Podemos contar os amigos de verdade nos dedos das mãos. O número de pessoas da família de quem somos amigos também é pequeno.
Mas aqui o que quero ressaltar é a importância de cultivar relacionamentos íntimos de qualidade.
Quando digo relacionamento íntimo quero dizer um vínculo fundamentado em confiança, no qual você compartilha das mesmas crenças e valores da outra pessoa, carinho, acolhimento e reciprocidade.
Em 2015, Robert Waldinger apresentou (em um TEDx) os resultados do estudo mais longo conhecido sobre felicidade, o Estudo de Desenvolvimento Adulto, do qual participaram 724 pessoas durante aproximadamente 75 anos.
A principal conclusão deste estudo é que a manutenção de bons relacionamentos íntimos é a principal razão de uma vida saudável e feliz.
Para que uma relação se baseie na confiança, precisaremos agir com verdade. Uma relação íntima de longo prazo depende da coerência de ambas as partes entre o que se diz e o que se faz.
Para isso, precisamos dedicar energia e tempo a nos conhecermos, a identificar nossos valores e crenças. Assim, poderemos saber quais relações íntimas são benéficas para nós e quais não. Quando manter o vínculo e quando nos afastarmos.
De algumas pessoas, não teremos opção de nos afastar. Nesses casos, será necessário desenvolver a clareza da aceitação e agradecer a oportunidade de aprender com esta relação.
No entanto, quando puder escolher, a manutenção das boas relações íntimas nos dará chance de ter e oferecer suporte emocional. Isso nos dará acolhimento para restauração em momentos nos quais estivermos vulneráveis, e aumentará nossa força e autoconfiança num momento de fragilidade do outro.
E, claro, poderemos compartilhar com quem amamos momentos de extrema satisfação e prazer, o que nos permite viver o que chamamos de felicidade.