Mestre,
uma aluna nossa partilhou um video:
Nao sei se o Mestre ja viu, mas achamos bem interessante:
Como comentario ela falou:
“A metaphor for the Method xx ♥ ”
Beijinhos de Londres
Sonia
Mestre,
uma aluna nossa partilhou um video:
Nao sei se o Mestre ja viu, mas achamos bem interessante:
Como comentario ela falou:
“A metaphor for the Method xx ♥ ”
Beijinhos de Londres
Sonia
Olá Mestrão
Gostei imenso do video e fui procurar mais sobre o assunto. No Youtube existe uma palestra do mesmo grupo que criou este documentário. A palestra é longa mas estes dez minutos servem para ver como o mundo é mesmo uma imagem da realidade, a imagem que os ricos querem.
http://www.youtube.com/watch?v=ECSQq–OkzI
[Para facilitar a compreensão, clique no botão CC, à direita, embaixo, para acompanhar com legendas em inglês.]
Abraço
Diogo Toledo
Método DeRose Matosinhos — Portugal
No ano passado, Alessandra Roldan articulou uma parceria entre o Método DeRose e a Clínica Dr. Wagner Montenegro constituindo o Projeto Bela Ação, cujo objetivo é apoiar as pessoas e entidades que querem fazer algo de bom e de útil às comunidades carentes, alinhavando contatos, unindo forças. Foi do nosso Projeto a campanha de doação de medula óssea, que reuniu centenas de doadores no DeRose Festival de São Paulo, além de outras ações. No dia 13 de janeiro de 2011, reunimo-nos no Palácio do Governo Dr. Wagner Montenegro, Daniela, Marcelo Rosenbaum, Alessandra Roldan, Fernanda Neis e DeRose com a Primeira Dama do Estado de São Paulo, Dona Lu Alckmin, para trocar ideias sobre a primeira ação deste ano.
“De fato, uma vez que a opinião tinha um bom número de vozes que a aceitavam, os que vieram depois supuseram que só podia ter tantos seguidores pelo peso concludente de seus argumentos. Os demais, para não passar por espíritos inquietos que se rebelam contra opiniões universalmente aceitas, são obrigados a admitir o que todo o mundo já aceitava. Daí para a frente, os poucos que forem capazes de julgar por si mesmos se calarão. Só poderão falar aqueles que sejam o eco das opiniões alheias, por serem totalmente incapazes de ter um juízo próprio. Estes, aliás, são os mais intransigentes defensores dessas opiniões. Estes odeiam aquele que pensa de modo diferente, não tanto por terem opinião diversa da dele, mas pela sua audácia de querer julgar por si mesmo, coisa que eles nunca conseguirão fazer e estão conscientes disso. Em suma, são muito poucos os que podem pensar, mas todos querem dar palpite. E que outra coisa lhes resta senão tomar as opiniões de outros em lugar de formá-las por conta própria? Como isto é o que sempre acontece, que valor pode ter a voz de centenas de milhões de pessoas? Valem tanto quanto um fato histórico que se encontre registrado por cem historiadores, quando, na verdade, todos se copiaram uns aos outros, e tudo se resume, em última análise, a um só testemunho.”
Schopenhauer,
citando Bayle em Pensées sus les Comètes (o negrito é nosso).
Certamente o autor do texto acima se referia às mentiras que passaram à História como verdades, porque um único historiador havia escrito (quem sabe, Homero ou Heródoto) e teria sido lido e repetido por cem outros. A partir de então, se alguém afirmasse algo discrepante encontraria o argumento: “É óbvio que você está errado. Você é o único que afirma isso enquanto todos afirmam o contrário.” Mas, na verdade, havia sido apenas um que afirmara o contrário e fora repetido por cem.
Daí para a frente, “só poderão falar aqueles que sejam o eco das opiniões alheias.” Os poucos que forem capazes de julgar por si mesmos serão obrigados a calar-se como Galileu Galilei ou serão banidos, torturados e queimados vivos como Giordano Bruno.
Antigamente queimavam os hereges* com lenha.
Agora, queimam-nos com jornais.
[*do grego hairetikós – “aquele que escolhe”]
O maior presente que os meus amigos me proporcionaram foi a agilidade. Preciso lhe confessar que sofro muito com a falta de agilidade de alguns companheiros. Se eu não tivesse agilidade na criação, elaboração e conclusão dos meus projetos, não estaria onde estou hoje. Quem demora para se mover é atropelado por quem vem atrás. O brasileiro tem o ditado “sai da frente que atrás vem gente”. E o vídeo A questão dos paradigmas afirma: “quem diz que é impossível deve sair da frente de quem faz.” O conceito é semelhante.
Nestes últimos dias eu senti que muitos dos que nos acompanham aqui no blog são mesmo leões da Nossa Cultura e que estão dispostos a rugir junto comigo no TIMING CERTO. Senti uma felicidade imensa quando todos se agilizaram sem que eu tivesse que empurrar.
Quando tive a graça de testemunhar a agilidade com que as pessoas sugeriram, começaram e concluíram a transcrição da entrevista, e ainda puseram em prática, por conta própria, várias formas de uso da gravação, fui contemplado com a maior das demonstrações de afeto e de apoio, com a maior das proclamações de que estou sendo compreendido e de que meu discurso não foi em vão.
Gostaria muito que isso se tornasse uma constante e uma característica nossa. Gostaria imensamente de poder incluir nas características do Método: uma agilidade destemida, um ritmo de realização alucinante, uma explosão de capacidade criativa e realizadora medida em apenas um átimo entre o surgimento de uma ideia e a conclusão do projeto final e acabado.
Certa vez, Milton Aizemberg, então, marido da Rosângela de Castro, acompanhando-me no meu dia rotineiro em São Paulo me disse: “DeRose, o seu ritmo me deixa zonzo.”
Eu gostaria que você conseguisse me acompanhar, afinal, já sou quase bisavô. Se você não consegue acompanhar um bisavô, meus pêsames, você não é deste século. Não será um vencedor.
E ao que me acompanha no Ritmo DeRose, meus cumprimentos mais efusivos. Sei que posso confiar em você. Vamos rugir juntos e mudar o mundo!
Publicado no jornal Folha de São Paulo, dia 5 de janeiro de 2011, na página C-10:
“A empresa Power Balance foi obrigada, na Austrália, a desmentir publicamente os supostos efeitos terapêuticos de suas pulseiras e a garantir o reembolso a consumidores que se sentirem lesados pela propaganda enganosa.” No Brasil a Vigilância Sanitária proibiu a propaganda dos efeitos terapêuticos das pulseiras. Na Espanha, a revendedora foi multada em 15 000 euros por propaganda enganosa. Na Itália, a distribuidora foi multada em 300 000 euros. Mas nesse meio tempo, muita gente se deixou enganar e enriqueceu a Power Balance comprando a pulseira com o seu rico dinheirinho. Ainda bem que foi só dinheiro! Já imaginou se fosse uma seita? Teria arrastado todos aqueles ingênuos para sua fileiras. Por isso, gosto dos céticos. Dificilmente eles seriam convencidos de alguma coisa.
Mais uma vez, o Axioma Número Um do Método DeRose provou ser um ótimo dispositivo de segurança.
Aquele que lê maus livros não leva vantagem sobre aquele que não lê livro nenhum. (Mark Twain)
Antes de se ter algum tipo de relação profissional com livros,
não se descobre quão ruim é a maioria deles. (George Orwell)
Nos meus primeiros livros, eu recomendava uma bibliografia eclética e me orgulhava disso. Afinal, um estudante nosso travaria contato com uma profusão de autores e tradições. Depois de vinte anos de magistério, precisei reconsiderar minha posição. Hoje, são já mais de cinquenta anos de profissão e a postura adotada se mostrou positiva e saudável. É sabido que recomendo aos meus estudantes o cultivo de uma cultura geral bem abrangente através do hábito da leitura. Ocorre que a quase totalidade dos livros deste segmento embaralham Yôga com o que não é Yôga, misturam Yôga com sistemas apócrifos e mesclam Yôga com filosofias que são conflitantes com ele.
No afã de acrescentar mais alguma coisa, o autor frequentemente embaralha alhos com bugalhos, como foi o caso de um livro intitulado Mudrás, que começa descrevendo os mudrás do hinduísmo e no meio passa a ensinar mudrás de outras tradições, que não têm nada a ver com o Yôga. Só que a autora se esquece de deixar isso bem claro – pois não basta mencioná-lo en passant. Se o leitor tratar-se de um estudante em formação de instrutorado, quando formado ensinará aquela salada mista numa classe, sem nem sequer tomar conhecimento da barafunda. O pior é que tal comportamento tornou-se uma pandemia no planeta e todos acham que a misturança não tem nada de mais. No entanto, seria como ensinar um katí de Kung-Fu no meio de uma classe de Karatê, ou sair dançando gafieira numa aula de balé clássico. Uma verdadeira heresia!
Comecei a perceber isso bem cedo, mas demorei para tomar uma atitude porque estava com paralisia de paradigma e achava que, se todos faziam mesclas, não seria eu a adotar uma postura antipática, correndo mesmo o risco de exprobração pública.
Um dia, estava eu na sala do meu, então, editor (há muito tempo já não trabalho mais com aquela editora) quando fui apresentado ao jardineiro da empresa. Bem, ninguém me disse que ele era o jardineiro, mas suas roupas, seu linguajar e suas unhas o denunciavam. Entretanto, ao ser apresentado, meu editor declarou:
– DeRose, você conhece o Chico?
– Não – respondi.
– Claro que conhece. Ele é o autor de sessenta livros desta editora, entre eles os livros sobre astrologia, numerologia, biorritmo, sucos, física quântica, maçonaria, reiki, florais, cristais, homeopatia, budismo…
Meio constrangido, supus que meu apressado julgamento anterior tivesse sido afetado pelo preconceito. Afinal, ele podia ter tido origem humilde, mas ser um gênio. Só que aí o editor acrescentou:
– Talvez você não o conheça de nome porque cada livro ele escreve sob um pseudônimo diferente. O da cura pelas frutas, por exemplo, ele assina como Dr. Fisher.
A essa altura comecei a considerar que meu julgamento original não estava tão mal assim. Se alguém já começa um livro mentindo sobre o seu próprio nome, quanto mais não inventará no conteúdo? Mesmo assim, dirigi-me ao profícuo escritor e lhe perguntei:
– Como você consegue escrever tanto? Eu levo anos para finalizar um livro!
Sua resposta foi surpreendente:
– É simpre. Eu vô a uma bisbilhoteca e pego tudo o que eles tiver sobre quarqué assunto que me parece com o tema do meu futuro livro. Levo os volume pra casa, abro tudo em cima da mesa e vô copiano uma frase de um, uma frase do outro… Em uma semana o livro tá prontim. Adespois a editora faiz uma revisão e tira os erro de portuguêis.
Fiquei tão ultrajado que nunca mais quis editar um livro meu por aquela editora. Sim, porque senti que eu estava sendo julgado um elemento da mesma laia daquele vigarista, enganador, plagiador e mais uma porção de adjetivos que não me permito escrever. Ainda expressei minha indignação antes de deixar para sempre a referida editora. Mas a justificativa do editor foi o pior:
– Esse é o mercado, DeRose. Um livro não vende mais por ser mais sério. Ele vende mais por dizer as mentiras que as pessoas querem ouvir, por ter um título apelativo e uma capa da moda.
Foi então que resolvi provar que obras sérias poderiam vender bastante e dediquei a minha vida a escrever e divulgar tais livros. Foi também, a partir de então, que nunca mais indiquei aos meus alunos ou leitores uma seleção bibliográfica qualquer, e passei a recomendar estritamente os livros que são realmente confiáveis. Reduzi a recomendação a cerca de 50 livros que incluem autores de várias linhas de Yôga, mas todos eles escritores íntegros.
Quanto às traduções, quando há mais de dez anos um livro meu foi traduzido na Espanha, ao efetuar a revisão encontrei nada menos que 3500 erros! Alertado por mim, o editor conseguiu corrigir 90% deles, o que significa que, ainda assim, o livro foi publicado com 350 erros. Que tipo de erros? Em certa passagem eu escrevi que determinada técnica era para bombear comburente para os pulmões. Referia-me, obviamente, ao oxigênio, que iria acelerar as queimas de gorduras e intensificar a característica ígnea da kundaliní. A tradutora fez constar que era para bombear combustível para dentro dos pulmões. Imagine uma coisa dessas lida por uma pessoa inculta, ou muito crédula, ou um pouco desequilibrada. Não duvido que obedecesse à risca e fosse capaz de bombear gasolina para dentro dos pulmões! Conclusão: as traduções mal feitas são perigosas e praticamente todas as traduções são mal feitas, donde surgiu o ditado “tradutore, traditore“.
Faço questão de revisar meus livros em espanhol, francês, inglês e italiano, línguas que conheço o suficiente para detectar erros de conteúdo. No entanto, sei que os demais autores não têm esse cuidado nem dominam outras línguas. O português, por exemplo, nenhum deles fala (ou falava, quando vivo). Além disso, a maioria já havia falecido à época das traduções. Calcule a quantidade de erros que coalham seus livros. Isso já descartaria da nossa lista as obras traduzidas. No entanto, sou obrigado a indicar algumas delas, respaldado no bom nome do autor e na impossibilidade do leitor médio brasileiro ler em inglês ou francês.
Os esclarecimentos deste artigo são para que você valorize os livros recomendados, para que você os leia primeiro e para que compreenda nossas reservas quanto ao aluno inexperiente e sem nenhum lastro cultural sair por aí lendo qualquer coisa.
Deve-se ler pouco e reler muito. Há uns poucos livros totais, três ou quatro que nos salvam ou que nos perdem. É preciso relê-los sempre e sempre, com obtusa pertinácia. E, no entanto, o leitor se desgasta, esvai-se em milhares de livros mais áridos do que três desertos. (Nelson Rodrigues)