sexta-feira, 24 de junho de 2011 | Autor:

Mestre, ainda falando sobre exemplo, gostaria de compartilhar um trecho de um e-mail que recebi ontem de uma aluna muito querida, a yôginí Michele Thaysa. Ela não está mais morando em Londrina, pois devido ao trabalho precisou mudar-se temporariamente para Recife. Continua fazendo aulas comigo por skype e sempre que pode agendamos uma prática presencial. Ela permetiu que divulgasse seu texto.

Beijos, de mais pertinho agora.
Nádia Quinteiro

“Não tenho palavras para descrever o tanto que o Método é importante
para mim e o quanto estes pouco mais de três anos de práticas e
vivências foram transformadores na minha vida. Eu me identifico
totalmente com a nossa egrégora, com o código de ética, com os
conceitos e técnicas. A cada dia mais busco trazer estes conceitos
para o meu estilo de vida, e isso sem dúvidas me tornou uma pessoa
muito melhor, mais segura e feliz.
Toda essa minha mudança é descrita perfeitamente quando o Mestre diz
que passamos por uma reeducação comportamental progressiva e
espontânea, através do bom exemplo. Ao conviver um pouquinho com vocês
percebi que não há melhor forma de levar a vida, pois todos os
conceitos já eram alinhados com os valores familiares e religiosos os
quais eu fui criada – na verdade, muitas coisas para mim só mudaram de
nome ou ficaram mais claras da forma como o método nos faz enxergar.
Você, Bruno, Hudson, Ana, Priscila, Anica, sem contar os outros alunos
os quais eu sou mais próxima se tornaram grandes amigos e pessoas que
sempre vou levar no meu coração, por ter uma relação alegre,
descontraída e de extrema confiança, mesmo que distante.
Acredito que o fato de toda essa minha mudança de comportamento ter
acontecido durante a faculdade tornou a minha atitude muito mais
desafiadora. Eu nunca tinha me posicionado tão convictamente sobre
alguma coisa, e realmente impus a minha decisão sem ouvir todas as
pessoas que palpitavam e não compreendiam.
Como eu fazia parte da turma mais festeira e boa de copo da faculdade,
no começo muita gente não levou isso a sério, ainda mais quando eu
falava: “ah, parei há 2, 3 meses”. Mas parece que quanto mais não
levavam a sério, mais eu fazia questão de acompanhar o ritmo da
galera, fazendo micagens com minhas amigas bêbadas, indo a todas as
festas e bares, e muitas vezes sendo mais animada do que todo mundo.
Eu não queria que ninguém falasse ou até que eu mesmo sentisse que não
aproveitei os últimos anos de faculdade por ter escolhido uma maneira
diferente de viver. A verdade é que me diverti muito mais assim, sem
álcool e sem drogas.
E fiquei muito orgulhosa (sim, massageou meu ego) e feliz (por ser um
bom exemplo) pois várias vezes, no meio de uma festa ou em um lugar
qualquer, vieram pessoas inesperadas conversar comigo, perguntando
como eu conseguia estar ali, dizendo o tanto que admiravam minha
atitude de não beber e estar aproveitando tanto quanto eles. Admiravam
eu conseguir aproveitar tudo sem beber nada, pois eles simplesmente
não conseguiam, dependiam do álcool pra se divertir. Além disso,
achavam muito legal eu não julgá-los pelo que eu agora discordava.
Enfim, hoje, mesmo que esteja passando por uma fase diferente da minha
vida, tenho plena convicção de que este é o caminho certo, e que devo
continuar me aprimorando para seguir assim.”

domingo, 19 de junho de 2011 | Autor:

Tenho notado que aquilo que o aluno ou instrutor vê em sua unidade não somos nós. Na maior parte das escolas, o ritmo é mais lento, a quantidade de atividades culturais é bem menor, os conceitos são pouco explorados, formam-se poucos instrutores, inauguram-se parcas escolas.

Verifico, ao conversar com os instrutores e com os alunos de outras cidades, que em muitas unidades o que eles professam é uma interpretação simplificada da nossa proposta. O problema disso é que recentemente uma instrutora me confidenciou que queria sair da rede porque sentia que ela estava estagnada! Bem, essa colega certamente não recebia os informativos, não lia o blog, não participava da profusão de cursos e eventos para aprimoramento dos instrutores. Nossa velocidade é tão vertiginosa que muitos instrutores não conseguem nos acompanhar! Nos meus cursos, noto que a maioria continua utilizando recursos, ensinando princípios ou aplicando nomenclatura que nós já superamos várias vezes. E há muitos anos!

As insígnias são uma demonstração desse delay, dessa defasagem. As mais antigas são redondas. Depois dessas, adotamos as que tinham a legenda com a nossa marca embaixo. Depois dessas, adotamos as que têm a coroa de louros. Atualmente, os distintivos de cargos (de Diretor e de Presidente de Federação) possuem um majestoso resplendor por trás da insígnia. No entanto, ainda encontramos instrutores, Diretores e Presidentes de Federação com a insígnia mais antiga, redonda, que foi substituída há uns cinco anos. Isso é apenas um sinal da resistência às mudanças e da inércia (tamas) que impede várias escolas de nos acompanhar no ritmo DeRose.

Não se justifica declarar que é porque você está noutra cidade ou noutro país, já que todos os instrutores recebem os informativos, têm acesso ao blog e às webclasses em tempo real.

Durante dez anos solicitei que todas as escolas e mesmo instrutores tivessem seu site ou pelo menos uma home page.  Até hoje, por incrível que pareça, muitas escolas e federações não têm site. A maioria dos instrutores não entra no nosso blog e fica desatualizada. Imagine os alunos! Eles nem sequer assistem as nossas aulas transmitidas pela internet nas terças-feiras!

Assim…

o que você vivencia na sua unidade não somos nós.

É preciso que as unidades nos acompanhem, pois fica constrangedor tirar alguém para dançar, dar dez passos de dança, fazer um giro e notar que o parceiro não se moveu de onde estava.

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Hola Maestro,
Leyendo “O que você presencia na sua unidade não somos nós” me quede feliz de saber que practico en una unidade que “sim somos nós” , la Sede Historica Copacabana, hace parte de esas unidades que seguimos tus pasitos y pasotes, el intercambio que tenemos entre las unidades aqui es “padrisimo” (mexicanismo que quiere decir buenisimo) durante la semana comentamos acerca de tus cometarios en el blog, organisamos salidas al cine, al restaurante, participamos de las fiestitas de cumpleaños de los colegas, unos a otros nos incentivamos a participar mas y mas, por ejemplo para le festival de São Paulo, etc etc.

Aunque ciertamente, siempre se puede hacer mejor, creo que nuestra unidad va por le buen camino, por lo menos asi lo siento yo, la unidad de Copacabana se volvio para mi una segunda casa en la cual me siento muy agusto. Y por cierto acabo de recibir mi nueva insignia de yogini y es de las actualizadas y estoy muy orgullosa de hacer parte de esta tu egregora, de mi instructora Melina Flores y de todo lo que vivo desde hace un año con todos ustedes.
Nos vemos al ratito, en el lanzamiento de tu libro, estoy feliz de conocer a Jaya personalmente, que pena que no haya espacio para llevar a mi Pancho, :-) te quiero Maestro un besototote.

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Madrisimo, Marga! Un besototote a Pancho.

 

quinta-feira, 26 de maio de 2011 | Autor:

Em 1980 visitei uma entidade shakta em Bombaim (Mumbai) e tive a oportunidade de gravar uma versão matriarcal do Gayatri. Na época, publiquei um cassette de mantra com essa versão gravada na Índia. Depois, com o falecimento do sistema de cassettes, essa gravação ficou perdida por mais de dez anos. Agora, temos a satisfação de relançá-la em CD para proporcionar orientação e mesmo documentação aos que desejarem conhecer e vocalizar uma versão do Gayatri que tem a ver com a nossa linhagem.

É importante que todos os nossos instrutores e alunos possuam um exemplar e tenham-no sempre à mão, porque a sabichonice campeia no ambiente de filosofias orientais. Todo o mundo quer saber mais do que o outro e todos se arrogam o direito e a autoridade de corrigir você. Existem várias versões do Gayatri e são todas de linhas patriarcal, já que essa é a corrente moderna, vigente nos últimos séculos. Acontece que professamos uma estirpe mais antiga, pré-clássica, pré-vêdica, pré-ariana, proto-histórica. Naquele período, o Vale do Indo era habitado pela etnia dravídica, cuja civilização era de estrutura matriarcal, shakta. Por ignorância, alguns adeptos de modalidades modernas podem querer “corrigir” a nossa versão do Gayatri que, pela lógica, deve ser a mais autêntica por ser matriarcal. Nessa hora você precisa de documentação. Então, tenha no coldre um exemplar da nossa gravação feita na Índia.

Outra contribuição desse lançamento é a tradução do Gayatri de acordo com o Dakshinacharatántrika-Nirísharasámkhya, a linhagem mais antiga. Pela primeira vez levada a público, propõe uma interpretação não-religiosa da letra desse importante mantra.

O CD Gayatri Mantra deve fazer parte do kit de estudos e de documentação de todos os alunos e instrutores.

terça-feira, 17 de maio de 2011 | Autor:

Adote esta nova maneira de estudar e de conhecer o SwáSthya, mesmo quando estiver na praia, caminhando, esperando o ônibus, viajando, andando de bike, guiando seu carro, fingindo que está trabalhando…

É o audiobook do livro Programa do Curso Básico. Uma mão na roda para alunos, praticantes, instrutores de qualquer modalidade de Yôga, simpatizantes, curiosos, amigos e desamigos. E a grande vantagem é que o custo é baixíssimo.

Clique na imagem para ampliá-la.

 

quarta-feira, 11 de maio de 2011 | Autor:

“Quando vós nos feris não sangramos nós? Quando nos divertis não rimos nós? Quando nos envenenais, não morremos nós? Se somos como vós em todo o resto, nisso também seremos semelhantes.”

Shakespeare, O Mercador de Veneza Ato III cena 1 (citado pelo escritor DeRose no seu livro Tudo o que você nunca quis saber sobre Yôga)

 

quarta-feira, 11 de maio de 2011 | Autor:

Você certamente apreciou o texto de Shakespeare sobre a igualdade de sentimentos entre os seres. Observe que não são só os seres humanos que manifestam as reações mencionadas no texto. Um cão, um gato, um boi, uma ovelha, um cavalo, os animais, enfim, manifestam as mesmíssimas reações aos estímulos citados. Logo, segundo o argumento de Shakespeare, somos iguais em direitos e sentimentos. Só uma espécie arrogante como a nossa poderia achar que eles são inferiores e que Deus os criou para nós… para que os comêssemos ou escravizássemos e maltratássemos ao nosso belprazer! Aliás, já imaginou se, ao morrer, chegasse para julgamento na porta do céu e Deus não fosse um ente antropomórfico e você desse de cara com um Cordeiro, e ele lhe perguntasse o que você andou fazendo e comendo lá na Terra?

sábado, 7 de maio de 2011 | Autor:

Mestre,

Neste dia das mamãe escrevo-lhe para um agradecimento especial.

Acabo de voltar do jantar em homenagem às mamães oferecido pela Unidade Dom Luís em um dos mais requintados restaurantes de Fortaleza. Mesa cheia, como uma grande família, entre pratos formidáveis e muita conversa interessante e descontraída, dei-me conta de algo…Simplesmente não lembrava a última vez em que tinha visto minha mãe tão satisfeita!

Não tenho palavras para descrever este contentamento: ver minha mãe chegar em casa com um sorriso no rosto, um ar de menina e uma rosa na mão; lendo palavras suas num belo cartão que confeccionamos para entregar a nossas progenitora e emocionado-se com uma carta belíssima escrita pela nossa Honrada Presidente de Federação Marcia Zanchi… Ver os pais e mães de instrutores e alunos contentes, acariciados por tamanha atenção, fez-me ver a grandeza de nossa proposta.

Devo a você, Mestre querido, o resgate de minha família, pois por algum tempo vivi um relação difícil com todos, uma espécie de aborrescência estendida, kkkk… mas a partir de Nossa Cultura senti eclodir gradativamente uma compreensão, um desejo de amar verdadeiramente que transformou meu ambiente familiar.

Que grato sou pela Nossa Cultura, pelo nossa proposta de União, por você, Mestre. Agradeço por mim e por minha família.

Amo você e a cada dia quero converter este amor em trabalho incessante, construindo no Ceará, no Brasil, no planeta os fundamentos de uma Nova Humanidade.

Um máhá abraço no coração!

Rômulo Justa
Unidade Dom Luís – Fortaleza/CE