quinta-feira, 26 de março de 2009 | Autor:

A conotação dos testes mensais para praticantes é a de não-obrigatoriedade. O aluno fará os testes se assim o desejar. Caso os faça e seja aprovado, passará para um grau mais elevado (de sádhaka para yôgin; de yôgin para chêla). Obviamente, para galgar os níveis de aluno (sádhaka, yôgin e chêla) não é necessário participar de curso específico para formação profissional. Portanto, procure ler, estudar os DVDs/webclasses e participar voluntariamente dos testes.

Um aluno desinformado, seja lá qual for o seu grau, compromete a imagem do nosso Método e o bom nome do seu professor, passando para frente informações equivocadas, como aquele que declarou que praticava “yóga” com um dos nossos mais antigos e queridos instrutores.

Pior foi o que praticou durante anos na Sede Central e declarou certa vez: “A Yôga fez de mim um outro homem. Só não consigo ainda fazer a postura do lótus.” Imagine como ficou o conceito da instrutora dele, uma vez que não aplicamos o gênero feminino para a palavra Yôga, não utilizamos o termo postura e jamais traduzimos do sânscrito os nomes das técnicas! Onde ele terá lido ou escutado tal nomenclatura? E como terá permanecido tantos anos conosco sem ser corrigido pela sua instrutora?

Mais recentemente outro aluno da mesma Unidade mudou-se para Florianópolis e, ao se despedir, disse-nos: “Floripa tem tudo a ver com o Yôga. A gente só de andar pela rua já está relaxando…” Então foi isso que ele aprendeu com o seu instrutor? Que Yôga é relaxamento?

E mais uma da Sede Central, para que não digam que criticamos as outras escolas. Um praticante estava conosco havia cinco anos e saiu-se com esta: “Mestre DeRose, o professor Fulano é um ótimo instrutor. A parte da aula que eu mais gosto é a parte espiritual.” O tal instrutor Fulano ficou vermelho, gaguejou, deu uma bronca no aluno e passou horas nos justificando que ele jamais disse qualquer coisa que pudesse ter passado essa falsa imagem. Pois é, mas também não deve ter aplicado as perguntas regulamentares no final de cada classe nem deve ter aplicado os testes mensais para avaliar o que o aluno estava absorvendo.

Para melhorar o nível dos alunos, a primeira providência é incentivar todos os praticantes, mesmo os que não querem se tornar instrutores, a participar do exame mensal com vinte perguntas, extraídas do livro Tratado de Yôga. São as perguntas do mês. O teste mensal é para que o próprio praticante conscientize que existe um universo fascinante que ele ainda não conhece sobre a Nossa Cultura. Este procedimento tem também a utilidade de proporcionar um feed-back ao instrutor e lhe fornecer meios para que faça mais em benefício do aluno.

A Profa. Rosana Ortega, da Unidade Berrini, São Paulo, declarou que a partir do momento em que os testes começaram a ser aplicados, seus alunos ficaram mais engajados e passaram a estudar muito mais. Ninguém se recusou a participar da avaliação. Pelo contrário. “O pessoal está curtindo!” Mesmo antes, ao dar informações ao candidato, o instrutor percebe que ele passa a valorizar mais o curso quando sabe que há um monitoramento sério do seu progresso.

A Profa. Marisol Espinosa, de Porto Alegre, confirmou: depois que passou a oferecer os testes mensais aos alunos, todos gostaram e desenvolveram uma fidelidade maior pelo SwáSthya e pela escola.

Além dos testes mensais voluntários, a Profa. Vanessa de Holanda, da Unidade Leblon, Rio de Janeiro, certa vez me disse que no final de cada prática aplicava as perguntas do livro. Sua tática era a de avisar na sessão anterior qual iria ser o capítulo sobre o qual seria feita a pergunta da aula seguinte. Segmentando o estudo dessa forma, conseguiu estimular os alunos a ler mais e tomar gosto pelo livro. Alguns confessaram que não conseguiram parar mais de lê-lo.

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terça-feira, 24 de março de 2009 | Autor:

Hoje quero homenagear um jovem instrutor que tem demonstrado elogiável capacidade de trabalho, caráter admirável, um vencedor que serve como modelo de competência e de sucesso a muitos alunos e a novos instrutores. Conhecido e admirado em todo o Brasil, já tem seu nome mencionado em outros países como exemplo de inteligência, boa educação, boa índole e merecedor das tantas amizades sinceras que lhe devotam carinho.

Conheço Heduan há vários anos e a cada dia sinto mais admiração por esse jovem promissor que tem demonstrado lealdade, fidelidade e boa têmpera. Sem dúvida, muito do seu valor proveio da herança cultural, da educação do berço, da sua família. Mas outro tanto deve ser creditado ao seu esforço pessoal, estudo e trabalho sério que vem desenvolvendo em Curitiba.

Ao Heduan, nosso reconhecimento, admiração e afeto.

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sábado, 21 de março de 2009 | Autor:

 

O que é pior: ser infeliz ou estar convencido disso?
DeRose

 

Quando comecei a lecionar Yôga, era muito jovem e o caldo de cultura onde o Yôga fermentava era de pessoas espiritualistas, idosas e preconceituosas. Enquanto não conquistei o reconhecimento fora do país e enquanto não fui à Índia durante mais de 20 anos consecutivos, a comunidade relutou em acatar a sistematização do SwáSthya Yôga.

Isso foi extremamente útil, pois descobri que quanto mais me pres­sionavam, mais força eclodia para reagir e mais realizações afloravam. Desfrutava até de um certo estímulo ao vencer os obstáculos que eram impostos pelos instrutores de yóga mais velhos. Por outro lado, nos períodos em que estava tudo bem, acomodava-me. Se esse período de bonança se prolongava, sentia alguma nostalgia.

Comecei a observar as outras pessoas e notei que a maioria reage da mesma forma. Então elaborei a teoria da Síndrome da Felicidade, a qual contribuiu bastante para que pudesse ajudar aos demais em seus conflitos existenciais, conjugais, etc.

A teoria baseia-se no fato de que o ser humano é um animal em transição evolutiva e que, nos seus milhões de anos de evolução, somente há uns míseros dez mil anos começou a construir aquilo que viria a ser a civilização. E só nos últimos séculos, sentiu o gosto amargo das restrições impostas como tributo dessa aventura.

Como animais, temos nossos instintos de luta, os quais compreendem dispositivos de incentivo e recompensa pela sensação emocional e mesmo fisiológica de satisfação cada vez que vencemos, quer pela luta, quer pela fuga (a fuga também é uma forma de vitória, já que o animal conseguiu vencer na corrida ou na estratégia de fuga; e seu predador foi derrotado, uma vez que não o conseguiu alcançar).

Numa situação de perigo, o instinto ordena lutar ou fugir. Quando acatamos essa necessidade psico-orgânica, o resultado na maior parte das vezes, é a saúde e a satisfação que se instala no estágio posterior.

Se não é possível fugir nem lutar, desencadeiam-se estados de stress que conduzem a um leque de distúrbios fisiológicos diversos. Isto tudo já foi exaustivamente estudado em laboratório e divulgado noutras obras.

O que introduzimos na teoria da Síndrome da Felicidade é a desco­berta de um fenômeno quase inverso ao que foi descrito e que os pes­quisadores ainda não situaram a contento. Trata-se daquela circuns­tância mais ou menos duradoura na qual não há necessidade de lutar nem de fugir porque está tudo bem. Bem demais, por tempo demais.

Isso geralmente acontece com maior incidência nos países de grande segurança social e numa proporção assustadora nas famílias mais abastadas.

O dispositivo de premiação com a sensação de vitória, sua consequente euforia e auto-valorização por ter vencido na luta ou na fuga, tal dispositivo em algumas pessoas não é acionado com a frequência necessária. Como consequência o animal sente falta – afinal é um mecanismo que existe para ser usado, mas não o está sendo – e, então, ele cai em depressão.

Se quisermos considerar o lado fisiológico do fenômeno, podemos atribuir a depressão à falta de um hormônio, ainda não descoberto cientificamente, que denominei endoestimulina, e que o organismo para de segregar se não precisa lutar nem fugir por um período mais ou menos longo, variável de uma pessoa para outra.

O cachorro doméstico entra em depressão, mas não sabe por quê. A dona do cãozinho também não sabe a causa da sua própria depressão, já que o processo é inconsciente, porém, seu cérebro, mais sofisticado do que o do cão, racionaliza, isto é, elabora uma justificativa e atribui sua profunda insatisfação a causas irrelevantes. Não adiantará satis­fazer uma suposta carência, imaginariamente responsável pela insatis­fação ou depressão: outra surgirá em seguida para lhe ocupar o lugar e permitir a continuidade da falsa justificativa. O exemplo acima poderia ser com pessoas de ambos os sexos e todas as idades, mas, para ocorrer, é preciso que a pessoa seja feliz.

Resumindo, quando o ser humano está tendo que lutar por alguma coisa não há espaço em sua mente para se sentir infeliz. Se ele não pode lutar nem fugir, primeiro sobrevêm reações violentas; depois, a apatia e a somatização de várias doenças. Mas se está tudo bem, bem demais, por tempo demais, o indivíduo começa a sentir infelicidade por falta do estímulo de perigo-luta-e-recompensa. Como isso ocorre em nível do inconsciente, a pessoa tenta justificar sua infelicidade, atribuindo-a a coisas que não teriam o mínimo efeito depressivo em alguém que estivesse lutando contra a adversidade.

Exemplos:

·      Na Escandinávia, onde a população conta com uma das melhores estruturas de conforto, paz social, segurança pessoal e estabilidade econômica, é onde se verifica um dos maiores índices de depressão e suicídio no mundo. No Vietnam, onde as pessoas, durante a guerra, teriam boas razões para abdicar da vida, o índice de suicídios foi quase nulo.

·      Os países mais civilizados que não teriam motivos para passeatas e agitações populares, pois nada há a reclamar dos seus governos, com alguma frequência realizam as mesmas manifestações, mas agora com outros pretextos, tais como a ecologia, o pacifismo ou a defesa dos direitos humanos na América do Sul.

·      O movimento em defesa dos direitos da mulher surgiu justamente no país onde as mulheres tinham mais direitos e eram mesmo mais poderosas que os homens. Lá, onde tradicionalmente se reconhece a ascendência da esposa, justo lá, foi onde as mulheres reclamaram contra sua falta de liberdade e de igualdade. Já na Itália, Espanha, Portugal, América Latina, Ásia, países muçulmanos e outros onde a mulher poderia ter motivos na época para reclamar, em nenhum deles ela se sentiu tão violentamente prejudicada nos seus direitos.

Assim, sempre que algum aluno ou aluna vinha chorar as mágoas, explicava-lhe nossa teoria da Síndrome da Felicidade e concluía dizendo:

Se você se sente infeliz sem razão, ou o atribui a essas razões tão pequenas, talvez seja porque você é feliz demais e não está conseguindo metabolizar sua felicidade. Algo como indigestão por excesso de felicidade. Pense nisso e pare de reclamar da vida. Procure algum ideal, arte, filantropia e comece a ter que lutar por isso. Nunca mais precisará tomar Prozac.

quinta-feira, 19 de março de 2009 | Autor:

O curso será ministrado pelo presidente da API, Associação Paulista de Imprensa, o jornalista e advogado J.B. Oliveira. JB já havia ministrado um curso de oratória ao qual compareceram mais de vinte instrutores nossos. Eles gostaram tanto que pediram ao ministrante que lhes montasse um curso voltado para o bem escrever.

O curso é só para instrutores da Nossa Cultura, mas colegas de todo o Brasil podem participar pois será dado aos domingos. Quem está à frente da organização é o companheiro De Nardi. Ele enviou o seguinte comentário, que reproduzo para o conhecimento de todos: 

Mestre
Você pode divulgar? Já fechamos as datas e os custos. O número máximo de pessoas será 30. Os interessados podem mandar e-mail para mim [email protected]

a) primeiro curso, dia 05 de abril: Gramática com os princípios gerais do NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO.
Horário: das 09h00 às 19h00

b) segundo curso, dia 14 de junho: Redação.
Horário: das 09h00 às 19h00

O valor será de R$300 para os dois cursos.

Beijos

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quinta-feira, 19 de março de 2009 | Autor:

Tenho notado que vários colegas escrevem nos seus blogs, nos seus sites e aqui mesmo no nosso, substantivos comuns com maiúsculas só por serem sânscritos. Mas, pense bem: se a palavra roda em português, francês, inglês, espanhol, não se escreve com inicial grande, por que escrever Chakra com inicial maiúscula? Já li aqui as palavras pújá, sádhana, yôgin, shakta e outras, todas grafadas Pújá, Sádhana, Yôgin, Shakta, assim escritas até – pasme – por instrutores! Por quê?

Conforme já expliquei em vários livros, entre eles, o Tratado de Yôga, só devemos escrever com iniciais maiúsculas se for nome próprio (de pessoa, de lugar) ou em começo de frase. É interessante porque esse fenômeno não ocorre só no Brasil, mas já o observei em vários países. Só pode haver uma explicação plausível para essa “conspiração”: o bendito inconsciente coletivo ou memética (procure memética no Google).  

O sânscrito é uma língua ariana. A língua dos arianos hoje é o alemão. E, curiosamente, no alemão ocorre de se utilizarem iniciais maiúsculas para substantivos comuns! Não é mesmo intrigante? De fato, no alemão ocorrem vários fenômenos linguísticos que já ocorriam no sânscrito, como por exemplo a aglutinação de várias palavras que acabam formando um único vocábulo enorme (veja, por exemplo, o nome completo do nosso Yôga: Dakshinacharatántrika-Niríshwarasámkhya Yôga).

No entanto, no sânscrito, escrito no seu próprio alfabeto (o dêvanágarí), não existem maiúsculas! Logo, não há motivo para aplicá-las indiscriminadamente, para qualquer palavra, na transliteração para o alfabeto latino.

Agora, sabendo tudo isto, estou certo de que você só vai usar iniciais maiúsculas nos casos em que no português, espanhol, francês, inglês, você também as usasse, não é mesmo?

A linguista Judith Estrela ensina em sua obra Saber escrever, saber falar, que palavras comuns podem ser grafadas com inicial maiúscula quando quisermos lhe conferir mais respeito ou carinho. Esse é o caso do Yôga, da Nossa Cultura, da Federação etc. Eu escrevo sempre Karatê, Kung-Fu, Aikidô, Tai-Chi com iniciais maiúsculas por reverenciar essas artes.

Por favor, revolva o seu blog e seu site para depurá-los da síndrome de maiusculite aguda! Leia mais »

terça-feira, 17 de março de 2009 | Autor:

 seriedade superlativa

Ao travar contato com o nosso trabalho, uma das primeiras impressões observadas pelos estudiosos é a superlativa seriedade que se percebe nos nossos textos, linguagem e procedimentos. Essa seriedade manifesta-se em todos os níveis, desde a honestidade de propósitos – uma honestidade fundamentalista – até o cuidado extremado de não fazer nenhum tipo de doutrinação, nem de proselitismo, nem de promessas de terapia. Definitivamente, não se encontra tal cuidado na maior parte das demais modalidades de aprimoramento pessoal.

Fazemos questão absoluta de que nossos instrutores e alunos sejam rigorosamente éticos em todas as suas atitudes, tanto no nosso círculo cultural, quanto no trabalho, nas relações afetivas, na família e em todas as circunstâncias da vida. Devemos lembrar-nos de que, mesmo enquanto alunos, somos representantes do Método DeRose e a opinião pública julgará a validade da proposta e o mérito da obra a partir do nosso comportamento e imagem.

Em se tratando de dinheiro, lembre-se de que é preferível perder o nobre metal do que perder um amigo, ou perder o bom nome, ou perder a classe.

Devemos mostrar-nos profundamente responsáveis, maduros e honestos ao realizar negócios, ao fazer declarações, ao evitar conflitos, ao buscar aprimoramento em boas maneiras, ao cultivar a elegância e a fidalguia.

O mundo espera de nós um modelo de equilíbrio, especialmente quando tivermos a obrigação moral de defender corajosamente nossos direitos e aquilo ou aqueles em que acreditamos. Fugir à luta seria a mais desprezível covardia. Lutar com galhardia em defesa da justiça e da verdade é um atributo dos corajosos. Contudo, lutar com elegância e dignidade é algo que poucos conseguem conquistar.

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segunda-feira, 16 de março de 2009 | Autor:

Há quarenta ou cinquenta anos, quando algum instrutor de Yóga declarava: “DeRose é outra coisa”, eu interpretava essa afirmação como pejorativa. Hoje percebo que não era. Tratava-se da simples constatação de uma pura verdade.

Tive como aluna uma senhora, cujo marido era editor na Inglaterra. Certo dia, ela lhe propôs:

– Você não gostaria de publicar um livro de Yôga?

E ele contestou com certa rispidez:

– Não. Yôga, não! Por quê?

A esposa, chocada, respondeu:

– Bem, eu estou praticando no DeRose…

E para seu espanto, escutou:

– Ah! DeRose, sim, eu publico.

– Como assim? – perguntou ela, desorientada – Por que “Yôga não” e “DeRose sim”?

A resposta foi bastante lisonjeira:

– DeRose é outra coisa!

Estava muito claro, para aquele editor europeu, bem esclarecido, que o meu trabalho era, digamos, diferente da maioria daqueles que alardeiam ensinar Yôga. A partir de outros casos semelhantes, passei, pouco a pouco, a admitir a frase como um elogio. Gente que tinha resistência contra o Yôga admirava e respeitava a maneira como eu expunha a minha proposta. Soava-lhes como algo unique, algo com uma outra consistência. Não dá para pensar em DeRose (que está no ensino desta cultura há meio século), usando os mesmos estereótipos aplicáveis às demais correntes. Nosso trabalho é diferente. Com o tempo, eu também aceitei o fato e passei a repetir com o coro: DeRose é outra coisa”. Nem melhor, nem pior. Outra coisa. Por isso, de alguns anos para cá, estamos usando cada vez menos o rótulo Yôga e cada vez mais referindo-nos à Nossa Cultura, ao Método DeRose, à Reeducação Comportamental, a Life Style Coaching. Nosso carinho e respeito pelo Yôga permanecem mais fortes que nunca, mas precisamos que o público não confunda aquilo que fazemos com um produto completamente diferente. Nós trabalhamos com a vertente pré-clássica, a versão mais antiga, que não era utilitarista, não trabalhava com terapia, não tinha foco em benefícios – e as pessoas adotavam por identificação, sem interesse em auferir benefícios pessoais. É assim que atuamos hoje. E descobrimos que exisge um grande nicho de pessoas saudáveis, educadas, cultas, lidas e viajadas que querem simplesmente incorporar a filosofia de vida que ensinamos, sem nenhum interesse em “benefícios”.

 

Vendem-se cravos

Certo dia, um comprador viu a placa na porta de uma loja: “Vendem-se cravos”. Como estava precisando de uns condimentos, entrou. Pediu ao proprietário:

– Quero duzentos gramas de cravos, por favor.

Ao que o lojista respondeu:

– Desculpe, cavalheiro. Não trabalhamos com esse produto.

Para não perder a viagem, o freguês tentou adquirir outra especiaria:

– Então, dê-me duzentos gramas de orégano.

O vendedor, sem perder a elegância, informou:

– Sinto muito, meu senhor. Não trabalhamos com temperos.

O consumidor, indignado, contrapôs:

– Mas o senhor colocou um luminoso lá fora dizendo que vende cravos!

E o dono da loja esclareceu:

– Exatamente. Vendemos cravos, os nobres instrumentos renascentistas, predecessores dos pianos. Acho que não é o que o senhor está procurando.

Essa história acontece todos os dias nas escolas credenciadas pela Uni-Yôga. Muitos candidatos lêem a palavra Yôga e pensam tratar-se de academia, ou de terapia, ou de alguma outra amenidade. No entanto, o que nós oferecemos é uma Cultura, uma proposta de reeducação comportamental, um estilo de vida.

Por isso, em várias escolas nossas, em diversos países da Europa, os diretores optaram por não ostentar o rótulo Yôga em suas placas e letreiros. Estão utilizando somente Método DeRose e revelam-se bem satisfeitos. Ninguém entra equivocado procurando por cravos da Índia. Com isso, o trabalho de atendimento ao público passou a consumir-nos menos e não ocorre mais o constrangimento de esclarecer que não trabalhamos com aquilo que o interessado vem buscar.

 

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