terça-feira, 19 de julho de 2016 | Autor:

Mais de meio século de vida me ensinou a aceitar um defeito do ser humano como algo incurável: sua insatisfação. Dei a volta ao mundo inúmeras vezes e conheci muita, mas muita gente mesmo. Travei contato íntimo com uma infinidade de fraternidades iniciáticas, entidades culturais, associações profissionais, academias desportivas, universidades, escolas, empresas, federações, fundações… Em todas elas, sem exceção, havia descontentamento. Em todos os agrupamentos humanos há uma força de coesão chamada egrégora. Pela lei de ação e reação, toda força tende a gerar uma força oponente. Por isso, nesses mesmos agrupamentos surgem constantemente pequenos desencontros que passam a ganhar contornos dramáticos pela refração de uma ótica egocêntrica que só leva em conta a satisfação das expectativas de um indivíduo isolado que analisa os fatos de acordo com suas próprias conveniências. Noutras palavras, se os fatos pudessem ser analisados sem a interferência deletéria dos egos, constatar-se-ia que nada há de errado com esses fatos, a não ser uma instabilidade emocional. Instabilidade essa que é congênita em todos os seres humanos uma vez que ainda estamos em processo de evolução. Afinal, somos uma espécie extremamente jovem em comparação com as demais formas de vida no planeta. Estamos na infância da nossa evolução e, como tal, cometemos inapelavelmente as imaturidades naturais dessa fase. Observe que raríssimas são as pessoas que estão satisfeitas com seus mundos. Em geral, todos têm reclamações do seu trabalho, dos seus subalternos e dos seus superiores; da sua remuneração e do reconhecimento pelo seu trabalho; reclamações dos seus pais, dos seus filhos, dos seus cônjuges, do seu condomínio, do governo do seu País, do seu Estado, da sua cidade, da polícia, da Justiça, do departamento de trânsito, dos impostos, dos vizinhos mal-educados, dos motoristas inábeis, dos pedestres indisciplinados… Quanta coisa para reclamar, não é? Se formos por esse caminho, concluiremos que o mundo não é um lugar bom para se viver e seguiremos amargurados e amargurando os outros. Ou nos suicidaremos!

Assista o vídeo que explora mais este assunto:
https://youtu.be/hqWb5nOdMUw

Ouça o podcast no seu smartphone:

quinta-feira, 14 de julho de 2016 | Autor:

Se a pessoa pretendida terminou o relacionamento anterior de forma turbulenta, truculenta, criou escândalos, gerou constrangimentos em outras pessoas, gritou, insultou, ameaçou e, quem sabe, cumpriu as ameaças e prejudicou o seu ou a sua “ex”, cuidado! Essa pessoa vai fazer a mesma coisa com você. – Ah, não! Comigo vai ser diferente… Por que com você vai ser diferente? Você é um alien? Se você é um homem ou mulher e a outra “pessoa também é, ambos tendem a repetir padrões. Assim, a melhor forma de escolher o parceiro ou parceira é saber como foi que essa pessoa terminou o relacionamento anterior. Isso nos dirá muito sobre a educação do(a) pretendido(a), sobre seu equilíbrio emocional, sobre suas eventuais neuroses, psicoses, sociopatias. Eu não quero me relacionar com uma pessoa que me faça um candidato potencial a protagonista do roteiro de Psicose, do Hitchcock. Há outro recurso muito prático que é observar como o seu príncipe ou princesa trata as demais pessoas. Com você, é um anjo de ternura, mas trata mal os demais? Humm… Sei. No dia em que algo não correr bem entre os pombinhos, é possível que você seja a próxima vítima! A pessoa com quem você “fica” hoje determina a qualidade de com quem você ficará no futuro.

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quarta-feira, 13 de julho de 2016 | Autor:

Quem se melindra e briga por tudo e por nada, é portador de complexo de inferioridade. Se você não é um complexado, não precisa responder a uma agressão com outra agressão. Agora considere: quem parte para um bate-boca não pode ser uma pessoa fina. Geralmente, tem pouco a perder. Não é o seu caso. Tornar-se inimigo de uma pessoa ralé pode lhe custar dissabores futuros, ao longo de toda a sua vida. O que fazer então? Deixar o inconveniente azucrinar a sua existência? Jamais! Quem não serve para ser seu amigo deve ser afastado com arte. Dependendo do tipo de relacionamento que vocês mantiveram, promova um distanciamento progressivo e, volta e meia, tempere com uma cortesia. Por outro lado, recuse gentilmente os convites para o estreitamento da convivência, mediante justificativas aceitáveis.

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terça-feira, 5 de julho de 2016 | Autor:

Há várias atitudes que servem como cumprimento. O mais simples dos cumprimentos é o sorriso, que já foi abordado anteriormente. Muitas vezes, basta sorrir para as pessoas e não é preciso dizer mais nada. Esse cumprimento é muito útil quando você está viajando por países cuja língua não domina, já que o sorriso é a língua universal.

O abraço é outra maneira, querida e informal, de cumprimentar. Gosto muito dessa opção.

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quinta-feira, 30 de junho de 2016 | Autor:

Tudo é uma questão de timing. Para tudo há um momento mágico. É preciso saber identificá-lo. Há um momento para se casar e há um momento para se descasar. Se você conseguir identificar e usar esse momento, sua vida será coroada de alegrias e de felicidade.

Conhecemos um pensamento popular que diz: “quem pensa, não casa”. É verdade. Se for pensar muito, deixará passar o momento certo e não se casará mais. Para o descasamento é a mesma coisa. No primeiro caso, talvez você perca a pessoa mais maravilhosa da sua vida. No segundo, é possível que perca a coragem e não tome a decisão de transformar a sua relação de casal em algo, quem sabe, ainda mais bonito.
Temos o reflexo de que o descasamento precisa ser algo ruim e sofrido. Mas não precisa ser assim. Conhecemos inúmeros exemplos felizes de mudança de status afetivo, nos quais os dois “ex” continuam amigos. Se a transcendência for bem realizada, tornam-se amigos-mais-do-que-irmãos, pois a pessoa que já viveu com você conhece seu “ex” mais do que qualquer outra pessoa no mundo! Conhece seus valores, suas qualidades e seus defeitos.

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terça-feira, 28 de junho de 2016 | Autor:

Já vi muita gente declarando: “Fulano não serve para ser meu amigo. Vou lhe dizer umas poucas e boas.”
A sabedoria popular diz que mexer no que não cheira bem só faz piorar o odor. Se o Fulano em questão realmente não serve como amigo, o melhor é tomar uma medida amenizadora do mal-estar ou do mal-entendido surgido e depois promover um afastamento cordial.
A vida me ensinou que uma pessoa que não sirva para se conviver, alguém em quem não se possa confiar, é também uma pessoa com quem devemos evitar confusão, pois é doente (neurótica) ou de baixo nível.
O que é que você ganha discutindo com alguém? Algumas pessoas fazem isso porque andaram assistindo novelas e aprenderam a “não levar desaforo para casa”. Algumas dessas pessoas nem mesmo sabem conduzir um relacionamento de amizade ou conjugal sem estar todo o tempo a contender, como se a existência devesse consistir em um incessante defender-se dos outros e proteger seu território. Isso caracteriza um estrato cultural muito baixo. Pessoas educadas e elegantes não utilizam esse paradigma.

Assista ao vídeo para um estudo adicional sobre o assunto ou acompanhe o podcast em áudio.

youtu.be/bUqpJjTT6HM

domingo, 26 de junho de 2016 | Autor:

Depois de meio século ensinando essa matéria, cheguei à surpreendente conclusão de que o Yôga não funciona.

SEM REEDUCAÇÃO COMPORTAMENTAL, NÃO FUNCIONA

Para funcionar, o Yôga, precisa que você adote os conceitos de reeducação comportamental. Sem um bom relacionamento humano e sem um bom relacionamento afetivo, sem mudar sua atitude, sua alimentação, sem eliminar o uso do fumo, do álcool e das drogas, ele não funciona.
Não funciona porque o praticante não consegue alcançar o samádhi se continuar sendo um hominídeo comum, sem mudar o seu comportamento. Você acharia possível alguém conseguir a evolução interior se continuasse emocionalizado, mal-educado, desentendendo-se com outras pessoas, brigando com os colegas de trabalho, com os amigos, com a esposa, com os empregados? Alguém que fosse maledicente, grosseiro, desonesto, mentiroso? Claro que não!
Obter flexibilidade, tônus muscular, melhorar o rendimento nos esportes, nos estudos e no trabalho, superlativar a vitalidade e tudo o mais que nós já sabemos, são apenas efeitos colaterais positivos da prática.
Yôga é qualquer metodologia estritamente prática que conduza ao samádhi. Ou seja, ele pode ser qualquer coisa, mas precisa ser estritamente prático, porque não tem teoria. E tem que ter a proposta de conduzir à meta do Yôga, o samádhi.
Ora, esse estado de megalucidez denominado samádhi não pode ser conquistado por alguém que não consiga sequer ser equilibrado emocionalmente, alguém que se desentenda com o colega ou com o cônjuge, alguém que fale mal de um praticante ou instrutor por ele ser de outra linha da mesma filosofia. Não pode ser alcançado por alguém que na aula faz meditação e põe as mãos “em prece” com cara de santo arrependido e, quando termina a aula, briga com o empregado, porteiro, motorista, amigo, desamigo, conhecido, desconhecido, namorado, ex-namorado, cliente, fornecedor etc.
Noutras palavras, cheguei à amarga conclusão de que sem aplicar os conceitos comportamentais de reeducação, o Yôga não funciona porque não leva à sua meta, que é o samádhi.
Eu já havia concluído isso há muito tempo, tanto que tinha publicado nos meus livros, desde a década de 1990, insistentes apelos a que todos participassem das atividades culturais como meio para compartilhar, pela convivência, um código comportamental e de valores. Mas os praticantes e instrutores daquela época não queriam saber. Estavam sofrendo paralisia de paradigma, pois entraram nas nossas escolas pelo canal da palavra Yôga e achavam que essa coisa deveria consistir apenas em uns contorcionismos exóticos e uns relaxamentos. Achavam que não tinha nada que interferir com o comportamento.
Então, por uma sincronicidade, floresceu, oficialmente, na França, o DeROSE Method. A partir de então, como era outro produto cultural, as pessoas não só aderiram às atividades sociais como também manifestaram sua alegria por elas existirem nas nossas escolas. Como assim, outro produto? Não mudamos apenas o nome e continuamos ensinando a mesma coisa? Não! DeROSE Method é outra coisa!

Assista sobre o assunto no vídeo abaixo, ou acompanhe o áudio via podcast.

youtu.be/CDBvoXHiYK8