sexta-feira, 19 de outubro de 2012 | Autor:

Que confusão!

 

A confusão gerada pelos livros

Para o leitor iniciante no tema, muitos livros mais fazem confusão do que esclarecem. Esperemos que este não contribua para piorar a babel, mas, ao contrário, possa desfazer essa barafunda.

O motivo dos livros em geral embaraçarem a compreensão é que a maior parte foi escrita por leigos e o panorama não está claro nem para eles próprios que os escreveram. Ao tentar explicar, confundem. Há uma parcela de autores que conhecem o assunto, no entanto, esses pecam por achar que todo o mundo tem algum conhecimento e falam indiscriminadamente de Vêdas, Puránas, Upanishads, Bhagavad Gítá, Yôga Sútra, Mahá Bhárata, com bastante intimidade, atabalhoando tudo, sem esclarecer o que é cada um desses textos e onde se localiza em relação aos demais. O presente capítulo vai organizar essa miscelânea.

 

A confusão gerada pela desinformação

No Ocidente, quando falamos de Yôga, sempre surge alguém com alguma pergunta ou declaração que o associe ao Budismo. Ora, para começar, Budismo é uma religião e o Yôga é filosofia. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Para piorar a gafe, na Índia, menos de 1% da população é budista. Finalmente, para desespero de quem faz esse tipo de embrulhada, o Yôga faz parte do Hinduísmo[1], enquanto o Budismo é tecnicamente uma heresia[2] do Hinduísmo!

No entanto, o leitor poderá argumentar que encontrou várias referências em livros, que estabeleciam associações entre Yôga e Budismo. De fato, isso existe. Na maior parte das vezes ocorre pelas razões expostas nos primeiros parágrafos deste capítulo. Ademais, o Hinduísmo é tão antigo, tão vasto e tão multifacetado que poderemos, eventualmente, encontrar situações insólitas e contraditórias. Registre-se, porém, que isso não é a regra: é a exceção.

Existe um Yôga Budista? Sabendo-se que Budismo é uma religião, falar de um Yôga Budista é o mesmo que mencionar um Yôga Católico, um Yôga Islâmico, um Yôga Judaico. Seria algo como afirmar a existência de um Golfe Católico, um Futebol Luterano, um Vôlei Adventista, diferentes dos seus homônimos praticados por outras religiões. Não que o Yôga seja esporte. Poderíamos fazer a mesma comparação com outras áreas. Imagine se seria possível uma Informática Judaica, uma Física Nuclear Evangélica ou uma Engenharia Umbandista, diferentes da Informática, da Física Nuclear ou da Engenharia praticadas por outras religiões!

Contudo, às vezes encontra-se no Ocidente propaganda oferecendo “Yôga Cristão” como se isso fosse alguma especialidade. O que o prestador de serviços quer dizer, nesse caso, é que os cristãos podem praticar suas aulas sem nenhum conflito com a religião, o que, afinal, é verdade. Mas Yôga Cristão não é um ramo de Yôga.

A confusão gerada pelo mercado

Tão incoerente quanto barafundar o Yôga com religiões é misturá-lo com nacionalidades. É comum encontrarmos oferta de Yôga Tibetano, Yôga Egípcio, Yôga Israelense. Ora, Tibet, Egito, Israel são países. “Yôga Tibetano” faz tanto sentido quanto “Yôga Brasileiro”, “Yôga Argentino”, “Yôga Português”. Se existe Yôga no Tibet ele tem que ser identificado pelo seu nome verdadeiro: Rája Yôga, Hatha Yôga, Karma Yôga, Bhakti Yôga etc.

Também ouve-se falar de Yôga Desportivo, Yôga Artístico, Yôga Fitness, Power Yôga e por aí vai. Trata-se de táticas modernas para tentar atingir o consumidor onde ele é mais vulnerável: no apelo da novidade. Yôga Desportivo será Hatha Yôga? Yôga Artístico não será Hatha Yôga também? Power Yôga e Yôga Fitness não serão igualmente Hatha Yôga? Mas, na opinião daqueles, Hatha Yôga está gasto, ultrapassado, démodé. Ninguém mais quer praticar Hatha Yôga no Ocidente. Então, nada melhor que tentar outra denominação.

 

 

 

 

A estrutura do Hinduísmo

 

Vamos localizar o fio da meada

Para desfazer o imbróglio, vamos estudar a estrutura do Hinduísmo. Talvez assim compreendamos que ao expressar nossos pontos de vista, estaremos sendo ortodoxos, sim, mas intolerantes jamais.

Primeiramente, para facilitar a compreensão, vamos dividir o estudo do Hinduísmo em dois grupos de Escrituras: Shruti e Smriti.

 

I. Shruti

Shruti é a parte mais antiga, cujas raízes localizam-se há mais de mil anos antes da nossa Era.

Shruti significa “aquilo que é ouvido”. Pode estar se referindo à tradição oral, em que o ensinamento era transmitido de boca a ouvido, ou então ao fato de que essas Escrituras foram recebidas através de revelação, por meio da qual os rishis “ouviram” os textos.

O Shruti é formado pelos quatro Vêdas – Rig Vêda, Sama Vêda, Yajur Vêda e Atharva Vêda. Os Vêdas, por sua vez, compõem-se das divisões denominadas Mantras[3], Brahmanas, Aranyakas e Upanishads. Destas, as Upanishads são as que mais nos interessam por apresentarem as mais arcaicas referências hindus sobre o Yôga.

Upanishadas

Upanishada ou Upanishad significa literalmente sentar-se junto, mas normalmente é traduzido como comentário. É que as Upanishads são os comentários dos Vêdas e, por isso, estão situadas no final deles[4].

As Upanishads servem para fundamentar filosofias como o Vêdánta e o Yôga. Há Upanishads especializadas em diferentes temas, como filosofia, medicina, religião, astronomia etc. Em seu livro Yôgakundaliní Upanishad, Sivánanda declara que existem 108 Upanishads. Em uma das minhas viagens à Índia, encontrei nos Himálayas uma cópia antiga da Rudráksha Upanishad, que explana sobre a semente de Rudráksha (Lágrima de Shiva), à qual atribuem-se propriedades medicinais. Interessamo-nos especialmente pelas, assim chamadas, Yôga Upanishads: Maitrí Up., Yôgatattwa Up., Yôgashára Up., Yôgakundaliní Up., Dhyánabindu Up., Nádabindu Up., Kshurika Up, Kathaka Up. etc., pois tratam do Yôga.

Upanishads (comentários) dos respectivos Vêdas

 

Rig Vêda (10 Upanishads)

Principal Upanishad:

Aitarêya.

Vêdánta Upanishads: 

Atmabôdha, Kaushítakí, Mugdala.

Samnyása Upanishads:

Nirvána.

Yôga Upanishad:

Nádabindu.

Vaishnava Upanishads:

Não há.

Shaiva Upanishads: 

Akshamálá.

Shakta Upanishads:

Tripurá, Bahvrichá, Saubhágyalakshmí.

 

Yajur Vêda (51 Upanishads)

Principais Upanishads:

Katha, Taittiríya, Ísávásya, Brhadáranyaka.

Vêdánta Upanishads:

Akshi, Êkáshara, Garbha, Pránágnihôtra, Swêtásvatara, Sháriraka, Sukarahasya, Skanda, Sarvasára, Adhyátma, Nirálamba, Paingala, Mántrika, Muktika, Subála.

Samnyása Upanishads:

Avádhúta, Katharudra, Brahma, Jábála, Turíyátíta, Paramhamsa, Bhikshuka, Yájnavalkya, Sátyáyaní.

Yôga Upanishad:

Amrtanáda, Amrtabindu, Kshurika, Tejôbindu, Dhyánabindu, Brahmavidyá, Yôgakundaliní, Yôgatattwa, Yôgashikhá, Varáha, Advayatáraka, Trishikhibráhmana, Mandalabráhmana, Hamsa.

Vaishnava Upanishads:

Kalishántarana, Náráyana, Tárasára.

Shaiva Upanishads:

Kálágnirudra, Kaivalya, Dakshinámúrti, Panchabrahma, Rudrahrdaya.

Shakta Upanishads:

Saraswatírahasya.

 

Sáma Vêda (16 Upanishads)

Principais Upanishads:

Kêna, Chándôgya.

Vêdánta Upanishads:

Mahat, Maitráyaní, Vajrasúchí, Sávitrí.

Samnyása Upanishads:

Árunêya, Kundika, Maitrêyí, Samnyása.

Yôga Upanishad:

Jábáladarshana, Yôgachúdámani.

Vaishnava Upanishads:

Avyakta, Vásudêva.

Shaiva Upanishads:

Jábálí, Rudrákshajábála.

Shakta Upanishads:

Não há.

 

Atharva Vêda (31 Upanishads)

Principais Upanishads:

Prasna, Mándúkya, Mundaka.

Vêdánta Upanishads: 

Átmá, Súrya.

Samnyása Upanishads:

Náradaparivrájaka, Parabrahma, Paramhamsaparivrájaka.

Yôga Upanishad:

Páshupatabrahma, Mahávákya, Sándilya.

Vaishnava Upanishads:

Krishna, Gáruda, Gopálatápaní, Tripádvibhútimahánáráyana, Dattátrêya, Nrsimhatápaní, Rámatápaní, Rámarahasya, Hayagríva.

Shaiva Upanishads: 

Atharvashikhá, Athavashira, Ganapati, Brhajjábála, Bhasmajábála, Sarabha.

Shakta Upanishads:

Annapúrna, Tripurátápaní, Dêví, Bhávaná, Sítá.

 


Total por tipo de Upanishad

Principais Upanishads:

 10

Vêdánta Upanishads: 

 24

Samnyása Upanishads:

 17

Yôga Upanishad:

 20

Vaishnava Upanishads:

 14

Shaiva Upanishads: 

 14

Shakta Upanishads:

    9

Total:

108

 

II. Smriti

Smriti é divisão mais nova. A maior parte dos textos deste grupo tem pouco mais de 2000 anos. Smriti significa memória, referindo-se provavelmente às recordações posteriores daquilo que o Shruti ensinara no passado remoto. Fazem parte do Smriti as divisões: Smriti, Itihasas, Puránas, Ágamas e Darshanas.

a) Itihasas

Os Itihasas são os épicos Mahá Bhárata (Grande Índia) e Rámáyana (o Caminho de Ráma ou a Vida de Ráma). Onde fica o Bhagavad Gítá? Ele é um capítulo do Mahá Bhárata. O Mahá Bhárata é a descrição de uma guerra. O Bhagavad Gítá (a Canção do Sublime) é a descrição de uma batalha daquela guerra. Relata fatos reais redigidos de forma poética, com ensinamentos filosóficos e éticos.

b) Puránas

Purána significa antigo, antiguidade. São textos mais acessíveis que permitem ao indiano médio compreender os ensinamentos antigos sob uma redação mais simples. Contêm muitos contos, fábulas e outras formas populares para transmissão do conhecimento. Estes são alguns Puránas:

Shiva Purána, Vishnú Purána, Brahma Purána, Brahmanda Purána, Skanda Purána, Linga Purána, Agni Purána, Naradiya Purána, Padma Purána, Gáruda Purána, Varaha Purána, Bhagavata Purána, Brahmavaivarta Purána, Markandêya Purána, Bhavishyat Purána, Vamana Purána, Kúrma Purána, Matysa Purána etc.

c) Ágamas

Os Ágamas são manuais do culto vêdico, textos que ensinam ao devoto como oficiar o culto pessoal e doméstico às suas divindades eleitas. Podemos também entender os Ágamas como tendências devocionais.

Certa vez, estávamos diante do Gandhi Memorial, em Delhi, e um distinto senhor, muito solícito como em geral os indianos são, explicou-nos que, segundo alguns estudiosos, contam-se 330 milhões de deuses no Hinduísmo. Ainda que esse número seja bastante exagerado, não teríamos espaço nem justificativa para descrever aqui centenas de tendências devocionais. Portanto, vamos ater-nos às três principais, aquelas que abarcam a maciça maioria da população. São elas:

1- Shaiva (Shivaísmo)

Consta que Shiva foi um bailarino que viveu na civilização Harappiana ou Dravídica. Atribui-se a Shiva a criação do Yôga. Shiva tem mais de mil nomes e aspectos. Natarája é o Shiva bailarino. Shankar é o Shiva saddhu, meditante. Rudra é o Shiva irado. Pashupati é o Shiva senhor dos animais. Representa o Aspecto Renovador do Absoluto. Talvez por isso seja o patrono do Yôga, arte de renovação biológica e mental por excelência.

2- Vaishna (Vishnuísmo)

Vishnú é o Aspecto Conservador do Absoluto. É o equivalente ao Espírito Santo do Cristianismo. Vishnú se manifesta no mundo através de seus Avatares, que são as encarnações divinas. O Hinduísmo é tão tolerante que reconhece Buddha como um Avatar de Vishnú, apesar de Siddharta ter renegado o Hinduísmo! Krishna foi outra dessas encarnações. O Krishnaísmo constitui uma seita do Vishnuísmo. Assim, os Harê Krishnas pertencem a este Ágama.

3- Shakta (Shaktismo)

Shaktismo é o herdeiro do Tantrismo. Digamos que seja uma interpretação tântrica do Hinduísmo, ou uma forma aceita pela sociedade ariana (hindu) de praticar os preceitos tântricos. Shakta é o adorador da Shaktí. Shaktí significa energia e designa a mulher que, além de ser parceira, é cultuada como deusa viva.

Notemos que das três tendências devocionais mais expressivas da Índia (Shaiva, Vaishna e Shakta), duas delas (Shaiva e Shakta) estão alicerçadas na cultura pré-ariana, pré-vêdica.

d) Darshanas

Darshana significa ponto de vista. O Hinduísmo compreende seis darshanas, ou seja, seis pontos de vista segundo os quais ele pode ser professado. Independentemente das religiões e seitas, o Hinduísmo possui uma profusão de filosofias. Estas seis detêm o status do reconhecimento formal e acadêmico. Agrupam-se duas a duas, em função de suas afinidades.

Primeiro par:

1-Yôga

2- Sámkhya;

Segundo par:

3- Vêdánta

4- Purva Mimansa;

Terceiro par:

5- Nyáya

6-Vaishêshika.

Podemos constatar que o Yôga é casado com o Sámkhya e não com o Vêdánta, como muitos livros e instrutores insistem em ensinar.

Neste livro tratamos de Yôga. Comentamos um pouco sobre Sámkhya, já que o Yôga tem mais afinidade com o Sámkhya. Costumo ensinar aos meus futuros instrutores de Yôga: nosso foco deve ser o Yôga, portanto, invista 99% do seu tempo nele. Nosso Yôga é de raízes Sámkhyas, então, dedique 0,9% do seu tempo nele. A literatura moderna de Yôga é muito influenciada pelo Vêdánta, logo, aplique 0,1% do seu tempo para ter uma noção deste último.

Não estudaremos Mimansa, Nyáya, nem Vaishêshika, porquanto entendemos que o Yôga tem uma relação mais tênue com esses outros três darshanas.

Agora que compreendemos a estrutura do Hinduísmo, recordemo-nos de que o Yôga surgiu séculos antes do advento do Shruti, numa civilização que foi extinta justamente quando os arianos ocuparam o seu território. O Vêdismo, que depois foi denominado Brahmanismo, e, finalmente, Hinduísmo, contém muitos elementos da cultura dravídica, mas diversos autores costumam ignorar isso.



[1] Vale a pena esclarecer que refiro-me ao Hi/nduísmo como uma cultura e não como uma religião. É como o Cristianismo. O Cristianismo também é uma cultura que contém várias religiões e seitas.

[2] Ocorre uma diferença crucial entre o conceito de heresia do Cristianismo e o do Hinduísmo. No Cristianismo, através da História, o herege é perseguido, torturado e morto. A simples pecha de herege já embute um sentido pejorativo. Entretanto, no Hinduísmo o conceito de heresia é entendido no sentido universal: heresia é quando uma religião ou seita discorda e se afasta da doutrina-mãe, que constitui tronco principal. O Budismo teve suas origens no Hinduísmo e consiste numa contestação a ele, portanto, é uma heresia em relação ao Hinduísmo. Acontece que o Hinduísmo concede uma tolerância incomensurável às divergências e as absorve quase todas, fazendo-as constituir correntes do próprio Hinduísmo. No caso do Budismo as divergências eram muito relevantes e não foi possível absorvê-lo. Por outro lado, numa demonstração chocante de tolerância, o templo hindu Lakshmí-Narayan (Birla Temple) de Delhi, possui uma alameda que conduz a um templo budista, construído ao lado pelo mesmo mecenas, o Sr. Birla. Os devotos visitam o santuário hindu e, muitas vezes, estendem sua visita ao templo budista – e vice-versa.

[3] Em qualquer idioma moderno (excetuando-se o alemão), a palavra mantra transliterada, como qualquer outra do sânscrito, deve ser escrita com inicial minúscula, a menos que se trate de nome próprio. Aqui Mantras refere-se às Escrituras que contêm hinos. Não se trata dos mantras que utilizamos no Yôga.

[4] Daí deriva o nome da filosofia Vêdánta, termo que significa literalmente o final dos Vêdas, já que o Vêdánta é baseado nas Upanishads.

segunda-feira, 2 de abril de 2012 | Autor:

O que é a kundaliní

Kundaliní é uma energia física, de natureza neurológica e manifestação sexual. O termo é feminino, deve ser sempre acentuado e pronunciado com o í final longo. Os leigos aplicam o termo no masculino e pronunciam “o kundalíni”, mas está errado. Repetimos: o termo é feminino, deve ser pronunciado com a tônica na primeira sílaba e a longa na última.

Pronuncie em voz alta para fixar a correção: kundaliní[1]. Significa serpentina, aquela que tem a forma de uma serpente. De fato, sua aparência é a de uma energia ígnea, enroscada três vezes e meia dentro do múládhára chakra, o centro de força situado próximo à base da coluna e aos órgãos genitais. Enquanto está adormecida, é como se fosse uma chama congelada. É tão poderosa que o Hinduísmo a considera uma deusa, a Mãe Divina, a Shaktí Universal. Todo o sistema do Yôga, de qualquer ramo, apoia-se no conceito da kundaliní.

De fato, tudo depende dela conforme o seu grau de atividade – a tendência do homem à verticalidade, a saúde do corpo, os poderes paranormais, a iluminação interior que o arrebata da sua condição de mamífero humano e o catapulta em uma só vida à meta da evolução sem esperar pelo fatalismo de outras eventuais existências. Leia mais »

sábado, 24 de março de 2012 | Autor:

Os perigos da kundaliní

Há algum perigo? O único perigo é a existência de indiscípulos, aqueles que discordam por razões de ego, descumprem as instruções por questões de conveniência, fazem tudo errado por indisciplina e depois ainda querem que a coisa funcione. Se o praticante obedecer rigorosamente as recomendações de um Mestre qualificado e com experiência própria, não há riscos. Você quer um exemplo de algo mais mortal que um salto mortal? Entretanto, ninguém morre dando saltos mortais na ginástica olímpica, porque há um método de aprendizagem. Basta seguir o método. O nosso vem com garantia de fábrica de 5000 anos.

Resumo do argumento
a favor do despertamento da kundaliní

Defendendo a instrução ancestral de que é preciso despertar a kundaliní, repetimos aqui a justificativa, resumidamente:

O médico hindu e grande iluminado dos Himálayas, Sivananda (pronuncie Shivánanda), declarou textualmente em seu livro Kundaliní Yôga, páginas 70 e 126 da primeira edição, Editorial Kier: “Nenhum samádhi é possível sem kundaliní.” Ora, se a meta do Yôga, segundo Pátañjali, o codificador do Yôga Clássico, é o samádhi, praticar Yôga sem despertar a kundaliní é tão eficaz quanto ping-pong.

segunda-feira, 12 de março de 2012 | Autor:

Quais são os chakras principais

O Yôga trabalha todos os chakras, mas confere mais atenção aos principais, que se encontram ao longo do eixo vertebral. Estes têm a ver não apenas com a saúde – pois distribuem a energia para os demais centros – como ainda são responsáveis pelo fenômeno de eclosão da kundaliní e sua constelação de poderes. Há um chakra para cada segmento, a saber:

região

chakra

coccígea

múládhára

sacra

swádhisthána

lombar

manipura

dorsal

anáhata

cervical

vishuddha

craniana/frontal

ájña

craniana/coronária

sahásrara

Também ao longo da coluna vertebral, há outros chakras além destes mais importantes. São chakras secundários, embora no mesmo eixo.

O ocidental sempre quer saber o porquê das coisas, o número exato de chakras e de pétalas de cada um, a cor de cada chakra, os poderes paranormais que estão relacionados com cada um deles, quantas nádís temos no corpo etc. Isso é uma perda de tempo, uma mera curiosidade que não leva a nada, até porque muitos desses dados variam de uma pessoa para outra e variam até num mesmo indivíduo conforme a época. O que você precisa é praticar. Somente a prática vai produzir um efeito concreto de desenvolvimento dos chakras[1]. Não obstante, algum conhecimento é sempre necessário, como cultura geral. O que devemos evitar é fascinar-nos com a teoria e menosprezar a prática.

Direção em que os chakras devem girar

Os chakras podem girar para a direita (movimento dextrógiro ou horário, denominado dakshinavártêna); ou para a esquerda (movimento sinistrógiro ou anti-horário, denominado vamavártêna).

sentido

força

efeito

horário

dextrógiro

dakshinavártêna

centrífuga

irradiação

anti-horário

sinistrógiro

vamavártêna

centrípeta

captação

Seja para a direita ou para a esquerda, todos os chakras devem girar num mesmo sentido, caso contrário o sistema entra em desequilíbrio neurológico, endócrino e psíquico, abrindo as portas a enfermidades dificilmente diagnosticáveis pela medicina. Há pessoas mal informadas divulgando que cada chakra deve girar num sentido. Não devem ser ouvidas. São leigos. Um bom exemplo são as rodas de um automóvel. Se cada roda girar numa direção, ele não vai a parte alguma, mas, seguramente, vai se danificar o veículo – no caso do ser humano, seu veículo corporal. No entanto, há bastante gente com essa síndrome, causada pela mescla de diferentes filosofias, religiões, sistemas, linhas, Mestres etc. Por esse motivo surgiu uma nova profissão: o alinhador de chakras!

Quando o movimento dos chakras é intensificado produz fenômenos, já que há mais energia envolvida. Tanto faz se o sentido é dakshinavártêna ou vamavártêna.

O movimento natural é o dextrógiro, com o qual todos nascemos, exceto nos casos em que, por questões genéticas, alguns indivíduos podem ter de nascença os chakras girando para a esquerda.

As pessoas que nascem com o movimento dos chakras para a direita, ao longo da vida podem inverter o sentido dos lótus, fazendo-os girar para a esquerda ao dedicar-se a determinadas práticas espirituais, tais como as de mediunidade; ou, também, podem corrigir o sentido, fazendo-o voltar ao dextrógiro com a prática de um Yôga legítimo.

Qual dos dois sentidos é o melhor

Depende do que se deseja. Em princípio, nenhum dos dois é superior ao outro. No Yôga, o ideal, aliás, o único possível, é o sentido horário. Caso se pratique desenvolvimento mediúnico, o sentido é anti-horário.

O sentido sinistrógiro dos chakras gera força centrípeta, portanto, de captação. Assim, favorece a mediunidade, a psicografia, a incorporação etc. A razão é simples. Na mediunidade convém ser uma antena captadora de sinais. Não vamos discutir aqui se esses sinais são espíritos, estímulos do inconsciente ou ondas “hertzianas” emitidas por outrem. Seja lá o que for, isso não tem nada a ver com o Yôga.

O sentido dextrógiro dos chakras gera força centrífuga, portanto de irradiação. Dessa forma, favorece os fenômenos de paranormalidade que têm mais afinidade com o Yôga. Nele, tornamo-nos um polo irradiador de energia, refratário a fenômenos mediúnicos. Praticando Yôga, jamais seremos permeados, penetrados ou vulnerabilizados por meio algum. Isso nos preserva blindados contra qualquer tipo de comprimento de onda adverso, seja ele emitido pela natureza (forças radiestésicas) ou por outras pessoas (inveja, mentalizações, maldições, magia, vudu, macumba etc.).

É muito importante que isso fique compreendido para que o praticante de Yôga não se sinta inferiorizado exatamente pela qualidade que lhe proporciona proteção. Os espiritualistas são muito sensíveis, às vezes em excesso, e comentam que estão sentindo, vendo ou ouvindo isto e aquilo. Ora, o yôgin não sofre desse tipo de sensibilidade hiperestésica. A sensibilidade do adepto do Yôga manifesta-se de forma diferente. No entanto, se ele for desavisado, é capaz de pensar que o outro está mais desenvolvido, o que não é verdade. Pode estar é mais desequilibrado ao ficar, em qualquer circunstância, captando vibrações à revelia, que não lhe serão úteis, até muito pelo contrário. Vamos exemplificar.

Imagine que você tem um amigo espiritualista, cujos chakras manifestem movimento anti-horário. Vocês dois vão a uma casa noturna, um bar ou uma danceteria, para buscar alguém. Ao sair, aquele seu amigo declara: “Não posso ir a lugares com esse tipo de vibração… Estou passando mal. Não sentiu?”

Você que pratica Yôga não sentiu nada, pois tem os chakras girando para a direita e, portanto, está protegido. Coisa ruim você não capta. Aí, pode achar que o outro é o mais evoluído, contudo ocorre justamente o contrário.

Vejamos mais um exemplo. Você e seu amigo vão visitar alguém em cuja residência há uma senhora idosa e enferma. Quando vocês saem, ele comenta: “Não gosto de ir a locais que têm pessoas doentes. Eu sou muito sensível e pego a vibração de sofrimento do local. Preciso ir para casa tomar um banho de descarga, com sal grosso e arruda. Você não está sentindo nada?” Se já leu este livro ou fez o curso em vídeo[2], você não se deixará influenciar pela sugestão nas entrelinhas de que seja menos evoluído que o seu amigo.

Você lhe dirá, com a maior naturalidade: “Que nada. Eu pratico SwáSthya[3], tenho muita energia, saúde para dar e vender. Fiquei lá conversando com a velhinha e ela me contou casos maravilhosos da juventude. Diverti-me muito com ela e ela comigo.”

Porém, enquanto vocês dois se retiram, os parentes da senhora enferma comentam: “Já perceberam que quando vem aqui aquele moço que faz Yôga a vovó até melhora?”. Você não nota, mas, por onde anda, vai irradiando força, poder e energia; vai espargindo saúde, vitalidade, bem-estar e felicidade a todos com quantos trava contato. Esse é o efeito dos chakras estimulados pelo SwáSthya, girando em sentido dakshinavártêna.

Como saber qual é o sentido horário

Parece simples. Sentido horário (dakshinavártêna) é o sentido dos ponteiros do relógio. Até aqui, todo o mundo entendeu. O problema é que algumas pessoas interpretam que esse movimento deve ser mentalizado, tomando-se como ponto de observação o lado de dentro do corpo, mas não é assim. O movimento dos chakras é observado por quem nos olha, da mesma forma como observamos o relógio pelo mostrador e não pelo fundo.

Em sala de aula, quando peço que os alunos me mostrem, com um movimento giratório do polegar sobre o ájña chakra, para que lado devem estimular o movimento desse padma, invariavelmente uma parte da turma faz o movimento inverso! Esse engano é tão comum que, neste ponto, você deve interromper a leitura, buscar um relógio analógico que tenha ponteiro de segundos, colocá-lo diante do intercílio e olhar no espelho. O sentido em que estiver girando esse ponteiro é a direção para a qual você deverá estimular os centros de força, mediante os métodos 4 e 8 que serão mencionados no subtítulo a seguir.

Vários meios para desenvolver os chakras

Os chakras podem ser estimulados por vários recursos externos ou por um meio interno. Os ocidentais preferem os artifícios externos. A tradição milenar hindu aprecia a forma interna.

As formas externas ou artificiais são:

1. percussão;

2. fricção;

3. massageamento;

4. passe magnético[4];

5. calor;

6. mantra;

7. concentração;

8. mentalização.

Observe que mesmo a mentalização é considerada como um recurso externo ou artificial.

O meio interno é apenas um: despertar a energia ígnea da kundaliní. Ela atua como ligar a ignição de um motor, o qual coloca em movimento as rodas do veículo.

No SwáSthya Yôga, admitimos utilizar as formas externas, desde que também esteja sendo realizado um trabalho em profundidade que é o despertamento progressivo da energia interna chamada kundaliní.

Fora os recursos voluntários acima mencionados, a estimulação de chakras também pode ocorrer por acidente ou por programação genética numa determinada época da vida. Assim, o possuidor de paranormalidades não é forçosamente mais espiritualizado do que os demais. Pode até ser menos evoluído interiormente, mas ter desenvolvido os fenômenos por meio de treinamento de técnicas, ocorrência de acidente ou programação de DNA.

A ótica hindu e a interpretação ocidental

A estrutura dos chakras divide-se em três partes:

a)      a raiz ou ponto de inserção no eixo central (nádí sushumná);

b)      o caule que leva a energia da kundaliní até o respectivo chakra;

c)      e as flores (lótus), que estão situadas acima da superfície da pele.

Estas últimas são as únicas que os livros mais populares divulgam como sendo “os chakras”!

Nota sobre a ilustração da esquerda

O nosso leitor deve perceber as seguintes distinções entre a ilustração que adotamos e outras porventura semelhantes, mas não iguais: na nossa, o múládhára chakra é voltado para trás, porque essa é a sua posição real; também não representamos os nervos que partem da medula como em desenhos de outros autores e sim mostramos as nádís que partem da flor dos chakras e vão se multifurcando para vascularizar todo o organismo. Observe que na frente as flores dos chakras manipura e swádhistána ficam em posições trocadas.

Pelo fato de gostarem de desenvolver chakras, mas não desejarem mexer com a kundaliní, os ocidentais[5] costumam representar ilustrativamente os chakras deslocados, mais para a direita ou para a esquerda, mais para cima ou para baixo, conforme a localização das “flores”, a porção exterior. Constituem representações apenas dos vórtices dos chakras, cujo desenvolvimento pode originar fenômenos paranormais, mas não produzem evolução interior.

Seria o equivalente a comprar um carro, colocá-lo sobre cavaletes e girar as rodas, uma por uma, com as mãos. As rodas estariam girando, contudo, isso não serviria de nada, pois não podemos utilizar esse veículo se não ligarmos a ignição do motor. Uma estimulação de chakras sem a ignição da kundaliní, aplicando apenas recursos externos ou artificiais, seria comparável ao malabarismo de circo que consiste em colocar sete pratos girando na extremidade de varetas e ficar correndo de um para o outro a fim de mantê-los em movimento. Isso ocorre porque os ocidentais têm medo da kundaliní e preferem trabalhar os chakras, mas não mexer com o poder interno.

As representações gráficas utilizadas pelos hindus para estudar a estrutura da kundaliní e seus sete chakras principais geralmente consistem em dispô-los em linha reta sobre a nádí sushumná, porque aos Mestres indianos interessa mais o trabalho de ativação dos chakras em profundidade, mediante o despertamento da serpente ígnea para a evolução interior, ou seja, ligando a ignição do motor, a partir do que todas as rodas vão girar.[6]

As representações gráficas utilizadas pelos hindus para estudar a estrutura da kundaliní e seus sete chakras principais geralmente consistem em dispô-los em linha reta sobre a nádí sushumná



[1] Para quem deseja começar uma prática bem orientada, completa e balanceada, recomendamos o CD Prática Básica, que ensina pormenorizadamente uma quantidade de técnicas de SwáSthya Yôga, as quais podem ser acompanhadas mesmo por um iniciante.

[3] Swá significa seu próprio. Também embute o sentido de bem ou bom. Sthya transmite a ideia de estabilidade (“sthira sukham ásanam”). Por isso, um dos significados de SwáSthya é auto-suficiência (self-dependence), ou seja, dependência de si próprio, estabilidade em si mesmo; e outro significado é bem-estar (sound state).

[4] Isto não tem nenhuma relação com os passes espíritas. No caso citado neste capítulo, o passe magnético consiste em apontar o polegar para o chakra e girá-lo no sentido desejado, estimulando, dessa forma, o vórtice do chakra.

[5] Por ocidentais designo aqui a cultura judaico-cristã, pois, embora tenha se originado no Oriente Médio, floresceu na Europa e Américas.

[6] Chakras, kundaliní e poderes paranormais faz parte de uma coleção de 40 cursos gravados em vídeo/DVD que podem ser adquiridos na Universidade de Yôga. Recomendamos que os estudantes reúnam os amigos para dividir custos e compartilhar as aulas. Chamamos a isso Grupo de Estudos. Para conhecer o conteúdo dos vídeos consulte o livro Programa do Curso Básico. Nesse livro há também instruções sobre como conduzir um Grupo de Estudos. Se quiser acessar gratuitamente na internet um resumo dessas aulas, basta entrar no site www.uni-yoga.org.

domingo, 11 de março de 2012 | Autor:

Prána, a energia vital

Prána é o nome genérico que se dá a qualquer forma de energia manifestada biologicamente. Logo, calor e eletricidade são formas de prána, desde que manifestadas por um ser vivo. Após os mantras e as palmas que os acompanham ocorre uma intensa irradiação de prána pelas palmas das mãos e podemos aplicá-las sobre um chakra que queiramos desenvolver, sobre uma articulação que desejemos melhorar ou sobre um órgão que precise de algum reforço de vitalidade ou regeneração.

Prána, no sentido genérico, é uma síntese de energia de origem solar e que encontra-se em toda parte: no ar, na água, nos alimentos, nos organismos vivos. Assim, nossas fontes de reabastecimento pránico são o Sol, o ar que respiramos, o ar livre tocando nosso corpo, a água que bebemos, os alimentos que ingerimos. Podemos aumentar ou reduzir a quantidade de prána dos alimentos. O cozimento, por exemplo, reduz o prána[1]. Já a pranificação trocando a água várias vezes de um copo para o outro pode enriquecê-la de energia vital.

O prána pode ser visto e fotografado. Para vê-lo a olho nu, basta dirigir o olhar para o céu azul num dia de sol. Divise o infinito azul do céu. Pouco a pouco, começará a perceber miríades de pontos luminosos, extremamente dinâmicos, que realizam trajetórias curvas e sinuosas, com grande velocidade e brilho. Não confunda isso com fenômenos óticos, os quais também ocorrem, mas não guardam semelhança alguma com a percepção do prána. Quanto a fotografá-lo, a kirliangrafia já vem sendo estudada há quase meio século e conta com um acervo bastante eloquente.

Prána (genérico) divide-se em cinco pránas específicos:

 

prána

– localizado no peito

apána

– localizado no ânus

samána

– localizado na região gástrica

udána

– localizado na garganta

vyána

– localizado no corpo todo

Os mais importantes são prána e apána, pelo fato de terem polaridades opostas. Prána é positivo e apána é negativo. Dessa forma, quando conseguimos fazer com que se encontrem, (por exemplo, levantando apána por meio do múla bandha) os dois polos opostos resultam numa faísca que é o início do despertamento da kundaliní[2].

Além dos pránas, há também o conhecimento dos sub-pránas que exercem funções muito particulares, tais como o piscar dos olhos, o bocejo e outros. Esses sub-pránas denominam-se krikára, kúrma etc.

Ilustração das bifurcações das nádís e a formação dos redemoinhos que são pequenos chakras secundários os quais regulam a energia que será distribuída para os órgãos, plexos e glândulas. Esses chakras secundários são chamados de “pontos” pela acupuntura, pelo shiatsu e pelo do-in.

Podemos influenciar a quantidade de prána que flui pelos respectivos canais, atuando sobre os chakras principais e sobre os secundários. Os principais, na verdade, controlam toda a malha de chakras secundários, regulando-os. No entanto, podemos proceder a uma sintonia fina, estimulando ou sedando os chakras secundários, que são mais ligados às funções dos órgãos físicos. Nisto, a acupuntura, o shiatsu, a mosha e o do-in são muito eficientes.



[1] Consulte o capítulo Alimentação Vegetariana: chega de abobrinha!.

[2] Sobre a importância de respeitar o gênero feminino do termo kundaliní, daremos mais elementos no sub-título A kundaliní é feminina, no final deste capítulo.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011 | Autor:

Namastê, é uma saudação laica e leiga; quer dizer apenas algo como “bom dia”, “boa tarde” ou “boa noite” para quem chega e para quem parte. Consulte http://www.sanskrit-lexicon.uni-koeln.de/mwquery/

Um forte abraço.

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Fui pesquisar para entender mais como estas palavras foram ïntroduzidas nesta cultura moderna do jeito que eu lhe escrevi e achei isto, no Wikipedia:

As it is most commonly used, namaste is roughly equivalent to “greetings” or “good day,” in English, implicitly with the connotation “to be well”. As against shaking hands, kissing or embracing each other in other cultures, namaste is a non-contact form of respectful greeting and can be used universally while meeting a person of different gender, age or social status.

Namaskār (Devnagari/Hindi: नमस्कार) literally means “I bow to [your] form”.

“The spirit in me respects the spirit in you,” “the divinity in me bows to the divinity in you,” and others, are relatively modern interpretations, based on literal translations of the Sanskrit root of namaste.[citation needed] They are usually associated with western Yoga and New Age movements.

[O negrito e sublinhado é nosso para chamar a atenção ao fato de que essa interpretação é fantasiosa, inventada pelo Yôga ocidental e saladas mistas New Age.]

Ou seja, esta interpretaçao “mais moderna” deve ter uma distorção de quem quis dar um sentido mais “esotérico” a um cumprimento milenar….

 

Cheguei hoje do Rio e tive a satisfaçao de receber seu Pocket Zen Noção, o qual já devorei e gostei bastante. O capitulo que discorre sobre como o mundo trata seus luminares me deixou irriquieto E sorridente, pois é fato que a mediocridade impera E sinto-me como um peixe fora da água em várias de minhas atitudes e pensamentos…

Bom, fiquei feliz com nosso encontro e as possibildiades que se abriram. Estou com a agenda bastante tumultuada, pois estas viagens me quebram o ritmo, mas sei que em breve estaremos juntos para conversar, pois assim o desejo e o convite já houve.

Boa noite!

Daniel Heuri

terça-feira, 29 de junho de 2010 | Autor:

Viajando por várias cidades, verifiquei que muita gente não sabe que já foram publicados os pocket books O Código de Ética do Yôga, A Medalha com o ÔM e Yôga tem acento, livretos fundamentais para o esclarecimento dos nossos alunos e também do público em geral. O formato pocket tem a vantagem de que o interessado pode guardar o livro no bolso ou na bolsa e consegue ler todo o conteúdo em uma só sentada, enquanto faz uma viagem de metrô, enquanto espera pelo dentista ou em um intervalo de aula. São livrinhos baratos para estimular nossos alunos e simpatizantes a dar vários exemplares de presente aos seus familiares, aos seus colegas de trabalho e de faculdade, bem como àqueles que estão mal informados a respeito do nosso trabalho. Isso é muito importante para esclarecimento da população. Se cada aluno nosso der alguns livrinhos de presente, poderemos contar com muitos milhares de pessoas esclarecidas.

Constate, pelos títulos abaixo, que nós não deixamos de ensinar Yôga. Simplesmente, passamos a ensinar um Método que extrapola os limites técnicos dessa filosofia hindu e incorpora conceitos comportamentais que devem ser inseridos na vida real do praticante fora da sala de aula: na sua profissão, no seu esporte, na sua família, na sua relação afetiva etc.

Já publicados

1. O Código de Ética do Yôga: um livreto que ensina e comenta as normas éticas e comportamentais que devem ser observadas pelos praticantes e duas vezes mais pelos instrutores dessa filosofia.

2.Tudo o que você nunca quis saber sobre Yôga: O título bem humorado sugere a leveza da leitura. Estruturado em perguntas e respostas, esclarecendo o que é o Yôga, para que serve, qual a sua pronúncia correta, qual sua origem, qual a proposta original, quando surgiu, onde surgiu, a quem se destina? Yôga será uma espécie de ginástica, terapia, religião, dança, luta, arranjo floral? Tudo sobre Yôga ensina como é que se escolhe um bom livro, como estudar de forma a aproveitar melhor a leitura.

3. Prática Básica de Yôga (para iniciantes): O leitor vai encontrar neste livro 84 técnicas, entre respiratórios, procedimentos corporais, relaxamento, meditação, mantra etc., tudo já montado na forma de uma aula completa e equilibrada. A prática é muito fácil de ser seguida por iniciantes sem nenhuma experiência, desde que estejam com a saúde perfeita. Várias ilustrações auxiliam o praticante para a compreensão da técnica descrita. Existe também o CD de áudio e o DVD desta aula.

4. Yôga a sério: Esclarecimentos de ordem teórica, prática, ética, filosófica e pedagógica sobre o Yôga Antigo. Este livro discorre sobre a verdadeira proposta de um trabalho de Yôga com seriedade, fornecendo dados inestimáveis para proteger o consumidor que fica desorientado com tantas informações contraditórias a respeito desta modalidade. Proporciona também esclarecimentos sobre várias técnicas e diversos outros tipos de Yôga (Ásana Yôga, Rája Yôga, Bhakti Yôga, Karma Yôga, Jñána Yôga, Layá Yôga, Mantra Yôga, Tantra Yôga, Kundaliní Yôga, Siddha Yôga, Hatha Yôga e outros).

5. Yôga tem acento: Documentação que prova a existência do acento na palavra Yôga em seu original sânscrito, desde sua escrita original em alfabeto dêvanágarí.

6. A Medalha com o ÔM – o mantra mais poderoso do mundo: Explicações sobre o ÔM e a medalha, sua utilização, histórico, escrita sânscrita, exercício e outros ensinamentos.

7. O Método DeRose: Esclarecimentos e fundamentação da Nossa Cultura, uma proposta de estilo de vida com ênfase em boa qualidade de vida, boas maneiras, boas relações humanas, boa cultura, boa alimentação e boa forma. No setor das técnicas, algumas das nossas ferramentas são a reeducação respiratória, a administração do stress. Tudo isso, em última instância, visando à expansão da lucidez e ao autoconhecimento.

8. Meu nome é Jaya – sou uma weimaraner vegetariana: Trata-se de uma publicação muito doce, super meiga, com muitas fotos da Jaya a quatro cores, saltando, correndo, brincando, abraçando um gatinho e dormindo abraçada com outro cão. O pocket apresenta textos capazes de emocionar o coração mais insensível. Talvez você deixe escapar uma lágrima ou outra.

Brevemente:

9. Zen noção: Quem pratica Yôga não é “zen”. Este livro informa e esclarece o leitor e tem a proposta de demolir preconceitos, pois eles são sempre fruto da ignorância.

10. A Síntese do SwáSthya Yôga: Este pocket book é um resumo do Tratado de Yôga, a obra mais completa já publicada sobre o tema. Neste pequeno livro o autor conseguiu concentrar a quintessência do SwáSthya.

11. Meditação: Uma profunda dissertação sobre a teoria e a prática da meditação segundo conhecimentos ancestrais e iniciáticos.

Para o futuro:

12. Manual de Civilidade: Normas de boa educação, boas maneiras e política de boa vizinhança.

Seja um amigo diferente: dê livrinhos de presente!

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Este post lembrou-me de um fato ocorrido em 2004, quando conheci o Método DeRose. Quem indicou foi minha mãe, que nunca havia praticado, porém havia lido sobre o assunto, reconhecido a seriedade e entendido o “algo mais completo” que eu tanto buscava em relação a profissão, qualidade de vida, etc. Sendo apaixonada por livros, o que me conquistou “a primeira vista” no dia em que visitei uma Unidade do Método em Curitiba, foi a entrega especial (digo especial, pois fui contemplada com simpatia e sorrisos sinceros) do livreto “Tudo o que você nunca quis saber sobre Yôga e jamais teve a intenção de perguntar”. Fui para casa realizada e dizendo: – Nossa, eles até me deram um livro! Mãe! Ganhei um livro!!!
A sensação a “segunda vista” após a leitura foi indescritível. Como é bom quando nos identificamos com propostas saudáveis!

Hoje, nas viagens mensais que faço a Curitiba para participar do módulo filosófico, sempre trago comigo um livreto diferente e presenteio algum amigo ou familiar! As pessas que recebem sempre agradecem com ar de felicidade e até mesmo aqueles que não são fãs de leitura apreciam o conteúdo por ser breve, esclarecedor e de fácil compreensão.

Eu amo todos vocês!
Beijos!

Lu

Unidade Centro Cívico – Curitiba – PR
http://www.derosecentrocivico.org/

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