sexta-feira, 22 de julho de 2016 | Autor:

É o que todos dizem. Sim, o ego quase sempre é o vilão na grande equação dos conflitos humanos. No entanto, o ego em si é uma ferramenta muito boa. A questão é que o ego existe para nos servir e não para nos dominar. Não queremos acabar com o ego, ao contrário, nosso método de trabalho atua no sentido de reforçar o ego para poder utilizar sua colossal força de realização. Sem ego não há criatividade, combatividade, arte ou beleza. E mais: a maioria dos que declaram que o ego é isto, que o ego é aquilo, são hipócritas, porque manifestam muito mais ego que os outros; frustrados, por não conseguir eliminá-lo; ou mal-intencionados por utilizar esse argumento para manipular seus seguidores. Anular o ego seria como castrar um animal de montaria e depois utilizá-lo, caminhando cabisbaixo, sem libido. Trabalhar o ego equivale a domar e montar um cavalo andaluz “inteiro”, fogoso, orgulhoso, com sua cabeça erguida e suas passadas viris. Você prefere montar um pangaré derrotado ou um elegante garanhão? Castrar o ego seria fácil demais. Domá-lo, isso sim é uma empreitada que requer coragem e muita disciplina. Eliminar o ego corresponde à covardia e fuga perante o perigo. Adestrá-lo denota coragem e disposição para o desafio. O ego, em si, não é o problema. Tê-lo deseducado, selvagem, incivilizado, criador de casos e de conflitos com as outras pessoas, esse é o grande inconveniente. Portanto, no lugar de envidar esforços para destruir, vamos investir em algo construtivo. Nada de destruir o ego. Vamos cultivá-lo, com disciplina e a noção realista de que precisamos dele para a nossa realização pessoal, profissional e evolutiva.

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