quinta-feira, 26 de março de 2009 | Autor:

Roberto

Grande Mestre !!

Lembra-se da sugestão que lhe dei ” para dar uma dura ” nos diretores das unidades para anexarem a foto da respectiva unidade na página do site da Uni-Yôga no menu ” onde praticar ” ?

Sabe quantos inseriram a fato da unidade ? Dois.
Quando eu contei da última vez, faltavam 42.
A sugestão foi feita antes do carnaval, portanto já fazem mais de 30 dias.

Não quero ser indelicado, mesmo correndo o risco de sê-lo, mas escrevendo aqui, acho que o diretor ou algum instrutor ou mesmo algum aluno vai ler e providenciar.

Mais uma coisa importante para àqules que disponibilizam e-mail ou ” fale conosco ” nos sites ou blogs: é preciso abrir a caixa postal. Às vezes lá existe uma mensagem, uma sugestão, uma reclamação.

Os detalhes pequenos também são obervados e quando tudo está em ordem a imagem é positiva, de organização, competência, profissionalismo e honestidade.

Grande abraço !!

Roberto

Na verdade, Roberto, confesso que não dei a dura. É que eu estou me conscientizando, e aos demais, de que depois de cinco décadas de ensino minha função é escrever livros e ministrar cursos, mas não queimar o meu filme (e talvez a saúde, as amizades…) chamando a atenção da moçada. Estou cada vez mais retirado da área administrativa, deixando que os Conselhos, o Colegiado, as Comissões, as Diretorias disto e daquilo, assumam a maturidade de gerir, criar, orientar, julgar, proceder ou fiscalizar a si mesmos. Vez por outra, escorrego no velho hábito de meio século como professor e dou uma trishulada, como a das placas luminosas. Mas logo volto ao meu status atual de “rei da Inglaterra”, e procuro apenas ungir, aconselhar e apoiar. Portanto, a falha não foi deles que teriam descumprido e sim minha que não dei a dura! Afinal, o interesse é deles de fazer constar a foto de suas respectivas escolas no site. Um abração para você.

Thais Liani

Olá Mestre,

Placas e luminosos são mesmo muito importantes. Aqui em Curitiba várias unidades trocaram suas placas recentemente, mudaram da alaranjada para a branca. Mas acho que a branca chama menos atenção e por isso, o tamanho dela e localização da unidade influenciam muito! Resumindo, já passei batida por uma unidade que optou pela placa branca e com certeza não fui a única!

Abração

terça-feira, 17 de março de 2009 | Autor:

 seriedade superlativa

Ao travar contato com o nosso trabalho, uma das primeiras impressões observadas pelos estudiosos é a superlativa seriedade que se percebe nos nossos textos, linguagem e procedimentos. Essa seriedade manifesta-se em todos os níveis, desde a honestidade de propósitos – uma honestidade fundamentalista – até o cuidado extremado de não fazer nenhum tipo de doutrinação, nem de proselitismo, nem de promessas de terapia. Definitivamente, não se encontra tal cuidado na maior parte das demais modalidades de aprimoramento pessoal.

Fazemos questão absoluta de que nossos instrutores e alunos sejam rigorosamente éticos em todas as suas atitudes, tanto no nosso círculo cultural, quanto no trabalho, nas relações afetivas, na família e em todas as circunstâncias da vida. Devemos lembrar-nos de que, mesmo enquanto alunos, somos representantes do Método DeRose e a opinião pública julgará a validade da proposta e o mérito da obra a partir do nosso comportamento e imagem.

Em se tratando de dinheiro, lembre-se de que é preferível perder o nobre metal do que perder um amigo, ou perder o bom nome, ou perder a classe.

Devemos mostrar-nos profundamente responsáveis, maduros e honestos ao realizar negócios, ao fazer declarações, ao evitar conflitos, ao buscar aprimoramento em boas maneiras, ao cultivar a elegância e a fidalguia.

O mundo espera de nós um modelo de equilíbrio, especialmente quando tivermos a obrigação moral de defender corajosamente nossos direitos e aquilo ou aqueles em que acreditamos. Fugir à luta seria a mais desprezível covardia. Lutar com galhardia em defesa da justiça e da verdade é um atributo dos corajosos. Contudo, lutar com elegância e dignidade é algo que poucos conseguem conquistar.

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sábado, 28 de fevereiro de 2009 | Autor:

A História Oficial

 

É difícil obter o triunfo da verdade.
Pasteur

Os historiadores sabem-no bem: não é à toa que história e estória (History & story) têm a mesma origem semântica. Em inglês é etimologicamente muito significativo que a palavra History seja composta de his+story (sua estória, sua versão).

No fundo, é tudo mitologia. Se lhe perguntarem: “qual é a cor do cavalo branco de Napoleão?”, não responda que ele era cinzento e que branco era seu nome. Na verdade ele era branco mesmo e o nome era Le Vizir. Se ouvir que Ivan, o Terrível era terrível, duvide. Alexandre, o Grande, era pequeno. Rasputin era muito mais santo que demônio. E, afinal, os peles-vermelhas não eram uns selvagens desalmados como se quis fazer crer durante séculos.

A História sempre foi torcida por quem a escreveu. Qual terá sido a verdadeira história da revolução russa ou da revolução francesa? Comunistas comiam criancinhas? Os químicos da idade média eram mesmo bruxos emissários do diabo? Joana d’Arc era o que diziam os ingleses (uma bruxa francesa), o que diziam os franceses (uma santa) ou ainda o que diria Freud (uma portadora de psicose obsessiva com alucinações)? Não faria diferença: ela seria queimada de qualquer maneira.

Na mesma fogueira são torrados o nome, a reputação e a paz de espírito de todos aqueles que ousam ser mais lúcidos que a massa ignara, ou simplesmente diferentes. O próprio Freud foi impiedosamente perseguido e difamado enquanto vivo. Depois de morto, tornou-se venerado como gênio. Anos depois, outra vez, atacado e injuriado. Pelo jeito esse processo cíclico vai continuar se repetindo.

Galileu foi preso por dizer a verdade, libertado por admitir a mentira. Giordano Bruno, Miguel Servet e outros tantos, não se calaram: foram torturados e queimados vivos em praça pública. O psicanalista Wilhelm Reich saiu da Alemanha nazista e foi para o país da liberdade: lá foi preso por suas ideias libertárias e morreu na prisão.

Quantos passaram à História como loucos e eram iluminados; quantos passaram como iluminados e eram loucos!

A esta altura já acho que honesto é o adjetivo que se aplica a todo aquele que não foi desmascarado. E, em contrapartida, desonesto é o que não conseguiu provar sua inocência, ainda que verdadeira. Ah! Quanta gente honesta você conhece, não é?

Curioso é que embora a lei diga que todos são inocentes até que se prove o contrário, o povo faz o inverso. Ao invés de exigir as provas ao que acusa, exige-as ao acusado! Então, para o populacho ele passa a ser culpado até que se prove a sua inocência. Lembra-se do caso da respeitável Helena Petrovna Blavatsky que já relatei neste livro?

Pensando bem, na Justiça também é assim. Se você for acusado falsamente terá de provar que a acusação é falsa, senão vai preso! Então… e aquela estória de que “ao acusador cabe o ônus da prova”?

Hoje, quando estoura algum escândalo envolvendo personalidades públicas em seus supostos envolvimentos amorosos “provados”, corrupções “documentadas” e outras pilantragens “testemunhadas” penso cá comigo o quão possível é que tenham apenas sido vítimas de complôs para desmoralizá-los e, assim, afastar concorrentes realmente fortes por ser incorruptivelmente honestos.

Mas o que esperar da humanidade se os seus mais ilustres sábios têm nos dado mostras de sandice desde a antiguidade até os nossos dias? É o próprio Camille Flammarion quem nos conta estas:

“Assistia eu, certo dia, a uma sessão da Academia de Ciências, dia esse de hilariante recordação, em que o físico Du Moncel apresentou o fonógrafo de Edson à douta assembléia. Feita a apresentação, pôs-se o aparelho docilmente a recitar a frase registrada em seu respectivo cilindro. Viu-se, então, um acadêmico de idade madura, saturado mesmo das tradições de sua cultura clássica, nobremente revoltar-se contra a audácia do inovador, precipitar-se sobre o representante de Edson e agarrá-lo pelo pescoço, gritando:

– ‘Miserável! Nós não seremos ludibriados por um ventríloquo.’

“Senhor Bouillaud chamava-se esse membro do Instituto. Foi isso a 11 de março de 1878. Mais curioso ainda é que, seis meses após, a 30 de setembro, em uma sessão análoga, sentiu-se ele muito satisfeito em declarar que, após maduro exame, não constatara no caso mais do que simples ventriloquia, pois ‘não se pode admitir que um vil metal possa substituir o nobre aparelho da fonação humana’.

“Quando Lavoisier procedeu à análise do ar e descobriu que o mesmo se compõe principalmente de dois gases, o oxigênio e o azoto, esta descoberta desconcertou mais de um espírito positivo e equilibrado.

“Um membro da Academia de Ciências, o químico Baumé (inventor do aerômetro), acreditando firmemente nos quatro elementos da ciência antiga, escrevia doutoralmente:

– ‘Os elementos ou princípios dos corpos têm sido reconhecidos e confirmados pelos físicos de todos os séculos e de todas as nações. Não é presumível que esses elementos, considerados como tais durante um lapso de dois mil anos, sejam postos, em nossos dias, em um número de substâncias compostas, e que se possa dar como certos tais processos para decompor a água e o ar e tais raciocínios absurdos, para não dizer coisa pior, com que se pretende negar a existência do fogo ou da terra.’

“O próprio Lavoisier não está indene da mesma acusação contra os que supõem tudo descoberto, pois ele dirigiu um sábio relatório à Academia para demonstrar que não podem cair pedras do céu. Ora, a queda de aerólitos, a propósito da qual ele escreveu esse relatório oficial, tinha sido observada em todos os seus detalhes: tinha-se visto e ouvido o bólido explodir, bem como o aerólito cair, tendo sido levantado do chão ainda ardente, para ser em seguida submetido ao exame da Academia. E esta Academia declarou, pelo órgão do seu relator, que a coisa era inacreditável e inadmissível. Assinalemos também que há milhares de anos caem pedras do céu diante de centenas de testemunhas, que tem sido apanhado grande número dessas pedras, tendo sido conservadas diversas nas igrejas, nos museus, nas coleções. Mas faltava ainda, no fim do século, um homem independente para afirmar que de fato caem essas pedras do céu: tal homem foi Chladui.

“Na época da criação dos trens de ferro, houve engenheiros que demonstraram que esses trens não caminhariam e que as rodas das locomotivas rodariam sempre sobre o mesmo lugar. Na Baviera, o Colégio Real de Medicina, consultado, declarou que as estradas de ferro causariam, se fossem construídas, os mais graves danos à saúde pública, já que um movimento assim tão rápido, provocaria abalos cerebrais nos viajantes e vertigens no público exterior. Em consequência, recomendou o encerramento das linhas entre duas cercas de madeira à altura dos vagões.”

Todo este extenso texto foi retirado do livro O Desconhecido e os Problemas Psíquicos, editado no Rio de Janeiro no ano de 1954.

O leitor poderá argumentar que o texto de Flammarion se refere a uma época pretérita e que hoje não é mais assim. Deploro a ingenuidade de quem pensar dessa forma. O texto foi justamente escolhido por referir-se a atitudes absurdamente ridículas aos nossos olhos de hoje, para que possamos ter uma ideia de como serão tachadas mais tarde as que estamos cometendo agora.

Helena Petrovna Blavatsky, uma sensitiva com dons paranormais, foi quem fundou a Sociedade Teosófica. Sofreu tão pavorosas perseguições e difamações, que fez publicar o seguinte anúncio no jornal New York World, em 6 de maio de 1877:

“Desde o primeiro mês de minha chegada a Nova Iorque comecei, por motivos misteriosos, mas, talvez inteligíveis, a provocar ódio entre aqueles que pretendiam ser dos meus melhores amigos e manter comigo boas relações.

Informações aleivosas, insinuações vis e indiretas pouco elegantes choveram sobre mim.

Mantive silêncio por mais de dois anos, embora a menor das ofensas que me lançaram fosse calculada para excitar a repugnância de alguém com o meu temperamento.

Consegui livrar-me de um número regular desses varejistas de difamações, mas, achando que estava atualmente sofrendo na estima de amigos cuja boa opinião me é valiosa, adotei uma política de auto-exclusão.

Por dois anos, meu mundo esteve restrito ao apartamento que ocupo, e dezessete horas por dia, em média, estive sentada à secretária, tendo os livros e manuscritos por únicos companheiros.

Sou uma velha e sinto necessidade de ar fresco como qualquer pessoa, mas minha aversão por esse mundo, caluniador e mentiroso, que se acha fora das fronteiras dos países incivilizados e pagãos foi tal que, em sete meses, creio ter saído de casa apenas três vezes.

Mas, nenhum retiro é seguro bastante contra os caluniadores anônimos que se valem do serviço postal. Cartas inúmeras foram recebidas por amigos leais, contendo as calúnias mais imundas contra a minha pessoa.

Por várias vezes fui acusada de alcoólatra, embusteira, espiã russa, espiã anti-russa, de não ser russa, de aventureira francesa, de ter estado em cárceres destinados a ladrões, de ter assassinado sete maridos, de bigamia, etc. Outras coisas poderiam ser mencionadas, mas a decência não permite.

Desafio qualquer pessoa em toda a América a vir provar uma só das imputações contra minha honra. Convido qualquer pessoa de posse de tais provas a publicá-las nos jornais, sob sua assinatura.”

 

 

 Bem, tudo isso está aqui apenas para registro. Foram coisas que, evidentemente, marcaram-me bastante no passado e devem ter influenciado o norteamento de toda a obra. No entanto, há muitos anos superei quaisquer perplexidades, reivindicações ou indignações. Talvez graças ao amadurecimento proporcionado pela idade e pelas vivências, talvez com a contribuição do sucesso e da aceitação das pessoas… É difícil determinar o motivo real da satisfação de alguém.

Apesar de ainda haver reflexos das campanhas desencadeadas pelo Yeti e seus prosélitos, para tristeza e decepção deles, elas não conseguem mais nos prejudicar.

Atualmente, guardamos um sentimento no coração: uma profunda gratidão por tudo e por todos, pelo que nos ensinaram e pelo estímulo do desafio.

 

Já sofri demasiadamente a incompreensão e o isolamento a que se é relegado quando se tenta dizer aquilo que os homens não compreendem.

Carl Gustav Jung

 

Dai-me seis linhas escritas pelo homem mais honrado
e eu conseguirei motivos para levá-lo à forca.

 

Cardeal Richelieu

 

 

 

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domingo, 18 de janeiro de 2009 | Autor:

Só recebi três propostas, todas boas. Mas precisamos de mais participação. Não posso crêr que de tantos milhares de pessoas que nos lêem só três tenham talento para compor uma letra impactante para o Hino da Uni-Yôga. A Pri ficou de enviar um ajuste. À Regina eu solicitei uma gravação para saber encaixar a letra na música. E aos outros, tímidos, vai aqui uma injeção de coragem. Imagine o seu nome imortalizado como autor da letra! Lembre-se, no entanto, do que solicitamos. Vou reproduzir aqui o texto do post em que eu pedia colaborações:

Sugestão de conceitos para o nome do hino:

Vitória

Luta

Saga

Avante

Bravura

Justiça

Verdade

 

Sugestão de valores a cultivar na letra do hino:

gratidão, entusiasmo, sentimento;

compartilhar;

união, coesão;

juntos, ombro a ombro, de mãos dadas;

defesa, defender;

coragem, bravura;

justiça, honestidade;

grande ideal, nobre ideal;

consideração;

amizade, companheirismo, parceria;

abrigo, amparo;

dignidade, honra;

elegância;

cultura;

nosso nome, nome forte, orgulho pelo nome;

vitória;

e o que mais você considerar importante que conste.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | Autor:

Hino da Uni-Yôga

[audio:http://www.uni-yoga.org/blogdoderose/wp-content/uploads/2009/01/ze-paulo-hino-uni-yoga.mp3]

Recebemos do shakta Zé Paulo, de Portugal, a melodia do nosso hino. Agora gostaríamos que você nos ajudasse a lhe dar um nome. O Hino da Uni-Yôga já seria um nome? Não forçosamente. O hino da França tem nome: chama-se La Marseillaise; o de Portugal chama-se A Portuguesa; o da Grã-Bretanha, God Save the Queen.

E quanto à letra? Precisamos de um texto que reflita os nossos valores e insufle-os nos que escutarem o nosso hino.

 

Sugestão de conceitos para o nome do hino:

Vitória

Luta

Saga

Avante

Bravura

Justiça

Verdade

 

Sugestão de valores a cultivar na letra do hino:

gratidão, entusiasmo, sentimento;

compartilhar;

união, coesão;

juntos, ombro a ombro, de mãos dadas;

defesa, defender;

coragem, bravura;

justiça, honestidade;

grande ideal, nobre ideal;

consideração;

amizade, companheirismo, parceria;

abrigo, amparo;

dignidade, honra;

elegância;

cultura;

nosso nome, nome forte, orgulho pelo nome;

vitória;

e o que mais você considerar importante que conste.

domingo, 25 de maio de 2008 | Autor:

UMA ODE CONTRA OS FALSOS ESTEREÓTIPOS 

 

O que é o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga)

 

O Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) é uma filosofia. Todos os dicionários classificam o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) como filosofia. Todas as enciclopédias classificam o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) como filosofia. Nenhum dicionário ou enciclopédia se refere ao Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) como terapia. Nenhum considera o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) como educação física.

O problema é que a mídia internacional pontificou que o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) deve ser o que o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) não é. E a opinião pública foi atrás no equívoco sobre o que o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) deve ser. O mais grave é que o leigo se arroga o direito de entender mais do Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) do que um professor formado nessa disciplina.

Assim, quando declaramos que praticamos o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) ou que ensinamos o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga), sempre passaremos pelo dissabor de sermos confundidos com algum maluquete naturéba; ou, pior, com algum “guru” espertalhão ou curandeiro que queira iludir a terceiros com o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga), supostamente, alguma espécie de seita ou de religião (!).

A que se devem as interpretações desatinadas a respeito do Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga)? À medida que nossa cultura geral se amplia, vamos percebendo que as pessoas alimentam ideias alucinadas sobre quase todas as coisas. Por que não as nutririam com relação ao Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga)? Podemos ver em filmes de Hollywood um oficial alemão da Segunda Grande Guerra conversando com outro alemão em inglês!  Ah! Mas tudo bem: eles falavam inglês com sotaque alemão! Vemos mulheres indígenas bonitas, com sobrancelhas feitas e maquiagem da moda da época em que o filme foi feito. Com uma ingenuidade dessas você acha que conseguiriam entender o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga)?

Basta mencionar a palavra mágica (o Yôga, a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) e o interlocutor já nos pergunta automaticamente, incontrolavelmente: “Quais são os benefícios do Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga)?” Mas como assim “Quais são os benefícios do Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga)?” Alguém pergunta quais são os benefícios da filosofia de Sócrates, de Platão, de Aristóteles ou de Kant? Então, por que perguntam isso com relação à filosofia que leva o nome de Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga)? Percebe que é irracional?

Contudo, é claro que a culpa não é da pessoa que formula tão insensata questão. A responsabilidade da barafunda mental que assola o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) poderia ser atribuída à Imprensa. Acontece que ela é mais vítima do que algoz nessa crassa trapalhada, já que os jornalistas também são parte da opinião pública e estão igualmente sujeitos a sofrer paralisias paradigmáticas com relação ao Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga).

A raiz da baralhada é que o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) pertence a uma outra cultura muito diferente da nossa, com outros valores e outros parâmetros. Quando o ocidental assesta o olhar para o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga), inevitavelmente filtra esse Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) pelas suas lentes cristãs. O resultado do que ele enxerga é desastroso. O que ele vê é uma caricatura do Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga). Na verdade, além de cristianizar o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga), o ocidental também o embaralha com budismo, lamaísmo, tai-chi, macrobiótica e o que mais lhe passar pela cabeça que seja oriental ou apenas esquisito.

Agora temos também o modismo de estereotipar o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) com o “natural”. Recebi um entrevistador que veio gravar uma matéria para a televisão. Gracejei com ele e disse-lhe que já estava a postos para fazermos a matéria sobre contabilidade. Ele entrou na brincadeira e respondeu sem titubear: “Desde que seja contabilidade natural.” (!) Como assim? Isso não faz o mínimo sentido.  …  Ah! Entendi! Já que somos do Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga), devemos ser naturébas. Então, se vamos falar sobre contabilidade, deve ser contabilidade “natural”. Ha-ha-ha! Entendi…

E ponha preconceito nisso.

Creio que nunca mais vamos poder declarar que praticamos o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) ou que ensinamos o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) sem gerar um mal-entendido. Na verdade, quando conhecemos alguém em algum evento e a pessoa diz que pratica o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) já vou logo mudando de assunto para evitar conflito. É que o termo sânscrito masculino Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) significa união, porém, paradoxalmente, desune as pessoas que estudam o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) ou que praticam o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga).

Será que no mundo inteiro reina essa confusão com relação ao Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga)? No que concerne à interpretação do conteúdo e à classificação, em todo o Ocidente, o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) é uma alucinação kafkiana. Mas nós, brasileiros e portugueses, não podíamos deixar barato e fizemos melhor. Passamos a enriquecer o desatino complicando também o gênero da palavra (o que no inglês, por exemplo, não ocorre) e querendo grafar com i, sem o y, o que não ocorre no inglês, nem no francês, nem no alemão, nem no espanhol, nem no italiano… só para complicar a nossa vida! Pronto: agora o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) passa a ter uma barafunda a mais. Uma, não! Duas.  Antes que eu possa discorrer sobre o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga), preciso investir uma hora ou mais da aula ou da palestra para demonstrar que o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) escreve-se com y, que é vocábulo masculino, que a pronúncia é com ô fechado, que leva acento no seu original em alfabeto dêvanágarí…

Quando termino de proporcionar estes esclarecimentos prévios sobre o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga), acabou o tempo e as pessoas terão que se contentar em ir para casa mais confusas do que quando chegaram e sem que eu tenha podido dissertar sobre o conteúdo em si, o qual deveria ter sido o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) e não sobre a grafia, o gênero e a pronúncia da palavra Yôga (o Yôga, a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga)!

Assim, se o estimado leitor ainda não compreendeu qual é o objetivo de mencionarmos tantas vezes o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) neste pretensioso artigo, sugiro que se sente em posição de Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga) e faça uma boa e profunda meditação budista. Ou macrobiótica? Ah! Tanto faz, vem tudo do mesmo lugar, aquele tal de Oriente.

Assinado: DeRose

Professor de o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga)

Deus me livre! Que confusão! Vamos combinar assim: não me qualifique mais como
professor de o Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga).
Para todos os efeitos, sou consultor em qualidade de vida e administração de relações humanas
para adultos jovens e saudáveis.

 

Post scriptum: se eu soubesse que iria ser assim, não sei, não, se em 1960 eu teria optado por me tornar instrutor do Yôga (a Yôga, a Yóga, o Yóga, o Yoga, a Yoga, o ioga, a ioga).