É claro que estas instruções não são infalíveis e recomendamos que você, podendo evitar, não as ponha em prática. O melhor é desviar-se de casas que tenham cães perigosos. Mas, se o ataque já começou, talvez estas medidas possam salvar a sua vida. Os cães e os tigres preferem atacar pelas costas. Se o cão for pequeno é mais fácil. Fique de frente para o pequerrucho, olhe-o nos olhos e faça um movimento lento e corajoso na direção dele. Não faça movimentos bruscos, pois isso o assustaria. É importante que ele não se sinta ameaçado, mas perceba que você também não está intimidado. A tendência é a de que ele recue e não lhe aplique uma mordida. Talvez fique só latindo. Talvez até pare de latir. Porém, se o bicho for grande é melhor usar outra estratégia. Quando eu tinha dezesseis anos de idade, um pastor alemão, que morava na mesma rua, entrou na nossa casa. Minha cachorrinha foi defender o território e levou uma mordida feia, que atingiu uma artéria. Residíamos em uma rua sem saída. Eu era garotão e não possuía automóvel. A única maneira de levar a cachorrinha ao veterinário era passar em frente à casa do cão agressor. Quando passamos, o animal saiu para terminar o serviço. Naquele momento, por puro instinto, senti que não conseguiria correr mais do que o atacante, ainda por cima com a minha cadelinha se esvaindo em sangue. Embora se tratasse de um pastor alemão, a melhor estratégia seria enfrentá-lo. Assim que me virei de frente para o cão, ele estancou! Aproveitei a aparente vantagem e avancei. Ele retrocedeu. Depois de alguns minutos latindo para mim, ele concluiu que não me intimidava. Desistiu e entrou em sua casa. Naquele dia aprendi uma importante lição, que me serviu para o relacionamento com animais de todas as espécies, inclusive com os humanos: se você não se comportar como presa, os outros não se comportarão como predadores.
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