terça-feira, 9 de dezembro de 2008 | Autor:

Acabamos de receber, às 11 da manhã, no Palácio do Governo do Estado de São Paulo, mais uma medalha, desta vez através da Defesa Civil, pelo nosso engajamento nas campanhas humanitárias e de responsabilidade social como a Campanha do Agasalho e no esforço para ajudar os desabrigados da tragédia de Santa Catarina. Como sempre, reconheço que essa medalha é para todos nós, instrutores e alunos que sentem-se gratos por poder ajudar e que não medem dificuldades quando são convocados a auxiliar, seja lá para o que for. Podemos ajudar bastante porque somos muitos. Somos a maior instituição de Yôga técnico do mundo. Temos mais de mil instrutores, milhares de praticantes e um milhão de alunos à distância pela internet. Mesmo quando cada um ajuda só um pouco, o resultado final é o de uma grande mobilização. Portanto, confesso que cada vez que outorgam uma comenda, medalha ou condecoração sei, honestamente, que ela não é para mim, mas é para todos os que laboram com a nossa filosofia.

Por outro lado, é muito bom que ocorram essas solenidades de outorga, pois a opinião pública, nossos instrutores, nossos alunos e seus familiares percebem que se eventualmente há algumas pessoas físicas que nos atacam, por outro lado há instituições governamentais, humanitárias, filosóficas, filantrópicas, culturais, militares etc. que nos apoiam e reconhecem o valor do trabalho que realizamos pela juventude, pela nação e pela humanidade.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008 | Autor:

Muita gente está se solidarizando comigo e muito mais pessoas estão manifestando sua indignação com respeito à coluna da jornalista Ruth Aquino ([email protected]).  Em virtude disso, peço que ao escrever à revista, meus amigos moderem sua revolta e recordem-se de que a elegância, o polimento e a fidalguia são virtudes dos praticantes do nosso método. Eu precisei fazer força para ser um pouco mais contundente na carta que escrevi, por estar sendo assim orientado pelos meus advogados e preciso confiar nos que me assessoram. Mas se você ler meus textos – nos meus livros e aqui no blog – vai perceber que minha linguagem não é aquela. Na verdade, não guardo nenhuma mágoa nem ressentimento pela Ruth, pois tenho vários amigos jornalistas e sei que quando publicam coisas assim não se trata de nada pessoal. Faz parte da profissão. É como a circunstância em que dois advogados se digladiam dentro do tribunal e mais tarde encontram-se cordialmente para tomar um café. Certa vez, em um congresso internacional de Yôga fora do Brasil, tive um debate muito sério com um indiano a respeito de Pátañjali. Vendo que meus argumentos eram serenamente mais fundamentados que os dele, fez caras, falou alto, gesticulou como um celerado. No final de tudo, veio conversar comigo, deu-me um presente e disse: “Não leve a mal, ‘Proféssor‘. Isso tudo é só circo.” Bem, eu não acho que seja tudo só circo, mas me esforço por aceitar que os jargões profissionais e os mis-en-scènes sejam mesmo necessários para o andamento do mundo no seu estágio atual de evolução. Acalento a certeza de que essa jornalista não tem nada contra mim e se a encontrar vou tratá-la com respeito e cortesia, da mesma forma como ela me tratou ao telefone.

Talvez, mais tarde, eu publique aqui a carta que enviei à revista. Não quero publicá-la já para não influenciar a linguagem nem os argumentos dos que pretendem escrever.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008 | Autor:

Foram rápidos. No dia 7 de dezembro escrevi um post comentando os ataques ao prof. Cristóvão de Oliveira, e afirmei textualmente:

 “De fato, quando alguém ataca, todos querem atacar. Talvez tenham medo de que, se não se juntarem aos agressores, sejam injuriados também. Isso é muito feio! Isso é covardia! Creio que fui o único profissional da área de Yôga a emitir um parecer pedindo ponderação. Registre-se que não conheço o professor Cristóvão e que não trabalhamos com a mesma modalidade. A questão é que, em princípio, se não pudermos defender, pelo menos que nos abstenhamos de condenar, no mínimo, enquanto não dispusermos de provas irrefutáveis e enquanto não tivermos ouvido o acusado. Este é um princípio primário do Direito e da Justiça. Exorto a que toda a população considere a possibilidade de adotar este comportamento para evitar que nossa sociedade do Terceiro Milênio tome atitudes dignas de uma Santa Inquisição medieval, em que bastava a acusação vazia de um desafeto invejoso e o acusado tinha sua reputação e sua vida destruídas, sem direito de defesa.”

Pois bem, dois dias depois, encontro o meu nome inserido em um artigo cujo objetivo era achincalhar com o Cristóvão de Oliveira e, conforme profetizado acima, uma vez que me recusei a unir-me à turba de linchadores, resolveram agredir-me também, a mim que não conheço o Cristóvão, não trabalho com a mesma linha de Yôga e nunca tive nenhum problema da mesma natureza.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008 | Autor:

Meu amigo Luciano Szafir fora internado com intoxicação por inalação de fumaça quando ocorreu um início de incêndio. Já recebeu alta, está em casa e certamente ficaria muito feliz de receber um e-mail, telegrama ou qualquer outro meio de comunicação, transmitindo os sentimentos daqueles nossos colegas que o conhecem ou que, mesmo sem conhecê-lo pessoalmente, foram cativados pela sua simpatia.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008 | Autor:

Gosto mais de dar cursos teóricos, porque temos hoje verdadeiras sumidades ministrando os cursos práticos de SwáSthya Yôga e é preciso dar espaço a essas gerações mais novas e tão competentes. Eles ministram cursos de mudrá, de respiração, de meditação, de mantra e mesmo de ásana. São mais de 80 temas! Mas eu me programo para dar alguns cursos práticos por temporada a fim de me manter em forma. Quase todos são cursos só para instrutores, pois se abríssemos para alunos da rede não haveria sala que comportasse a procura – e aí perderíamos o caráter intimista do nosso trabalho. No sábado passado ministrei o Curso prático de ásana. Senti-me orgulhoso pela quantidade e qualidade dos instrutores que compareceram, vindos de todo o Brasil e de outros países. Antes de iniciar a aula, eu estava me sentindo um pouco cansado e imaginei que seria um curso mais curto e meio sem graça. Por isso, eu me surpreendi mais do que os participantes, quando me saiu o mais extenso e completo curso prático de ásanas das últimas décadas. Foram oito horas ininterruptas! E a moçada acompanhou até o fim. Só um ou outro, no finalzinho, ficou com cara de cansado. A maioria saiu bombando.  Os que vieram da Europa foram os que mais valorizaram, pois há cerca de vinte anos que não dou esse curso nas terras d’além-mar. Terminando o curso ainda tivemos energia para sair com os mais animados e jantar na Oscar Freire até uma da manhã!

domingo, 7 de dezembro de 2008 | Autor:

Fiquei bem feliz pelo telefonema que recebi do jornalista Arthur Veríssimo, da revista Trip. Ele se mostrou contente pelo pronunciamento que fizemos a respeito do caso Cristóvão de Oliveira. De fato, quando alguém ataca, todos querem atacar. Talvez tenham medo de que, se não se juntarem aos agressores, sejam injuriados também. Isso é muito feio! Isso é covardia! Creio que fui o único profissional da área de Yôga a emitir um parecer pedindo ponderação. Registre-se que não conheço o professor Cristóvão e que não trabalhamos com a mesma modalidade. A questão é que, em princípio, se não pudermos defender, pelo menos que nos abstenhamos de condenar, no mínimo, enquanto não dispusermos de provas irrefutáveis e enquanto não tivermos ouvido o acusado. Este é um princípio primário do Direito e da Justiça. Exorto a que toda a população considere a possibilidade de adotar este comportamento para evitar que nossa sociedade do Terceiro Milênio tome atitudes dignas de uma Santa Inquisição medieval, em que bastava a acusação vazia de um desafeto invejoso e o acusado tinha sua reputação e sua vida destruídas, sem direito de defesa. Era torturado e acabava confessando o que nem sequer havia cometido, pois todo ser humano tem um limite à tortura, seja ela física ou psicológica.
Escrevi uma máxima que faz parte do meu próximo livro “Pensamentos” e que declara: No passado queimavam os hereges com lenha. Hoje, queimam-nos com jornais!
Note que o termo herético provém do grego haireticós, “aquele que escolhe”. Isso é muito significativo, pois indica que as pessoas repudiam os que insistem em desfrutar do direito à liberdade de escolha. Não querem que escolhamos. Querem que baixemos a cabeça. Contudo, isso é muito difícil para aqueles que pensam como Giordano Bruno, mártir da liberdade de pensamento.

sábado, 6 de dezembro de 2008 | Autor:

Ontem à noite recebemos a comenda Cruz do Reconhecimento Social e Cultural, da Ordem do Mérito Social e Cultural, na Câmara Municipal de São Paulo. É mais uma homenagem que a sociedade confere ao Yôga e a todos aqueles que lutam por um maior reconhecimento desta milenar filosofia de vida.