domingo, 19 de junho de 2011 | Autor:

Tenho notado que aquilo que o aluno ou instrutor vê em sua unidade não somos nós. Na maior parte das escolas, o ritmo é mais lento, a quantidade de atividades culturais é bem menor, os conceitos são pouco explorados, formam-se poucos instrutores, inauguram-se parcas escolas.

Verifico, ao conversar com os instrutores e com os alunos de outras cidades, que em muitas unidades o que eles professam é uma interpretação simplificada da nossa proposta. O problema disso é que recentemente uma instrutora me confidenciou que queria sair da rede porque sentia que ela estava estagnada! Bem, essa colega certamente não recebia os informativos, não lia o blog, não participava da profusão de cursos e eventos para aprimoramento dos instrutores. Nossa velocidade é tão vertiginosa que muitos instrutores não conseguem nos acompanhar! Nos meus cursos, noto que a maioria continua utilizando recursos, ensinando princípios ou aplicando nomenclatura que nós já superamos várias vezes. E há muitos anos!

As insígnias são uma demonstração desse delay, dessa defasagem. As mais antigas são redondas. Depois dessas, adotamos as que tinham a legenda com a nossa marca embaixo. Depois dessas, adotamos as que têm a coroa de louros. Atualmente, os distintivos de cargos (de Diretor e de Presidente de Federação) possuem um majestoso resplendor por trás da insígnia. No entanto, ainda encontramos instrutores, Diretores e Presidentes de Federação com a insígnia mais antiga, redonda, que foi substituída há uns cinco anos. Isso é apenas um sinal da resistência às mudanças e da inércia (tamas) que impede várias escolas de nos acompanhar no ritmo DeRose.

Não se justifica declarar que é porque você está noutra cidade ou noutro país, já que todos os instrutores recebem os informativos, têm acesso ao blog e às webclasses em tempo real.

Durante dez anos solicitei que todas as escolas e mesmo instrutores tivessem seu site ou pelo menos uma home page.  Até hoje, por incrível que pareça, muitas escolas e federações não têm site. A maioria dos instrutores não entra no nosso blog e fica desatualizada. Imagine os alunos! Eles nem sequer assistem as nossas aulas transmitidas pela internet nas terças-feiras!

Assim…

o que você vivencia na sua unidade não somos nós.

É preciso que as unidades nos acompanhem, pois fica constrangedor tirar alguém para dançar, dar dez passos de dança, fazer um giro e notar que o parceiro não se moveu de onde estava.

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Hola Maestro,
Leyendo “O que você presencia na sua unidade não somos nós” me quede feliz de saber que practico en una unidade que “sim somos nós” , la Sede Historica Copacabana, hace parte de esas unidades que seguimos tus pasitos y pasotes, el intercambio que tenemos entre las unidades aqui es “padrisimo” (mexicanismo que quiere decir buenisimo) durante la semana comentamos acerca de tus cometarios en el blog, organisamos salidas al cine, al restaurante, participamos de las fiestitas de cumpleaños de los colegas, unos a otros nos incentivamos a participar mas y mas, por ejemplo para le festival de São Paulo, etc etc.

Aunque ciertamente, siempre se puede hacer mejor, creo que nuestra unidad va por le buen camino, por lo menos asi lo siento yo, la unidad de Copacabana se volvio para mi una segunda casa en la cual me siento muy agusto. Y por cierto acabo de recibir mi nueva insignia de yogini y es de las actualizadas y estoy muy orgullosa de hacer parte de esta tu egregora, de mi instructora Melina Flores y de todo lo que vivo desde hace un año con todos ustedes.
Nos vemos al ratito, en el lanzamiento de tu libro, estoy feliz de conocer a Jaya personalmente, que pena que no haya espacio para llevar a mi Pancho, :-) te quiero Maestro un besototote.

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Madrisimo, Marga! Un besototote a Pancho.

 

segunda-feira, 25 de outubro de 2010 | Autor:

Desde 1980, quando eu próprio tive moto, venho alertando para o perigo de usar esse tipo de veículo. Vi a morte de perto várias vezes e só não morri porque me desfiz da moto antes que ocorresse a tragédia. A vez mais patética em que quase morri foi um dia em que vinha transitando em velocidade de cruzeiro e senti uma ferroada lancinante no meio das costas. O susto e a dor quase me fizeram perder o controle da moto e ir contra os outros veículos que vinham em sentido oposto. Somadas as velocidades da minha moto e do outro automóvel, teria sido um choque de  quase duzentos quilômetros por hora. Não sobraria nada do DeRose para contar a história do Yôga Pré-Clássico. Nenhum dos livros mais importantes teria sido escrito. Você não estaria praticando o Método. Nenhum dos instrutores atuais teria se formado. Encostei a moto às pressas, tirei o capacete, tirei as luvas, tirei a jaqueta de couro, tirei a camisa e a Eliane Lobato, que vinha no carro atrás de mim, foi ver o que tinha ocorrido. Uma vespa havia entrado por baixo da “armadura” e foi me picar logo na parte mais inacessível. Eu teria partido para o Oriente Eterno pela razão mais estúpida.

Fiquei com a moto por um ano no Rio de Janeiro e um ano em São Paulo. Inevitavelmente, fiz amizade com vários outros amantes das duas rodas. Quase toda semana, recebia a notícia de que outro motociclista conhecido havia morrido. Cada vez que comigo ocorria um quase, eu parava para repensar as vantagens e desvantagens da moto. Até que um dia fui fazer umas fotos para ilustrar a reportagem de uma revista. Chegando ao estúdio de capacete debaixo do braço, o fotógrafo me perguntou: “Você é motociclista? Deixe eu te mostrar umas fotos.” E passou a me mostrar as imagens de um grupo que saíra para um passeio de moto do qual o fotógrafo participara. “Veja este casal. Não são lindos os dois?” Realmente, eram dois espécimens de se admirar. “Veja agora esta foto.” Lá estavam os dois estendidos no asfalto, ensanguentados, mortos. Com capacete e tudo.

Nesse dia, parei. Desde então, tenho alertado a todos a respeito da insanidade que é andar em um veículo cujo parachoque é o condutor. Mas não tenho sido escutado, porque o apelo da moto sobre a mente humana é muito sedutor. Agora é norma para os instrutores. Moto está repudiada pelo Método, categoricamente, definitivamente.