sábado, 8 de setembro de 2012 | Autor:

gustavo321

Mestre finalmente conseguimos colocar o teu video no ar com as legendas em inglês.
Espero que gostes, vou esta noite ainda colocar em outros servidores.
Gostaria de contar com a participacao dos nossos colegas para partilhar o video em sites, facebook, twitter, blogs…
Saudades tuas, abraços Mestre querido.
Gustavo de Londres

No fim da entrevista eu declaro que o meu lema é “Ellerni kaj servi” . “Lerni” significa aprender; “ellerni“, aprender profundamente; “kaj” (pronuncia-se “kái”), significa e; “servi“, servir. “Ellerni kaj servi” significa aprender e servir. Quem legendou não conhecia esperanto e se enganou com a escrita. Mas isso não desmerece o belíssimo trabalho (e põe trabalho nisso!) de traduzir e legendar a entrevista. Agradeço de coração esse carinho. Agradecemos todos, principalmente os que não compreendem português. DeRose

__________________

Caro Maestro,
envio-lhe o link da sua entrevista na TV Estadão com legendas em italiano:

A tradução e legendagem foi feita pela yôginí Sara Gambelli, a correcção pelos instrutores Carlo Mea, Natacha Santos e Anna Contieri.
Un abbraccio affettuoso da tutti noi!

terça-feira, 12 de junho de 2012 | Autor:

 

Numa tarde ensolarada na cidade de São Paulo, terminei minha aula de Aikidô com o Mestre Ricardo Leite – um jovem de vinte e tantos anos na época – e dirigi-me ao meu curso de xadrez com o Mestre Ángel Gutiérrez. Mestre daqui, Mestre dali, comecei a caminhar pela rua pensando com os meus botões: todo o mundo aceita serenamente que meu professor Ricardo Leite seja Mestre de Aikidô. Ninguém questiona o título de Mestre que a Federação de Xadrez concedeu ao Ángel Gutiérrez. Por que será que meu título de Mestre de Yôga parece perturbar algumas pessoas?

Durante 40 anos de ensino, fui o Prof. DeRose e não houve problemas. Ninguém me incomodou nem questionou o título de professor, desde a juventude em 1960 quando comecei a dar aulas e entrevistas, até o ano 2000. Depois de velho, quando recebi o título de Mestre começaram os problemas. Desconfianças, insultos, entrevistas insolentes, exclusões sistemáticas… É como se as pessoas se sentissem ultrajadas pelo fato de um profissional de Yôga ostentar o mesmo grau que tantos outros profissionais exibem sem causar nenhuma revolta. Ora, o próprio CBO – Catálogo Brasileiro de Ocupações, do Ministério do Trabalho, relaciona mais de trinta profissões com o título de Mestre, entre elas, Mestre de Corte e Costura, Mestre de Charque, Mestre de Águas e Esgotos etc. Mas de Yôga não pode. Por quê?

Afinal, nem tenho vinte e tantos anos de idade como o Mestre de Tai-Chi ou de Karatê, tenho quase setenta e as barbas brancas. Oficialmente, estou na terceira idade, os cinemas me concedem ‘meia-entrada de idoso’, sou avô e, a qualquer momento, bisavô! Por que a sociedade admitiria sem problemas que com um terço da minha idade eu fosse Mestre de Reiki, ou Mestre de Obras, ou Mestre de Capoeira, mas cobra-me sistematicamente explicações quanto ao meu título legítimo de Mestre em Yôga?

Chega a soar ridículo quando alguém me diz, ou a algum aluno meu: ‘Mestre? Como assim, Mestre?’ Alguns estudantes respondem à altura, declarando que tratam de Mestre os professores das suas respectivas faculdades, portanto não entendem o que o interlocutor está querendo insinuar. Mas outros deixam-se intimidar e não sabem o que redarguir. Daí, a necessidade deste artigo.

Um coronel usa o título antes do nome, Cel. fulano e é chamado coronel ou meu coronel. Um médico usa o título antes do nome, Dr. sicrano e é tratado por doutor ou senhor doutor[1]. Um padre usa o título antes do nome Pe. beltrano e é chamado padre. O pastor é chamado de Rev. mengano e é tratado por reverendo. O juiz é tratado por Meritíssimo e o reitor por Magnífico Reitor. O mestre de Aikidô é tratado por Sensei e o mestre de capoeira é tratado por Mestre. O Mestre Maçom instalado é chamado de Venerável Mestre. No entanto, em se tratando de Yôga paira um preconceito lancinante que gera logo a predisposição para questionar quem use seu título legítimo.

Pessoalmente, gosto muito de chamar o contestador à razão, comparando-me aos Mestres de profissões humildes e até iletradas. Quando alguém me cobra acintosamente o direito ao título, prefiro perguntar se ele faria essa cobrança ao Mestre de Capoeira ou ao Mestre de Jangada. Pois, se não o faria, mas faz-me a mim, trata-se inequivocamente de uma discriminação.

Agora, tantos anos depois, com cinco títulos de Mestre não-acadêmicos, conferidos por duas universidades brasileiras, duas européias e uma faculdade paulista, várias Comendas e alguns títulos de Doutor Honoris Causa (o mais recente pelo Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina) algo me diz que já não preciso ostentar nenhum deles. Interiormente, sinto que foram extrapolados.

Particularmente, não faço questão de título algum. Quiçá, hoje, meu nome já representa uma carga de autoridade que se basta por si mesma. Não obstante (que ironia!), agora as instituições, as autoridades e os Governos fazem questão de me tratar por Comendador e por Mestre!

“Na minha terra, as mãos produzem comida, e a cabeça, confusão.”

Mestre Vitalino, artesão nordestino,
que um jornalista do Sudeste se recusou a chamar de mestre
porque nenhuma universidade na época possuía mestrado em artesanato.



[1] O mais curioso é que os médicos e os advogados não são doutores, pois, via de regra, não fizeram doutorado! Não obstante, todos os tratam por doutor e ninguém implica com isso. Ninguém os confronta, desacatando-os: “Como é que você ostenta um título que não tem?” Pergunto-me qual seria a reação das pessoas se isso acontecesse com um profissional da nossa área.

_______________________________________

Caro Sr. DeRose, sem comentar a pretensa ostentação do prenome “Mestre” defendido por si, cumpre informar que os advogados são tradicionalmente chamados de doutores por força do “Título” que lhe foi concedido por Dom Pedro I, em 1827, por meio do Decreto Imperial, sendo que tal Título, por óbvio, não colide com com o previsto na Lei nº 9.394/96 (Diretrizes e Bases da Educação), o qual é avaliado e concedido pelas Universidades aos acadêmicos em geral. Ninguém confronta o título de doutor tradicionalmente utilizado por advogado, eis que foi determinado por Lei, ou melhor, Decreto Imperial. Dessa forma, por questão de coerência, sugiro que, no mínimo, retifique a nota [1] do aludido texto de modo a adequá-la aos fatos apontados. Um grande abraço…

 rafaeln
[email protected]

________________________________________

Estimado Rafael. O Decreto Imperial aludido é do meu conhecimento. Contudo, como não estamos mais no Império, reservo-me o direito de não concordar com ele. Por outro lado, continuo apresentando meus advogados como “Doutor Fulano” e igual tratamento concedo aos meus médicos por mera liberalidade. Não vejo utilidade em confrontar os profissionais que estão procurando fazer o seu trabalho da melhor forma possível, sejam eles advogados, médicos ou profissionais da nossa área. No entanto, a nota preserva o seu valor de esclarecimento, já que a população não sabe daquela curiosidade.  Retribuo sua gentileza com um abraço apertado.

Post-scriptum: Como o estimado amigo deve ter lido no artigo, não defendo nenhuma “pretensa ostentação do prenome (sic) Mestre”, pois declaro expressamente no último parágrafo do texto: “Particularmente, não faço questão de título algum”.

Também não afirmo em parte alguma que meu prenome deva ser aquele, pois, como nos esclarece o Dicionário Houaiss, prenome é “nome de um indivíduo, que antecede o nome de família; nome de batismo, antenome”.

Mas, por favor, não veja nesta argumentação nenhuma animosidade. Minha intenção é apenas a de me dispor ao diálogo, bem como prestar consideração e respeito ao nosso leitor e colaborador.

quinta-feira, 15 de março de 2012 | Autor:
ESTOU FORA DO MOVIMENTO PELA REGULAMENTAÇÃO

Em 2002, numa grande assembléia realizada em Curitiba que reuniu centenas de instrutores do Yôga e da Yóga, declarei, publicamente, que a partir daquele momento eu estaria fora de qualquer participação direta pela regulamentação da profissão de instrutor de Yôga/Yóga.

A intenção ao me retirar voluntariamente do processo de moralização da profissão foi demonstrar que ele não depende de mim como meus opositores supunham.

Noventa e nove por cento dos instrutores de Yôga são honestos e querem pôr ordem no métier. Tanto isso é verdade que desde 2002 eu fiquei apartado do movimento, recusei dar entrevistas sobre o tema, não escrevi mais nada a respeito e, apesar disso, o processo pela regulamentação continuou andando e contou com progressos notáveis. Hoje, limito-me a dar aconselhamento a quem me pedir.

Ao reafirmar que estou fora e que não pretendo participar de nenhum movimento pela regulamentação da profissão, estou também informando aos ilustres ensinantes da Yóga que costumam me assestar seus mais elevados sentimentos, que procurem outros alvos, pois estarão perdendo tempo se continuarem a me obsequiar com as suas atenções.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012 | Autor:

Lucas Delalibera enviou:

Oi Mestre, bom dia!

Estou terminando de ler a biografia do Steve Jobs escrita por Walter Isaacson. Uma parte muito interessante que encontrei foi esta (págs. 150 e 151):

“Jobs tinha aprendido com o pai que uma marca característica da alta qualidade do artífice é garantir que mesmo os aspectos que ficarão ocultos tenham beleza. Uma das aplicações mais radicais – e expressivas – dessa filosofia surgiu quando ele examinou a placa de circuito impressa onde ficariam os chips e outros componentes, bem no fundo do Macintosh. Nenhum consumidor jamais iria vê-la. Mas Jobs começou a criticá-la por razões estéticas. “Aquela parte é bem bonita”, disse. “Mas olhem os chips de memória. Feios. As linhas estão juntas demais”.
Um dos novos engenheiros interrompeu e perguntou que importância isso tinha. “A única coisa importante é se funciona bem. Ninguém vai olhar a placa do PC.”
Jobs reagiu à sua maneira típica. “Eu quero que seja o mais bonito possível, mesmo que esteja dentro da caixa. Um grande marceneiro não vai usar madeira vagabunda para o fundo de um armário, mesmo que ninguém veja.” Numa entrevista alguns anos mais tarde, depois do lançamento do Macintosh, Jobs repetiu mais uma vez aquela lição paterna: “Quando você é um marceneiro fazendo um belo gaveteiro, não vai usar uma placa de compensado na parte de trás, mesmo que ela fique encostada na parede e nunca ninguém vá ver. Você sabe que está lá, então vai usar uma bela madeira no fundo. Para você dormir bem à noite, a estética, a qualidade, tem de ser levada até o fim.”

Um abração.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011 | Autor:

 

 

httpv://youtu.be/ZpPGm-1cZss

http://youtu.be/ZpPGm-1cZss

 

 

 

 

domingo, 9 de outubro de 2011 | Autor:

Enviada por Fábio Euksuzian:

 

Embora a entrevista tenha sido dada na TV, só consta o áudio porque em 1977 os programas eram todos ao vivo e raramente se utilizava o VT. Quem gravou, provavelmente, o fez com um gravador caseiro ao lado do televisor. A televisão ainda não era em rede nacional. Mas o nosso trabalho já o era. Estávamos no Brasil todo.

A imagem que aparece, melhor se não aparecesse nada. Não sei quem a colocou, mas é apócrifa. Uma salada de cabeça de Buddha com braços de deuses hindus. O  desenho, está na cara, foi feito na Califórnia. Eles nem sabem que o budismo é uma heresia do hinduísmo. Para o ocidental, é tudo a mesma coisa. O desenho é algo tão absurdo como se fosse uma representação de Maomé pregado na cruz cristã, dentro de um templo evangélico, com um culto judaico e crentes umbandistas.

O que o Fábio Euksuzian chama a atenção é para o fato de que a entrevista foi gravada há 34 anos e o conteúdo está atualizado. Manteve-se coerente e estável por todo esse tempo, apesar de estarmos em constante evolução e sob um aprimoramento vertiginoso. Só o sotaque do Rio é que estava muito mais forte em 1977.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011 | Autor:

Oi Mestre,

A revista Trip desse mês tem conteúdo especial sobre educação. Gosto muito da linha editorial deles e lembrei de você em diversas passagens dos textos. Segue um trecho:

“Para o Iluminismo, a própria ideia de inteligência consistia de certo tipo de pensamento dedutivo e um conhecimento dos clássicos – o que viemos a chamar de habilidade acadêmica. No código genético da educação pública, está entranhada a ideia de que existem dois tipos de pessoas: acadêmicas e não acadêmicas, inteligentes e burras. A consequência disso é que muitas pessoas brilhantes acham que elas não o são, porque foram julgadas à luz dessa visão particular da mente.” – a matéria é baseada numa entrevista do educador britânico sir Ken Robinson.

O link para a matéria completa é esse: http://revistatrip.uol.com.br/revista/203/reportagens/aprendendo-a-ensinar.html#6

Beijos,

Carol Mathias
Instrutora da Unidade Itu