através deles que as falsas denúncias são tão ou mais endêmicas do que a corrupção.
Agora, imagine isso numa cidadezinha do interior onde é muito mais fácil “influenciar” o judiciário local: qualquer um que não estiver dentro do “esquema” da região sofrerá um revés irreversível na sua tentativa de ingressar na vida política.

Todos sabemos que denunciar é fácil e que provar a inocência é difícil.

Um abraço

César – Unidade Saquarema – RJ

quinta-feira, 15 de abril de 2010 | Autor:

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Muito bom, Alessandra. Fiquei bem feliz. Obrigado, Thais. Abraço apertado do DeRose.

quinta-feira, 15 de abril de 2010 | Autor:

Mestrão… uma charge sobre como funciona o ensino formal…

Abraços!

Marco Carvalho

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De fato, quando eu estava estudando francês em Paris o professor tentava explicar qual vocábulo aplicar na frase, de acordo com as regras. Mas eu sou intuitivo. Nunca estudei gramática nem verbos para conseguir falar bem e escrever ainda melhor, desde os tempos escolares. E qualquer criança aprende a falar sem conhecimento algum de gramática ou de regras. Ninguém para no meio de uma frase para se lembrar da regra e continuar a falar. Então, disse ao professor: “Ah! C’est une preposition du object indirect caché du sujet verbal en contraction adverbial rélatif.” O professor me olhou com cara de quem estava escutando grego. Pude concluir: “Pois é assim que as suas explicações me soam.” (Os outros alunos estão tentando entender até agora!) Duvido que César ou Cleópatra aprendessem línguas da forma atual, precisando estudar dez anos para tartamudear no outro idioma. Obviamente, o sistema de ensino de línguas sofreu um retrocesso desde o Império Romano. Terá sido para se ajustar à estrutura capitalista e segurar o aluno pagante por mais tempo? DeRose.

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Olá querido Mestre
Achei esta charge bem bonitinha:
http://marciacordoni.files.wordpress.com/2010/03/cartoon.jpg

Um beijo
Márcia Cordoni
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quinta-feira, 15 de abril de 2010 | Autor:

Mestrão,

Amei este conto, quero partilhar.

Cachorro velho

Uma velha senhora foi para um safari na África e levou seu velho vira-lata com ela.

Um dia, caçando borboletas, o velho cão, de repente, deu-se conta de que estava perdido.

Vagando a esmo, procurando o caminho de volta, o velho cão percebe que um jovem leopardo o viu e caminha em sua direção, com intenção de conseguir um bom almoço…

O cachorro velho pensa:

-Ooh! Estou mesmo enrascado ! Olhou à volta e viu ossos espalhados no chão por perto. Em vez de apavorar-se, o velho cão ajeita-se junto aos ossos e começa a roê-los, dando as costas ao predador …

Quando o leopardo estava a ponto de dar o bote, o velho cachorro exclama bem alto:

-Cara, este leopardo estava delicioso ! Será que há outros por aí ?

Ouvindo isso, o jovem leopardo, com um arrepio de terror, suspende seu ataque, já quase começado, e se esgueira na direção das árvores.

-Caramba! pensa o leopardo, essa foi por pouco ! O velho vira-lata quase me pega!

Um macaco, numa árvore ali perto, viu toda a cena e logo imaginou como fazer bom uso do que vira: em troca de proteção para si, informaria ao predador que o vira-lata não havia comido leopardo algum…

E assim foi, rápido, em direção ao leopardo. Mas o velho cachorro o vê correndo na direção do predador em grande velocidade e pensa :

-Aí tem coisa!

O macaco logo alcança o felino, cochicha-lhe o que lhe interessa e faz um acordo com o leopardo.

O jovem leopardo, furioso por ter sido feito de bobo, diz:

-Aí, macaco! Suba nas minhas costas para você ver o que acontece com aquele cachorro abusado!’

Agora, o velho cachorro vê um leopardo furioso, vindo em sua direção, com um macaco nas costas, e pensa:

-E agora, o que é que eu posso fazer ?

Mas, em vez de correr (sabe que suas pernas doloridas não o levariam longe…) o cachorro senta, mais uma vez, dando as costas aos agressores, e fazendo de conta que ainda não os viu. Quando estavam perto o bastante para ouvi-lo, o velho cão diz :

– Onde está o malandro daquele macaco? Tô morrendo de fome! Ele disse que ia trazer outro leopardo pra minha refeição e não chega nunca!

Coitado do macaco…

Moral da história: não mexa com cachorro velho… idade e habilidade se sobrepõem à juventude e à intriga.

Sabedoria só vem com idade e experiência.

Sábias palavras, não é Mestrão?

Beijos alaranjados brilhantes, com cachorrinhos velhos bem branquinhos e sorridentes ….rs

Dorah Andrade
Unidade Anália Franco – São Paulo – Brasil

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Em Portugal, cachorro é o filhote do cão. No Brasil, cão e cachorro são consagrados pelo uso popular como sinônimos. Afinal, o povo deve estar com a razão, já que o cão só desenvolveu os gens do lobo filhote. Logo, é eternamente cachorro. Quem tem um exemplar, bem sabe! Por outro lado, uma curiosidade: a rigor, eu poderia declarar que a minha gata que estava grávida deu à luz seis cachorrinhos. É que no espanhol, cachorro é o filhote dos mamíferos carnívoros. Por exemplo, há “cachorros de leones“, que são felinos. Interessante, não é? Agora uma questão: Como se chamam os dentes caninos dos felinos? Felinos?

quarta-feira, 14 de abril de 2010 | Autor:

Todos nós, Diretores, instrutores e alunos, precisamos estar atentos 24 horas por dia em ter como prioridade AAA a missão de cativar as pessoas. O ser humano não é um ente intelectual e sim emocional. Nossos familiares, amigos, colegas, conhecidos e desconhecidos vão aceitar a Nossa Cultura, respeitar nossa proposta de vida e falar bem de nós só se gostarem de nós.  Não importa se o nosso trabalho é tão bem-intencionado, se é sério, se produz tão bons resultados para os praticantes ou se proporciona tão boas consequências para a sociedade. Se as pessoas não gostarem de você elas vão se opor à Nossa Cultura.

Em nome do nosso Método e da nossa Marca, sua missão é estar (como os escoteiros) “sempre alerta” para que todas as pessoas com quem se relacionar gostem de você. Gostem de nós. TODAS. Isso inclui o porteiro do seu prédio, o carteiro, o lixeiro, o vizinho, o cliente, o fornecedor, o colega de escritório, de faculdade, de esporte, a fofoqueira, o amigo, o desamigo e o desconhecido com quem você cruza na rua. Nossa missão é fazer com que todos gostem de nós.

Precisamos ser (ainda mais) polidos, honestos, éticos, simpáticos, comunicativos, descomplicados e jamais, jamais mesmo, criar caso com quem quer que seja. O que é que custa dar bom dia para todo o mundo e sorrir para alguém que não conheça no supermercado?

Seja prestativo, ajude as pessoas desinteressadamente, esteja sempre disponível para todos, seja paciente e amoroso com toda a gente. Você vai descobrir uma satisfação inusitada em se dedicar a isso como razão maior na sua vida. Basta estar atento.

Logo, logo você cultivará um reflexo de olhar para uma pessoa e querer cativá-la. É tão bom!
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