sábado, 8 de dezembro de 2012 | Autor:

Meu amigo Amilton Rotella teve um restaurante em Londres. Certa vez, comentou que quando um latino (italiano, espanhol, português, brasileiro) termina de comer, há mais farelo de pão na toalha de mesa do que quando um anglo-saxão termina de almoçar. E que isso é tão flagrante que ele passou a fazer amizades baseando-se nos farelos. Quando via muitos resíduos, Amilton já chegava falando português, pois a probabilidade de ser conterrâneo era grande.

Passei a prestar atenção e, realmente, também eu deixava um rastro de migalhas. Então, à medida que parto o pão, passei a ir recolhendo discretamente os fragmentos que vão fagulhando em torno do prato.

No final da refeição, quando o garçom retira os pratos, delicio-me ao constatar que meu território gastronômico está imaculadamente limpo – não podendo dizer o mesmo dos demais!

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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012 | Autor:


Tudo na vida tem o seu momento mágico. Se você deixar passar, provavelmente não o fará mais. Por isso, quando viam alguém pensativo, os antigos costumavam dizer: “quem pensa não casa”. E não casa mesmo.

Portanto, quando surgir aquele amor da sua vida, não pense duas vezes. Entregue-se de corpo e alma. Há a possibilidade de dar-se mal? Claro que sim. Mas também há a possibilidade tornar-se a pessoa mais feliz do mundo. Você jamais saberá se não for a fundo. Tem gente que vive na defensiva para que ninguém parta o seu coração. Talvez consiga o seu intento de blindar-se. Por outro lado, não conseguirá viver os momentos tão intensos de felicidade, somente obteníveis pelo arrebatamento, auto-entrega e confiança recíproca.

Isso é verdade com relação a todas as coisas. Se você pensar muito, não abandona o empreguinho medíocre para vir a tornar-se senhor do seu próprio nariz. Se não pensar demais, não sentirá o medo que paralisa. Agindo no momento certo terá a coragem de jogar tudo para o alto, arriscar tudo e mudar de profissão. Depois que der o passo decisivo e trocar de carreira, estará tão envolvido com o projeto que não haverá outro jeito senão vencer: os navios terão sido queimados na retaguarda e não haverá como retroceder. É assim que se vence.

Se aproveitar o momento mágico, você muda a sua vida. Se não, jamais mudará. Mas, atenção: isso não quer dizer agir por impulso, ou tomar atitudes irracionais. Quer dizer apenas que quando uma verdadeira oportunidade se aproximar, você deve saber agarrá-la antes que passe. As pessoas bem sucedidas e as pessoas mais felizes são as que sabem aproveitar uma oportunidade.

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012 | Autor:

Por falar em momento mágico, habitue-se a dormir mantendo papel e caneta ao alcance da mão. Logo, logo a sua mente vai compreender que é para não perder as boas idéias tidas durante o sono e tais idéias – que hoje você já tem, mas são poucas e depois esquece – passarão a fluir com mais freqüência. Este capítulo, por exemplo, fez parte de um veio de idéias que minha mente abriu na madrugada do dia 3 de maio de 2009. Acordei e anotei a primeira. Mas aí surgiu a segunda e uma terceira. Levantei-me e vim escrever. Foram capítulos de vários livros, projetos, cartas e mais um montão de coisas que se eu ficasse na modorra, ter-se-iam perdido para sempre.

Nada de indolência! Isso de achar que a idéia é tão boa e está tão clara que é melhor continuar dormindo e amanhã você se recordará, é uma mera desculpa da madrasta preguiça. Se não anotar, você a perderá, pois a mensagem que passou à sua mente foi a de que isso não era importante. Se fosse, você se levantaria no meio da noite e iria escrever.

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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012 | Autor:

Algumas pessoas (a maioria) quando perdem alguma coisa ficam tão descontroladas que acabam piorando o que já estava ruim. Meu vizinho no Rio de Janeiro já tinha perdido algum dinheiro num assalto. Não satisfeito, quando os assaltantes foram embora ele saiu correndo atrás. Balanço da atitude descontrolada: perdeu também a vida.

Uma conhecida perdeu o namorado para outra sirigaita. Não satisfeita com a perda, foi tomar satisfações à sedutora. “Ah! Não vou deixar isso barato, não!” É, barato não saiu. Tomou uma surra da outra. Agora, perdera o namorado, o relógio, o vestido que ficou inutilizado e a reputação. Nenhum mancebo quis mais se aproximar dela. “É daquelas que fazem escândalo…”, diziam.

Minha filosofia a respeito é: se me atrasei e já perdi o avião, não vou agora perder também a calma, a saúde e a classe.
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domingo, 2 de dezembro de 2012 | Autor:

Não tenha ilusões. Tudo o que você disser a respeito de uma pessoa chegará ao conhecimento dela. Portanto, segure essa língua. Depois não adianta ficar revoltado com a inconfidência das pessoas. É assim mesmo.

Segredo de mais de uma pessoa não é mais segredo. No momento em que você conta seu segredo para uma pessoa da sua confiança, ela também só conta para uma outra da confiança dela e assim sucessivamente. Em pouco tempo, dezenas de pessoas estarão sabendo o seu “segredo”.

E para que contar? Por que essa necessidade de se expor? Sempre que precisar comentar algo sobre alguém, só diga coisas boas. Um belo exercício é: quando começar a dizer algo ruim ou começar a vomitar uma crítica sobre alguma pessoa, reverta a frase e comece imediatamente a elogiá-la. Essa pessoa não tem nada de bom para ser elogiado? Invente!
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sexta-feira, 30 de novembro de 2012 | Autor:

Se alguém lhe pedir algo emprestado, dê-lhe logo o objeto de presente. É muito caro ou muito querido e você não pode dá-lo de presente? Então, também é muito precioso para emprestar.

É impressionante como emprestar algo tem sempre as mesmas consequências há milênios e as pessoas continuam emprestando. As consequências sempre são:

a)     Você fica sem o seu objeto, pois o amigo não o devolve.

b)    Você recebe o objeto de volta, danificado.

c)     Você perde o amigo.

Então, sai mais barato comprar um objeto igual e dar de presente, ou, simplesmente, dizer que sua religião proíbe emprestar seja lá o que for!

Vai perder o amigo por causa disso? Não vai, não. Mas se perder, pelo menos perdeu só o pseudo-amigo, mas preservou o objeto.

É curioso como as pessoas acham que pedir emprestado e não devolver não é roubo. Mas é roubo. É furto dos mais hediondos, pois trata-se de roubar um amigo que lhe emprestara algo de boa fé, confiando em você.

– Ah! Mas não foi com a intenção de me apropriar. Eu apenas me esqueci de devolver.

É? Por quanto tempo? Um mês? Um ano? Também se esquece de pagar um empréstimo de dinheiro? Desculpe. Eu tenho um nome para isso.
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quinta-feira, 29 de novembro de 2012 | Autor:

Não deixe para depois

Faça na hora. Tudo o que você deixa para depois acaba ficando eternamente para depois. O mecanismo psíquico é muito simples. Um dispositivo mental soa o alarme: atenção, tem que fazer tal coisa. Mas aí, você envia uma contra-ordem: não, é para depois. O psiquismo, obediente, arquiva no escaninho denominado “para depois”. E libera memória no HD.

No mundo profissional, assim como nas tarefas domésticas, deixar para depois é o atalho mais curto para o fracasso e consegue lhe sedimentar rapidamente uma neurose de desorganizatite crônica. Ela vem acompanhada da reputação correspondente, o que não é nada edificante para sua carreira, para a sua relação afetiva, nem para a sua auto-estima.

Quanto às compras, se vir uma coisa que lhe agrade, não deixe para depois. Quando você voltar para adquirir, poderá já não ter o modelo, a cor ou o tamanho que você quer. Entre logo. Peça para ver. Toque. Experimente. Decida-se. Se não tiver o dinheiro na hora, reserve. Informe-se discretamente sobre quem fabrica, para poder ir atrás, caso a loja não faça a reserva, ou não a honre, ou caso você deixe passar o prazo que o estabelecimento lhe concedeu para efetuar a transação.

Deixe para depois

Por outro lado, quando precisar fazer economia, mas não quiser sofrer com a frustração de desejar algo e não ter dinheiro para adquirir, use um truque. Diga a si mesmo: “Eu vou comprar isso. Mas não agora. Não faço compras por impulso. Vou pensar melhor e volto amanhã.”

Se a compra for realmente muito importante você voltará de fato amanhã. Mas na maior parte das vezes você vai simplesmente declinar. Com isso, no final de um mês terá feito alguma economia e ao fim de um ano você ficará impressionado com o total que terá economizado.
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