domingo, 2 de outubro de 2016 | Autor:

Certa vez, um aluno em Paris perguntou-me como era o dia-a-dia do praticante de Yôga. Percebendo uma pontinha de fanatismo na compostura daquele jovem, na ocasião não respondi à pergunta e brinquei com o estudante, dizendo-lhe que somos pessoas normais, que vivem, comem e trabalham como todo o mundo. Quis neutralizar em sua cabeça a imagem estereotipada de que praticantes de Yôga devam ser exóticos. Ele riu, rimos todos e a classe seguiu em frente. Contudo, ao terminar o curso eu estava com uma enorme vontade de proporcionar um esclarecimento mais amplo sobre o tema e pus-me a escrever. O que você vai aprender agora, devemos àquele rapaz.

A diferença entre “fazer Yôga” e ser um yôgin

Há uma diferença muito grande entre tocar piano e ser pianista. O primeiro vai à escola de música, aprende umas notas, dá-se por satisfeito em extrair alguns sons do nobre instrumento, paga e vai embora. Já o que tem a aspiração de ser um pianista, vai para casa e treina horas a fio. Lê livros sobre o assunto. Participa de eventos. Dá recitais. Envolve-se. Compromete-se. Faz disso sua razão de viver.

Isso é assim com qualquer coisa. Com o Yôga também. Quem apenas pratica Yôga não é forçosamente um yôgin. Só é, a rigor, um yôgin aquele que penetra fundo, de corpo e alma, na filosofia de vida que o Yôga preconiza. Aquele que na sua vida particular segue um programa de envolvimento e identificação total, a tempo integral.

Mas como conseguir isso sem se alienar e sem gerar fanatismo?

As recomendações devem ser adotadas pelo praticante de forma que não prejudiquem seus compromissos profissionais ou relações familiares. Tenha presente que o Yôga significa união no sentido de integração. Integração é o oposto de alienação.

O SwáSthya Yôga não endossa fanatismo. Procure incorporar gradualmente as sugestões que se seguem, de forma a absorvê-las naturalmente sem deixar que constituam arestas que o tornem uma pessoa “estranha”.

www.youtu.be/G_Xx4F3JMSc