quarta-feira, 30 de setembro de 2009 | Autor:

Nos dias 9, 10 e 11 de outubro, estaremos no Rio de Janeiro para:

1) Lançamento do livro Histórico e Trajetória;

2) Curso de formação de instrutores do Método DeRose com certificado expedido por uma Universidade reconhecida;

3) Curso aberto a alunos, sempre sob algum tópico interessante.

4) No dia 10 de outubro teremos a comemoração do aniversário da Profa. Vanessa de Holanda, Presidente da Federação de Yôga do Rio de Janeiro, que ficará muito feliz com a sua presença.

5) Além disso, os Guerreiros do Rio sempre programam mais algumas atividades, como praia, festa, cinema, sucos de frutas como só essa cidade sabe fazer, passeios, visita às várias escolas e muita convivência descontraída.

Aproveite que o dia 12 de outubro é feriado e vá curtir o fim-de-semana expandido no Rio, onde tudo começou!

Conto com a sua participação.

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quinta-feira, 24 de setembro de 2009 | Autor:

A confusão gerada pelos livros

Para o leitor iniciante no tema, muitos livros mais fazem confusão do que esclarecem. Esperemos que este não contribua para piorar a babel, mas, ao contrário, possa desfazer essa barafunda.

O motivo dos livros em geral embaraçarem a compreensão é que a maior parte foi escrita por leigos e o panorama não está claro nem para eles próprios que os escreveram. Ao tentar explicar, confundem. Há uma parcela de autores que conhecem o assunto, no entanto, esses pecam por achar que todo o mundo tem algum conhecimento e falam indiscriminadamente de Vêdas, Puránas, Upanishads, Bhagavad Gítá, Yôga Sútra, Mahá Bhárata, com bastante intimidade, atabalhoando tudo, sem esclarecer o que é cada um desses textos e onde se localiza em relação aos demais. O presente capítulo vai organizar essa miscelânea.

A confusão gerada pela desinformação

No Ocidente, quando falamos de Yôga, sempre surge alguém com alguma pergunta ou declaração que o associe ao Budismo. Ora, para começar, Budismo é uma religião e o Yôga é filosofia. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Para piorar a gafe, na Índia, menos de 1% da população é budista. Finalmente, para desespero de quem faz esse tipo de embrulhada, o Yôga faz parte do Hinduísmo[1], enquanto o Budismo é tecnicamente uma heresia[2] do Hinduísmo!

No entanto, o leitor poderá argumentar que encontrou várias referências em livros, que estabeleciam associações entre Yôga e Budismo. De fato, isso existe. Na maior parte das vezes ocorre pelas razões expostas nos primeiros parágrafos deste capítulo. Ademais, o Hinduísmo é tão antigo, tão vasto e tão multifacetado que poderemos, eventualmente, encontrar situações insólitas e contraditórias. Registre-se, porém, que isso não é a regra: é a exceção.

Existe um Yôga Budista? Sabendo-se que Budismo é uma religião, falar de um Yôga Budista é o mesmo que mencionar um Yôga Católico, um Yôga Islâmico, um Yôga Judaico. Seria algo como afirmar a existência de um Golfe Católico, um Futebol Luterano, um Vôlei Adventista, diferentes dos seus homônimos praticados por outras religiões. Não que o Yôga seja esporte. Poderíamos fazer a mesma comparação com outras áreas. Imagine se seria possível uma Informática Judaica, uma Física Nuclear Evangélica ou uma Engenharia Umbandista, diferentes da Informática, da Física Nuclear ou da Engenharia praticadas por outras religiões!

Contudo, às vezes encontra-se no Ocidente propaganda oferecendo “Yôga Cristão” como se isso fosse alguma especialidade. O que o prestador de serviços quer dizer, nesse caso, é que os cristãos podem praticar suas aulas sem nenhum conflito com a religião, o que, afinal, é verdade. Mas Yôga Cristão não é um ramo de Yôga.

A confusão gerada pelo mercado

Tão incoerente quanto barafundar o Yôga com religiões é misturá-lo com nacionalidades. É comum encontrarmos oferta de Yôga Tibetano, Yôga Egípcio, Yôga Israelense. Ora, Tibet, Egito, Israel são países. “Yôga Tibetano” faz tanto sentido quanto “Yôga Brasileiro”, “Yôga Argentino”, “Yôga Português”. Se existe Yôga no Tibet ele tem que ser identificado pelo seu nome verdadeiro: Rája Yôga, Hatha Yôga, Karma Yôga, Bhakti Yôga etc.

Também ouve-se falar de Yôga Desportivo, Yôga Artístico, Yôga Fitness, Power Yôga e por aí vai. Trata-se de táticas modernas para tentar atingir o consumidor onde ele é mais vulnerável: no apelo da novidade. Yôga Desportivo será Hatha Yôga? Yôga Artístico não será Hatha Yôga também? Power Yôga e Yôga Fitness não serão igualmente Hatha Yôga? Mas, na opinião daqueles, Hatha Yôga está ultrapassado, démodé. Então, nada melhor que tentar outra denominação.

sábado, 15 de agosto de 2009 | Autor:

Rio Grande do Sul, nação poderosa, de tradições fascinantes, povoada por gente linda e detentora de uma língua carismática.

Estamos em Porto Alegre. Ontem fizemos uma noite de autógrafos do livro Viagens à Índia dos yôgis com a grata presença dos meus amigos de Pelotas, Caxias, Bento Gonçalves, Rio Grande, Cruz Alta e outras cidades, além da capital, é claro. Foi um sucesso! Esgotamos o lote de livros que havíamos trazido. Se houvesse mais, teríamos autografado mais.

Depois do lançamento, tivemos um curso: Colóquio sobre formação profissional. Turma lotadíssima, o que me deixou bem feliz, pois demonstrou o interesse dos alunos pela nossa carreira.

Hoje, teremos os cursos: Iniciação à meditação de terceiro grau e Abertura do ájña chakra, só para instrutores. Antes do curso uma homenagem ao bom amigo Prof. Mallet pela nobreza de espírito e excelente trabalho realizado à frente da Federação de Yôga do Rio Grande do Sul.

Amanhã, o curso Iniciação ao ÔM, também só para instrutores.

Durante todo o tempo, a alegria contagiante dos gaúchos, suas boas risadas, muito carinho e comidinhas cativantes. E muito chimarrão, tchê!

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quarta-feira, 5 de agosto de 2009 | Autor:

O meu amigo Gustavo Cardoso, de Londres, me enviou este lindo texto que muito bem expressa o que sentimos um pelo outro:

gustavo321

Mestre,

Recebi isso do meu mais antigo amigo, era com ele que eu ia para a escola todos os dias pela manhã, tínhamos não mais do que 12, 13 anos quando nos conhecemos.
Falávamos, sobre sonhos, projetos, namoradas, e o que e mais interessante que passamos as vezes meses sem nos falarmos, mas quando ligamos um para o outro, e como tivéssemos nos falado ontem.
Apesar das distancias que nos separam, continuamos amigões do peito e fiquei emocionado quando ele me mandou.
Achei a poesia muito bonita e gostaria de compartilhar isso contigo e com todos os leitores.
Um grande abraco,
Gustavo de Londres

OS AMIGOS INVISÍVEIS

(Fabrício Carpinejar)

Os amigos não precisam estar ao lado para justificar a lealdade. Mandar relatórios do que estão fazendo para mostrar preocupação.

Os amigos são para toda a vida, ainda que não estejam conosco a vida inteira. Temos o costume de confundir amizade com onipresença e exigimos que as pessoas estejam sempre por perto, de plantão. Amizade não é dependência, submissão. Não se têm amigos para concordar na íntegra, mas para revisar os rascunhos e duvidar da letra. É independência, é respeito, é pedir uma opinião que não seja igual, uma experiência diferente.

Se o amigo desaparece por semanas, imediatamente se conclui que ele ficou chateado por alguma coisa. Diante de ausências mais longas e severas, cobramos telefonemas e visitas. E já se está falando mal dele por falta de notícias. Logo dele que nunca fez nada de errado!

O que é mais importante: a proximidade física ou afetiva? A proximidade física nem sempre é afetiva. Amigo pode ser um álibi ou cúmplice ou um bajulador ou um oportunista, ambicionando interesses que não o da simples troca e convívio.

Amigo mesmo demora a ser descoberto. É a permanência de seus conselhos e apoio que dirão de sua perenidade.

Amigo mesmo modifica a nossa história, chega a nos combater pela verdade e discernimento, supera condicionamentos e conluios. São capazes de brigar com a gente pelo nosso bem-estar.

Assim como há os amigos imaginários da infância, há os amigos invisíveis na maturidade. Aqueles que não estão perto podem estar dentro. Tenho amigos que nunca mais vi, que nunca mais recebi novidades e os valorizo com o frescor de um encontro recente.. Não vou mentir a eles, vamos nos ligar? num esbarrão de rua. Muito menos dar desculpas esfarrapadas ao distanciamento.

Eles me ajudaram e não necessitam atualizar o cadastro para que sejam lembrados. Ou passar em casa todo o final de semana e me convidar para ser padrinho de casamento, dos filhos, dos netos, dos bisnetos. Caso os encontre, haverá a empatia da primeira vez, a empatia da última vez, a empatia incessante de identificação. Amigos me salvaram da fossa, amigos me salvaram das drogas, amigos me salvaram da inveja, amigos me salvaram da precipitação, amigos me salvaram das brigas, amigos me salvaram de mim.

Os amigos são próprios de fases: da rua, do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, da faculdade, do futebol, da poesia, do emprego, da dança, dos cursos de inglês, da capoeira, da academia, do blog. Significativos em cada etapa de formação. Não estão em nossa frente diariamente, mas estão em nossa personalidade, determinando, de modo imperceptível, as nossas atitudes.
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quinta-feira, 28 de maio de 2009 | Autor:

A conotação dos testes mensais para praticantes é a de não-obrigatoriedade. O aluno fará os testes se assim o desejar. Caso os faça e seja aprovado, passará para um grau mais elevado (de sádhaka para yôgin; de yôgin para chêla). Se optar por não fazer os testes mensais o praticante não passará de grau. Obviamente, para galgar os níveis de aluno (sádhaka, yôgin e chêla) não é necessário participar de curso específico para formação profissional. Portanto, procure ler, estudar e participar voluntariamente dos testes.

Para melhorar o seu nível, a primeira providência é participar do teste mensal com dez perguntas, baseadas nos livros Ser Forte, Tratado de Yôga, Yôga a sério e Programa do Curso Básico. São as perguntas do mês. O teste mensal é para conscientizá-lo de que existe um universo fascinante por conhecer sobre a Nossa Cultura. Este procedimento tem também a utilidade de proporcionar um feed-back ao instrutor e lhe fornecer meios para que faça algo em benefício do aluno.

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sexta-feira, 10 de abril de 2009 | Autor:

Lealdade nunca é demais

Certa vez, um grupo de alunos debatia sobre qual seria a melhor técnica: colocar determinado esclarecimento antes ou depois dos mantras? Enquanto a maioria concordava com o procedimento tradicional, alguém defendeu a opinião do professor Fulano, que era divergente.

Nesse ponto interferi chamando-lhes a atenção para o seguinte fato: se você quer saber qual é a forma mais recomendável, é muito simples; basta consultar os livros, CDs e os vídeos do Sistematizador do Método. Se ele coloca tais esclarecimentos depois dos mantras, então essa é a forma mais adequada.

Como é que isso, tão óbvio para alguns, pode ser incompreensível para outros?

Um dia, após ter feito um curso bem agradável com a Profa. Rosângela de Castro, pensei:

– Praticamente todos os anos que eu tenho de vida (a autora tinha, então, 21 anos de idade), Ro tem de Yôga! Imagine a experiência que adquiri desde que nasci até hoje. Os amigos que fiz, os lugares que conheci, as viagens, as escolas, a faculdade e depois a experiência com o Yôga, ter conhecido o Mestre DeRose, participado do seu curso de Formação de Instrutores de Yôga na PUC, e aprendido mais uns milhares de coisas desde então, até ir para Copacabana, dirigir a Sede Histórica que deu origem a tantas coisas. Imagine, todos esses anos que tenho de vida, a Ro tem de Yôga!

E logo em seguida, conversando com o Mestre, conscientizei:

– O tempo que a Ro tem de vida, o Mestre DeRose tem de Yôga!

Foi um insight extremamente ilustrativo do quanto sabe o nosso Mestre e do quanto seu conhecimento é superlativamente incomparável com o nosso. Do quanto não podemos ter nem mesmo ideia de quão imensa é a distância que está entre o nosso entendimento e os horizontes que ele divisa.

Antes de questionar suas afirmações, deveríamos ter a humildade de reconhecer nossos limites.

Você já notou o quanto aprendeu no primeiro ano como instrutor de Yôga? Observou que no ano seguinte aprendeu infinitamente mais? Imagine, agora, quanto você saberá daqui a dez anos de leituras, cursos e viagens!

Pois bem, o Mestre DeRose tem 50 anos de Yôga, leituras, cursos e práticas de uma profundidade e de uma complexidade que nem podemos imaginar; começou a lecionar em 1960, abriu sua primeira unidade em 1964, realizou viagens pelo mundo todo desde 1975 e tem 24 anos de viagens à Índia. Conheceu e estudou com os últimos grandes Mestres de Yôga daquele país. Quanto você acha que ele conhece?

Você acha que alguém que não tenha nem a metade dessa experiência (talvez nem um milésimo dela!) tem condições de discordar ou questionar, seja lá o que for?

Acho que já é tempo de as pessoas serem mais fiéis, mais leais e mais dignas. Nosso Mestre merece esse respeito e consideração.

Vanessa de Holanda

quinta-feira, 26 de março de 2009 | Autor:

A conotação dos testes mensais para praticantes é a de não-obrigatoriedade. O aluno fará os testes se assim o desejar. Caso os faça e seja aprovado, passará para um grau mais elevado (de sádhaka para yôgin; de yôgin para chêla). Obviamente, para galgar os níveis de aluno (sádhaka, yôgin e chêla) não é necessário participar de curso específico para formação profissional. Portanto, procure ler, estudar os DVDs/webclasses e participar voluntariamente dos testes.

Um aluno desinformado, seja lá qual for o seu grau, compromete a imagem do nosso Método e o bom nome do seu professor, passando para frente informações equivocadas, como aquele que declarou que praticava “yóga” com um dos nossos mais antigos e queridos instrutores.

Pior foi o que praticou durante anos na Sede Central e declarou certa vez: “A Yôga fez de mim um outro homem. Só não consigo ainda fazer a postura do lótus.” Imagine como ficou o conceito da instrutora dele, uma vez que não aplicamos o gênero feminino para a palavra Yôga, não utilizamos o termo postura e jamais traduzimos do sânscrito os nomes das técnicas! Onde ele terá lido ou escutado tal nomenclatura? E como terá permanecido tantos anos conosco sem ser corrigido pela sua instrutora?

Mais recentemente outro aluno da mesma Unidade mudou-se para Florianópolis e, ao se despedir, disse-nos: “Floripa tem tudo a ver com o Yôga. A gente só de andar pela rua já está relaxando…” Então foi isso que ele aprendeu com o seu instrutor? Que Yôga é relaxamento?

E mais uma da Sede Central, para que não digam que criticamos as outras escolas. Um praticante estava conosco havia cinco anos e saiu-se com esta: “Mestre DeRose, o professor Fulano é um ótimo instrutor. A parte da aula que eu mais gosto é a parte espiritual.” O tal instrutor Fulano ficou vermelho, gaguejou, deu uma bronca no aluno e passou horas nos justificando que ele jamais disse qualquer coisa que pudesse ter passado essa falsa imagem. Pois é, mas também não deve ter aplicado as perguntas regulamentares no final de cada classe nem deve ter aplicado os testes mensais para avaliar o que o aluno estava absorvendo.

Para melhorar o nível dos alunos, a primeira providência é incentivar todos os praticantes, mesmo os que não querem se tornar instrutores, a participar do exame mensal com vinte perguntas, extraídas do livro Tratado de Yôga. São as perguntas do mês. O teste mensal é para que o próprio praticante conscientize que existe um universo fascinante que ele ainda não conhece sobre a Nossa Cultura. Este procedimento tem também a utilidade de proporcionar um feed-back ao instrutor e lhe fornecer meios para que faça mais em benefício do aluno.

A Profa. Rosana Ortega, da Unidade Berrini, São Paulo, declarou que a partir do momento em que os testes começaram a ser aplicados, seus alunos ficaram mais engajados e passaram a estudar muito mais. Ninguém se recusou a participar da avaliação. Pelo contrário. “O pessoal está curtindo!” Mesmo antes, ao dar informações ao candidato, o instrutor percebe que ele passa a valorizar mais o curso quando sabe que há um monitoramento sério do seu progresso.

A Profa. Marisol Espinosa, de Porto Alegre, confirmou: depois que passou a oferecer os testes mensais aos alunos, todos gostaram e desenvolveram uma fidelidade maior pelo SwáSthya e pela escola.

Além dos testes mensais voluntários, a Profa. Vanessa de Holanda, da Unidade Leblon, Rio de Janeiro, certa vez me disse que no final de cada prática aplicava as perguntas do livro. Sua tática era a de avisar na sessão anterior qual iria ser o capítulo sobre o qual seria feita a pergunta da aula seguinte. Segmentando o estudo dessa forma, conseguiu estimular os alunos a ler mais e tomar gosto pelo livro. Alguns confessaram que não conseguiram parar mais de lê-lo.

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