segunda-feira, 17 de outubro de 2016 | Autor:

O ocidental tem um interesse muito grande pelo tema chakras e kundaliní. No entanto, as informações erradas por falta de fontes sérias de estudo e as versões fantasiosas por questões de mero devaneio são as mais popularizadas. Então, esqueça tudo o que você leu a respeito. Vamos começar de novo.

O QUE SÃO OS CHAKRAS

Chakra significa roda ou círculo. Chakras são centros de captação, armazenamento e distribuição do prána, a energia vital. Chamam-se de rodas ou círculos por serem vórtices de energia – e, como tal, circulares – localizados nas confluências e bifurcações das nádís ou meridianos. Os chakras são redemoinhos, como os que se formam nos rios. Talvez não por coincidência, nádí signifique rio, corrente ou torrente. Os chakras também podem ser chamados poeticamente de padmas, ou lótus. Geralmente, essa segunda denominação é utilizada também para evitar a excessiva repetição da palavra chakra.

QUAIS SÃO OS CHAKRAS PRINCIPAIS

O Yôga trabalha todos os chakras, mas confere mais atenção aos principais, que se encontram ao longo do eixo vertebral. Estes têm a ver não apenas com a saúde – pois distribuem a energia para os demais centros – como ainda são responsáveis pelo fenômeno de eclosão da kundaliní e sua constelação de poderes. Há um chakra para cada segmento.

Aproveite e consulte a pronúncia correta da palavra chakra aqui: http://www.uni-yoga.org.br/cultura-e-entretenimento/glossario/

segunda-feira, 10 de outubro de 2016 | Autor:

De todos os tipos de Yôga que existem, há um, em particular, que é especial por ser um dos mais completos. Produz efeitos rápidos e duradouros como nenhum outro. Trata-se do Yôga Antigo, hoje conhecido como SwáSthya Yôga, sistematização do Dakshinacharatántrika-Niríshwarasámkhya Yôga, do período pré-clássico. Para torná-lo inteligível foi preciso sistematizá-lo, como faria um arqueólogo com os fragmentos preciosos que fossem sendo encontrados.

Estudamos muitos tipos de Yôga e fomos à Índia por 25 anos. Estamos convencidos de que o Yôga Antigo, para nós, é realmente o melhor que existe. A maior prova disso é que o adotamos. E também o adotaram milhares de pessoas muito especiais em vários países. São intelectuais, cientistas, artistas plásticos, músicos e escritores de diversos continentes.Para contar com esse público culto, sensível e exigente o Yôga Antigo, SwáSthya Yôga, deve ter algo muito especial. Mas o quê?

1. O Yôga Antigo contém os elementos que fundamentam todas as demais modalidades de Yôga. Não há nenhum outro tipo de Yôga tão completo. Numa prática de SwáSthya, o Yôga Antigo, você estará praticando Ásana Yôga, Rája Yôga, Bhakti Yôga, Karma Yôga, Jñána Yôga, Laya Yôga, Mantra Yôga e Tantra Yôga, bem como os elementos constituintes das subdivisões mais modernas, nascidas desses ramos, tais como o Hatha Yôga, Kundaliní Yôga, Kriyá Yôga, Dhyána Yôga, Mahá Yôga, Suddha Rája Yôga, Ashtánga Yôga, Yôga Integral e muitos outros.
Mas atenção: embora o Yôga Antigo (SwáSthya) contenha em si os elementos constitutivos de todos esses tipos de Yôga, ele não é formado pela combinação daqueles ramos, pois está baseado numa tradição bem mais ancestral, anterior a eles.

2. O Yôga Antigo tem raízes sámkhyas. Por ser um Yôga extremamente técnico, dinâmico e que não adota misticismo, agrada mais às pessoas dinâmicas, realizadoras e de raciocínio lógico.

3. O Yôga Antigo é tântrico. Isso significa que é um Yôga matriarcal, sensorial e desrepressor. Desrepressor significa que não tem foco em proibições. Orienta, mas não reprime. Sensorial significa que respeita e valoriza o corpo, sua beleza, sua saúde, seus sentidos e seu prazer. Logo, você tem liberdade total. Pode comer o que quiser, fazer o que quiser. Contudo, há aconselhamento com relação a tudo isso e você o segue se achar que deve. À medida que for aprimorando seus hábitos de vida e cultivando costumes mais saudáveis, vai recebendo do instrutor as técnicas mais avançadas.
Esse respeito pela liberdade do praticante tem sido uma das mais cativantes características do SwáSthya Yôga, pois vai ao encontro das aspirações das pessoas e responde positivamente às reivindicações dos adeptos de outras correntes restritivas, que estão desgostosos com a repressão imposta por elas.

4. Nossa forma de executar as técnicas é diferente das formas modernas de Yôga. Nos últimos séculos popularizou-se uma maneira pobre de realizar procedimentos corporais, estanques, separados uns dos outros e repetitivos como se fosse ginástica. O SwáSthya Yôga fundamenta-se nas linhas mais antigas e executa os ásanas sincronizados harmoniosamente, brotando uns dos outros mediante passagens extremamente bonitas e que permitem a existência de verdadeiras coreografias de técnicas corporais, as quais nenhum outro tipo de Yôga possui. Sempre que alguém assiste aos nossos vídeos, a exclamação é constante: “Ah! Mas isso aí é lindíssimo!”
As coreografias foram reintroduzidas por nós nos anos sessentas (the sixties) do século passado. Nas décadas seguintes, em várias partes do planeta, surgiram modalidades de execução que se inspiraram no Yôga Antigo (SwáSthya Yôga). A maioria reconhece essa inegável influência. Ainda que não o confessassem, bastaria comparar os métodos para perceber a clara influência que exercemos sobre suas interpretações originadas posteriormente.
Ocorreu, no entanto, que, não compreendendo nosso afã para resgatar um conceito de Yôga Antigo em toda a resplandecência da sua autenticidade milenar, os que se basearam no SwáSthya para elaborar outras modalidades, terminaram por dar origem a formas modernas que nada têm a ver com a nossa proposta. Viram, mas não entenderam.

5. Finalmente, o SwáSthya é o único Yôga no mundo que possui regras gerais, ou seja, é o único que oferece auto-suficiência ao praticante. Num outro tipo de Yôga o instrutor tem que ensinar ao executante técnica por técnica: como respirar, quanto tempo permanecer, quantas vezes repetir, onde localizar a consciência etc. Se esse instrutor ensinar dez técnicas, seu aluno não saberá fazer uma décima-primeira. Entretanto, se utilizasse as regras gerais, o praticante teria a vantagem de não ficar atrelado ao instrutor e nem dependente dele. Se precisasse seguir sozinho, poderia continuar se aprimorando, pois, tendo aprendido apenas dez técnicas com as regras gerais, poderia desenvolver outras cem ou mil e prosseguir evoluindo sempre. As regras gerais conferem autonomia e liberdade ao sádhaka. As regras gerais são outra contribuição da sistematização do Yôga Antigo (SwáSthya Yôga). Se você vir alguém usando regras gerais, pode ter certeza de que travou algum tipo de contato com o nosso método, mesmo que o negue.

youtu.be/tAS2dKZ50pc

domingo, 2 de outubro de 2016 | Autor:

Certa vez, um aluno em Paris perguntou-me como era o dia-a-dia do praticante de Yôga. Percebendo uma pontinha de fanatismo na compostura daquele jovem, na ocasião não respondi à pergunta e brinquei com o estudante, dizendo-lhe que somos pessoas normais, que vivem, comem e trabalham como todo o mundo. Quis neutralizar em sua cabeça a imagem estereotipada de que praticantes de Yôga devam ser exóticos. Ele riu, rimos todos e a classe seguiu em frente. Contudo, ao terminar o curso eu estava com uma enorme vontade de proporcionar um esclarecimento mais amplo sobre o tema e pus-me a escrever. O que você vai aprender agora, devemos àquele rapaz.

A diferença entre “fazer Yôga” e ser um yôgin

Há uma diferença muito grande entre tocar piano e ser pianista. O primeiro vai à escola de música, aprende umas notas, dá-se por satisfeito em extrair alguns sons do nobre instrumento, paga e vai embora. Já o que tem a aspiração de ser um pianista, vai para casa e treina horas a fio. Lê livros sobre o assunto. Participa de eventos. Dá recitais. Envolve-se. Compromete-se. Faz disso sua razão de viver.

Isso é assim com qualquer coisa. Com o Yôga também. Quem apenas pratica Yôga não é forçosamente um yôgin. Só é, a rigor, um yôgin aquele que penetra fundo, de corpo e alma, na filosofia de vida que o Yôga preconiza. Aquele que na sua vida particular segue um programa de envolvimento e identificação total, a tempo integral.

Mas como conseguir isso sem se alienar e sem gerar fanatismo?

As recomendações devem ser adotadas pelo praticante de forma que não prejudiquem seus compromissos profissionais ou relações familiares. Tenha presente que o Yôga significa união no sentido de integração. Integração é o oposto de alienação.

O SwáSthya Yôga não endossa fanatismo. Procure incorporar gradualmente as sugestões que se seguem, de forma a absorvê-las naturalmente sem deixar que constituam arestas que o tornem uma pessoa “estranha”.

www.youtu.be/G_Xx4F3JMSc

quarta-feira, 28 de setembro de 2016 | Autor:

Para certificar-se e convencer-se do quanto a sua mente tem poder sobre circunstâncias e objetos exteriores, coloque algumas sementes de feijão sobre algodão úmido em dois pratos. Cada prato com a mesma quantidade de algodão, de água e de sementes. Os dois devem receber a mesma cota de ar e de luz. Todos os dias pela manhã e à noite, dirija-se a um grupo de sementes, sempre o mesmo, e mentalize que está crescendo. Se achar que ajuda a concentrar-se, pode verbalizar sua mentalização dizendo-lhe que cresça. O conteúdo do outro prato deve ser simplesmente ignorado. No final de uma semana, compare as duas porções de sementes. Em noventa por cento dos casos, aquela que você mentalizou para crescer estará notavelmente mais desenvolvida que a outra.

Assista em vídeo:

Ou ouça agora o podcast 🙂

segunda-feira, 12 de setembro de 2016 | Autor:

Este autor mudou seu karma inúmeras vezes. A primeira vez que mudei meu karma foi aos 14 anos de idade. De forma incipiente, realizei aquela pesquisa das linhas A, B e C. Olhei para meu longo passado de infância, puberdade e adolescência recém-iniciada e não gostei do que vi. Se as coisas continuassem assim, eu seria um adulto infeliz e fracassado. Não esperei por mais nada. Naquele mesmo dia, escrevi uma longa lista de pequenas coisas que queria mudar na minha vida. Cada uma delas era insignificante, até mesmo ridícula. Mas no conjunto foram tantas pequenas mudanças, realizadas todas simultaneamente, que alteraram radicalmente minha vida, meu destino.

Descobri que era fácil. A partir dali, a cada cinco ou dez anos passei a mudar o karma só como treinamento, pois no futuro poderia necessitar dessa aptidão e precisava estar bem adestrado. Mais tarde, uma amiga minha, astróloga, declarou que a astrologia para mim não funcionava, pois eu trocava de karma como quem troca de camisa. É isso o que eu quero lhe ensinar.

Por que um jovem que esteja descontente na sua faculdade continua nela? Por que não troca de formação?

Por que um profissional insatisfeito com a profissão continua nela? Por que não muda de carreira?

Por uma única razão: medo. Medo de mudar. Medo do desconhecido. As pessoas não mudam de karma por medo. “Este casamento está uma droga, mas já estou habituado com ele. Seus defeitos eu já conheço; outro, seria o desconhecido.” “Esta cidade não dá futuro, mas sempre vivi aqui. Bem ou mal, consigo me virar. Noutra cidade, eu não sei como seria.”

A grande neurose do ser humano é o dilema que imobiliza e instala o pavor. O que fazer? Se correr, o bicho pega; se ficar o bicho come…

Sim, mas se enfrentar, o bicho foge! O que você precisa é tomar uma decisão.

Mudar karma é uma coisa que se faz já ou nunca. Não é coisa que deixe para a próxima segunda-feira ou para o próximo Ano Novo.

Espero que este capítulo o tenha sacudido tão fortemente que, a partir de hoje, você tome coragem e daqui para a frente molde o seu destino como bem lhe entender.

youtube.com/watch?v=D04CGAF4YZY

domingo, 28 de agosto de 2016 | Autor:

Depois de meio século ensinando essa matéria, cheguei à surpreendente conclusão de que o Yôga não funciona.

SEM REEDUCAÇÃO COMPORTAMENTAL, NÃO FUNCIONA

Para funcionar, o Yôga, precisa que você adote os conceitos de reeducação comportamental. Sem um bom relacionamento humano e sem um bom relacionamento afetivo, sem mudar sua atitude, sua alimentação, sem eliminar o uso do fumo, do álcool e das drogas, ele não funciona.

Não funciona porque o praticante não consegue alcançar o samádhi se continuar sendo um hominídeo comum, sem mudar o seu comportamento. Você acharia possível alguém conseguir a evolução interior se continuasse emocionalizado, mal-educado, desentendendo-se com outras pessoas, brigando com os colegas de trabalho, com os amigos, com a esposa, com os empregados? Alguém que fosse maledicente, grosseiro, desonesto, mentiroso? Claro que não!

Obter flexibilidade, tônus muscular, melhorar o rendimento nos esportes, nos estudos e no trabalho, superlativar a vitalidade e tudo o mais que nós já sabemos, são apenas efeitos colaterais positivos da prática.

Como está explicado no capítulo Efeitos da etapa inicial do SwáSthya Yôga, esses resultados são meras consequências, migalhas que caem da mesa e não a meta em si.

Yôga é qualquer metodologia estritamente prática que conduza ao samádhi. Ou seja, ele pode ser qualquer coisa, mas precisa ser estritamente prático, porque o darshana em questão não tem teoria. E tem que ter a proposta de conduzir à meta do Yôga, o samádhi.

Ora, esse estado de megalucidez denominado samádhi não pode ser conquistado por alguém que não consiga sequer ser equilibrado emocionalmente, alguém que se desentenda com o colega ou com o cônjuge, alguém que fale mal de um praticante ou instrutor por ele ser de outra linha da mesma filosofia. Não pode ser alcançado por alguém que na aula faz meditação e põe as mãos “em prece” com cara de santo arrependido e, quando termina a aula, briga com o empregado, porteiro, motorista, amigo, desamigo, conhecido, desconhecido, namorado, ex-namorado, cliente, fornecedor etc.

domingo, 24 de julho de 2016 | Autor:

Como não fazemos doutrinação, o ensinamento dos conceitos de reeducação comportamental só pode ser passado pela convivência nas atividades culturais e sociais preconizadas pelo Método, a saber: reuniões para estudo, leitura, tertúlias, saraus, mostras de vídeo, degustação, cursos, festas, eventos, passeios, viagens, festivais, concertos, exposições, jantares, teatro, entre várias outras. Nessas atividades culturais o aluno novo observa e aprende como os mais antigos se comportam. Nota que ninguém fuma, nem toma álcool, nem usa drogas. Percebe que nossa maneira de agir e de lidar com as pessoas é extremamente educada, afetuosa e que cultivamos as boas relações humanas como estilo de vida. Dessa forma, os instrutores que só ensinarem a prática regular, mas não incentivarem seus alunos a participar das atividades culturais não estarão ensinando o DeRose Method, mas apenas o SwáSthya Yôga.

Assista:
youtu.be/umGneGK2r94