quinta-feira, 1 de janeiro de 2009 | Autor:

Chai é o nome do chá indiano, feito com um pouco de leite, açúcar e podendo conter gengibre, cardamomo e outras especiarias. Da palavra chai, provém o português chá. A partir de 1975, comecei a introduzir o chai no Ocidente. Adotamos o chai como bebida oficial nas nossas escolas. No início, teve pouca repercussão. Depois, à medida que eu viajava mais e por vários países, a influência se fez sentir. E cresceu mais quando nossa rede de escolas e associações filiadas tornou-se numericamente relevante e influente na vida de tantas pessoas. Daí, a partir de um dado momento, começamos a encontrar o nosso chai em casas de chá e até mesmo restaurantes. Em muitos deles, constava como chá yôgi, numa clara referência à nossa escola, pois na Índia esse chá não é tomado apenas em entidades de Yôga, mas em toda parte. Mesmo se você entra em uma loja de comércio, oferecem-lhe logo um chai. É uma demonstração de cordialidade. Aceitá-lo, uma demonstração de boa educação. Pois, bem, a história que quero contar tem a ver com isso.

Como um simples chai endossa nossas intenções de autenticidade

Na escola do Fernando Prado, em Buenos Aires, um senhor indiano levava a esposa para praticar SwáSthya e ficava esperando por ela na recepção da escola. Não conversava, não sorria. Quando o diretor da escola procurava ser cordial, o maridão respondia com monossílabos. Algum tempo depois, Fernando se lembrou de lhe oferecer um chai. O senhor indiano ergueu as sobrancelhas e redarguiu: “Vocês tem chai? Quero ver.” Fernando serviu-lhe um chai. O senhor indiano provou. Sorriu. Começou a conversar. Tempos mais tarde, Fernando lhe perguntou por que depois do chai ele ficou tão simpático e antes não queria nem conversa. Então, a glória: “Eu achava que vocês eram como os outros ocidentais que dizem ensinar Yôga e transmitem uma deturpação ofensiva às nossas tradições. Mas quando provei a bebida tradicional indiana, percebi que se até no chai vocês fazem questão de autenticidade, o Yôga que ensinam também deve ser autêntico.”

Chazinhos naturébas, não!

Por isso, fico muito triste quando visito alguma escola que diz seguir o nosso método, mas serve chazinhos naturébas, que são um modismo ocidental contemporâneo. Nada contra as infusões medicinais, para ser tomadas quando necessário. Mas oferecer essas bebidas sem graça dentro de uma escola de Yôga é subordinar-se a um paradigma equivocado, associando erroneamente Yôga com terapia. Yôga é filosofia. Todos os dicionários e enciclopédias o definem como tal. Sua meta, segundo Pátañjali, é o samádhi, o estado de consciência expandida que proporciona o autoconhecimento. Se, por efeito colateral, aumenta a vitalidade e todas aquelas consequências positivas, devemos interpretar isso como acidentes de percurso, positivos, por certo, mas jamais como objetivo. Uma abordagem mais séria não deve acenar com benefícios. É como se o instrutor quisesse convencer alguém de alguma coisa, ou como se quisesse vender algo a alguém.  Mais nobre é praticar o Yôga pelo Yôga e não visando a benefícios pessoais. Este posicionamento está muito claramente exposto em nossos livros, sempre que, pela exigência do capítulo, somos obrigados a mencionar os tão decantados “benefícios do Yôga”. Não negamos que eles existam, mas preferimos não fazer apelação. Ao não oferecer benefícios terapêuticos e não aplicar misticismo, fica evidenciada a seriedade do nosso trabalho. Leia mais »

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008 | Autor:

A todos os meus colegas instrutores, alunos, leitores e amigos, aos instrutores das demais modalidades de Yôga, Yóga, Yoga e ioga, desejo um dois mil e novo pleno de amizade, rico em realizações, com muita egrégora, “muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender“, como diz a canção!

Espero que seja um ano de mais integração (mais Yôga, já que essa palavra significa união, integração, integridade), que nos falemos mais, que nos vejamos mais e que participemos efetivamente das elevadas propostas da Nossa Cultura.

Para que estejamos bem integrados na força colossal da egrégora, vamos ler (reler, talvez?) mais livros de SwáSthya, pois as leituras têm poder de consolidar a identificação do leitor com o autor e com o tema. “Dize-me o que lês e dir-te-ei quem és. Mas dize-me o que relês, e conhecerei teu coração.” (Adaptação de um pensamento de François Mauriac, Nobel de Literatura de 1952.) Como eu reli o livro Quando é Preciso Ser Forte não menos de 300 vezes (sem exagero), então devo estar muito identificado com o autor a ponto de achar que eu sou ele (Shivoham, Shivoham!) e que o autor sou eu. Gostaria que você também se sentisse assim.

Depois de escrever, leio…
Por que escrevi isto?

Onde fui buscar isto?
De onde me veio isto?
Isto é melhor do que eu…
Seremos nós neste mundo apenas canetas com tinta
Com que alguém escreve a valer o que nós aqui traçamos?…

Álvaro de Campos
(heterônimo de Fernando Pessoa)

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quinta-feira, 25 de dezembro de 2008 | Autor:

Recién llegamos de una fiesta en família que congregó un montón de instructores de Argentina. Estavan todos re-lindos y especialmente los cabellos de las chicas . Nuestra egrégora porteña cultiva mucho el cariño y son mega divertidos. Gracias a ellos por nos proporcionaren una fiesta tan querida en la cual nos sentimos tan cómodos y emocionados.

Quem é do SwáSthya precisa conhecer nossa gente do país irmão. Temos muito a compartilhar, muito a aprender uns com os outros. Leia mais »

domingo, 21 de dezembro de 2008 | Autor:

Você dificilmente conseguirá avaliar a falta que faz a nossa agrégora de carinho e intercâmbio a um companheiro que esteja lecionando em um país onde haja poucos instrutores ou mesmo onde ele seja o único. Portanto, gostaria de pedir a todos os demais que mantenham contato frequente por skype, telefone, messenger, blog, cartas convencionais, dando livros de presente e fazendo visitas regulares aos nossos desbravadores que lá estão por um sentimento de missão pelo SwáSthya. Comunique-se com a Sónia Saraiva, Isis, José Afonso, Filipa e Heberson, em Paris. Gustavo, Sónia, Fábio e Paulinho, em Londres. Marcelo Tessari e Daniel De Nardi (que já está lá há alguns meses), em New York. Thiago Massi e Ana Vidal, em Barcelona. Guilherme, no Havaí. Clarice, na Polônia. Luciana, na Escócia. Christian e Felícia, na Alemanha. Valentina e Gabriel, no Chile. Tiago, na Austrália. Chandra, na Indonésia. Isso, sem mencionar os outros que estão nas demais cidades da Espanha, Estados Unidos etc. mas que ainda não estão credenciados, como Mariana, em San Sebastián e Fabiane, na Califórnia. Não incluí aqui os colegas de Portugal e Argentina porque eles não estão sós. Nesses dois países, como lá estamos há décadas (vinte anos na Argentina e trinta anos em Portugal), já existe uma grande comunidade da nossa Cultura. Ao todo já são mais de 200 desbravadores fora do Brasil. Leia mais »

sábado, 20 de dezembro de 2008 | Autor:

Estou assistindo, fascinado, às matérias de TV cujos links foram enviados para o nosso blog. Que profissionalismo! Nossos instrutores estão de parabéns. Meus cumprimentos também aos monitores e aos supervisores deles. Se você tiver links para entrevistas ou reportagens de TV ou para matérias publicadas em revistas e jornais, envie-nos para compartilhar com a família e também para incentivar os demais a que sigam o bom exemplo. Esse é o melhor pújá efetivo!

PS – Pesquisando links, encontrei um que tinha várias entrevistas minhas na televisão em Portugal. Depois, não o localizei mais. Se você souber onde se encontra esse material, agradeço muito que me informe.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008 | Autor:

Gosto mais de dar cursos teóricos, porque temos hoje verdadeiras sumidades ministrando os cursos práticos de SwáSthya Yôga e é preciso dar espaço a essas gerações mais novas e tão competentes. Eles ministram cursos de mudrá, de respiração, de meditação, de mantra e mesmo de ásana. São mais de 80 temas! Mas eu me programo para dar alguns cursos práticos por temporada a fim de me manter em forma. Quase todos são cursos só para instrutores, pois se abríssemos para alunos da rede não haveria sala que comportasse a procura – e aí perderíamos o caráter intimista do nosso trabalho. No sábado passado ministrei o Curso prático de ásana. Senti-me orgulhoso pela quantidade e qualidade dos instrutores que compareceram, vindos de todo o Brasil e de outros países. Antes de iniciar a aula, eu estava me sentindo um pouco cansado e imaginei que seria um curso mais curto e meio sem graça. Por isso, eu me surpreendi mais do que os participantes, quando me saiu o mais extenso e completo curso prático de ásanas das últimas décadas. Foram oito horas ininterruptas! E a moçada acompanhou até o fim. Só um ou outro, no finalzinho, ficou com cara de cansado. A maioria saiu bombando.  Os que vieram da Europa foram os que mais valorizaram, pois há cerca de vinte anos que não dou esse curso nas terras d’além-mar. Terminando o curso ainda tivemos energia para sair com os mais animados e jantar na Oscar Freire até uma da manhã!