sexta-feira, 8 de maio de 2009 | Autor:

Voltamos a Paris. A Paris das Américas! Acordamos de madrugada para tomar o desjejum e surprise! É um dos melhores que já degustei. Eu execro os cafés-da-manhã dos hotéis. São medíocres, impera a pobreza de espírito, mesmo nos bons hotéis. Portanto, passei a não descer para o petit déjeneur. Mas a Fée gosta. Então, voltei a descer…

Dos melhores desjejuns, podemos citar os seguintes:

Hotel Sofitel Luxory, de Buenos Aires. Hotel Alvear, Buenos Aires. Hotel Renaissance, São Paulo. Palácio de Vila Flor, o Pestana Palace, Lisboa.

Ontem dei uma charla na Unidad Recoleta. Os alunos eram lindos, jovens e de altíssimo nível. Meus cumprimentos! Depois um jantar no Sirop Folie, que me surpreendeu positivamente. É logo abaixo da Unidade Recleta. Recomendo vivamente.

 

Nota: Nossa profissão é ótima para quem gosta de viajar!

 

 

 

terça-feira, 5 de maio de 2009 | Autor:

Há um fato ao qual dou muita importância. É que algumas pessoas antes de se envolver com a nossa profissão me conheceram como pessoa e só depois de conhecer o ser humano é que decidiram tornar-se alunos ou instrutores do nosso Método. Isso é muito lisonjeiro e me mostra que, afinal, não devo ser tão ruim assim…

Dentre muitos casos assim, há dois em especial que gosto de citar. Ambos eram, respectivamente, o marido e o namorado de instrutoras nossas. São eles o Edgardo Caramella, da Argentina, e o Sandro Nowacki, de Porto Alegre. Esses dois homens me proporcionaram o elogio mais importante desta fase da minha vida. Ambos tinham tudo para antipatizar comigo e para me rejeitar ou mesmo sentir ciúme, afinal, suas parceiras dedicavam parte do tempo que devia ser deles para estar em meus cursos e eventos. Mas ocorreu justamente o contrário. Brotou uma simpatia e um carinho à primeira vista.

Todos conhecem o caso do Edgardo, mas acho que poucos conhecem a história do Sandro. Então vou começar por ela.

Nossa instrutora era a Cleyde Alberti, de Caxias do Sul (RS). Conheci Cleyde em 1979 e logo ficamos muito amigos. Cleide tinha duas filhas que eu conhecia desde pequenas, sete ou oito anos de idade. E agora estavam adultas. Naiana, lindíssima e sempre bem querida, decidiu tornar-se instrutora e mudou-se para Porto Alegre. Seu namorado, Sandro, sempre foi um cara bonitão, louro de olhos azuis, alto, corpo atlético, de dar inveja a qualquer barbado. Sempre que podíamos saíamos os três para jantar, comer uma pizza, ou ficar conversando e ouvindo música no apartamento da Cleyde. Sinto muita saudade daqueles tempos. Desde que nos conhecemos, Sandro sempre me tratou com tanto carinho que carrego o peso na consciência de nunca ter conseguido retribuir, pelo fato de estar sempre trabalhando e não conseguir tempo para saborear momentos de pura descontração ao lado dos que eu amo. Jamais me esquecerei de uma noite em que estávamos Naiana, eu e o Sandro, conversando no apê.  Ele era, na época, fisioterapeuta com clínica instalada e uma carreira garantida. Naquela noite Sandrão me olhou com um sorriso que jamais esquecerei, um brilho doce no olhar e me perguntou (mais ou menos assim): “De, você acha que eu poderia me tornar instrutor e junto com a Naiana abrirmos uma escola do seu Método em Porto Alegre? Nós faríamos um trabalho como você sempre sonhou.” Ah! Sandrão, você nunca vai conseguir avaliar o que eu senti naquela noite. Naquele momento depositei meu coração nas suas mãos. Queria tanto que pudéssemos conviver mais e compartilhar mais a vida, enquanto ela ainda está por aqui… 

O caso do Edgardo foi igualmente emocionante. Sua mulher era representante do nosso Método em Buenos Aires. Ele era o maridão. Um dia foi a um curso para conhecer esse tal de DeRose, de quem a esposa vivia falando. Não poderia ocorrer situação mais propensa a que o marido não gostasse de mim. No entanto, não há nada como conhecer as pessoas, conversar olhos nos olhos. Ambos percebemos que estava ocorrendo um desses encontros que mais parecem reencontros. Rolou uma sintonia, um diálogo de almas, e começou uma relação muito bonita de pura amizade. Quando saíamos juntos ou quando viajávamos os três, com a esposa, falávamos de profissão. Com Edgardo, falávamos de tudo. Até que um dia Edgardo me consultou: “DeRose, você acha que eu daria um bom instrutor de SwáSthya?” E foi assim que ele primeiro se tornou meu amigo e só depois me escolheu como Mestre.

No meu livro Quando é Preciso Ser Forte eu escrevi o seguinte trecho:

“Edgardo gosta de contar que antes de adotar DeRose como Mestre, conheceu o homem DeRose, o ser humano cheio de defeitos, mas que para ele soavam como qualidades. Normalmente, quando alguém entra para o Yôga já passa a olhar DeRose como se fosse um guru, um santo, um ser sobre-humano, que não erra, que não fica triste ou zangado, que não cai doente, que não come nem vai ao banheiro. Com Edgardo ocorrera o contrário do que acontece com os demais que, primeiro adotam DeRose como Mestre e depois se tornam seus amigos. Edgardo conheceu primeiro o outro lado. Pelo fato de ter-se tornado primeiramente meu amigo, todas as fantasias e expectativas mirabolantes dos demais no seu caso não existiram. Viu um DeRose que ficava triste e zangado e todas as outras facetas. E gostou do que viu. Em função disso, um dia me perguntou se eu o aceitaria como discípulo. E, para o bem de todos nós, assim foi.”

Hoje Edgardo é um dos meus melhores amigos, a quem devoto uma grande admiração e um carinho que não cabe no meu peito. E como primeiro me conheceu sem me colocar num pedestal, a possibilidade de se decepcionar comigo é quase nula.

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domingo, 12 de abril de 2009 | Autor:

Em continuação aos posts Senso de urgência e Ativos e passivos, acrescentemos agora algumas sugestões. A crise que está desesperando o mundo lá fora quase não atingiu o Brasil. Sorte nossa e parabéns aos nossos economistas. Agora, a notícia de que o Brasil ofereceu 4,5 bilhões de dólares ao FMI para ajudar os países ricos a sair da crise!

Na nossa profissão (ou pelo menos, na nossa rede) não sentimos nenhuma consequência. Ao contrário. Temos observado crescimento do número de alunos na maioria das unidades credenciadas do Sudeste e em um bom número das do Sul. Também já credenciamos quatro novas escolas e iremos credenciar mais três nos próximos meses, o que mostra que não é apenas um crescimento interno de cada escola, mas também um crescimento da própria rede. No entanto, manda o bom-senso que todos sejamos prudentes e previdentes.

Conheço alguns colegas que ganham muito bem, mas o dinheiro se esvai por entre seus dedos. Nem eles mesmos sabem em que estão gastando, mas o rico dinheirinho some. Não adianta ganhar bem se você não sabe administrar. Nosso sútra sobre esse tema, alerta: “O que define a riqueza não é o quanto se ganha e sim o como se gasta.”

Em tempo de crise, quem tem dinheiro faz ótimos negócios e sua prosperidade se consolida. Se, eventualmente, a crise reverberar por estas bandas, você poderá – por exemplo – negociar a compra da sua sede própria e reduzir as preocupações futuras.

Atente para estes dois cuidados:

1) não pode assumir novas dívidas, não pode pedir dinheiro emprestado a banco, usar cartão de crédito ou cheque especial, nem comprar a crédito;

2) não pode parar de investir no seu crescimento, não pode parar de fazer divulgação, não pode deixar de investir em produtos (criando produtos seus para fornecer aos colegas e adquirindo produtos da Uni-Yôga para dobrar o seu capital).

Este não é o momento de fazer grandes reformas, ou reformas para as quais você precise assumir dívidas. Por outro lado, pequenas reformas, ou mesmo maiores desde que você tenha o capital para quitá-la sem que isso lhe pese no bolso, essas podem ser encaradas.

Para concluir, além dos dois posts citados lá no início, leia o post: Crise = risco + oportunidade.

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quarta-feira, 8 de abril de 2009 | Autor:

Método DeRose

Os candidatos, quando me procuram, não estão interessados em paliativos para mascarar as mazelas do trivial diário. Eles estão interessados em absorver uma cultura. Segundo o Dicionário Houaiss, cultura significa, entre outras coisas: conjunto de padrões de comportamento, crenças, conhecimentos, costumes etc. que distinguem um grupo social. Pois bem, Nossa Cultura é uma reeducação comportamental que contempla especialmente o bom relacionamento entre os seres humanos e tudo o que possa estar associado com isso (por esse motivo, foi sugerido que nossa profissão se denominasse sócio-humanismo).

Esta proposta seleciona o público mais afeito à cultura e faz alusão ao fato de que não ensinamos apenas algumas técnicas, mas que transmitimos uma cultura. Como consequência, ficamos atrelados ao Ministério da Cultura e não ao Ministério da Educação. Em reunião que tive em Brasília com o Ministro Gilberto Gil, ele me disse uma frase memorável: “Conhecimento é com o Ministério da Educação. Autoconhecimento é com o Ministério da Cultura”, que é o nosso caso.

Procuro reeducar meus leitores para que se tornem pessoas melhores, mais polidas, mais viajadas, mais refinadas, mais civilizadas, mais cultas, que aprimorem inclusive sua linguagem e boas maneiras. Sugiro uma revolução comportamental, propondo uma forma mais sensível e amorosa de relacionamento com a família, com o parceiro afetivo, com os amigos, com os subordinados e até mesmo com os desconhecidos. Recomendo que eventuais conflitos sejam solucionados polidamente, sem confrontos. Como complemento a esta proposta, ensino reeducação respiratória, reeducação postural, reeducação alimentar etc., proporcionando condições culturais e sociais para que as pessoas tenham uma qualidade de vida melhor e os jovens se mantenham longe das drogas. Tudo isso junto, em última análise, contribui para o autoconhecimento.

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terça-feira, 31 de março de 2009 | Autor:

A importância do livre pensar

A liberdade é o nosso bem mais precioso.
No caso de ter que confrontá-la com a disciplina,
se esta violentar aquela, opte pela liberdade.
DeRose

Eu só permaneci no SwáSthya porque ele não violentava minha liberdade, não tolhia meu livre pensamento e não me castrava com doutrinação. Essas são questões sobre as quais não há concessão.

Mas como conciliar Liberdade com Disciplina? Como conciliar a preservação da Opinião Própria com a necessidade do aprendizado e da memorização do conhecimento?

Entendo que esses fatores são elementos de seleção. Se você tiver fervilhando em suas veias o gérmen do Yôga Pré-Clássico, não sentirá que nossa disciplina violente a sua liberdade. Contudo, se senti-lo, deve “optar pela liberdade”, a liberdade de ir-se.

Quando estivemos na escola e na faculdade, fomos obrigados a decorar centenas de nomes e de fórmulas. Quando estudei anatomia, fisiologia e cinesiologia, não tive a possibilidade de questionar com meus professores que para exercer minha profissão eu jamais precisaria saber os nomes de todos os ossos e músculos do corpo humano. Se não os decorasse, simplesmente seria reprovado e ponto final. Nosso curso é igual a todos os demais, pois ainda não existe outro meio para fazer o conhecimento entrar na cabeça do estudante.

Sempre fui contra a “decoréba”. Mas tenho que reconhecer a memorização como recurso eficiente para reter o conteúdo da matéria. Decorar por decorar não tem grande valor. No entanto, memorizar e compreender o que está sendo gravado tem seu valor inquestionável.

No questionário do livro Programa do Curso Básico, as respostas que precisam ser memorizadas ipsis litteris, estão assinaladas com as letras RP (resposta-padrão). Essas, são poucas. As perguntas e respostas foram elaboradas por diversos instrutores ao longo destes últimos trinta anos e são muito interessantes – sem mencionar que são úteis também!

 

Alexandre Montagna
 

Ótimo texto. É interessante lembrar que toda resposta padrão foi elaborada e aprimorada por diversos docentes e Mestres ao longo de muitos anos. São, portanto, as frases mais bem elaboradas para suas respectivas perguntas, daí decorar ser o melhor método*.

* Em latim, de cordis; em francês, par coeur, em inglês, by heart. Decorar é gravar com o coração. (Fonte: A força da gratidão – pújá)

konnie ciuro

muchas gracias Mestre, me ha dado una importante herramienta para utilizar con mis alumnos, siempre hay alguno que pregunta por que debe estudiar de memoria… gracias nuevamente

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segunda-feira, 16 de março de 2009 | Autor:

Qual é o nosso público

Especializamo-nos num público de adultos jovens, saudáveis, descontraídos, cultos e de bem com a vida. Assim são os praticantes de SwáSthya Yôga. Assim devem ser os seus alunos.

Outras correntes especializaram-se em senhoras, idosos, crianças, gestantes, místicos, alternativos ou em terapia. O tipo de trabalho que desenvolvemos não é competente para atender as expectativas dessas pessoas. Entenda este procedimento como especialização profissional e nunca como discriminação. Jamais cometeríamos discriminação ou preconceito. Nós aceitamos pessoas de todos os credos, etnias, idades, procedências e opções sexuais. Somos contra qualquer tipo de discriminação.

A razão de termos nos especializado nesse público

Adultos jovens, saudáveis e cultos são o público mais refratário a doutrinações e manipulações. São, portanto, pessoas nas quais podemos confiar para a consecução do nosso trabalho. Queremos também precaver-nos a fim de que nenhum detrator invejoso possa jamais nos acusar de estar catequizando ou manipulando os alunos daquelas faixas mais vulneráveis que são os enfermos, as crianças, os idosos, etc.

Pesquisa na Universidade de Brasília confirma

Conforme matéria publicada no jornal Folha de S. Paulo, no dia 5 de abril de 2007, o pesquisador Marcio de Moura Pereira, do Grupo de Estudos e Pesquisas da Atividade para Idosos da UnB, comprovou que o SwáSthya não é aconselhável para a Terceira Idade. Embora possamos sempre questionar que quem estava conduzindo a pesquisa não era instrutor de SwáSthya Yôga habilitado ou que o pesquisador era um antipatizante motivado por razões tendenciosas, ainda assim, basicamente concordamos com a conclusão da pesquisa: o SwáSthya não é para a Terceira Idade, como já vimos declarando há muitos anos.

A quem não direcionamos o nosso trabalho:

Crianças – é uma responsabilidade muito grande trabalhar com crianças em qualquer área. No Yôga é mais problemático, pois as recomendações comportamentais poderiam entrar em choque com as dos pais como, por exemplo, se eles tiverem o hábito do álcool e do fumo, os quais são desaconselhados por nós. Além disso, um adulto é menos sujeito a acidentes. Crianças conseguem se machucar até dentro do próprio apartamento, com os pais ao lado. Contudo, mesmo que um adulto sofresse um acidente, causaria menos comoção. Não podemos colocar uma escola de Yôga em risco e muito menos uma criança.

Idosos – são mais frágeis e propensos a sofrer algum problema em sala de prática. Também não conseguem acompanhar as técnicas mais eficientes, obrigando o instrutor a restringir-se a uma aula excessivamente leve, o que desmotiva o profissional e não tem efeito algum. Finalmente, o idoso já fumou ou bebeu ou manteve outros hábitos prejudiciais durante 60 ou 70 anos. Isso compromete seriamente os resultados deste método. O próprio autor, que escreve estas palavras, brevemente será bisavô (portanto, está excluída a possibilidade de discriminação!) e, mesmo com a prática do Yôga, observa em seu corpo as mudanças biológicas naturais dessa faixa etária. Isso significa que recusemos pessoas na idade da razão? De forma alguma! Cerca de cinco por cento dos nossos alunos tem entre sessenta e setenta anos de idade. Mas estão saudáveis, não vieram buscando terapia e aceitaram mudar seus hábitos de vida.

Gestantes – também constituem uma grande responsabilidade, especialmente numa sociedade carregada de desinformação e preconceitos. É claro que há modalidades que se especializaram nesse público, mas queremos enfatizar que não é o nosso caso. As futuras mamães devem tomar muito cuidado ao procurar qualquer linha de Yôga para não transformar o que deveria ser uma experiência maravilhosa  em um momento de grande tristeza.

Místicos – são pessoas boas, que têm uma tendência a crer. Não queremos pessoas que creiam no que estamos ensinando. Queremos pessoas que saibam, que conheçam, que estudem, que possuam um acervo de documentação e fundamentação suficientes para que nossas propostas sejam levadas a sério.

Enfermos – são pessoas que necessitam desesperadamente de alívio para o seu sofrimento e anseiam por uma esperança de cura. São vulneráveis às promessas dos charlatães e não queremos que nenhum instrutor do nosso método se imiscua nesse território. Outro fator de risco é que podem sofrer um achaque a qualquer momento, em qualquer lugar. Se um idoso ou um enfermo morre dentro de um ônibus, não passa pela cabeça de ninguém querer processar o motorista ou pedir uma lei que proíba os ônibus de circular. No entanto, se ele falecer em uma aula de Yôga não temos dúvidas de que poderão querer acusar o professor ou o próprio Yôga.

Para saber mais a este respeito, recomendamos que leia o livro A parábola do croissant, de Rodrigo De Bona.

Leia, também, neste blog o post A life style.

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terça-feira, 10 de março de 2009 | Autor:

 

Não existe Yôga sem um bom relacionamento humano.

Não adianta praticar Yôga,
meditação, mantras,
se você não souber se relacionar bem
com as outras pessoas.

Considero requisito principal a capacidade de boas relações humanas e não quero como aluno, nem como assistente, nem mesmo como amigo, alguém que não saiba se relacionar bem com os demais.

Nós do Yôga, temos uma prioridade no nosso esforço (tapah) pelo aprimoramento: é o cultivo das boas relações entre os seres humanos. Sem compreensão não existe Yôga. Não se admite que praticantes ou instrutores de Yôga não consigam superar uma emoção para evitar desentendimento com alguém. Por isso, as Federações estão incluindo este item na sua avaliação e não aprovam os candidatos que tenham dificuldade em se relacionar bem com todo o mundo.

Não adianta nada fazer lindos exercícios, meditar e portar o ÔM se você responde a uma cara feia com outra cara feia. Ou se você sente inveja de outro colega. Ou se você se ofende com alguém. É uma vergonha para todos nós quando chega ao nosso conhecimento que um yôgin se desentendeu com quem quer que seja, ou que se melindrou com outrem.

Com o pretexto da franqueza ou da autenticidade muita gente faz grosserias, o que magoa quem está envolvido no mal-entendido e também quem não está. Amizades promissoras são rompidas para sempre. Fecundas carreiras profissionais são destruídas. Enormes prejuízos morais e financeiros são contabilizados por causa de uma palavra ou fisionomia que poderia ter sido perfeitamente evitada.

Não estamos recomendando o fingimento nem a hipocrisia, mas sim a educação e a elegância. Emoções pesadas sujam mais o organismo do que fumar, beber e comer animais defuntos. Não adianta praticar Yôga, meditação, mantras, se você não souber se relacionar bem com as outras pessoas.

Lapide o seu ego, eduque o seu emocional, reprograme a sua mente. Nós não somos pessoas vulgares e toscas, que habitualmente respondem com crueza a qualquer atitude que não as agrade, gerando, com isso, um mal-entendido atrás do outro.

Quando faço estes apelos, sempre, quem os lê acha que não é consigo, que escrevi para outra pessoa, afinal, suas reações agressivas não terão sido culpa sua: foram todas as vezes, meras reações de legítima defesa contra as ofensas perpetradas por terceiros! Se você pensa assim, aceite minhas condolências. Você sofre de egotite aguda.

Há um método seguro para saber se a culpa é dos outros ou não. Se você se indispõe com, no máximo, uma pessoa a cada cinco anos, fique tranqüilo. É bem possível que o mal-estar não tenha sido responsabilidade sua. Mas se você freqüentemente precisa se defender com veemência de ações cometidas pelos seus alunos, colegas, amigos, funcionários, prestadores de serviços ou desconhecidos, então você precisa fazer terapia.

As pessoas, em qualquer profissão, tendem a tornar-se difíceis, grosseiras, autoritárias, sempre que progridem na vida ou sempre que são promovidas em seus cargos. No entanto, chegar no topo não é difícil: o difícil é ficar lá. Um verdadeiro líder não é autoritário nem antipático. Se o for, não ficará lá em cima por muito tempo…

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