A estratégia mais inteligente utilizada pelas pessoas bem-sucedidas é pensar com a cabeça do outro. A realidade é uma questão de ótica. Assim que você começar a aplicar esta tática, vai constatar o quanto é fácil não brigar.
Usando esse recurso, você não estará sendo inferior ou mais fraco. Pelo contrário, estará dando os primeiros passos na arte de dominar o oponente, fazendo com que não o veja mais como agressor. Depois que ele não estiver mais na defensiva e o clima emocional for afetuoso, você conseguirá o que quer – sem confrontos!
Os melhores generais foram os que venceram os inimigos sem apelar para o elevado custo das batalhas.
Compare o custo/benefício de uma desgastante briga entre pessoas que se amam, a qual poderá durar horas infinitas ou até dias; poderá deixar sequelas como uma mágoa para o resto da vida; poderá comprometer o desejo sexual; poderá até gerar um rompimento definitivo. Compare isso com o poder de estar no comando e descobrir que tipo de carinho, que tipo de fisionomia, que tipo de tom de voz, que tipo de frase, poderia derreter o parceiro e atirá-lo indefeso aos seus pés!
Fora o cuidado de não escolher o cão mais hiperativo, deve-se conhecer bem os espécimens que o canil fornece e checar os ancestrais, para que não haja antecedentes de enfermidades genéticas. Verifique, também, se o canil não explora de forma cruel as fêmeas, fazendo-as engravidar seguidamente.
Por outro lado, não há nada mais lindo que salvar da morte certa os “focinhos carentes” que estão esperando por adoção nos abrigos. Se ninguém os adotar, serão abatidos sem dó nem piedade. Procure nos sites de adoção e poderá conhecer o seu futuro pet pela foto e pelo perfil que geralmente é descrito.
Lembre-se de que nunca deve separar o filhote da mãe com menos de 45 dias. Eu acho um absurdo separá-lo da mãe com qualquer tempo. Mas, pensando racionalmente, cada casa ficaria com mais de dez cães quando alguma cadelinha desse cria, o que é impraticável. Dessa forma, com dor no coração, preciso aceitar o fato de que a praxe é separar os filhotes em algum momento.
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Para certificar-se e convencer-se do quanto a sua mente tem poder sobre circunstâncias e objetos exteriores, coloque algumas sementes de feijão sobre algodão úmido em dois pratos. Cada prato com a mesma quantidade de algodão, de água e de sementes. Os dois devem receber a mesma cota de ar e de luz. Todos os dias pela manhã e à noite, dirija-se a um grupo de sementes, sempre o mesmo, e mentalize que está crescendo. Se achar que ajuda a concentrar-se, pode verbalizar sua mentalização dizendo-lhe que cresça. O conteúdo do outro prato deve ser simplesmente ignorado. No final de uma semana, compare as duas porções de sementes. Em noventa por cento dos casos, aquela que você mentalizou para crescer estará notavelmente mais desenvolvida que a outra.
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No Brasil, as pessoas valorizam mais um produto concreto, que elas possam comprar e levar para casa, do que o serviço abstrato prestado pelo profissional que detém um valioso know-how.
Um know-how, provavelmente, lhe custou muito dinheiro, estudo, tempo e trabalho.
Pagam qualquer preço por uma roupa, um relógio ou equipamento eletrônico, mas regateiam os honorários do arquiteto, do engenheiro, do advogado, do publicitário, do designer, do professor etc.
Portanto, quem trabalha com serviço, se possível, deve ter também um produto concreto, ou vários.
No início da minha carreira, eu tinha poucos alunos e precisava imprimir material gráfico de divulgação. Esses impressos me custavam muito caro e eu os dava de graça. Quem os recebia, muitas vezes, amassava e jogava no chão. Aquilo me partia o coração! Primeiro, porque era a rejeição do meu produto cultural; segundo, só eu sabia o quanto de esforço me custara para pagar aqueles flyers que estavam sendo tão displicentemente descartados.
Em 1969, pensei: por que não vender a minha publicidade? Em vez de eu pagar a impressão e dar de graça, por que não fazer um livro que as pessoas adquirissem? Então, estariam pagando para levar as informações e o conhecimento que eu tenho. Só compraria os livros quem já fosse interessado. E ninguém amassa um livro e o joga na rua. Assim, nesse ano, publiquei meu primeiro livro a ser vendido em livraria.
Foi um sucesso! O livro em si, hoje posso julgar, era insatisfatório. Mas fez sucesso mesmo assim. Talvez porque meu produto cultural estivesse no seu primeiro boom. Talvez porque houvesse pouquíssimos livros sobre o tema. Ou, quem sabe, pelas minhas fotos de técnicas corporais inseridas no livro, as quais eram muito boas. O fato é que a venda dos livros meu deu o primeiro fôlego, como uma pessoa se afogando que consegue pôr a cabeça fora d’água e respirar uma lufada de vida! E, depois, veio a consequência do livro nas livrarias: as pessoas compravam a minha publicidade e passavam a me conhecer.
Com isso, tive a minha primeira lição sobre a importância de ter produtos físicos. Tanto na arrecadação de verba, quanto na divulgação que eles proporcionam.
O grande erro é descontinuar um produto. Muita gente é inconstante. Gera um produto e depois para de produzi-lo. “Ah! Foi porque não fez sucesso, vendia pouco…” ‘Ah! Foi porque o fornecedor não tinha mais a matéria prima…” São meras desculpas esfarrapadas para justificar a sua instabilidade. Qualquer produto se torna um sucesso de vendas se você acreditar nele, se persistir nele, se fizer bastante divulgação e não parar de produzi-lo. Aos poucos, ele vai conquistando seu fã clube.
Um discípulo leal e educado não faz misturança. Caso dedique-se a uma linha filosófica, deve fazê-lo de corpo e alma, como o faria se estudasse piano ou ballet clássico. Da mesma forma, como naquelas outras artes, o discípulo só deve ter um Mestre. Frequentar cursos e eventos de outras correntes supostamente similares sem o conhecimento do seu preceptor ou ler livros menos recomendáveis, ou conflitantes, são atitudes consideradas como deselegância e grosseria. Um aluno de Karatê que frequente outra escola dessa arte e aprenda também de outro Mestre, pode ser expulso da sua própria – isso se não for “convidado” para uma luta disciplinadora com o seu Sensei! Isto não se aplica apenas às disciplinas orientais ou iniciáticas.
Estou ciente de que o leigo eventualmente poderá encontrar alguma dificuldade para metabolizar este conceito ético, pois em sua sede quase incontrolável de conhecimentos, interpretará a etiqueta como restrição à sua liberdade. Mas, quando se compromete matrimonialmente com uma só pessoa, você também sente que isso é uma violência à sua liberdade de continuar namorando com quem desejar?
A solução seria não se comprometer com nenhum Mestre de Ballet, nem de Karatê, nem de Yôga; ou seja, não se declarar discípulo de ninguém, e seguir brincando com as coisas sérias até amadurecer. Aí, no devido tempo, com toda a liberdade, poderá tomar uma decisão consciente e voluntária.
Concluindo que é mesmo imprescindível não preservar mais o status de casal, será que é necessário terminar um relacionamento? Não seria mais civilizado evoluir o relacionamento, transmutando-o em uma forma mais sutil, talvez uma oitava acima?
Romper com uma pessoa, com quem compartilhamos tantos momentos de felicidade, tantas alegrias, tantos carinhos, é um ato de violência que desencadeia sofrimento atroz e sentimento de perda para ambas as partes. Então, por que perpetrá-lo?
Já que estamos repensando o relacionamento, para evoluir como pessoas, por que não repensarmos também o momento em que esse mesmo relacionamento precisa de um tempo, ou de uma reciclagem?
Entendo que as pessoas não devam afastar-se, privar-se do convívio de quem lhes deu tanto, apenas por estar numa outra etapa da sua evolução, da sua vida, ou da sua sexualidade. Devemos, sim, preservar esse relacionamento que agora extrapolou os limites da relação homem-mulher e alcançou patamares excelsos de dois seres que são mais do que casal, mais do que amigos, mais do que irmãos.
É fundamental que, ao concluir uma etapa do relacionamento e galgar uma outra, haja muita elegância e consideração.
Ao invés do papelão que tanta gente faz ao se separar, discutindo, agredindo, insultando, que no lugar disso, os dois possam oferecer uma atitude de generosidade, da qual não se arrependerão jamais. Das ceninhas de mesquinharia, certamente, você se envergonharia para sempre.
Em 25 anos de viagens à Índia, estudei com vários Preceptores hindus como o Dr. Yôgêndra (em Mumbai), Dr. Gharote (em Lonavala), Swámis Krishnánanda, Nádabrahmánanda, Turyánanda (em Rishikêsh), Muktánanda (em Ganêshpurí) e outros, considerados os últimos grandes mestres daquele país. Krishnánanda, por exemplo, orientou-me por mais de vinte anos. Foi um excelente Mestre. Soube não deixar que a sua linhagem Vêdánta-Brahmacharya interferisse com a a minha. Chegou a me conseguir um professor de Sámkhya que me dava aulas dessa filosofia dentro do Sivánanda Ashram.
Mas a nenhum deles posso reconhecer como o Meu Mestre. Isso confundiu um pouco os cri-críticos de plantão e induziu-os ao erro de supor que eu fosse um autodidata, o que não é fato. Embora alguns professores tenham sempre declarado com indisfarçável orgulho que eram autodidatas, esse não é o meu caso. Considero que nesta área, o autodidatismo não é nada louvável. É apenas uma questão de ego. Como dizia Mário Quintana, “autodidata é um ignorante por conta própria”.
No entanto, antes de ter estudado com aqueles renomados mentores, quando bem jovem, andei à procura de alguém para ser meu Mestre físico, de carne-e-osso. Ninguém aceitou, uns por honestidade ao avaliar sua própria limitação, outros disfarçando isso com falsa modéstia. O fato é que professor algum julgou-se apto a levar-me adiante do ponto onde eu já estava.
Muito antes de descobrir o verdadeiro Preceptor gastei muita sola e muito latim (e sânscrito!) na procura. Finalmente desisti de encontrá-lo entre meus conterrâneos e comecei a buscá-lo nos indianos que vinham dar conferências no nosso país. Mas decepcionava-me seguidamente, pois eles não pareciam ter mais conhecimento do que os compatriotas. Em suas palestras não acrescentavam nada e por vezes deixavam muito a dever aos nossos. Só iludiam mais a opinião pública por apresentarem-se com trajes exóticos e dirigirem-se ao público em inglês. Até que, certo dia, um deles pareceu possuir realmente algum grau mais avançado e pôs termo a essa fatigante peregrinação. Foi o Swámi Bhaskaránanda, que esteve no Brasil em 1962. Aos dezoito anos de idade, tive a oportunidade de estar com ele e expor minha expectativa. Ele esclareceu:
– Seu Mestre ainda não sou eu, nem é nenhum dos da sua terra. Ele é maior do que todos nós juntos e tem muito mais a lhe transmitir do que o mero conhecimento intelectual. Não se preocupe em achá-lo. Ele é que vai achar você, mas só no momento certo, quando estiver mais amadurecido e puder entender.
A partir daí, fiquei tranquilo e parei de buscar. Ao invés disso, passei a investir todo o meu tempo no aprimoramento necessário para me colocar à altura de um tão grandioso Preceptor. Forçosamente tive que ler pencas de livros, fazer muitos cursos e conhecer inúmeros mentores. Nesse crisol alquímico, vinham coisas boas, coisas ruins e muitas fraudes.
Entre várias experiências positivas, uma é especialmente digna de nota. Foi o meu relacionamento com um professor que, deixou claro, não poderia ser meu Mestre, mas propôs-se com muita honestidade a me preparar a fim de tornar-me apto a contatá-lo.
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