quarta-feira, 23 de janeiro de 2013 | Autor:

Juramento do Método DeRose

 

Como praticante do Método DeRose, juro e prometo, pela minha honra e pela minha vida, dedicar todos os meus esforços para tornar-me uma pessoa melhor: um melhor filho, melhor irmão, melhor cônjuge, melhor amigo, melhor cidadão.

Como praticante do Método DeRose, juro e prometo não fazer uso de substâncias intoxicantes, que gerem dependência ou que alterem o estado da consciência, mesmo que tais substâncias sejam naturais, ainda que sejam legais.

Como praticante do Método DeRose, juro e prometo reeducar meus impulsos emocionais, sublimar as emoções e contornar eventuais conflitos, aprimorando assim minhas boas relações humanas no trabalho, nas amizades e na família.

Como praticante do Método DeRose, juro e prometo propugnar pela justiça e pela verdade. Ao ouvir uma acusação ou difamação, juro e prometo advogar em defesa do acusado, seja ele quem for, indefeso por ausência.

Como praticante do Método DeRose, juro e prometo trabalhar com dedicação e afinco, sem esmorecimento, pelo bem-estar, segurança e prosperidade minha e daqueles que dependerem de mim, daqueles que trabalharem comigo e, por extensão, de toda a sociedade.

Como praticante do Método DeRose, juro e prometo ser honesto no meu trabalho e em todas as minhas atitudes, desde as mais insignificantes do dia-a-dia, professando em tudo a seriedade superlativa e uma obstinada honestidade.

Como praticante do Método DeRose, juro e prometo auxiliar os necessitados, propondo ações efetivas que possam melhorar as condições de vida dos meus semelhantes.

Como praticante do Método DeRose, juro e prometo ser leal, apoiar e ajudar os meus companheiros do Método em tudo o que for possível, empenhando-me diligentemente.

Como praticante do Método DeRose, neste ato solene, proclamo o meu compromisso de honrar com amor e dedicação todos os princípios que caracterizam a Nossa Cultura, consubstanciando o valor de cada palavra aqui proferida.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013 | Autor:

Uma conversa franca

 

Também sou pai e compreendo a sua preocupação no que diz respeito ao futuro do seu filho ou filha. Por esse motivo, escrevi este artigo, para tentar esclarecer as principais apreensões daqueles cujos filhos decidiram ser livres empreendedores. Desempenho esta profissão há mais de 50 anos, portanto, ninguém melhor do que eu para discorrer sobre as vantagens e desvantagens do métier.

Gostaria que você encarasse este texto como uma conversa franca e aberta sobre os riscos e compensações decorrentes daquela decisão, bem como um aconselhamento a pais e filhos sobre como enfrentar tal empreitada.

A partir da leitura deste texto estarei à disposição para complementar algum esclarecimento que se mostre necessário.

Espero que este texto ajude tanto no aspecto informativo quanto no afetivo, pois é disso que a garotada mais necessita. Frequentemente, é pela falta desses dois fatores que muitos jovens acabam se envolvendo com drogas, com amizades perniciosas ou com seitas aliciantes.

Quero que conte comigo como um aliado no compromisso de buscar o melhor para o seu filho ou filha. Coloco meu aconselhamento à sua disposição, já que comemorei mais de meio século de ensino e durante essas décadas conduzi muita gente ao sucesso profissional.

Questões sobre a profissão

1. Meu filho estava cursando engenharia e resolveu ser empreendedor do Método DeRose. O que devo fazer?

Em primeiro lugar, não creio que você deva se preocupar com isso logo de início. Pode tratar-se apenas de um impulso momentâneo. Também fomos jovens e sabemos que mudar de idéia é um privilégio da juventude. Se os mais velhos desapoiarem a aspiração do jovem, ele fincará pé e levará sua decisão até os limites, só para contrariar. Eu fui assim, você também foi. Basta dizer não para gerar uma defensiva e conflagrar uma guerra. O melhor a fazer é dar um tempo.

2. E se ele persistir na idéia?

Nesse caso, não há nada que uma boa conversa não resolva. Pais e filhos precisam conversar. Pre­cisam ser amigos. É necessário que confiem um no outro. Converse com ele para verificar por que tomou essa decisão. Se tiver sido uma decisão madura, fruto de uma vocação autêntica, então cabe a nós, os mais velhos, prestar aconselha­mento e apoio.

3. Mas eu quero que ele se forme em engenharia, medicina ou direito.

Nada contra essas profissões, contudo não podemos deixar de levar em consideração que a realização pessoal do seu filho vale mais do que a satisfação das nossas conveniências. Se ele estudar o que o pai deseja, só por obediência, certamente tornar-se-á uma pessoa frustrada. Nenhum pai deseja isso para o seu filho.

4. É que as carreiras tradicionais têm status e contam com o respeito da sociedade.

Sem dúvida. Mas também custam muito mais caro para obter a formação e depois a probabilidade é que a maioria fique desempregada porque o mercado de trabalho já está saturado há mais de duas décadas. Grande parte dos nossos alunos é constituída por engenheiros, advogados, arquitetos, psicólogos e até médicos que formaram-se mas não conseguiram ou não quiseram trabalhar em suas respectivas áreas. Quanto ao status, na nossa profissão, o jovem vai ensinar aos engenheiros, médicos, advogados, arquitetos, psicólogos, empresários, executivos, intelectuais, políticos e artistas. Vai ser tratado com reverência e admiração. Poderá dar cursos em Universidades. Poderá viajar pelo país todo e por outros países. Certamente, dará entrevistas para jornais e televisão. Provavelmente, vai escrever livros. Não há sombra de dúvida de que se pode conquistar o respeito da comunidade sendo empreendedor do Método DeRose.

5. Precisamos pensar no futuro. É preciso estudar e ter um certificado…

Certificado ele vai ter, expedido por uma Universidade Federal, Estadual, Católica ou outra particular, à sua escolha. Pela estrutura que oferecemos, provavelmente, vai conseguir qualificação em mais de uma Universidade no Brasil e com possibilidade de, mais tarde, receber outra na Europa.

6. E quanto ao nível sócio-econômico?

Se você visitar as escolas certificadas pelo Diretório Central do Método DeRose vai constatar que muitos dos seus Diretores tornaram-se empresários bem cedo e possuem instalações de excelente nível. Vai verificar que eles trabalham com um público classe A. Consultando esses instrutores, poderá tranquilizar-se com relação às oportunidades que a nossa profissão proporciona.

7. Qual é a viabilidade econômica que a carreira proporciona?

A viabilidade é grande e é um fato. Considere que cada cliente do seu filho pagar-lhe-á mensalmente aquilo que ele estiver pagando hoje para formar-se. Se ele tiver 50 alunos, o retorno mensal será de 50 vezes o investimento. Investimento esse que vai ser feito por alguns anos, mas o retorno será para a vida toda. A relação custo/benefício entre o investimento na formação profissional e a arrecadação durante a carreira é a melhor do mercado de trabalho.

O retorno é rápido e expressivo. No entanto, sejamos honestos, tudo depende da vocação, talento e esforço próprio do profissional. Se ele não se esforçar, ninguém poderá fazer milagre por ele. E isso vale para qualquer profissão.

Seu filho poderá, ainda, criar um produto e fornecê-lo a toda a Rede, que é bem grande. Temos hoje centenas de entidades filiadas no Brasil, Argentina, Chile, Portugal, Itália, Espanha, França, Inglaterra, Escócia e Estados Unidos (incluindo o Havaí).

8. Há casos concretos da viabilidade econômica da profissão?

Sim. Vários empreendedores já conseguiram comprar suas sedes próprias. Podemos citar como exemplo os seguintes profissionais que adquiriram suas casas próprias: Dora Santos (São Bernardo, SP); Miriam Rodeguer (Rio Claro, SP); Antônio Ferreira (Salvador, BA); Clélio Berti (Campinas, SP); Maria Cruz (Belém, PA); Carla Mader (Itu, SP); Fabiano Gomes (Porto Alegre, RS); Fábio Euksuzian (São Paulo, SP); Naiana Alberti (Porto Alegre, RS), Solange Macagnan (Cruz Alta, RS); Rosa Espinosa (Porto Alegre, RS); Edgardo Caramella (Buenos Aires, Argentina); e outros.

9. Em quanto tempo meu filho começará a ganhar dinheiro?

Cursando uma faculdade comum, levaria, no mínimo quatro a oito anos, com uma possibilidade real de não conseguir colocação. Na nossa formação, seu filho já poderá ingressar no mercado de trabalho após o primeiro ano de estudos, como assistente monitorado. Dessa forma, o próprio estudo começará a se pagar a si mesmo.

10. Como está o mercado de trabalho na área do Método DeRose?

A nossa é uma profissão em ascensão. O mercado está ávido por profissionais e os absorve imediatamente. A previsão é a de que continue assim por muito tempo.

11. Qual é a possibilidade de que meu filho firme contrato com alguma entidade filiada ao Diretório Central do Método DeRose?

A probabilidade é de noventa por cento, pois estamos crescendo muito e a procura do público por profissionais da nossa área está aumentando. O mais importante é que ele não será contratado como empregado e que entrará na instituição com participação nos lucros.

12. E se nenhuma empresa filiada ao grupo o convidar ou se ele não quiser trabalhar na rede de credenciados?

Nesse caso, poderá dar aulas, cursos e workshops em empresas, clubes, academias ou montar o seu próprio estabelecimento.

13. Qual é o investimento para montar a sua própria empresa?

O investimento é muito pequeno, pois não precisamos imobilizar capital em máquinas e equipamentos, como seria o caso de uma academia ou de uma clínica. Não precisamos pagar a manutenção desses equipamentos e sua substituição de tempos em tempos. Não sendo uma loja do comércio, também não precisamos preocupar-nos com estoques de mercadorias (geralmente perecíveis). Não temos empregados e não incide praticamente nenhum imposto sobre o nosso trabalho.

Recomendamos que, sempre que possível, o maior investimento seja na compra do imóvel em que vai instalar sua empresa. Na nossa área essa imobilização de capital só trás vantagens e segurança. Segurança de poder investir nas instalações e no ponto sem se preocupar em ter que sair do imóvel caso o proprietário o pedisse de volta. Segurança caso o empreendedor do Método DeRose mude de ideia e queira trabalhar com outra coisa, pois sempre restaria o investimento imobiliário.

14. Eu quero que ele, primeiro, forme-se em Engenharia, Direito ou Medicina. Depois, se quiser, pode se formar no Método DeRose.

Faria sentido que ele gastasse tanto dinheiro, tempo e sacrifício para formar-se em Odontologia ou Arquitetura e depois fosse trabalhar com Publicidade ou Informática? Para que jogar fora todo esse dinheiro e juventude se não vai exercer a profissão? Claro que se isso tornar a vida do seu filho mais feliz, depois da sua formação profissional nós o receberemos de braços abertos.

15. Mas o que é o Método DeRose, afinal?

O Método DeRose é uma proposta de qualidade de vida, boas maneiras, boas relações humanas, boa cultura, boa alimentação e boa forma. Algu­mas das nossas ferramentas são a reeducação res­piratória, a administração do stress, as técnicas orgânicas que melhoram o tônus muscular e a fle­xibilidade, procedimentos para o aprimoramento da descontração emocional e da concentração mental.

16. A questão é que não sei quem são vocês.

Somos uma marca séria que está no mercado desde 1960. Temos profissionais muito bem preparados em cursos de extensão universitária nas Universidades Federais, Estaduais e Católicas de vários estados do Brasil e em universidades de outros países. Nossa história está documentada no livro “Quando é Preciso Ser Forte”, 42ª edição.

17. E quais são os seus hábitos de vida?

Nossos alunos e profissionais aprendem a valorizar a saúde, a higiene e as boas maneiras, de forma que não fumam, não ingerem bebidas alcoólicas e não usam drogas. Aliás, somos o único segmento cultural em que você pode ter a certeza de que o seu filho não travará contato com drogas!

18. Com que público meu filho lidará?

Nossos clientes são das classes A e B, a maioria entre 18 e 50 anos de idade. São pessoas cultas, educadas e saudáveis. A maior procura é por profissionais liberais, executivos, empresários, intelectuais, artistas, universitários e atletas de alta performance. É um público bem mais seleto do que a clientela da maior parte das profissões.


Questões sugeridas e respondidas pelos nossos alunos

 

– Se o trabalho de vocês não é comercial, como é que o DeRose tem tantas escolas?

O DeRose só tem uma escola, situada na Alameda Jaú no. 2000, em São Paulo. Mesmo assim, está arrendada para a Engenheira Fernanda Neis.

– Como assim? Não são centenas de escolas e associações filiadas? Para todo o lado que eu vá encontro um estabelecimento com o nome dele, no Brasil e noutros países.

As entidades são todas autônomas e cada qual tem o seu diretor, presidente ou proprietário.

– É uma franquia?

Não, não é uma franquia. Quem afirmar isso não está bem informado.

– Mas levam todas o nome dele.

O fato de o nome DeRose aparecer, é como a rede mundial de escolas Montessori. São milhares. Nem por isso são filiais ou franquias da professora Maria Montessori.

– Então, o que são as entidades que levam o nome DeRose?

Levam o nome DeRose as entidades (escolas, núcleos, associações, espaços culturais, federações) que utilizam o Método DeRose.

 

Se desejar mais esclarecimentos

 

Desejando mais esclarecimentos sobre a nossa instituição, queira consultar o nosso site e blog:

www.MetodoDeRose.org

www.MetodoDeRose.org/blog

domingo, 30 de setembro de 2012 | Autor:


Como praticante do Método DeRose, juro e prometo, pela minha honra e pela minha vida, dedicar todos os meus esforços para tornar-me uma pessoa melhor: um melhor filho, melhor irmão, melhor cônjuge, melhor amigo, melhor cidadão.

Como praticante do Método DeRose, juro e prometo não fazer uso de substâncias intoxicantes, que gerem dependência ou que alterem o estado da consciência, mesmo que tais substâncias sejam naturais, ainda que sejam legais.

Como praticante do Método DeRose, juro e prometo reeducar meus impulsos emocionais, sublimar as emoções e contornar eventuais conflitos, aprimorando assim minhas boas relações humanas no trabalho, nas amizades e na família.

Como praticante do Método DeRose, juro e prometo propugnar pela justiça e pela verdade. Ao ouvir uma acusação ou difamação, juro e prometo advogar em defesa do acusado, seja ele quem for, indefeso por ausência.

Como praticante do Método DeRose, juro e prometo trabalhar com dedicação e afinco, sem esmorecimento, pelo bem-estar, segurança e prosperidade minha e daqueles que dependerem de mim, daqueles que trabalharem comigo e, por extensão, de toda a sociedade.

Como praticante do Método DeRose, juro e prometo ser honesto no meu trabalho e em todas as minhas atitudes, desde as mais insignificantes do dia-a-dia, professando em tudo a seriedade superlativa e uma obstinada honestidade.

Como praticante do Método DeRose, juro e prometo auxiliar os necessitados, propondo ações efetivas que possam melhorar as condições de vida dos meus semelhantes.

Como praticante do Método DeRose, juro e prometo ser leal, apoiar e ajudar os meus companheiros do Método em tudo o que for possível, empenhando-me diligentemente.

Como praticante do Método DeRose, neste ato solene, proclamo o meu compromisso de honrar com amor e dedicação todos os princípios que caracterizam a Nossa Cultura, consubstanciando o valor de cada palavra aqui proferida.

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Translation by John Chisenhall:

As a DeRose Method practitioner, I swear and promise on my honor and on my life to devote all my efforts to make myself a better person: a better son, better brother, better spouse, better friend, and better citizen.As a DeRose Method practitioner, I swear and promise not to use intoxicants that lead to dependency or alter the state of consciousness, even if such substances are natural or legal.

As a DeRose Method practitioner, I swear and promise reeducate my emotional impulses, sublimate the emotions and circumvent possible conflicts, thereby improving my relationships at work, with friends and family.

As a DeRose Method practitioner, I swear and promise to be an advocate for justice and truth. Upon hearing an accusation or slander, I swear and promise to defend the accused, whoever they may be, who are defenseless as a result of their absence.

As a DeRose Method practitioner, I swear and promise to work hard with dedication and without becoming discouraged, for my welfare, security and prosperity and for that of those who depend on me, those who work with me and, by extension, all of society.

As a DeRose Method practitioner, I swear and promise to be honest in my work and all of my attitudes, from the most trivial to the most important tasks, with superlative professionalism and stubborn honesty.

As a DeRose Method practitioner, I swear and promise to assist the needy, proposing effective actions that can improve the lives of my neighbors.

As a DeRose Method practitioner, I swear and promise to be loyal, striving diligently to support and help my fellow Method in every way possible.

As a DeRose Method practitioner, I hereby and solemnly declare my commitment to honor with love and dedication all of the principles that characterize our culture, evidencing the value of every word uttered here.

domingo, 18 de março de 2012 | Autor:

Primeiro Projeto de Lei proposto pelo Prof. DeRose em 1978.
Novo Projeto de lei proposto por nós em 1999.

Em 1999 elaborei um novo anteprojeto que fosse suficientemente simples para que todos pudessem compreender, e pequeno o bastante para que não houvesse a possibilidade de os interessados se engalfinharem numa disputa infértil. O texto que propus tinha apenas dois artigos:

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quinta-feira, 15 de março de 2012 | Autor:
ESTOU FORA DO MOVIMENTO PELA REGULAMENTAÇÃO

Em 2002, numa grande assembléia realizada em Curitiba que reuniu centenas de instrutores do Yôga e da Yóga, declarei, publicamente, que a partir daquele momento eu estaria fora de qualquer participação direta pela regulamentação da profissão de instrutor de Yôga/Yóga.

A intenção ao me retirar voluntariamente do processo de moralização da profissão foi demonstrar que ele não depende de mim como meus opositores supunham.

Noventa e nove por cento dos instrutores de Yôga são honestos e querem pôr ordem no métier. Tanto isso é verdade que desde 2002 eu fiquei apartado do movimento, recusei dar entrevistas sobre o tema, não escrevi mais nada a respeito e, apesar disso, o processo pela regulamentação continuou andando e contou com progressos notáveis. Hoje, limito-me a dar aconselhamento a quem me pedir.

Ao reafirmar que estou fora e que não pretendo participar de nenhum movimento pela regulamentação da profissão, estou também informando aos ilustres ensinantes da Yóga que costumam me assestar seus mais elevados sentimentos, que procurem outros alvos, pois estarão perdendo tempo se continuarem a me obsequiar com as suas atenções.

terça-feira, 5 de outubro de 2010 | Autor:

Oi Mestre!
Estudo o Método em Brasília, na Unidade Asa Norte. Sou aluno do Suassuna.
Transcrevo abaixo o tópico intitulado “Cultura Patriarcal” do capítulo “Conversações Matrísticas e Patriarcais” do livro de Humberto Maturana e Gerda Verden-Zöller (1993): “Amor y Juego: Fundamentos Olvidados de lo Humano – Desde el patriarcado a la democracia”, traduzido e publicado no Brasil como “Amar e Brincar: fundamentos esquecidos do humano – Do patriarcado à democracia” (São Paulo: Palas Athena, 2004).

CULTURA PATRIARCAL

Os aspectos puramente patriarcais da maneira de viver da cultura patriarcal européia – à qual pertence grande parte da humanidade moderna, e que doravante chamarei de cultura patriarcal – constituem uma rede fechada de conversações. Esta se caracteriza pelas coordenações de ações e emoções que fazem de nossa vida cotidiana um modo de coexistência que valoriza a guerra, a competição, a luta, as hierarquias, a autoridade, o poder, a procriação, o crescimento, a apropriação de recursos e a justificação racional do controle e da dominação dos outros por meio da apropriação da verdade.
Assim, em nossa cultura patriarcal falamos de lutar contra a pobreza e o abuso, quando queremos corrigir o que chamamos de injustiças sociais; ou de combater a contaminação, quando falamos de limpar o meio ambiente; ou de enfrentar a agressão da natureza, quando nos encontramos diante de um fenômeno natural que constitui para nós um desastre; enfim, vivemos como se todos os nossos atos requeressem o uso da força, e como se cada ocasião para agir fosse um desafio.
Em nossa cultura patriarcal, vivemos na desconfiança e buscamos certezas em relação ao controle do mundo natural, dos outros seres humanos e de nós mesmos. Falamos continuamente em controlar nossa conduta e emoções. E fazemos muitas coisas para dominar a natureza ou o comportamento dos outros, com a intenção de neutralizar o que chamamos de forças anti-sociais e naturais destrutivas, que surgem de sua autonomia.
Em nossa cultura patriarcal, não aceitamos os desacordos como situações legítimas, que constituem pontos de partida para uma ação combinada diante de um propósito comum. Devemos convencer e corrigir uns aos outros. E somente toleramos o diferente confiando em que eventualmente poderemos levar o outro ao bom caminho – que é o nosso –, ou até que possamos eliminá-lo, sob a justificativa de que está equivocado.
Em nossa cultura patriarcal, vivemos na apropriação e agimos como se fosse legítimo estabelecer, pela força, limites que restringem a mobilidade dos outros em certas áreas de ação às quais eles tinham livre acesso antes de nossa apropriação. Além do mais, fazemos isso enquanto retemos para nós o privilégio de mover-nos livremente nessas áreas, justificando nossa apropriação delas por meio de argumentos fundados em princípios e verdades das quais também nos havíamos apropriado. Assim, falamos de recursos naturais, numa ação que nos torna insensíveis à negação do outro implícita em nosso desejo de apropriação.
Em nossa cultura patriarcal, repito, vivemos na desconfiança da autonomia dos outros. Apropriamo-nos o tempo todo do direito de decidir o que é ou não legítimo para eles, no contínuo propósito de controlar suas vidas. Em nossa cultura patriarcal, vivemos na hierarquia, que exige obediência. Afirmamos que a uma coexistência ordenada requer autoridade e subordinação, superioridade e inferioridade, poder e debilidade ou submissão. E estamos sempre prontos para tratar todas as relações, humanas ou não, nesses termos. Assim, justificamos a competição, isto é, o encontro na negação mútua como a maneira de estabelecer a hierarquia dos privilégios, sob a afirmação de que a competição promove o progresso social, ao permitir que o melhor apareça e prospere.
Em nossa cultura patriarcal, estamos sempre prontos a tratar os desacordos como disputas ou lutas. Vemos os argumentos como armas, e descrevemos uma relação harmônica como pacífica, ou seja, como uma ausência de guerra – como se a guerra fosse a atividade humana mais fundamental.
Em nossa cultura patriarcal, estamos sempre prontos a tratar os desacordos como disputas ou lutas. Vemos os argumentos como armas, e descrevemos uma relação harmônica como pacífica, ou seja, como uma ausência de guerra – como se a guerra fosse a atividade humana mais fundamental.

Nossa Cultura é o meio onde tudo isso foi superado, onde há respeito à vida. Obrigado por nos proporcionar um ambiente tão raro e honesto.

Mahá baddha abraço.

Oi André, tudo bem? Tenho um amigo que pratica aí em Brasília, Hugo Leonardo Queiroz, será que vocês se conhecem?

Gostei do texto André =)
Através do Método podemos nos tornar pessoas melhores sim.

O título “Do patriarcado à (para a) democracia” dá a impressão de que houve uma evolução, mas houve? No patriarcado, o homem é a maior autoridade, tendo poder sobre todos que lhe estão subordinados, devendo estes lhe prestar obediência. Democracia é um regime de governo no qual o poder de tomar decisões políticas está na mão dos cidadãos, por meio de representantes eleitos. Veja que, os eleitos deveriam apenas representar as decisões políticas tomadas pelo povo, mas o que ocorre é o inverso, o povo que representa as decisões políticas dos eleitos, os cidadãos enfim fazem o que o patriarcado quer. O direito de votar, manifestar e lutar foi conquistado, contudo a desigualdade ainda persiste, o poder e a opressão também. Querendo ou não, se obedece a autoridade, se consente.

Você já leu o livro “Discurso da Servidão Voluntária”? Vou citar alguns trechos pra você:

“Não é preciso combater o tirano, não é preciso anulá-lo; ele se anula por si mesmo, contanto que as pessoas não consintam a sua servidão. Não se deve tirar-lhe coisa alguma, e sim nada lhe dar”.
“Para que os homens deixem-se sujeitar, é preciso que sejam forçados ou iludidos”.
“Para alguns, mesmo que a liberdade estivesse inteiramente perdida e de todo fora do mundo, a imaginam e a sentem em seu espírito; e a servidão não é de seu gosto por mais que esteja vestida”.
“Sob os tiranos, as pessoas facilmente se tornam covardes e efeminados”.
“Como é possível que tantos homens, cidades, nações suportem tudo de um tirano, que tem apenas o poderio que lhe dão, que não tem o poder de prejudicá-los senão enquanto aceitam suportá-lo, e que não poderia fazer-lhes mal algum se não preferissem, a contradizê-lo, suportar tudo dele”.
“O povo parece ter perdido todo sentimento do mal que o aflige, com efeito, deixa crer que o próprio amor da liberdade não é tão natural”.

beijos para você, beijos para o DeRose =)
Fernanda.
Unidade Centro Cívico – Curitiba/PR
http://www.derosecentrocivico.org/