quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012 | Autor:

Meu artigo anterior, intitulado “Eu apoio a Polícia Militar”, já denunciava, com antecedência de alguns meses, a injustiça dos baixos salários pagos aos que arriscam suas vidas por nós, todos os dias. Já imaginou se você tivesse um emprego no qual, ao se despedir da mulher e filhos pela manhã para ir trabalhar, não tivesse certeza de revê-los? No qual você precisasse andar armado e com colete à prova de balas porque todos os dias haveria alguém querendo matá-lo? Um emprego no qual você carregasse um alvo (o uniforme) anunciando à bandidagem “atire aqui”?

Quanto você acharia justo ganhar por um emprego desses?

E mais: graças ao seu risco de vida, a minha e as dos demais estariam protegidas, assim como nosso patrimônio.

No entanto, greve de militares é motim. Todos os demais recursos democráticos e legítimos podem ser acionados para obter o justo reconhecimento e remuneração das polícias (não só os PMs). Greve, não! Insubordinação conduz ao caos e, uma vez instalado o caos, só o uso da força e a revogação dos direitos constitucionais podem reconduzir à ordem. O nome disso é ditadura.

O risco de uma insubordinação coletiva conduzir à ditadura é real e eu me lembro que em 1964 tudo começou com a insubordinação dos marinheiros, que se alastrou e deu no que deu.

Onde não há ordem e respeito, onde os valores hierárquicos são desacatados, onde a disciplina dá lugar à baderna, estamos abrindo as portas à ditadura e gerando pretextos à sua imprescindibilidade naquele momento. Contudo, não a legitima. Uma vez instalada, teríamos que suportá-la por mais, quem sabe, duas décadas. Nenhum brasileiro quer isso.

sábado, 27 de junho de 2009 | Autor:

Quando eu tinha uns seis anos de idade, minha mãe me levou na Semana Santa para assistir a Paixão de Cristo no cinema. Na hora da prisão, açoitamento e crucifixão de Jesus, perguntei à minha mãe porque aquela multidão de seguidores do Nazareno não o defendia. Minha mãe não soube me explicar. Talvez por isso, a perplexidade persista até hoje.

Enquanto vivo, Jackson foi difamado, insultado, chantageado, processado. Os oportunistas o atacavam para lhe tomar dinheiro, os jornais o classificavam das piores coisas, os tribunais o humilhavam… 

Certa vez, comentei que isso só teria fim se ele morresse e que talvez ele soubesse disso.

Bem, aí está. Terá sido desistência de viver? Terá sido falência psicossomática? Suicídio? Não sabemos. Jamais saberemos, porque as notícias que chegam a público já foram manipuladas para que só saibamos aquilo que querem que fiquemos sabendo. E ali há muito dinheiro em jogo.

O que me revolta é que agora que o artista morreu, aqueles que deveriam tê-lo defendido enquanto ele estava vivo, passam a louvar sua genialidade e chorar sua ausência. Hipocrisia.

Quantas noites de Jackson devem ter sido lavadas em lágrimas por sentir-se só e desamparado. Quanto ranger de dentes por sentir-se injustiçado, traído, difamado!…

E agora, os mesmos que o detrataram elogiam e tecem emocionadas exéquias. Agora? Obrigado, mas agora não adianta mais. Melhor fariam se permanecessem em respeitoso silêncio e não dissessem mais nada. 

 

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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008 | Autor:

Foram rápidos. No dia 7 de dezembro escrevi um post comentando os ataques ao prof. Cristóvão de Oliveira, e afirmei textualmente:

 “De fato, quando alguém ataca, todos querem atacar. Talvez tenham medo de que, se não se juntarem aos agressores, sejam injuriados também. Isso é muito feio! Isso é covardia! Creio que fui o único profissional da área de Yôga a emitir um parecer pedindo ponderação. Registre-se que não conheço o professor Cristóvão e que não trabalhamos com a mesma modalidade. A questão é que, em princípio, se não pudermos defender, pelo menos que nos abstenhamos de condenar, no mínimo, enquanto não dispusermos de provas irrefutáveis e enquanto não tivermos ouvido o acusado. Este é um princípio primário do Direito e da Justiça. Exorto a que toda a população considere a possibilidade de adotar este comportamento para evitar que nossa sociedade do Terceiro Milênio tome atitudes dignas de uma Santa Inquisição medieval, em que bastava a acusação vazia de um desafeto invejoso e o acusado tinha sua reputação e sua vida destruídas, sem direito de defesa.”

Pois bem, dois dias depois, encontro o meu nome inserido em um artigo cujo objetivo era achincalhar com o Cristóvão de Oliveira e, conforme profetizado acima, uma vez que me recusei a unir-me à turba de linchadores, resolveram agredir-me também, a mim que não conheço o Cristóvão, não trabalho com a mesma linha de Yôga e nunca tive nenhum problema da mesma natureza.