Uma mulher, que acabou de comprar uma xícara de café e cinco biscoitos de chocolate, sentou-se em uma mesa em frente à loja de biscoitos, defronte a um homem desconhecido que estava sentado na mesma mesa. Depois de provar o café, ela tirou um biscoito do pacote.
Assim que ela começou a comer, o homem pegou o pacote e tirou um biscoito. Paralisada de raiva, silêncio e descrença, ela comeu o primeiro biscoito e pensou no que fazer depois.
Será que imaginou o que ela tem certeza que viu? Ele teria coragem de fazer isso novamente?
Finalmente quando a curiosidade passou, ela pegou um segundo biscoito no pacote.
Confiante, o homem também foi e pegou outro biscoito, estampando um enorme sorriso no rosto enquanto comia. Somente a sua certeza de um autocontrole impecável a impediu de protestar contra esse ladrão de biscoitos. Afinal, a arrogância deste homem era extraordinária, e ele não parecia um mendigo, vestido de terno e gravata.
Já que havia apenas um biscoito sobrando, ela engoliu o seu segundo biscoito e novamente foi ao pacote. Mas ele foi mais rápido. Com um sorriso radiante, e ainda nenhuma palavra, ele quebrou ao meio o biscoito que sobrava e ofereceu-lhe a metade. Em total descontentamento, um olhar de indignação começou a se formar, ela então se levantou, pegou sua grande bolsa e foi rapidamente em direção ao carro. No carro ela até deixou escapar uma pequena ofensa de seus lábios, enquanto procurava as chaves na bolsa.
Seus dedos acharam, ao lado das chaves, seu pacote de biscoitos fechado!
Essa mulher sofreu uma mudança abrupta na visão de seu próprio comportamento, como uma extensão ao seu equívoco na situação dos biscoitos. Seu paradígma, neste caso, a levou a uma série de julgamentos errôneos.
Instr. Fretta
Diretor proprietário do Espaço Cultural Fretta